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carlos relvas | 1

sumário
Design de Sistemas
Análise funcional do produto
Modelar funcionalmente o produto e componentes

objetivos
Compreender a importância da análise funcional as suas implicações no
desenvolvimento de novos produtos

Desenvolver o diagrama funcional e de componentes físicos de um produto como forma


de melhorar a sua qualidade funcional

Elaborar a estrutura funcional do produto

Modelar funcionalmente o produto


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TAREFAS PROJETO CONCETUAL PROJETO DE CONCRETIZAÇÃO PROJETO DETALHE DOCUMENTAÇÃO
Identificar as necessidades dos clientes Análise de mercado, inquéritos

Transformar as necessidades do cliente em parâmetros

Priorizar os parâmetros (modelo de Kano) Modelo de Kano


requisitos do cliente
Converter os requisitos dos clientes em critérios Modelo de árvore (critical to quality trees -
mensuráveis CTQ)
PROJETO
INFORMATIVO Definir as características alvo Diagrama de Mudge

Características do produto
Desempenho
especificações do produto
Priorização dos requisitos do cliente (QFD) Matriz da Qualidade

Priorização das partes do produto (QFD) Matriz do Produto

Geração de conceitos para o produto Esboços, mindmap, analise morfológica e quick design Esboço, quick design

PROJETO Definição geométrica do produto Modelação 3D Renderings (protótipos virtuais ou físicos)


REPRESENTATIVO Seleção de conceito Concept Screening, Concept Scoring, Matriz De Pugh

Testar Conceito Análise do modo de Falha (FMEA conceito) FMEA conceito

Análise funcional Diagrama de componentes físicos


Design de Sistemas
Modelação funcional e de componentes Diagrama Funcional

Arquitetura do produto Definição dos módulos e interfaces

Projeto Ergonómico

Dimensionamento do produto Projeto Antropométrico

Seleção de materiais e processos de fabrico


PROJETO DE PRODUTO
Análise cinemática, analise estrutural, Protótipos técnicos e funcionais (virtuais
Análise e simulação do comportamento do produto em funcionamento
analise dinâmica de fluídos ou físicos)

Revisão do projeto do produto Análise do modo de Falha (FMEA produto) FMEA produto

DFM/DFA Protótipos de pré-série

Projeto de fabrico e montagem Comunicação comercial Renderings

Comunicação técnica Desenhos 2D (documentação técnica)

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Design de
Sistemas
e Análise funcional
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objetivos da análise funcional
se (na matriz do produto) identificamos
DIAGRAMA DE COMPONENTES
corretamente todos os componentes como
FÍSICOS DO PRODUTO
físicos do meu produto

se identificamos corretamente todas as DIAGRAMA OU ESTRUTURA


VERIFICAR como
funções do meu produto FUNCIONAL DO PRODUTO

se para cada função existe um


componente físico que a implemente como ANÁLISE FUNCIONAL
ou realize

MODELAR DEFINIR A SUA ARQUITETURA


PORQUÊ FUNCIONALMENTE Para quê DEFINIR OS MÓDULOS FÍSICOS E
O PRODUTO FUNCIONAIS DO PRODUTO

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e
Design de
Sistemas

o que é ??
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o nosso produto é constituido por
Projeto de organização e disposição funcional
MODULO 1 MODULO 2 MODULO (n)
(HARDWARE) (SOFTWARE) (ENERGIA)
SISTEMA
FÍSICO

INTERFACE
INTERFACE
COMPONENTE A FUNÇÃO 1

COMPONENTE B FUNÇÃO 2
SISTEMA
FUNCIONAL COMPONENTE C FUNÇÃO 3

ARQUITETURA DO PRODUTO
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matriz do produto

DIAGRAMA DE
COMPONENTES
FÍSICOS DO
PRODUTO

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matriz do produto

DIAGRAMA
FUNCIONAL DO
PRODUTO

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Esboçar ideia
Representar componentes físico funcionais do produto

MODELAR
FUNCIONALMENTE
O PRODUTO

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Modelo CAD 3D inicial
formas / volumes / simplificados

formas simplificadas
MODELAR
FUNCIONALMENTE
O PRODUTO

estudar e analisar movimentos


principais e seu atravancamento

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Design concetual
Na fase de design concetual desenvolve-se a proposta de solução
necessária para satisfazer os requisitos do produto.
A fase inicia-se com uma análise do problema principal que precisa
ser resolvida para satisfazer a lista de requisitos.

Os passos a seguir são:


· A construção da estrutura, ou diagrama funcional.
· Busca e seleção de princípios funcionais.
· A combinação dos princípios em uma estrutura funcional.
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Projeto de concretização / embodiment design
 determina o layout geral (construção estrutura), de acordo com critérios
técnicos e económicos.
 As partes físicas são organizadas e as formas (forma e material) dos
componentes determinada.
 Verifica-se a função, a força, a compatibilidade espacial e a viabilidade
financeira.
 Além disso, são considerados fatores como segurança, ergonomia, produção,
montagem, operação, logística, manutenção, reciclagem e custos.

Ao lidar com todos esses aspetos, os designers/projetistas vão descobrir um


grande número de inter-relações, tornando a iteração inevitável.

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Projeto de Detalhe / Design Detail
 Durante esta fase, formas, dimensões, tipos e propriedades
da superfície são estabelecidas na sua forma final.

 São especificados os materiais, são avaliados as condições


de produção e calculados os custos,

 São produzidos todos os desenhos e restantes documentos


técnicos.

O Projeto de Detalhe tem um importante impacto sobre os custos de


produção e de qualidade, e, portanto, no sucesso do produto.

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Análise funcional
Existem diversos métodos para realizar a análise funcional, no entanto prevalecem duas abordagens:

Decomposição dos componentes físicos.


Centra-se na componente física do produto e faz a sua decomposição em subconjuntos e
componentes, a que se segue o desenvolvimento da estrutura do produto.

Decomposição das funções do produto.


Também designada por decomposição funcional, centra-se na identificação das funções críticas do
produto e dos respetivos fatores/atributos que descrevem essas mesmas funções. Estes atributos são
apresentados inicialmente como “caixa preta” com inter-relações de entradas e saídas de fluxos de
energia, matéria e informação.

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DIAGRAMA FUNCIONAL DO PRODUTO
Classificação das Funções

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DIAGRAMA FUNCIONAL DO PRODUTO
A primeira etapa deste processo deve ser a definição da função principal do produto

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Os elementos físicos de um projeto são constituídos
pelas peças, componentes e subconjuntos que permitem
realizar as funções do produto

ESTRUTURA HIERÁRQUICA EM ÁRVORE

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Diagrama funcional
componentes físicos
Personal computer
prototype
More
items
Vendor, Mouse, Disk Microprocessor
software, keyboard, storage unit
applications voice units

~ ~
Floppy Optical Hard Internal BIOS (basic
memory input/output
~ ~
unit system)

ROM RAM I/O File Utilities

~ ~ ~ ~ ~

Lowest manageable
subdeliverables Motor Circuit Chassis Read/write
board frame head

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ESTRUTURA FUNCIONAL
As funções podem ser divididas em três categorias gerais, sendo estes:

Fluxo de energia: mecânica, elétrica, fluidos e verbos térmicos associados: transformada,


armazenada, transferida, conduzidos, fornecido e dissipada, etc.

Fluxo de material: Processos que mudam de posição ou forma. Verbos associados são por
exemplo: posição, elevar, segurar, mover, traduzir, girar, orientar ou processos que resultem de verbos
como: desmonte, montagem, junte-se, etc.

Fluxo de informações: sinais mecânicos, elétricos, conduta, canal, etc.

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ESTRUTURA FUNCIONAL
Passo 1: Estabelecer a função principal ou global
As funções importantes devem ser reduzidas a um termo simples. Diretrizes:
 A energia deve ser conservada.
 O material deve ser conservado.
 Todos os objetos de interface e peças fixas conhecidas do sistema devem ser
identificadas.
 Perguntar como vai o cliente saber do desempenho do sistema.
 Usar verbos de ação para transmitir fluxo.

Funções típicas deDissipar


Remover projeto mecânico: Libertar Converter
Atuar Conduzir Retificar Proteger
Amplificar Suspender Rodar Posicionar
Montar/Desmontar Juntar/separar Segurar Interromper
Trocar Elevar Proteger Verificar
Guiar Limitar Ligar/desligar Deslocar
Limpar Localizar Guardar Transformar
Reunir Mover Fornecer Direcionar
Controlar Orientar
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ESTRUTURA FUNCIONAL
Passo 2: Descrever as subfunções
Diretrizes:
 Considerar que o que precisa de saber é o que acontece (a função) não como acontece.
 Suprimir uma estrutura demasiado detalhada, pois se adicionar detalhes muito cedo,
limita o número de conceitos possíveis logo no seu início.
 Usar apenas objetos descritos na especificação do problema ou função global.
 Descrever o fluxo de material ou interface entre objetos apenas com "substantivos" para
evitar a sobrecarga de novos componentes no produto.
 Cada função deve representar uma mudança ou transformação no fluxo de material,
energia ou informações.
 Considerar todas as sequências operacionais.
 Pensar cada função em termos da sua preparação, utilização e conclusão.
 Usar, sempre que possível uma notação padrão.
 Apesar de não haver nenhuma notação padrão para o projeto de produtos mecânicos,
sempre que possível, use notações comuns, tais como diagramas de blocos usados.

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ESTRUTURA FUNCIONAL
Passo 3: Ordenar as subfunções
Ordenar as funções encontradas no passo anterior de modo a realizar a função principal
definida no Passo 1.
Diretrizes:
 Os fluxos devem estar por ordem lógica ou temporal.
(organizar as subfunções em grupos independentes como: preparação, utilização e conclusão;
em cada grupo, organizá-los para que a saída de uma função seja a entrada de outro).

 As funções redundantes devem ser identificadas e combinadas.


(as subfunções similares devem ser combinadas numa só).

 As funções fora do limite do sistema devem ser eliminadas.


(É necessário estabelecer o limite exato do sistema).

 A energia e o material devem ser conservados à medida que fluem através do sistema.
(as entradas para cada função devem coincidir com as saídas das funções anteriores).

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ESTRUTURA FUNCIONAL

Passo 4: Refinar as subfunções


Examinar cada subfunção para ver se ela ainda pode ser subdividida.
Esta etapa deve ser continuada até:
 Ao nível 'atómico'; ou
 Que sejam necessários novos objetos para posterior refinamento.

É um facto que o projeto pode ser tão bom quanto o entendimento das funções requeridas
pelo problema. Desenvolver o diagrama de decomposições funcional é uma tarefa
complexa e exigente, pelo que esta fase de trabalho pode ser entendida como o primeiro
passo no desenvolvimento de ideias e soluções ou mais um passo na compreensão do
problema, e deste modo, pode-se sempre considerar que os diagramas de decomposição
funcional podem ser atualizados e refinados à medida que a conceção progride.

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ESTRUTURA FUNCIONAL
EXEMPLO DE UMA MÁQUINA DE LAVAR ROUPA

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ESTRUTURA FUNCIONAL
EXEMPLO DE UM CARRINHO DE BÉBÉ

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DIAGRAMA DE FLUXOS
Os modelos anteriores tendem a
descrever separadamente
funções e componentes físicos
de um produto, ao invés o
diagrama de fluxos pretende
incluir ambos os aspetos de uma
só vez.

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Diagrama funcional

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Diagrama funcional
componentes físicos

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Diagrama funcional
funções

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Diagrama funcional
funções

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Diagrama funcional

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modelar
funcionalmente
o produto carlos relvas | 34
MODELAR FUNCIONALMENTE O PRODUTO

Na modelação funcional de um produto pode-se Funcionalmente, todos produtos realizam algo,


começar por fazer a representação das partes ou transformando “entradas” em “saídas”.
componentes que constituem o produto e representar
as suas ligações.

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MODELAR FUNCIONALMENTE O PRODUTO
A importância de modelar funcionalmente um produto pode ser inferida da própria
importância para a existência do produto, sendo que alguns produtos até são denominados
pela sua função principal: aspirador de pó, enceradeira, liquidificador, etc.

A modelação funcional de um produto


identifica as funções do produto e
representa o produto desmembrado
nas suas funções, permitindo que
este seja representado através das
suas funcionalidades (suas funções).

• Funções externas, são


aquelas que o produto realiza
ao interagir com o ambiente.

• Funções internas ao produto,


realizadas pelas suas partes.

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MODELAR FUNCIONALMENTE O PRODUTO

Entre as vantagens de modelar funcionalmente um


produto podemos identificar:

Auxilia a equipa de projeto a descrever o


produto em termos abstratos.

Fornece um trabalho estruturado, através da


organização das suas tarefas e dos processos.

Favorece a criatividade, possibilitando a


decomposição de problemas e a manipulação de
soluções parciais, podendo ser geradas mais soluções
através de um modelo sistematico de mapeamento das
funções e depois das formas.

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MODELAR FUNCIONALMENTE O PRODUTO

FUNÇÃO:
AMPLIAR FORÇA

FUNÇÃO:
AQUECER

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estudo
de casos carlos relvas | 39
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