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I. Fato Típico
Crime será a junção entre fato típico, ilicitude e culpabilidade. E são justamente
esses os três elementos (substratos) do crime.
Espécies de tentativa:
➢ Vermelha/cruenta/com sangue: a vítima é atingida pelo agente, mas o crime
não se consuma por circunstâncias alheias a sua vontade.
➢ Branca/incruenta/sem sangue: o agente tenta praticar o crime, mas não acerta
a vítima.
IMPRÓPRIO: O agente quer ter mais de um resultado, mas pratica uma única
ação para isso. Neste caso, a regra será a mesma do concurso material de crimes, ou
seja, soma-se as penas. Lembrando que, de acordo com o artigo 70, parágrafo único do
Código Penal aplica-se o cúmulo material benéfico, ainda que estejamos diante de
concurso formal próprio de crimes.
➢ Mesma espécie;
➢ Mesmas condições de tempo, lugar, maneira de execução.
HOMICÍDIO QUALIFICADO:
Qualificadora de índole subjetiva – condição que não se comunica com os
coautores.
• Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
• Por motivo fútil;
• Traição;
• Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro
crime.
Qualificadora de índole objetiva – com emprego de veneno, fogo, explosivo,
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum,
emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne
impossível a defesa do ofendido.
• Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
ATENÇÃO: Não é necessário que receba a recompensa, sua mera presença basta.
• Com Emprego de Veneno, Fogo, Explosivo, Asfixia, Tortura ou Outro Meio
Insidioso ou Cruel, ou de Que Possa Resultar Perigo Comum
• Tortura
• À Traição, de Emboscada, ou Mediante Dissimulação ou Outro Recurso
que Dificulte ou Torne Impossível a Defesa do Ofendido
• Para Assegurar a Execução, a Ocultação, a Impunidade ou Vantagem de
Outro Crime
FEMINICIDIO: Nem sempre que a vítima do homicídio for uma mulher (femicídio),
estaremos diante do feminicídio (homicídio qualificado). Para que isso ocorra, é
necessário que a motivação tenha sido a “condição do sexo feminino”.
ATENÇÃO: A vítima é aquela em condição de vulnerabilidade, independente de
quem seja o autor do delito, podendo ser, inclusive, outra mulher.
Considera-se que há razões de condição do sexo feminino quando o crime
envolve:
• Violência doméstica e familiar;
• Menosprezo ou discriminação à condição de mulher
orgão competente
II–afastamento do lar, domicílio oul ocal de convivência com a ofendida;
e psicológica da ofendida;
LESÃO CORPORAL CULPOSA: A lesão culposa nada mais é do que a lesão corporal
cometida contra alguém em decorrência de um comportamento imprudente,
negligente ou imperito.
Ao contrário do que se dá nas lesões corporais dolosas, na lesão culposa não há
distinção com base na gravidade dos ferimentos. A lesão culposa é única e
exclusivamente lesão culposa, ou seja, não se fala em lesão culposa “leve”, “grave” ou
“gravíssima”.
V.2 Roubo
O roubo é sempre um crime complexo, pois consiste na fusão de mais de uma
figura típica (furto + lesão corporal ou ameaça ou constrangimento ilegal).
O crime de roubo só é hediondo na hipótese do roubo com resultado de morte,
também chamado de latrocínio (art. 157, §3o, in fine). Em nenhuma outra hipótese o
roubo será crime hediondo!
SUJEITO ATIVO: Trata-se de um crime comum, ou seja, o tipo penal não exigiu
uma qualificação especial do sujeito ativo. Logo, qualquer pessoa pode praticá-lo.
SUJEITO PASSIVO: É o proprietário, o possuidor ou o detentor do objeto
subtraído. Qualquer pessoa pode ser sujeito passivo de um crime de roubo (crime
bicomum).
V.3 Extorsão
EXTORSÃO SIMPLES: A extorsão é um crime autônomo que resulta do
constrangimento ilegal com um elemento especializante (princípio da especialidade).
• Constranger alguém a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer
alguma coisa;
• Mediante violência ou grave ameaça;
O crime de extorsão será julgado pela justiça do local onde a vítima recebe o
constrangimento.
QUALIFICADORAS:
• Sequestro que dura mais de 24 horas (12 a 20 anos)
• Sequestro de menor de 18 anos ou maior de 60 anos (12 a 20 anos)
• Crime cometido por bando ou quadrilha (12 a 20 anos)
• Se resulta em lesão grave (16 a 24 anos)
V.4 Estelionato
• Obter vantagem ilícita;
• Em prejuízo alheio;
• Induzindo a vítima em erro;
• Mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento;
VI.1 Peculato
Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá- lo, em
proveito próprio ou alheio.
Peculato e peculato próprio são os nomes dados especificamente para o art. 312.
Peculato-apropriação: apropriação, por parte de um funcionário público, de um
bem a que ele tenha acesso por causa do cargo que ocupa.
Vi.3 Prevaricação
Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
VI.5 Descaminho
Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela
entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.
Princípio da insignificância: como regra, não é aplicado em crimes que ocorrem
contra a Administração Pública, por exemplo, crime de peculato. Exceção: quando a
mercadoria ultrapassar R$20.000,00.
SÚMULA 151 – a competência para o processo e julgamento por crime de
contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do juízo federal do lugar da
apreensão dos bens.
VI.6 Contrabando
Importar ou exportar mercadoria proibida. O contrabando não admite o
princípio da insignificância.