Você está na página 1de 13

1

TESTE DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA (T.A.T.)

INTRODUÇÃO
As técnicas projetivas enfatizam o aspecto qualitativo e psicológico, em detrimento à
tradição psicométrica, a qual se preocupa com dados quantitativos e normativos.
O termo Apercepção indica que a apreensão dos dados do mundo externo sempre terá um
componente subjetivo. Ex. quando uma pessoa está com fome parece ser mais comum ver os
cartazes de propaganda de gêneros alimentícios.
O T.A. T é um método projetivo, publicado pela primeira vez em 1943, por Murray. O
autor pressupôs que cada pessoa experimenta suas vivencias de modo único. A forma como a
pessoa elabora suas vivencias revelaria a atitude e estrutura do individuo frente á realidade
experimentada.
No T.A.T., ao projetar, a pessoa comunica por meio de histórias completas as suas
experiências perceptivas, mnêmicas, imaginativa e emocional. Para tanto, a interpretação se faria
a partir da identificação das necessidades e pressões percebidas pelo sujeito.
“Uma necessidade é um construto (uma ficção conveniente ou conceito hipotético) que
representa uma força... na região cerebral, uma força que organiza a percepção, a apercepção, a
intelecção, a conexão e a ação, de modo a transformar, em uma certa direção, uma situação
insatisfatória existente. Uma necessidade é, muitas vezes, provocada diretamente por certos
processos internos, porém, mais freqüentemente (quando em estado de alerta), pela ocorrência de
uma das poucas pressões comumente efetivas (forças do meio). Portanto, a necessidade leva o
organismo a procurar ou evitar o choque, a prestar atenção e a responder certas pressões. Cada
necessidade é acompanhada de um sentimento, ou emoção, e tende a utilizar certos métodos para
satisfazer sua inclinação. Pode ser débil ou intensa, momentânea ou duradoura. Geralmente ela
persiste, dando origem a um comportamento manifesto (ou fantasia) que muda a circunstância
inicial, de modo a chegar a uma situação final que tranqüiliza (pacifica ou satisfaz) o organismo”
(Murray, 1938).
As pranchas do T.A.T. são ambíguas, favorecendo as interferências subjetivas na
apreensão do estímulo, e objetivas, havendo personagens com sexo e idade relativamente

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
2

definidos. Deste modo, possibilitam identificar uma certa ‘distância psicológica’, que viabiliza a
projeção sem impedir que ocorra a identificação.
Para análise e interpretação do instrumento é preciso compreender o processo cognitivo
que há por trás da elaboração da resposta:

Seleção Associação Fantasia Resposta


da cena emocional

Esse processo de apreensão do material é tão profundo que alguns autores o denominam
processo T.A.T., no qual consideram-se como elementos essenciais o material, as instruções e a
postura do aplicador.
O material possui itens identificáveis (exemplo sexo e idade aproximada dos personagens)
que viabiliza o reconhecimento dos conteúdos manifestos e revelariam sobre uma adaptação da
realidade e sugerem também que o examinando entre em contato com suas representações
inconscientes, cuja expressão das mesmas se refere aos conteúdos latentes.

Conteúdo Conteúdo Resposta


latente manifesto (compatível com
(prazer) (objetivo) a realidade)

A instrução convida novamente o examinando a entrar com essa dualidade. Ao entrar em


contato com o estímulo e gerar uma descarga de representações desorganizadas (processo
primários), que deverá ser organizada para gerar uma resposta verbal que combine a satisfação
inconsciente com a realidade objetiva (processo secundário).
O examinador sempre passa pelo processo de representação do examinando, ora sendo
totalmente bom e ora sendo totalmente mau.

Contudo, o processo de elaboração das respostas do T.A.T, necessariamente, passa por


algumas etapas, a saber,

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
3

1- O sujeito percebe o conteúdo manifesto das imagens;


2- As instruções e o conteúdo latente desencadeiam a regressão e a as representações
inconscientes, acompanhadas dos afetos a elas ligados;
3- Este complexo desorganizado de informações pré-conscientes passa pelo processo de
integração do ego, para poder ser simbolizado verbalmente;
4- O protocolo revelará a existência (ou não) do equilíbrio entre os processos primários e
secundários.

A ausência de parâmetros rígidos e de um sistema universal para interpretação faz com


que examinadores inexperientes fiquem inseguros. A interpretação requer um tipo de raciocínio
diferente do habitual. No caso do T.A.T., cada elemento terá seu significado, que deverá ser
considerado em relação aos outros dados que se dispõe.

MATERIAL
- Manual de aplicação
- 31 quadros
- 11 universais (1, 2, 4, 5, 10, 11, 14, 15, 16, 19 e 20);
- 9 serão selecionados conforme o sexo e idade do sujeito.
 Homens adultos (H): 3RH, 6RH, 7RH, 8RH, 9RH, 12H, 13H, 17RH E 18RH.
 Mulheres adultas (F): 3MF, 6MF, 7MF, 8MF, 9MF, 12F, 13HF, 17MF E 18MF.
 Jovens sexo masculino (R): 3RH, 6RH, 7RH, 8RH, 9RH, 12RM, 13R, 17RH e 18RH.
 Jovens sexo feminino (M): 3MF, 6MF, 7MF, 8MF, 9MF, 12RM, 13M, 17MF e
18MF.

ADMINISTRAÇÃO
 Quem? Indivíduos entre 14 e 40 anos, que não tenham dificuldades de comunicação.
 Ambiente: Deve ser calmo, adequadamente iluminado e ventilado, com acomodações
confortáveis e discretas para que o sujeito se sinta à vontade.
 Rapport: Deve ser estabelecido até que o sujeito e o aplicador se sintam à vontade para a
realização da tarefa.

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
4

 Tempo: Máximo 5 minutos por quadro, podendo ser menos. Portanto, para aplicação dos 20
quadros, geralmente são necessárias duas sessões.
 Instruções: Não precisa ser seguida integralmente, mas deve ser mantida em linhas gerais.

“Este é um teste para contar histórias. Eu tenho aqui alguns quadros que vou lhe
mostrar. Quero que você faça uma história para cada um deles. Conte o que aconteceu antes e o
que está acontecendo agora. Diga o que as pessoas estão sentindo e pensando e como a história
acaba. Você pode fazer o tipo de história que quiser. Compreendeu? Bom, então está aqui o
primeiro quadro. Você tem cinco minutos para fazer uma história. Faça o melhor que puder”.

Pr. 16 (em branco): “Veja o que você pode ver nesta prancha em branco. Imagine alguma
cena aí e descreva-a em detalhes”. Caso ele não consiga “Feche os olhos e imagine alguma
coisa”. Após ele contar o que imaginou “Agora me conte uma história sobre isso”

 Apresentação das lâminas: Apresentar um quadro de cada vez, na seqüência numérica (isto é,
iniciando pelas mais realista e estruturadas), não importando se é um quadro universal ou
específico. Não deixar quadros restantes ou já aplicados à vista do sujeito para evitar
desconcentração. Recomenda-se sempre a série inteira.
 Anotações: Anote tudo, tal como o examinando falou. Não omita erros de linguagem, correções,
sinalize pausas, comentários e reações do sujeito, pois tudo será material para posterior
interpretação. Considere, também, o comportamento não verbal.
 Intervenções: De um modo geral, deve-se evitar intervenções enquanto o sujeito estiver contando
as histórias. Porém a meta do psicólogo é “conseguir a maior quantidade de material, com o a
melhor qualidade possível, conforme as condições circunstanciais”. Portanto, o psicólogo pode
intervir, discretamente, quando:
 Na 1ª prancha, caso não tenha desfecho mencionar este fato e solicitar que faça o melhor
que puder na próxima;
 O sujeito estiver descrevendo os quadros. Procure incentivá-lo a contar uma história.
Pode-se perguntar o que aconteceu antes, o que está acontecendo agora e como termina a
história;

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
5

 O sujeito estiver contando uma história demasiadamente longa (que irá ultrapassar os 5
minutos reservados para cada quadro). “E como será que esta história termina?!”
 Inquérito
 Dados importantes de anotar: idade, sexo, profissão, estado civil, pais estão vivos ou se tem
pais separados, idade e sexo dos irmãos.
TEMÁTICAS DE CADA PRANCHA

Pr. Descrição Temática mais frequente


1 O menino e o violino Relação com autoridade.
Atitude frente ao dever e também ao ideal de ego. (capacidade de
realização e atingir objetivos propostos).
2 A estudante no campo Relações familiares.
Percepção do ambiente.
Nível de aspiração (favorecido ou limitado pelo ambiente circundante)
3 Curvado/a sobre divã (RH) Refere-se a tristeza, abandono, desespero, depressão, suicídio.
A jovem na porta (MF) Desespero e culpa.
4 Mulher que retém o homem Conflito nas relações heterossexuais (abandono, traição, ciúmes).
Relação entre controle versus impulso.
5 A senhora na porta Imagem da mãe-esposa (protetora, vigilante, castradora).
Atitudes anti-sociais.
Reações frente ao inesperado.
6 O filho que parte (RH) Relação com a figura materna (dependência-independência, abandono-
culpa).
Mulher supreendida (MF) Relação com a figura paterna.
Possibilidade de contato afetivo-sexual.
7 Pai e filho (RH) Atitude frente à figura paterna.
Conteúdos homossexuais.
Tendências anti-sociais e atitudes frente á terapia.
Menina e boneca (MF) Relação com a figura materna.
Investiga problemática referente à maternidade.
8 A intervenção cirúrgica (RH) Agressividade (hetero ou auto).
Mulher pensativa (MF) Conflitos atuais e conteúdos de devaneios.
9 Grupo de vagabundos (RH) Atitudes frente ao trabalho e ao ócio.
Sentimento quanto a própria capacidade e possibilidade de atuação.
Relação com o próprio grupo e homossexualidade.
Mulheres na praia (MF) Competência feminina, espionagem, culpa, perseguição.
Atitudes frente ao perigo, ao desconhecido, ao proibido.
Investigação da relação entre ego real e ego ideal.
10 O abraço Evoca conflitos do casal e atitudes frente à separação.
Projeção de relações heterossexuais satisfatórias.
11 Paisagem primitiva de pedra Atitude frente ao desconhecido, ao perigo, ao instintivo.

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
6

Atitude do sujeito frente aos conteúdos inconscientes.


12 O hipnotizador (H) Pode revelar atitudes frente a figuras de autoridade
Frente à terapia e a situação do teste
Pode revelar, também, tendências homossexuais.
Mulher jovem e velha (F) Relações mãe-filha, crítica a aceitação do modelo materno.
Ansiedade frente ao envelhecimento.
Bote abandonado (RM) Fantasias desiderativas.
13 Mulher na cama (HF) Evoca atitudes frente às relações heterossexuais e à sexualidade
associada a agressividade.
Menino sentado na soleira (R) Evoca as carências, solidão, abandono e expectativas.
Menina subindo as escadas (M) Evoca as carências, solidão, abandono e expectativas.
14 Homem na janela Auto questionamento, contemplação e aspiração.
Se o homem for visto entrando no quarto, pode haver conteúdos sexuais.
15 No cemitério Evoca relação com a morte, culpa, castigo.
16 Em branco O sujeito é levado a projetar-se totalmente.
Em geral refere-se às necessidades mais prementes do indivíduo.
17 Acrobata (RH) Podem estar associadas a desejos de reconhecimento, narcisismo,
exibicionismo.
A ponte (FM) Temas de frustração, depressão e suicídio.
18 Atacado por trás (RH) Temática referente a vícios ou males físicos.
Agressão.
Mulher que estrangula (FM) Agressão.
Relações entre figuras femininas.
19 Cabana na neve Necessidade de proteção e amparo frente a um ambiente inóspito
20 Só sob a luz Indica as principais aflições e perspectivas.

ANÁLISE
1º) Torna-se importante o examinador leia o protocolo várias vezes para reter as várias
histórias e a interpretação prancha por prancha se misturarem. Deste modo, é possível identificar
os padrões que mais se repetem.
2º) Considera-se o que (conteúdo) e o como (facilidades e dificuldades). Nesta fase,
considera-se também a seqüência e a relação de aproximação x distanciamento do conteúdo ao
longo do processo.
3º) Investigação de várias possibilidades: como se percebe, suas principais necessidades e
conflitos, como percebe o ambiente que o cerca, perspectivas de resolução de suas dificuldades.
Para tal, consideram-se identificação do personagem, motivos e necessidades do personagem,
pressões do ambiente, desfecho e tema.

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
7

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROTAGONISTA / HERÓI


Por meio do herói (ou dos heróis) o examinando falará:
 A seu respeito (quem ele é).
 A respeito do meio no qual está inserido (como ele se relaciona).

1.1. Representações mais comuns do(s) herói(s)


 O próprio sujeito: quando é o personagem “mais parecido com o sujeito, não só quanto ao
sexo e faixa etária, como no que se refere a sentimentos, motivos, dificuldades e
emoções”.
 Forças internas conflitantes: Impulsos x Superego, fantasias de realização de desejo x
sentimentos de culpa, etc.
 Pessoas emocionalmente significantes para o sujeito: pais, parentes próximos, irmãos,
cônjuge, filhos, etc.
 O psicólogo: Às vezes aparece como um detetive, um investigador, um auditor, um
salvador, etc.
1.2. Em relação ao(s) herói(s) é importante identificar
a) Traços e tendências (quem é o sujeito): superioridade (capacidade, prestígio, poder),
inferioridade (incapacidade, desprestígio, debilidade), extroversão e introversão, etc.
b) Atitudes frente à autoridade (como o sujeito se relaciona): domínio x submissão, dependência
x independência, medo x agressão, gratidão x ingratidão, orgulho x humildade, etc.

2. MOTIVOS, TENDÊNCIAS E NECESSIDADES DO HERÓI

Murray (1977) definiu alguns tipos de necessidades. Dentre elas podem-se citar:
Necessidade Descrição
Afiliação Tornar-se íntimo de outrem, associar-se a outrem em assuntos comuns.
Fazer amizades e mantê-las.
Ligar-se afetivamente e fazer-se leal a um amigo

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
8

Agressão Vencer a oposição pela força.


Atacar, injuriar, matar.
Opor-se pela força ou punir outrem.
Destruição: Atacar ou matar animal ou planta. Quebrar, esmagar, queimar ou
destruir um objeto material.
Além disso, consideram-se as agressões físicas, psicológicas, verbais, sociais e
financeiras.
Agressão auto Culpar, criticar, reprovar, ou menosprezar a si próprio por causa de um pecado,
dirigida estupidez ou fracasso;
Sofrer sentimentos de inferioridade, culpa ou remorso.
Punir-se fisicamente.
Cometer suicídio.
Aquisição Adquirir bens materiais.
Furtar ou roubar bens.
Autonomia Libertar-se, remover a restrição, romper o confinamento.
Resistir à coerção e à restrição.
Não se sentir obrigado a cumprir ordens superiores.
Ser independente e agir segundo o impulso.
Não estar comprometido.
Romper com as convenções.
Aventura ou Buscar estímulos.
excitação Fugir da monotonia, arriscar-se, buscar emoções.
Conhecimento Perguntar e responder.
Interessar-se por teorias.
Especular, formular, analisar e generalizar.
Deferência Admirar e apoiar um superior;
Louvar, honrar, elogiar, sujeitar-se avidamente à influência de pessoa aliada;
Imitar o modelo;
Conformar-se com os costumes.
Domínio Controlar o ambiente.
Influenciar ou dirigir o comportamento alheio, através de sugestão, sedução,
persuasão ou ordem.
Dissuadir, restringir ou proibir.
Evitação da culpa Auto-justificação.
Defender-se do ataque, da crítica e da censura.
Ocultar ou justificar um malfeito, um fracasso ou uma humilhação.
Evitação de dano Evitação de dano, dor, dano físico, doença ou morte. Escapar de situação perigosa.
Tomar medidas de precaução. Neste caso, consideram-se também as psicológicas.
Exibicionismo Deixar uma impressão.
Ser visto ou ouvido.
Provocar, fascinar, causar admiração, divergir, impressionar, intrigar, seduzir.
Humilhação, Submeter-se passivamente a força externa;
submissão. Aceitar injúria, censura, crítica, punição;
Admitir inferioridade, erro, fracasso, defeito, confessar, pedir desculpa, prometer

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
9

fazer melhor;
Render-se, resignar-se passivamente ante a condições dificilmente suportáveis.
Censurar-se, diminuir-se ou mutilar-se.
Desejar sofrimento, punição, doença, infortúnio.
Comportamentos masoquistas.
Isolamento Esconder-se, fugir, esquivar-se;
Preferir estar sozinho.
Oposição Comportamento de opor-se a algo.
Ordem Por as coisas em ordem.
Promover a limpeza, o arranjo, a organização, o equilíbrio, a precisão.
Passividade Gozar de quietude, do relaxamento, do sono.
Sentir-se cansado ou preguiçoso após pequeno esforço.
Submeter-se aos outros por apatia ou inércia.
Proteção ou Prover as necessidades de pessoas desamparadas.
altruísmo. Ajudar alguém em perigo.
Alimentar, ajudar, consolar, proteger, currar, confortar, salvar algo de alguém.
Expressar simpatia em ação.
Ser amável e respeitador dos sentimentos de outros, encorajar, compadecer-se e
consolar.
Realização Trabalhar em algo importante com energia a persistência.
Esforçar-se por realizar algo meritório difícil.
Vencer obstáculos.
Progredir nos negócios, persuadir ou liderar um grupo.
Dirigir, manipular ou organizar objetivos físicos, seres humanos ou idéias.
Agir rápido e independente.
Superar-se rivalizar com os outros e superá-los.
Aumentar a auto-estima pelo uso bem sucedido dos seus talentos, criar alguma
coisa. Ambição manifestada em ação.
Rejeição Separar-se de uma influência negativa.
Excluir, abandonar um objeto inferior ou tornar-se indiferente a ele.
Repelir ou desprezar um objeto.
Retenção Segurar e manter preso objeto, pessoa ou situação.
Sensualidade Procurar, buscar e desfrutar impressões sensuais.
Sexo Buscar e desfrutar com a companhia de sexo oposto.
Ter relações sexuais.
Apaixonar-se ou casar-se.
Ajuda, Socorro. Procurar ajuda ou consolo.
Solicitar ou depender de alguém para ser estimulado, para ter clemência, apoio,
proteção e cuidados.

3. PRESSÕES DO AMBIENTE

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
10

 Como o sujeito percebe as pressões (reais ou fantasiadas) advindas do meio em que está
inserido. É um meio dificultoso, obstaculizador, ou permeável, favorável à realização das
necessidades, motivos ou intenções do herói?
 Partindo da realidade da lâmina, que elementos o sujeito utiliza, acrescenta ou distorce
para construir o ambiente da história.
Principais tipos de pressões relacionadas por Murray (1977) e que representariam as necessidades
dos personagens com os quais o herói se relaciona:
Aquisição Respeito Retenção
Afiliação Domínio Sexo
Agressão Exemplo Socorro
Conhecimento Exposição Carência
Deferência Proteção Perigo Físico
Conformismo Rejeição Ataque Físico
4. DESFECHO
O desfecho vai indicar a natureza da solução que o herói dá aos conflitos, necessidades, e
pressões que enfrenta.
O examinador deve se atentar para:
 O êxito ou fracasso do herói na resolução do conflito;
 A natureza da resolução apresentada: mágica, realista ou convencional;
 A consciência que o herói demonstra de suas dificuldades;
 A dissociação ou integração das percepções do herói.

5. TEMA
Análise da adequação do conteúdo das histórias com os significados padronizados das lâminas.
Segundo Rapaport:
 Quanto mais uma história que se desvia do material padronizado, tanto mais significativo
e importante será o seu conteúdo ideacional.
 Quanto maior for o número de histórias que se desviam dos significados padronizados,
menor é a probabilidade de que uma, em particular, expresse a história interna do sujeito

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
11

 Um grande número de histórias que se desviam dos significados padronizados pode


indicar a presença de patologia.

6. COMPREENDENDO MELHOR A ANÁLISE O QUE X COMO


O que (conteúdo) – o que se destaca nas histórias do examinando?
Como (padrão de funcionamento) – como a pessoa lida com o material e/ou com o conteúdo que
apresenta nas histórias?
Algumas dicas que ajudam nesse processo:
1- Faça um levantamento das necessidades que aparecem com mais freqüência e, também,
das que a pessoa destacou enquanto contava a história;
2- Faça um levantamento das pressões ambientais que aparecem com mais freqüência e,
também, das que a pessoa destacou enquanto contava a história;
3- Faça um levantamento se a maioria das histórias termina de modo positivo ou negativo;
4- Verifique se a maioria das histórias são clichês ou não. Caso haja respostas não clichês,
avalie seu significado. 1- de acordo com a freqüência de resposta clichê e 2- reflita sobre
qual era a temática esperada e qual temática foi apresentada.
5- Caso haja alguma história cujo tempo de latência ou de contar a história tenham sido
demasiado longo, reflita sobre o conteúdo da história e veja se há alguma relação com as
análises anteriores:
a- Verifique se há alguma relação entre as necessidades que se destacam com as
pressões ambientais, desfecho da história ou temática específica. Caso haja, faça
associação entre as mesmas;
b- Verifique se há alguma relação entre as pressões ambientais que se destacam com o
desfecho da história ou temática específica. Caso haja, faça associação entre as
mesmas;
c- Verifique se há alguma relação entre os desfechos (+/-) com a temática específica da
prancha e Tb com o conteúdo (o que) da história. Caso haja, faça associação entre as
mesmas;
d- Verifique se há alguma relação entre a temática específica com o tempo de latência e
com o tempo de contar a história.

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
12

Obs: Caso consiga relacionar os dados da interpretação do instrumento com as observações sobre
o examinando, podem as expor no decorrer da análise.

7. COMO CONCLUIR
Na conclusão do documento, o psicólogo vai expor o resultado e/ou considerações a
respeito de sua investigação a partir das referências que subsidiaram o trabalho (neste caso a
observação clinica e o instrumento T.A.T.). As considerações geradas pelo processo de
avaliação psicológica devem transmitir ao solicitante a análise da demanda em sua complexidade
e do processo de avaliação psicológica como um todo (faça um resumo do que se destacou no
processo de avaliação).
Vale ressaltar a importância de sugestões e projetos de trabalho que contemplem a
complexidade das variáveis envolvidas durante todo o processo (qual o encaminhamento? No
caso de vcs, mencionar que se trata de uma situação de aprendizagem e citar que não há
devolutiva por isso).
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Anastasi, A. & Urbina, S. (2000). Testagem Psicológica. Porto alegre: ArtMed

Cunha, J.A. (org.) (2000). Psicodiagnóstico V. Porto Alegre: Artes Médicas.

Murray, H. A. (1938). Explorations in Personality. New York: Oxford University Press.

Murray, H.A. (1995). TAT: Teste de Apercepção Temática. Adaptação de M.C.V. Moraes Silva.
São Paulo: Casa do Psicólogo.

Primi, R. & Munhoz, A. M. H. (sem data) Técnicas de exame psicológico III - Guia de estudo.
Universidade São Francisco (mimeo).

“Material exclusivo para aprendizagem, vedado uso para demais


finalidades”
Folha auxiliar para codificação do T.A.T.

Data de aplicação__________
Nome: ____________________________________________________data de nascimento________ escolaridade __________,
profissão __________________________ Motivo da aplicação ___________________________________________________

Prancha Herói Motivos, tendências e Pressões do Desfecho Tema


necessidades ambiente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20

Você também pode gostar