Os comportamentos reflexos estão constantemente presentes no nosso dia-a-

dia, seja quando piscamos a uma luz brilhante ou fazemos um movimento de

pontapé ao recebermos uma pancada no joelho, não estamos agindo de forma
voluntaria. Mas estamos reagindo involuntariamente, através de
comportamentos reflexos. Alguns, como piscar os olhos ajudam a sobreviver.
outros não se sabe o valor funcional, mas sua ausência ou presença serve
como guia para a avaliação do desenvolvimento neurológico. Aqui vou falar
dos reflexos primitivos que estão presentes ao nascimento, mas devem ser
inibidos ao longo dos primeiros meses, quando surgem os reflexos posturais.

Sucção: ocorre quando se toca levemente na boca do bebê com um dedo ou

mamilo, ele vira a cabeça, abre a boca e começa a sugar e a chupar. 9 meses.

Moro: acontece quando o bebê ao receber uma estimulo súbito de movimento

ou barulho, estende os braços, pernas e dedos; curva-se e joga a cabeça para
trás. 3 meses.

Darwin: ao colocar o dedo na palma da mão do bebê, os dedos deles se

fecham ao redor do seu e na tentativa de remover o dedo faz com que ele
agarre com mais força. 2 - 3 meses.

Natação: ao ser colocado de bruços na água surgem movimentos de natação

bem coordenados. 6 meses.

Tônico cervical: deitado de costas a cabeça vira-se para um lado; assume

posição semelhante ao de um esgrimista; onde ele estende braços e pernas
sobre o lado preferido enquanto flexiona os membros opostos. 2 – 3 meses.

Babinski: é um reflexo em que ao fazer cócegas na sola do pé os recém

nascidos estendem os dedos de pé, em seguida, se abrem em um movimento
parecido com o de um leque. 4 - 9 meses.

Marcha: ao segurar sob o braço. Com o pé descalço tocando uma superfície

plana. O bebê faz movimentos como passos que parecem bem coordenados.
4-8 meses.

Apoio plantar: ao encostar os calcanhares contra a borda de uma superfície,

plana retira o pé. 1 mês.

Todos esses reflexos que citei, tendem a cessar durante o primeiro ano de
vida. Os reflexos que são claramente de proteção, como o pupilar, o piscar, o
bocejar, o tossir, a ânsia de vomito e o espirrar, não cessam.