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Programa Hospitais de Excelência a Serviço do SUS

Capacitação dos Profissionais


de APH Móvel (SAMU 192) e APH Fixo
Módulo: FUNDAMENTOS PARA O TRANSPORTE AEROMÉDICO,
AQUAVIÁRIO E DE LONGA DURAÇÃO

FISIOLOGIA DE VOO II

Responsável: Júnia Shizue Sueoka


Módulo: FUNDAMENTOS PARA O TRANSPORTE AEROMÉDICO,
AQUAVIÁRIO E DE LONGA DURAÇÃO

PROGRAMA DO MÓDULO

Tema Aula Prática Atividade

Fundamentos do Transporte Aeromédico 1 0 1

Transporte Aeromédico: Papéis e Responsabilidades das Equipes 2 0 1

Transporte Aeromédico: Fisiologia de Voo 3e4 0 1

Segurança de Voo 5 0 1

Transporte Aeromédico: Fases do Atendimento 6 0 1

Fundamentos do Transporte Aquaviário 7 0 1

Transporte Aquaviário: Demonstração de Atendimento 8 0 1

Transporte de Longa Duração 9 0 1


TRANSPORTE AEROMÉDICO: FISIOLOGIA DE VOO II

ESTRESSE DE VOO

Hipóxia;

Disbarismo (aerodilatação e
doença descompressiva);

Temperatura;

Vibrações.
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ESTRESSE DE VOO

Ruídos;

Luminosidade;

Umidade.
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HIPÓXIA

Baixa concentração de O2 nas células

Tipos:

Hipoxêmica

Anêmica
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TIPOS DE HIPÓXIA

Hipoxêmica – deficiência de O2 no sangue arterial,


devido à queda de pO2 alveolar
Altitude, asma, pneumonia, obstrução, entre
outros.
Anêmica – deficiência no transporte de O2 para os
tecidos
Anemia aguda ou grave, monóxido de carbono,
nitritos, sulfas, entre outros.
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HIPÓXIA DE ALTITUDE (HIPÓXICA)

É a deficiência de
oxigênio nos tecidos
consequente à
diminuição da
pressão parcial do
oxigênio no ar
respirado.
fonte: Google Imagens
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ESTÁGIOS DE HIPÓXIA

Indiferente

Compensatório

Das perturbações

Crítico
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ESTÁGIO INDIFERENTE
De 0 a 2.000 m (6.500 pés)
Pressão atmosférica baixa (601 mmHg)
Quantidade de oxigênio no sangue baixa (Sat O2 = 93%)
Alterações orgânicas
Dificuldade de compensação da pressão do ouvido
médio
Visão noturna alterada (diminuída)
Alteração cardiológicas (Taquicardia)
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ESTÁGIO COMPENSATÓRIO

De 2.000 a 4.500 m (15.000 pés)


Pressão atmosférica baixa (429 mmHg)
Quantidade de oxigênio no sangue está baixa
(SatO2 = 83%)
Alterações
Aumento do volume respiratório/min
Aumento da FC e PA
Diminuição do raciocínio
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ESTÁGIO DAS PERTURBAÇÕES

De 4.500 a 6.500 m (22.000 pés)


Pressão atmosférica baixa (321 mmHg)
Quantidade de oxigênio no sangue está muito
baixa (SatO2 = 70%)
Alterações
Sintomas subjetivos (sensação pessoal)
Sintomas objetivos (alterações orgânicas)
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ESTÁGIO DAS PERTURBAÇÕES

Sintomas subjetivos

Fadiga, sonolência, tonturas, cefaléia, euforia.

Sintomas objetivos

Tato, visão, discernimento, raciocínio, julgamento,


tempo de reação e incoordenação.
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ESTÁGIO CRÍTICO

Acima de 6.500 m (22.000 pés)


Pressão atmosférica muito baixa (<350 mmHg)
Quantidade de oxigênio no sangue muito baixa
(SatO2 = 60%)
Alterações
SNC
Inconsciência
Morte
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DISBARISMO

É o estado patológico decorrente da variação da


pressão atmosférica sobre o corpo humano.

Tem ação no corpo de acordo com fatores


individuais e/ou ambientais.
Exemplo: pressão, temperatura, sensibilidade
corporal e/ou psíquica, obesidade, idade, entre
outros.
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DISBARISMO

Aerodilatação

Expansão gasosa nas cavidades corporais


devido à baixa pressão.

Barosinusite, barotite, aerogastria/aerocolia,


aerodontalgia.
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DISBARISMO
Doença descompressiva
Formação (sem eliminação) de bolhas gasosas
nos tecidos, devido à baixa pressão
Acima de 18.000 pés
Formação de bolhas no sangue e nos tecidos
Confluência de bolhas
Embolia vascular
Irritação da inervação sensitiva
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TEMPERATURA

A cada 1000 pés ocorre queda de 2°C

Se não tratado, pode levar à hipotermia

Efeitos colaterais

Cefaléia, fadiga, desorientação, desconforto,


irritabilidade e diminuição da atenção.
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VIBRAÇÃO

AEROCINETOSE (MAL DA ALTITUDE)

Doença cinética ou cinetose é resultante de uma


crise neurovegetativa complexa, oriunda do
movimento da aeronave, desencadeada pela
hipersensibilidade vestibular, agravada pela
instabilidade neurovegetativa e uma predisposição
psíquica.
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VIBRAÇÃO

Movimento da aeronave;

Inclinação lateral;

Forças acelerativas;

Oscilação.
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VIBRAÇÃO

 Ansiedade  Palidez

 Irritabilidade  Sudorese fria

 Náuseas  Vômitos

 Prostração  Depressão
FAIXA DE RESSONÂNCIA DO
CORPO HUMANO

4 – 8Hz : Tórax (interno) e abdome


11 –15Hz : Coluna vertebral e articulações
17 – 25Hz : Crânio
15 – 30Hz : Globo ocular
40 – 60Hz : Caixa torácica (costelas e músculos)

FONTE: www.braile.com.br
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RUÍDO

Um ruído constante sobre


o ouvido interno provoca a
fadiga das estruturas
levando à uma perda
auditiva.
Temporária
Definitiva

*Depende da intensidade e
do tempo de exposição. fonte: Google imagens
PROBLEMAS CAUSADOS
PELOS RUÍDOS

PERDA AUDITIVA

Temporária Definitiva

Fadiga Trauma Surdez do


Auditiva Acústico Aeronavegante
FONTE: www.braile.com.br
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LUMINOSIDADE

Iluminação (pôr do sol,


nuvens, sombras, efeito
estroboscópico);

Noção de profundidade;

Voo noturno;

Interpretação dos
equipamentos. fonte: Google imagens
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UMIDADE
Umidade relativa do ar na
aeronave menor que 13%
Equipe e paciente necessitam de
reposição líquida
Proteção da conjuntiva

EFEITOS
Fadiga
Falta de concentração
Ressecamento das mucosas fonte: Google imagens
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ASPECTOS ESSENCIAIS

• Aplicação das leis da física sobre o organismo humano;

• Entender a fisiologia de voo;

• Efeitos do estresse de voo sobre o organismo;

• Aplicação no transporte de pacientes.


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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO

• Formar grupos de discussão;

• Discutir o caso norteado pelas questões.


CENÁRIO

AMG, feminino, 67 anos, hipertensa e cardiopata,


apresentou quadro de dispnéia súbita há
aproximadamente 5 horas, acompanhada e tosse.

Refere que teve episódio semelhante há 3 anos, quando


foi diagnosticado Infarto Agudo do Miocárdio.

Encontra-se em um hospital na zona rural, que fica a


150 Km de distância de um hospital de referência em
cardiologia.
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DISCUSSÃO DE CASO

Questões norteadoras para a discussão:

1. Qual é o melhor meio de transporte para esta paciente?

2. Quais cuidados devem ser tomados para este caso?

3. Quais equipamentos deve ser levado para o transporte?


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