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BIOQUÍMICA A função da glicocinase no fígado é remover

glicose do sangue portal hepático após uma


AULA 9 - Glicólise (Via de Ebden-Meyerhof) refeição, regulando, assim, a concentração de
glicose disponível para os tecidos periféricos.
A glicólise, que é a principal via do metabolismo Isso. A glicocinase também é encontrada nas
da glicose, ocorre no citosol de todas as células. células β das ilhotas pancreáticas, onde atua
Ela pode funcionar tanto anaeróbia quanto detectando altas concentrações de glicose.
aerobiamente, dependendo da disponibilidade
de oxigênio e da cadeia de transporte de
elétrons.  Excesso de G6P estimula glicogênio
sintetase (síntese de glicogênio)
Para oxidar a glicose além do piruvato (o produto
final da glicólise), é necessária a presença de
Destinos da glicose-6-fosfato
oxigênio e de sistemas enzimáticos mitocondriais.
Pode ser polimerizada, estocada, transportada e
Fosforilação da Glicose
liberada rapidamente quando o organismo
precisa de energia ou para compor estruturas
especiais.

Reação de fosforilação – ganho de grupo


Fosfato ;

 A glicose entra na glicólise pela fosforilação a


glicose-6-fosfato, catalisada pela hexocinase,
usando ATP como doador de fosfato.

Reação irreversível – Em condições fisiológicas,


Em animais e em vegetais vasculares, a glicose
a fosforilação da glicose a glicose-6-fosfato pode tem quatro destinos principais:
ser considerada irreversível.
 Síntese de polissacarídeos complexos
Hexoquinase: direcionados ao espaço extracelular;

 Encontrada em todas as células  Ser armazenada nas células (como


polissacarídeo ou como sacarose);

 Inibida pelo produto (fornece energia) –  Ser oxidada piruvato por meio da glicólise,
hexocinase é inibida pelo seu produto, para fornecer ATP e intermediários
glicose-6-fosfato. metabólicos; ou

 Ser oxidada pela via das pentoses-fosfato


Glicoquinase:
produzindo ribose-5-fosfato para a síntese de
ácidos nucleicos e NADPH para processos
Encontrada no fígado e músculos
biossintéticos redutores

 Não é inibida pelo produto. Ela fornece Glicólise Total, Aeróbica ou Oxidação
mais glicose-6-fosfato do que é necessário
para a glicólise; ela é utilizada para a síntese  Parte ocorre no citoplasma e parte na
de glicogênio e para a lipogênese. . mitocôndria
 Processo nº III – transformando ácido  A glicose entra na glicólise pela fosforilação a
pirúvico em CO2 + H2O; células sem glicose-6-fosfato, catalisada pela hexocinase,
mitocôndrias não conseguem fazer esse usando ATP como doador de fosfato.
processo.
2. Conversão da glicose-6-fostato em
Glicólise Parcial, Anaeróbica ou Fermentação: frutose-6-fosfato

Qualquer célula pode fazer essa reação!


 Todas as reações ocorrem no citoplasma

 Processo nº I – Fermentação alcoólica ->


etanol + CO2. Células humanas não
produzem etanol a partir do piruvato.

 Processo nº II – Fermentação lática -> ácido


láctico.
Ex: hemácias - carecem de mitocôndrias,
dependem totalmente da glicose como A glicose-6-fosfato é convertida em frutose-6-
combustível metabólico e metabolizam-na por fosfato pela fosfo-hexose-isomerase, que envolve
glicólise anaeróbia. uma isomerização aldose-cetose. Essa reação é
seguida de outra fosforilação, catalisada pela
enzima fosfofrutocinase, formando frutose-1,6-
bifosfato.

Reação de isomerização reversível de uma


aldose (glicose 6-fosfato) em cetose (frutose 6-
fosfato). A forma molecular de Carbono e
Hidrogênio é semelhante – transformando aldose
em cetose.

3. Fosforilação da frutose 6-fosfato em


Glicólise frutose 1,6 bifosfato – segunda fosforilação
da reação!
Conjunto de 10 reações, divididas em duas
fases: A quebra da glicose, formada por seis
átomos de carbono, em duas moléculas de
piruvato, cada uma com três carbonos.

 Fase de consumo ou preparatória (antes de


produzir ATP é consumido energia)

 Fase de produção

Reações da fase de consumo:

1. Fosforilação da glicose

 Reação de fosforilação – ganho de grupo


Fosfato no carbono 1.

 A reação da fosfofrutocinase é irreversível em


condições fisiológicas.

 Frutose 1,6 bifosfato só pode seguir a via


glicolítica
 Uso de fósforo inorgânico - o fosfato
4. Clivagem da frutose 1,6-bifosfato – A inorgânico (Pi) é adicionado, formando 1,3-
frutose-1,6-bifosfato é clivada pela aldolase bifosfoglicerato e o grupo
em duas trioses-fosfato, gliceraldeído-3-
fosfato e di-hidroxiacetona-fosfato, que são
interconvertidas pela enzima fosfotriose-
isomerase.

 Reação de clivagem – quebra da molécula,


dando origem a outras duas;

 Di-hidroxicetona-fosfato – pode se
converter a Gliceraldeído-3-fosfato

 Gliceraldeído-3-fosfato

 Produção de NADH + H+ (molécula reduziu)

7. Transferência do fosfato do 1,3-


bifosfoglicerato para ADP

 Na reação seguinte, catalisada pela


fosfoglicerato-cinase, o fosfato é transferido
do 1,3-bifosfoglicerato para o ADP, formando
ATP (fosforilação em nível do substrato) e 3-
fosfoglicerato.

1,3-bifosfoglicerato perde um grupo fosfato


(C1) sendo convertido em 3-Fosfoglicerato.

5. Interconversãodas trioses-fosfato

 1 molécula de frutose 1,6-bifosfato dá


origem a 2 moléculas de Gliceraldeído-3-
fosfato

A partir daqui tudo é dobrado;

6. Oxidação do gliceraldeido3-fosfato em 1,3-


bifosfoglicerato

A glicólise continua com a oxidação de


gliceraldeído-3-fosfato a 1,3-bifosfoglicerato. A
enzima que catalisa essa oxidação, gliceraldeído-
3-fosfato-desidrogenase, é dependente de NAD.
Como duas moléculas de triose-fosfato são
 Reação de fosforilação oxidativa – a molécula formadas para cada molécula de glicose que
ganhou fosfato e oxidou ao mesmo tempo. sofre glicólise, são produzidas duas moléculas de
Não tem consumo de ATP, ATP nessa reação por molécula de glicose que
entra na via glicolítica.
8. Conversão da 3-fosfoglicerato em 2-
fosfoglicerato

Reação de isomerização: O 3-fosfoglicerato é


isomerizado a 2-fosfoglicerato. Grupo fosfato
muda de carbono.

9. Desidratação do 2-fosfoglicerato em
fosfoenolpiruvato

 Ocorre desidratação, formando


fosfoenolpiruvato.

Reação de desidratação – perda de uma


molécula de H2O, não tem produção de ATP.

10. Transferência do grupo fosfato do


fosfoenolpiruvatopara ADP

O fosfato do fosfoenolpiruvato é transferido para


o ADP em outra fosforilação em nível do
substrato, catalisada pela piruvato-cinase,
formando duas moléculas de ATP por molécula
de glicose oxidada.

 Reação de fosforilação – produção de


piruvato

 Produção de ATP

Reação da glicose em piruvato acontece sempre –


fenômeno universal!

Saldo positivo:

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