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RESUMO FARMACOLOGIA
Assunto: Antipsicóticos
Interação dopamina X serotonina
Funções da dopamina
o Recompensa (motivação)
o Prazer, euforia
o Função motor (ajuste fino)
o Compulsão
o Perseveração
Funções
o Humor
o Processamento da memoria
o Sono
o Cognição,
Síntese de dopamina
Ela é uma Catecolamina
Formada a partir do Núcleo de catecol que vira
dopamina, noradrenalina e epinefrina
A DA é sintetizada da tirosina no citoplasma do
neurônio e, a seguir, é transportada ao interior de
vesículas secretoras para armazenamento e liberação
Com a estimulação da célula nervosa, as vesículas de
armazenamento de DA fundem-se com a membrana
plasmática de modo dependente de Ca 2+ , liberando
DA na fenda sináptica. Na fenda, a DA pode ligar-se
tanto a receptores de DA pós-sinápticos quanto a
autorreceptores de DA pré-sinápticos.
Há vários mecanismos para remover a DA sináptica e
interromper o sinal produzido pelo neurotransmissor.
A maior parte da DA liberada na fenda sináptica é
transportada de volta à célula pré-sináptica por uma
proteína transmembrana de 12 domínios, o
transportador de dopamina (TDA).
O TDA pertence à família de bombas de recaptação de
catecolaminas.
Metabolismo da
dopamina
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O Circo
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Assunto: Antipsicóticos
o A dopamina (DA) é sintetizada no citoplasma e transportada para vesículas secretoras por ação de
um antiportador de prótons de monoaminas não seletivo (TVMA), que é impulsionado pelo
gradiente eletroquímico criado por uma ATPase de prótons. Com a estimulação da célula nervosa, a
DA é liberada na fenda sináptica, na qual o neurotransmissor pode estimular receptores de
dopamina pós-sinápticos e autorreceptores de dopamina pré-sinápticos. A DA é transportada para
fora da fenda sináptica pelo transportador de dopamina (TDA) seletivo acoplado ao Na + . A DA
citoplasmática é novamente transportada dentro de vesículas secretoras pelo TVMA ou degradada
pela enzima monoaminaoxidase(MAO).
o A inibição seletiva da MAO-B é utilizada para aumentar a função da dopamina no SNC, e geralmente
é bem tolerada. Por outro lado, a inibição da MAO-A retarda a degradação de todas as
catecolaminas centrais e periféricas
Receptores da dopamina
Membro da família de receptores acoplados a
proteína G.
A estimulação da família D1 é excitatória, com
aumento dos níveis de AMPc e Ca 2+
intracelular e ativação da proteinoquinase C
(PKC).
A estimulação da família D2 é inibitória, com
diminuição dos níveis de AMPc e Ca 2+
intracelular e hiperpolarização da célula.
Ambos os receptores D1 e D2 são expressos
em altos níveis no estriado (núcleo caudado e
putame), no qual desempenham um papel no
controle motor dos núcleos da base, bem como no nucleus accumbens e tubérculo olfatório.
Acredita-se que os receptores D2 desempenhem um papel na esquizofrenia, visto que muitos medicamentos
antipsicóticos exibem alta afinidade por esses receptores, embora a localização dos receptores D2
envolvidos ainda não tenha sido elucidada.
Os receptores de dopamina são expressos, em sua maioria, sobre a superfície de neurônios pós-sinápticos
nas sinapses dopaminérgicas.
Os receptores de DA também são expressos em nível pré-sináptico, nas terminações dos neurônios
dopaminérgicos. Os receptores de dopamina pré-sinápticos, cuja maior parte pertence à classe D2, atuam
como autorreceptores.
Esses autorreceptores percebem o fluxo excessivo de dopamina a partir da sinapse e reduzem o tônus
dopaminérgico, diminuindo a síntese de DA no neurônio présináptico e reduzindo a taxa de descarga
neuronal e a liberação de dopamina.
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Assunto: Antipsicóticos
Antipsicóticos
Fármacos capazes de reduzir sintomas psicóticos em uma ampla
variedade de condições:
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Assunto: Antipsicóticos
Esquizofrenia
Desordem esquizoafetiva
Distúrbio bipolar
Síndrome de Tourette
Doença de Alzheimer
Depressão psicótica
Os antipsicóticos típicos são altamente lipofílicos. Em parte por causa dessa
característica, os antipsicóticos típicos tendem a ser metabolizados no fígado e a exibir
alta ligação às proteínas plasmáticas e alto metabolismo de primeira passagem.
Sintomas de esquizofrenia
Positivos – delírios, alucinações, fala desorganizada agitação motora.
Negativos – embotamento afetivo, falta de iniciativa, anedonia, isolamento social.
Prejuízos cognitivos – déficit de atenção, problemas de memoria, fluência verbal
comprometida.
Antipsicóticos
Os fármacos usados no tratamento da psicose são frequentemente
denominados neurolépticos ou antipsicóticos.
Embora esses termos sejam frequentemente empregados como
sinônimos, eles têm diferenças pequenas, ainda que importantes, em
sua conotação. O termo neuroléptico ressalta as ações neurológicas do
fármaco, que se manifestam comumente como efeitos adversos do
tratamento.
Esses efeitos adversos, frequentemente denominados efeitos
extrapiramidais, resultam do bloqueio dos receptores de DA nos núcleos
da base e consistem nos sintomas parkinsonianos de lentidão, rigidez e
tremor.
Os antipsicóticos podem ainda ser divididos em antipsicóticos típicos,
isto é, fármacos mais antigos com ações proeminentes no receptor D2, e antipsicóticos atípicos, que
constituem uma geração mais nova de fármacos com antagonismo D2 menos proeminente e,
consequentemente, poucos efeitos extrapiramidais.
Primeira geração (típicos ou neurolépticos)
o Fenotiazínicos (clorpromazima)
o Tioxantênicos (tiotixeno)
o Butirofenonas (haloperidol)
Segunda geração (atípicos)
o Clozapina, olanzapina, quetiapina, zotepina, amissulpirida, sertindol, risperidona, perospirona,
paliperidona
Efeitos adversos
São divididos em produzidos por antagonismo nos receptores D2 fora dos sistemas mesolimbico e
mesocortical (efeitos extrapiramidais) e os causados por ação antagonista inespecífica em outros tipos de
receptores (efeitos fora do alvo).
80% ocupação de receptores
o Distonia.
o Acatisia.
o Parkinson farmacológico.
o Discinesia tardia.
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Assunto: Antipsicóticos
tratamento prolongado com fármacos que apresentam alta afinidade pelo receptor D2, como o
haloperidol.
o O mecanismo exato não é conhecido, porém acredita-se que envolva uma hipersensibilidade
adaptativa dos receptores D2 no estriado, que, por sua vez, resulta em atividade dopaminérgica
excessiva.
o Acredita-se que alguns efeitos adversos dos antipsicóticos típicos sejam causados pela sua ação
antagonista nos receptores de dopamina na hipófise, em que a dopamina inibe intensamente a
secreção de prolactina. O antagonismo dos receptores D2 aumenta a secreção de prolactina,
resultando em amenorreia, galactorreia e teste falso-positivo para gravidez em mulheres, causando,
ainda, ginecomastia e diminuição da libido nos homens.
o Outros efeitos adversos dos antipsicóticos típicos resultam do antagonismo inespecífico dos
receptores muscarínicos e α-adrenérgicos. O antagonismo das vias muscarínicas periféricas provoca
efeitos anticolinérgicos, incluindo boca seca, constipação intestinal, dificuldade na micção e perda da
acomodação
o
o Como os antipsicóticos típicos são antagonistas nos receptores de dopamina, é lógico que esses
fármacos devam interagir proeminentemente com fármacos antiparkinsonianos, que atuam por
meio do aumento das concentrações sinápticas de dopamina (levodopa) ou por estimulação direta
dos receptores de dopamina (agonistas da dopamina).
Os
antipsicóticos
inibem a ação
de ambas as
classes de
fármacos, e a
administração
de
antipsicóticos
típicos a
pacientes com
doença de
Parkinson
o Imagem ao lado.
PRETO – A dopamina (agonista total) tem efeito máximo.
VERDE – O agonista parcial tem efeito menor que o
agonista total.
A associação do Verde + preto (vermelho) acontece a
redução drástica do efeito do agonista total, diminuindo
seu efeito no sistema límbico e diminuindo os sintomas
positivos.
A utilização de um antagonistas (roxo) impede o efeito
da dopamina.
Antipsicótipos típicos não se ligam a receptores serotoninérgicos
efetivamente, os atípicos sim.
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Interação dopamina x serotonina
A liberação de serotonina ativa autoreceptores dopaminérgicos que diminuem a liberação de dopamina.
Descobriu-se que a serotonina diminui a liberação de
dopamina, a serotonina na esquizofrenia é quem inibe a via
mesocortical através da inibição da dopamina. O sistema
serotoninérgico encontra-se super ativado.
Os de segunda geração são antagonistas dos receptores
serotoninérgicos e impedem que a serotonina se ligue ao
receptor dela e impeça a liberação de dopamina.
Os típicos são antagonistas de receptores D2.
Os Atípicos são antagonistas de D2 fracamente, e
apresentam bloqueio de receptores serotoninérgicos.
Antagonismo 5-HT2A
o Via mesocortical
Maior eficácia frente aos sintomas negativos
o Via negro estriatal
Menor incidência de efeitos extrapiramidais
Outras reações adversas dos
antipsicóticos
o Os antipsicóticos atípicos
agem sobre muitos
receptores, e acabam
gerando também alguns
efeitos adversos
semelhantes aos
antidepressivos tricíclicos.
o A síndrome neuroléptica
maligna é uma síndrome
relacionada ao uso de
antipsicóticos de primeira
geração, associado a alta
dose.
Principalmente eles causam alterações metabólicas.
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Assunto: Antipsicóticos
As reações metabólicas, principalmente ganho de peso, são reações importantes para fármacos
antipsicóticos atípicos.
Farmacocinética
Absorção rápida e incompleta.
Alta ligação as proteínas plasmáticas e fácil passagem pela BHE.
o Possuem facilidade para efeito no SNC.
Longo tempo de meia vida.
o Ficam bastante tempo no corpo.
Metabolismo hepático.
o Associação dele com outros fármacos metabolizados no fígado devem ser feitos de forma criteriosa.
Interações medicamentosas
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Depressores do SNC – Efeito sinérgico
Antidepressivos – potenciação de efeitos antimuscarínicos, inibição metabólica.
Antiparkinsonianos – antagonismo de efeitos.
o Acabará cortando o efeito dos medicamentos uma vez que o antiparkinsoniano é um agonista da
dopamina.
Lítio – síndrome neuroléptica maligna
Indutores CYP4503A4
Antiácidos e cimetidina – diminuem a absorção
o Antiácidos alteram o pH estomacal e diminuem a absorção do medicamento.
SNM - catatonia, estupor, febre e instabilidade autônoma; ocorrem mioglobinemia e morte em cerca de 10%
desses casos.
Farmacocinética dos principais antipsicóticos
Tratamento da esquizofrenia
Controle das manifestações agudas (7 dias): redução da agitação, hostilidade, ansiedade e agressão,
normalização dos padrões de sono e alimentação.
o Via intramuscular: pacientes agitados
o Via oral: titulação lenta da dose
Terapia de estabilização: melhorar a socialização, os hábitos e cuidados pessoais e o humor. Se falha em 8 a
12 semanas, alterar a estratégia do tratamento.
Terapia de manutenção: deve prosseguir por no mínimo 12 meses, porem o tratamento continuo é
necessário para a maioria dos pacientes.
o Falta de adesão ao tratamento: deposito intramuscular de fármaco (risperidona 1 x 2 semana,
decanoato de haloperidol 1 x mês, enantato de flufenazina).
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Assunto: Antipsicóticos
Retirada da medicação: gradual.
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