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PEQUENOS MUNICÍPIOS1
André Maurício Sanábio Freesz
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Artigo elaborado em 2007, para o Curso de Especialista em Planejamento e Gestão Social – UFJF.
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de despesas com a folha de pagamento pelo prazo de 180 dias antes do final do
mandato; Critério de transparência – as contas públicas devem ser consolidadas
e divulgadas à população. Torna-se obrigatório a apresentação de um Relatório
de Gestão Fiscal que apresentará as contas da União, Distrito Federal, estados e
municípios. Parte-se de uma premissa bastante simples: “a irresponsabilidade
praticada hoje em qualquer nível de governo, resultará em mais impostos,
menos investimentos ou mais inflação, que é o mais perverso dos impostos pois
incide sobre o mais pobres”.2
O foco primordial da LRF é a responsabilidade na gestão fiscal que se
traduz na observância de alguns princípios: a ação planejada e transparente; o
equilíbrio das contas públicas; o acatamento dos limites e condições quanto à
renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, seguridade social entre
outras, as dívidas e inscrições em Restos a Pagar.
Desta forma a administração municipal é compelida a executar um
Planejamento macro e micro em sua totalidade de ação.
Portanto as possibilidades de intercessão e transversalidade de recursos,
projetos e ações entre os diversos entes estruturantes da administração municipal
tornam-se mais objetiváveis, incidindo diretamente na capacidade de retorno da
contribuição dos cidadãos em geral – como serviços e outros – de forma eficaz e
eficiente.
A LRF foi criada há cinco anos e nesse período o Congresso Nacional
ainda não apreciou a criação do Conselho de Gestão – que terá a missão de
acompanhar a situação e uniformizar as interpretações dos artigos da LRF.
Atualmente os Tribunais de Contas é quem tem realizado a apreciação dos
gastos dos administradores públicos.
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A LRF consagra os valores defendidos por todos que trabalham nos
órgãos de controle. Em síntese, ela vincula a despesa à receita, de modo que o
Administrador Público não gaste mais do que arrecadou; caso contrário poderá
pagar multa, perder o cargo, ou, até mesmo, ser preso. Deixar dívida em aberto,
sem que o sucessor receba um planejamento sobre os recursos que irá saldá-la,
pode ser agora um péssimo negócio3.
A LRF focaliza o processo orçamentário, e atribuiu um papel mais
importante ao Plano Pluri-Anual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
O Orçamento Público é o mecanismo que disciplina a ação estatal em um
determinado período de tempo.
O Orçamento Público deve contribuir para o planejamento
governamental, indicando com clareza os objetivos perseguidos pelo governo,
permitindo à sociedade acompanhar as ações desenvolvidas.
Trata-se, portanto, de um ato preventivo e autorizativo das despesas que o
Estado ou qualquer de seus entes deve efetuar em certo período de tempo, em
geral, correspondente ao exercício financeiro4. Dessa forma, o orçamento serve
de instrumento de controle dos gastos na moderna administração pública.
No âmbito do governo federal e demais entes, a Constituição atual
estabeleceu os seguintes instrumentos de planejamento governamental:
Lei do Plano Plurianual - PPA;
Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO;
Lei Orçamentária Anual - LOA.
Com base nesses instrumentos, podemos dividir o planejamento
governamental em:
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Confira in Freesz, Luiz Alberto Sanábio. A Auditoria Governamental como Ferramenta de Controle cos Gastos
Públicos. Monografia apresentada à Faculdade Machado Sobrinho como requisito para obtenção do título de
Especialista em Auditoria e Contabilidade Gerencial. Juiz de Fora, 2002.
4
O exercício financeiro coincidirá com o ano civil, conforme artigo 34 da Lei 4320, de 23 de março de 1964.
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• Planejamento Estratégico: tem como peça-chave o PPA e
compreende as diretrizes que relacionam o presente ao futuro da organização,
direcionando as ações a uma estrutura idealizada.
• Planejamento Operacional: tem como documentos básicos a LDO e
a LOA. Refere-se às diretrizes e interações presentes que, com base na situação
atual e tendo em vista os recursos disponíveis, procura maximizar os resultados
no período.
O ciclo orçamentário pode então ser definido como um processo de
caráter contínuo através do qual se elabora, discute, aprova, executa, controla e
avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físico e
financeiro. Logo, o ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que
se processam as atividades típicas do orçamento público, desde a sua concepção
até a apreciação final.
O processo orçamentário é um conjunto de etapas e procedimentos a
serem cumpridos com o propósito de elaborar e aprovar o orçamento do setor
público. Compreende as atividades de elaboração do orçamento, a cargo das
unidades do Poder Executivo, e as atividades de apreciação da proposta
orçamentária pelos órgãos técnicos do Poder Legislativo, facultado a estes as
modificações entendidas como necessárias, observadas as limitações legais e
constitucionais.
O PPA tem por objetivo formular as diretrizes para as finanças públicas
no período do plano, identificar e avaliar os recursos disponíveis para o
desenvolvimento das ações do setor público, estabelecer as despesas segundo
cada programa de governo, etc. As diretrizes definidas pelo PPA nortearão a
captação, gestão e gastos de recursos durante o período do plano, ou seja,
objetivam a qualidade dos gastos públicos.
Assim, o PPA busca alocar os recursos públicos de modo eficiente e
racional, com base nas modernas técnicas de planejamento. É a partir da
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definição das diretrizes, metas e objetivos que a administração pública
desenvolve suas ações, objetivando alcançar o desenvolvimento do país.
Os principais pontos do PPA são:
Organização em programas;
Definição de indicadores e metas;
Transparência na aplicação dos recursos públicos;
Melhoria no desempenho gerencial da administração pública;
Ênfase nos resultados.
No âmbito municipal, o projeto de lei do PPA será encaminhado pelo
Chefe do Executivo Municipal para a Câmara Municipal. Por este motivo se diz
que a iniciativa em matéria orçamentária é do Poder Executivo, mas a
competência para legislar é do Poder Legislativo, visto que a proposta será
discutida e votada na Comissão de Orçamento, podendo ser emendada. O PPA
possui natureza de lei ordinária
A lei que instituir o PPA estabelecerá, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes,
assim como aquelas relativas aos programas de duração continuada.
Os planos e programas serão elaborados de acordo com o PPA, conforme
determina a CF/88. Nesse sentido, as emendas ao projeto da LDO não poderão
ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no PPA, ou em lei que autorize a
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
O projeto do PPA deve ser submetido a Câmara Municipal até 4 meses
antes do encerramento do 1º ano do mandato do Chefe do Executivo Municipal
e devolvido para sanção até o final da sessão legislativa, cobrindo o período que
vai do início do 2º ano do mandato ao final do 1º ano do mandato seguinte.
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Essa defasagem entre a vigência do PPA e os mandatos dos governantes
foi criada por dois motivos: primeiro, por que a discussão e a aprovação de um
plano tão abrangente como o PPA só é viável depois da posse de cada novo
governante, e, segundo, por ser racional que se articulem mecanismos que
permitam à nova administração dar continuidade às ações em andamento.
É da competência do Poder Legislativo Municipal, conforme artigo 48 da
CF/88, dispor sobre o plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento
anual, operações de crédito, dívida pública e emissão de curso forçado, plano e
programas setoriais de desenvolvimento.
A LDO é o instrumento instituído pela CF/88 para fazer a transição entre
o PPA e a LOA. É por meio dela que são estabelecidas, em cumprimento ao
disposto no artigo 165 da CF/88, desde as metas e prioridades da administração
pública federal até as disposições sobre alterações na legislação tributária da
União. A LDO possui natureza de lei ordinária.
Assim, os orçamentos anuais (fiscal, seguridade social e de
investimentos), que formam o orçamento unificado, bem como os demais
projetos de caráter financeiro, terão como referencial para sua elaboração as
regras definidas pela LDO. Deve-se ressaltar que a CF não permite a fixação de
despesas sem que estejam definidas as respectivas fontes de receitas.
O planejamento da atividade da administração pública, em sintonia com o
orçamento, é reafirmado pela CF, pois esta determina que as emendas ao projeto
de LDO devam guardar compatibilidade com o PPA. Caso contrário, as
diretrizes do orçamento não poderão ser aprovadas.
O art. 165 da CF dispõe:
“A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente,
orientará a elaboração da LOA, disporá sobre as alterações da legislação
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tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais
de fomento.”
O projeto da LDO deverá ser encaminhado pelo Chefe do Executivo
Municipal à Câmara Municipal até 15 de abril de cada ano (“até oito meses e
meio antes do encerramento do exercício financeiro”) e devolvido para sanção
até 30 de junho (“até o encerramento do primeiro período da sessão
legislativa”).
O não acatamento do prazo pelo Executivo motiva a instauração de
processo por crime de responsabilidade, enquanto a sua não aprovação pelo
Legislativo, conduz à automática prorrogação da sessão legislativa, por força do
que dispõe o artigo 57 da CF/88 (“A sessão legislativa não será interrompida
sem a aprovação do projeto de LDO”).
8. AVALIAÇÃO DA
EXECUÇÃO 4. EMENDAS
ORÇAMENTÁRIA PARLAMENTARES
7. CONTROLE DA
6. EXECUÇÃO
EXECUÇÃO 5. APROVAÇÃO DA LOA
ORÇAMENTÁRIA
ORÇAMENTÁRIA
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3. O IMPACTO DA LRF NAS CONTAS PÚBLICAS DE PEQUENOS
MUNICÍPIOS
A LRF determina que seja gasto pelos municípios com despesa de pessoal
o limite de até 60% (54% com pessoal do executivo e 6% com pessoal do
legislativo) da receita corrente líquida (arrecadação, menos transferências
voluntárias, como os repasses da saúde e da educação), com relação aos
investimentos na área de educação e saúde os mesmos devem corresponder
respectivamente a 25% e 15% da receita corrente líquida. Computados os
valores respectivos o município tem suas despesas com saúde e educação
compulsoriamente no mínimo a 40% de sua receita, dispondo somente de 60%
de suas receitas para as despesas com pessoal e outros investimentos.
Partindo do fato de que as despesas com pessoal(limite máximo
estabelecido), educação e saúde(limites de investimento estabelecidos) são
fortemente vinculadas a finalidades específicas e podem não ter sofrido
reduções em virtude da LRF e recaem sobre as outras áreas as reduções de
investimento. Em muitos casos, as despesas com pessoal sofreram redução
devido ao fato de haverem decisões judiciais que descontaram do cálculo
despesas de pessoal as advindas com aposentados e pensionistas.
Em pequisa realizada pela Diretoria de Estudos Regionais e Urbanos do
IPEA, com base em dados do Finbra – sistema criado pela Secretaria do Tesouro
Nacional, que reune informações contábeis dos poderes estadual e municipal,
indica que 563 municípios (60%) passaram a gastar mais com despesas de
pessoal, prevalecendo cidades menores com arrecadação baixa e estagnada.
Em estudo publicado em 2006 o IPEA indica que dos 29 pequenos
municípios que compõem a Zona da Mata Mineira, 20(69%) destes aumentaram
suas despesas com pessoal após a promulgação da LRF5.
5
Despesas com pessoal aumentaram depois da LRF. Jornal Tribuna de Minas. 21 e 22 de janeiro de 2007. página
5.
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DEMONSTRATIVO RELATIVO A DESPESAS COM PESSOAL
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Deve-se chamar atenção para a correspondência entre o processo de
descentralização de diversos serviços da esfera pública federal para o âmbito
municipal e sua correspondente necessidade de recursos humanos e de
infraestrutura para o atendimento dos mesmos, isso impactou
sobremaneiramente as despesas dos municípios.
Com relação aos municípios pequenos o impacto da LRF é maior, com
relação às despesas de pessoal, pois a arrecadação dos mesmos é muito pequena
e cresce pouco a cada ano, ou em alguns casos até decresce, isso faz com que o
impacto das despesas com pessoal seja cada vez maior. No município de
pequeno porte onde há pouca atividade econômica, as prefeituras têm
funcionado como o maior agente empregador.
Dos 29 municípios citados encontram-se com PIB percapta abaixo de R$
4.000,00 dezenove municípios, dentre os mesmos somente três municípios ( dois
mantiveram seus indices e outro diminuiu) não aumentaram seus gastos com
pessoal após a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal. O aumento das
despesas com pessoal após a LRF incide de 4% a 10% em 12 municípios e em
tres outros municípios encontramos respectivamente taxas de 11%, 15% e 20%.
Um município não informou os dados necessários para essa pesquisa.
Com relação aos 10 municípios com PIB percapta acima de R$ 4.000,00,
quatro municípios diminuiram seus gastos com pessoal e um outro manteve seu
índice de gastos com pessoal após a promulgação da Lei de Responsabilidade
Fiscal. Os outros municípios aumentaram seus gastos variando em percentuais
de 1% a 9%.
Comparando-se os dois segmentos pode-se concluir que recai sobre os
municípios de pequeno porte um volume de serviços que os mesmos
constitucionalmente devem prestar, incidindo diretamente para o aumento das
despesas com pessoal, engessando-se assim toda a possibilidade de
investimentos em outras áreas que não as de despesas vinculadas.
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COMPARATIVO VARIAÇÃO
DESPESAS COM PESSOAL, POPULAÇÃO E PIB PERCAPTA
Despesas c/
PIB
Pessoal População
MUNICÍPIO percapta
Variação 2004
2004
após a LRF
Bias Fortes 5% 4.156 2.703,91
Aracitaba 6% 1.925 2.782,51
Pedro Teixeira 7% 1.887 3.069,93
Senador Cortes 6% 2.078 3.076,51
Chiador 9% 2.988 3.088,97
Olaria 8% 2.315 3.090,96
Goianá 0% 3.438 3.223,29
Santa Rita do Ibitipoca 7% 3.736 3.255,55
Guarará 0% 4.347 3.364,44
Lima Duarte 8% 16.255 3.385,93
Ewbanck da Câmara S/informação 3.773 3.389,31
Oliveira Fortes 11% 2.126 3.511,53
Rio Preto 20% 5.374 3.583,74
Pequeri -1% 3.170 3.769,76
Maripá de Minas 4% 2.752 3.771,31
Rio Novo 9% 8.791 3.845,15
Paiva 8% 1.728 3.873,25
Rochedo de Minas 9% 2.092 3.891,37
Santana do Deserto 15% 3.957 3.978,40
Bicas 1% 13.590 4.070,74
Chácara -4% 1.915 4.340,90
Santa Rita do Jacutinga 2% 5.267 4.353,97
Coronel Pacheco -5% 2.719 4.415,73
Descoberto -11% 4.761 4.998,30
Santa Barbara do Monte Verde 0% 2.255 5.042,78
Belmiro Braga 3% 3.146 5.098,67
Piau 9% 3.001 5.571,91
Simão Pereira 7% 2.512 6.243,81
Matias Barbosa -1% 13.025 9.724,42
Fonte: IPEA
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4. CUMPRIMENTO DAS DETERMINAÇÕES DA LRF
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PERCENTUAL GASTO COM SAÚDE - EC Nº29- CF (%)
Anos: 2000-2004
Município 2000 2001 2002 2003 2004
Aracitaba 8,05 15,80 16,14 22,06 16,18
Belmiro Braga 20,08 20,97 22,49 24,30 25,02
Bias Fortes 21,85 26,26 16,78 17,39 18,60
Bicas 13,29 17,53 22,72 17,26 20,23
Chácara 14,28 15,00 17,99 18,00 19,51
Chiador 17,61 17,30 18,27 18,28 17,67
Coronel Pacheco 17,15 17,71 20,67 22,38 22,60
Descoberto 19,35 17,28 19,58 24,02 16,70
Ewbank da Câmara 12,46 13,12 13,73 20,05 20,80
Goianá 8,21 10,74 12,21 13,77 15,81
Guarará 16,66 19,25 18,30 22,11 18,61
Lima Duarte 10,60 23,24 24,61 24,41 22,35
Mar de Espanha - 9,07 16,97 18,21 15,39
Maripá de Minas 10,60 11,48 14,26 15,99 16,59
Matias Barbosa 27,12 29,57 29,67 26,84 25,14
Olaria 13,21 14,63 15,88 16,18 15,87
Oliveira Fortes 13,24 15,87 14,86 16,23 18,21
Paiva 11,24 13,20 17,00 16,65 15,51
Pedro Teixeira 16,08 13,28 13,42 15,04 15,28
Pequeri 10,94 13,13 13,59 16,14 16,79
Piau 13,90 15,79 15,72 16,64 16,60
Rio Novo 7,79 9,64 12,16 13,24 15,22
Rio Preto 8,69 15,44 18,05 15,11 16,71
Rochedo de Minas 8,23 11,41 15,81 20,83 18,91
Santa Bárbara do Monte Verde 13,93 15,19 17,52 13,73 11,24
Santa Rita de Jacutinga 17,18 19,66 16,45 15,87 14,52
Santa Rita do Ibitipoca 15,03 19,35 21,85 17,68 17,90
Santana do Deserto 19,32 18,90 24,58 25,78 22,76
Senador Cortes 11,21 14,47 13,76 16,08 18,42
Simão Pereira 14,82 14,90 15,40 16,72 16,25
Fonte: Indice Mineiro de Responsabilidade Social - 2005
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PERCENTUAL GASTO COM EDUCAÇÃO - Art. 212 - CF (%)
Anos: 2000-2004
Município 2000 2001 2002 2003 2004
Aracitaba 33,68 34,34 33,03 32,88 33,38
Belmiro Braga 25,30 28,37 28,04 27,14 27,64
Bias Fortes 27,25 25,06 24,39 25,76 25,56
Bicas 28,67 27,24 26,74 26,25 25,62
Chácara 26,42 26,44 27,02 27,22 26,00
Chiador 34,66 33,84 30,27 29,53 27,81
Coronel Pacheco 27,12 26,19 27,21 25,11 25,08
Descoberto 29,53 29,59 35,12 34,26 30,50
Ewbank da Câmara 26,70 27,94 28,36 28,35 28,75
Goianá 25,31 28,09 25,19 26,56 25,54
Guarará 27,54 28,57 28,04 28,32 28,83
Lima Duarte 25,72 25,12 25,86 30,55 28,16
Mar de Espanha 28,22 31,27 36,37 29,06 27,78
Maripá de Minas 26,88 29,24 29,48 25,96 25,91
Matias Barbosa 26,53 27,31 26,36 26,69 25,81
Olaria 29,93 28,84 27,17 30,71 27,25
Oliveira Fortes 27,35 28,35 25,68 25,45 24,81
Paiva 35,97 30,89 28,26 28,67 25,67
Pedro Teixeira 33,05 30,63 28,27 28,65 30,00
Pequeri 25,70 26,36 25,10 25,57 24,77
Piau 30,56 25,46 28,28 25,92 25,22
Rio Novo 29,66 29,27 30,04 27,31 26,50
Rio Preto 29,89 25,39 26,61 25,29 27,10
Rochedo de Minas 25,53 25,93 29,56 27,14 28,19
Santa Bárbara do Monte Verde 28,37 27,43 32,47 31,37 27,40
Santa Rita de Jacutinga 26,21 32,57 28,53 26,46 27,91
Santa Rita do Ibitipoca 35,22 30,91 30,22 31,17 28,65
Santana do Deserto 29,40 26,11 25,99 25,14 25,09
Senador Cortes 27,62 27,75 25,01 29,54 26,80
Simão Pereira 26,00 28,15 28,03 28,57 29,27
Fonte: Indice Mineiro de Responsabilidade Social – 2005
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PERCENTUAL GASTO COM PESSOAL – LRF – LC nº 101/00
Anos: 2000-2004
Município 2000 2001 2002 2003 2004
Aracitaba 37,42 37,18 35,39 45,66 41,31
Belmiro Braga 34,19 39,22 38,80 42,61 43,91
Bias Fortes 38,60 31,62 42,63 52,14 43,51
Bicas 48,32 43,86 53,92 58,76 53,61
Chácara 45,89 42,68 41,49 50,91 47,35
Chiador 34,75 49,39 46,33 54,01 52,37
Coronel Pacheco 47,25 41,20 47,45 53,12 50,55
Descoberto 42,14 36,76 33,11 41,59 46,10
Ewbank da Câmara 35,86 38,65 45,76 61,80 53,12
Goianá 35,41 35,57 33,51 44,70 44,76
Guarará 0,00 43,20 43,35 52,83 50,82
Lima Duarte 30,20 40,53 40,64 46,05 49,00
Mar de Espanha 0,00 36,47 46,59 57,42 51,40
Maripá de Minas 44,97 44,17 42,16 52,55 53,07
Matias Barbosa 45,22 43,62 47,16 52,74 47,55
Olaria 29,49 32,73 31,17 40,03 43,11
Oliveira Fortes 0,00 40,81 41,66 51,57 46,48
Paiva 0,00 39,91 38,04 48,26 46,88
Pedro Teixeira 44,35 43,37 42,98 53,79 54,63
Pequeri 37,89 39,64 36,43 45,41 47,28
Piau 33,26 29,78 31,76 42,57 45,55
Rio Novo 45,74 44,87 47,76 56,59 53,28
Rio Preto 25,27 40,65 43,27 52,72 48,33
Rochedo de Minas 33,86 42,47 44,08 49,34 48,92
Santa Bárbara do Monte Verde 39,56 37,88 44,60 49,23 43,67
Santa Rita de Jacutinga 43,36 51,61 43,84 50,67 49,63
Santa Rita do Ibitipoca 37,01 41,12 42,27 56,78 57,34
Santana do Deserto 40,21 41,54 40,59 51,72 49,40
Senador Cortes 35,54 32,79 35,70 45,81 43,98
Simão Pereira 35,32 35,42 39,26 48,24 51,99
Fonte: Indice Mineiro de Responsabilidade Social – 2005
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EVOLUÇÃO DAS RECEITAS CORRENTES MUNICIPAIS
Receita corrente Município 2000 2001 2002 2003 2004
Aracitaba 1.809.566,15 2.131.201,23 2.545.468,90 2.740.112,67 3.071.960,39
Belmiro Braga 2.373.521,66 2.737.973,48 3.230.297,38 - 4.561.994,26
Bias Fortes 2.188.707,00 3.081.611,23 2.976.505,40 3.023.894,53 -
Bicas 4.275.899,00 5.551.619,79 - 7.097.568,73 7.827.919,69
Chácara 1.981.759,90 2.328.065,97 2.769.616,84 3.117.253,68 3.747.759,31
Chiador 2.176.966,98 2.507.520,24 2.836.112,10 3.183.219,00 3.570.200,43
Coronel Pacheco 2.249.765,45 2.655.761,26 3.121.047,29 3.313.379,00 3.774.621,44
Descoberto 2.285.875,65 2.748.596,89 3.659.529,69 3.727.459,41 4.329.709,96
Ewbank da Câmara 2.066.396,65 2.424.343,18 - 3.039.111,27 3.374.072,27
Goianá 2.067.297,45 - 3.072.743,93 3.104.230,60 3.582.189,82
Guarará 2.326.649,16 2.710.898,90 3.186.791,45 3.533.561,75 3.955.324,13
Lima Duarte 4.622.069,77 5.504.381,81 - - 8.742.297,37
Maripá de Minas 1.973.772,00 2.403.840,00 2.617.907,00 3.241.604,00 3.564.548,45
Matias Barbosa 4.133.242,51 4.938.613,99 5.712.963,54 6.244.961,82 8.400.230,53
Olaria 1.979.530,05 2.324.721,12 - 3.073.454,13 3.543.901,64
Oliveira Fortes 1.897.502,25 2.232.887,96 - 2.820.000,98 3.543.901,64
Paiva 2.219.175,42 2.105.790,32 2.661.263,72 2.855.731,73 3.225.924,38
Pedro Teixeira 1.800.097,10 1.783.800,04 2.626.241,74 2.802.141,23 3.178.427,43
Pequeri 2.278.336,00 2.576.478,27 3.221.466,03 3.511.702,03 3.898.763,94
Piau 1.932.280,26 2.389.199,54 2.984.301,79 3.355.128,40 3.723.685,93
Rio Novo 3.563.575,05 4.156.093,94 4.987.984,34 5.021.336,76 3.723.685,93
Rio Preto 2.844.264,48 2.982.884,98 4.112.097,02 4.458.780,75 5.090.119,92
Rochedo de Minas 2.056.180,80 2.683.935,86 3.284.429,98 3.814.442,53 3.814.442,53
Santa Bárbara do Monte Verde 2.137.558,55 2.129.307,45 3.002.152,94 3.207.715,72 3.663.898,85
Santa Rita de Ibitipoca 1.964.656,78 2.278.918,00 - - 3.520.409,54
Santana do Deserto 2.358.409,94 2.803.374,27 3.629.437,66 3.629.437,66 4.057.966,17
Senador Cortes 2.054.548,67 2.390.562,57 - - 3.379.205,35
Simão Pereira 2.661.804,28 3.067.984,85 3.574.022,46 3.794.501,80 4.503.977,56
Fonte: Ipea
16
VARIAÇÃO PERCENTUAL DAS RECEITAS CORRENTES MUNICIPAIS
Receita
corrente-R$ 2000 2001 2002 2003 2004 Variação
Município 2000/2004
2.219.175,4 2.105.790,3 2.661.263,7 2.855.731,7 3.225.924,3
Paiva 2 2 2 3 8 31%
2.176.966,9 2.507.520,2 2.836.112,1 3.183.219,0 3.570.200,4
Chiador 8 4 0 0 3 39%
2.249.765,4 2.655.761,2 3.121.047,2 3.313.379,0 3.774.621,4
Coronel Pacheco 5 6 9 0 4 40%
2.661.804,2 3.067.984,8 3.574.022,4 3.794.501,8 4.503.977,5
Simão Pereira 8 5 6 0 6 41%
1.809.566,1 2.131.201,2 2.545.468,9 2.740.112,6 3.0719.60,3
Aracitaba 5 3 0 7 9 41%
2.326.649,1 2.710.898,9 3.186.791,4 3.533.561,7 3.955.324,1
Guarará 6 0 5 5 3 41%
2.278.336,0 2.576.478,2 3.221.466,0 3.511.702,0 3.898.763,9
Pequeri 0 7 3 3 4 42%
2.358.409,9 2.803.374,2 3.629.437,6 3.629.437,6 4.057.966,1
Santana do Deserto 4 7 6 6 7 42%
1.800.097,1 1.783.800,0 2.626.241,7 2.802.141,2 3.178.427,4
Pedro Teixeira 0 4 4 3 3 43%
2.844.264,4 2.982.884,9 4.112.097,0 4.458.780,7 5.090.119,9
Rio Preto 8 8 2 5 2 44%
1.973.772,0 2.403.840,0 2.617.907,0 3.241.604,0 3.564.548,4
Maripá de Minas 0 0 0 0 5 45%
17
2.056.180,8 2.683.935,8 3.284.429,9 3.814.442,5 3.814.442,5
Rochedo de Minas 0 6 8 3 3 46%
1.981.759,9 2.328.065,9 2.769.616,8 3.117.253,6 3.747.759,3
Chácara 0 7 4 8 1 47%
2.285.875,6 2.748.596,8 3.659.529,6 3.727.459,4 4.329.709,9
Descoberto 5 9 9 1 6 47%
1.932.280,2 2.389.199,5 2.984.301,7 3.355.128,4 3.723.685,9
Piau 6 4 9 0 3 48%
4.133.242,5 4.938.613,9 5.7129.63,5 6.244.961,8 8.400.230,5
Matias Barbosa 1 9 4 2 3 51%
Fonte: Ipea
Dos dados informados pelos municípios ao Ipea, inúmeros não forneceram os dados completos, incorrendo
no expurgo dos mesmos para não comprometer a análise comparativa proposta da variação das receitas correntes.
18
A comparação entre a variação das receitas correntes municipais e das
despesas com pessoal apresenta algumas considerações que merecem destaque
os municípios de Coronel Pacheco, Chácara. Descoberto e Matias Barbosa
apresentam uma baixa variação no percentual de gastos com pessoal no período
de 2000 a 2004.
As variações mais altas no percentual de gastos com pessoal no período
de 2000 a 2004 podem ser constatadas nos seguintes municípios: Chiador e Rio
Preto.
Pode-se observar que a variação no período em questão, das Receitas
Correntes Municipais apresenta índices bastante próximos. Destaca-se somente
o município de Matias Barbosa, dado à política de isenções e redução de tributos
fiscais municipais havendo uma migração de empresas que se instalariam em
Juiz de Fora e que se deslocaram para Matias Barbosa dado à proximidade deste
município e a algumas infra-estruturas criadas no mesmo que favoreceram a
implantação dessas empresas, concorrendo assim para um aumento significativo
de suas receitas correntes municipais.
19
CONCLUSÃO
20
consequentemente gerou uma despesa com pessoal cada vez mais ascendente em
seus custos.
A maioria dos municípios analisados comprometeu seus gastos com
despesas vinculadas de pessoal, saúde e educação com um índice mínimo total
de 86% de seus gastos, no ano de 2004.
Portanto cabe destacar que os administradores municipais passaram a ter
os limites com gastos de pessoal enunciados na LRF como uma meta e não um
limitador de seus custos com este item.
A queda no investimento causada pela LRF pode influenciar
significativamente o provimento futuro de bens e serviços públicos nos
municípios.
Portanto, a capacidade de investimento do município em outras áreas
como a Assistência Social, Infra-estrutura entre outras, fica bastante
comprometida.
Com o aumento das receitas não vinculadas, que podem ser utilizadas
com maior cuidado técnico, é possível atender melhor as demandas por
investimento dos habitantes sem deixar de adequar-se o cumprimento das
determinações elencados na Lei de Responsabilidade Fiscal.
21
BIBLIOGRAFIA
LEGISLAÇÃO
22