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Olá caro aluno, não nos conhecemos ainda por isso permita que eu me apresente:
sou o professor Victor Vinicius Biazon. Ao longo destes anos de experiência com a docência
tive muitas oportunidades de crescimento pessoal e intelectual com experiências teóricas
e práticas, o que me fez e me faz sempre galgar e alcançar novos desafios, disciplinas,
cargos e responsabilidades graças ao desempenho intelectual e emocional adquirido ao
longo dos anos no ensino presencial e EAD. Estas experiências são renovadas a cada
aula, a cada ciclo e a cada conteúdo. Espero que tenhamos, ao longo deste livro, uma boa
parceria, que a leitura seja fácil e ilustrativa e que possa contribuir para o seu aprendizado.
Na unidade II veremos que para que o nosso almoxarifado seja perfeito, precisamos
antes de tudo adquirir os materiais e escolher bem as fontes das nossas matérias primas
ou produtos acabado, e um item que merece muita atenção. Hoje podemos lançar mão
de tecnologias para nos auxiliar nesses processos e ainda o transporte. Não podemos nos
esquecer dos cuidados com o meio ambiente e isto será nossa pauta por aqui também.
A unidade III está repleta de conteúdo para melhor organizarmos nossos estoques,
com conceitos importantes, níveis, custos e formas de controle. E ainda vamos começar a
perceber a importância de se ter um bom local para armazenar nossos materiais.
A última unidade, IV, trata-se justamente deste local, deste arranjo físico que deve
ser preparado e adequado ao armazenamento com layout que possibilite o transporte in-
terno e veremos ainda que novamente a tecnologia nos dê suporte, mas antes precisamos
compreender os conceitos não é mesmo?
Bem, agora que já sabemos sobre o que vamos conversar ao longo destas uni-
dades e vamos começar. Desejo uma boa leitura e que possa além de teorizar, explorar a
prática em seu dia a dia.
Bons estudos!
SUMÁRIO
UNIDADE I....................................................................................................... 6
Conceitos Básicos de Administração de Materiais
UNIDADE II.................................................................................................... 36
Administração de Compras, Distribuição e Transporte
UNIDADE III................................................................................................... 74
Dimensionamento e Controle de Estoques
Plano de Estudo:
• Conceitos e Definições de administração de bens materiais e patrimoniais
• Importância e atividades e processos relevantes da gestão de materiais
• Cadeia de suprimentos e sua relação com o meio ambiente
• Previsão de demanda
• Conceito de administração de materiais na área pública
Objetivos de Aprendizagem:
• Compreender os conceitos de administração de bens materiais e patrimoniais;
• Explicar o que é a cadeia de suprimentos e sua relação com o meio ambiente;
• Elencar os meios de previsão de demanda;
• Relacionar os conceitos da ARMP à gestão pública
6
INTRODUÇÃO
Olá estudante!
Se eu perguntasse a você, por exemplo, em uma avaliação, o que vem a ser Admi-
nistração de materiais, O que você responderia? Já tem algum conceito formulado? Posso
ajudar com alguns autores. Desta forma você saberá rapidamente como responder.
Vamos aprender primeiro o que é um material. De acordo com Baily (2000, p. 427)
são “quaisquer commodities usados direta ou indiretamente na produção de um produto ou
serviço, como matérias-primas, peças componentes, montagens e suprimentos”. Ou ainda
na versão de Viana (2006) Material são todas as coisas contabilizáveis que entram como
elementos constituídos ou constituintes na linha de atividade e uma empresa;
Agora que sabemos o que são materiais podemos entender como administrá-los.
Podemos dizer que a Administração de materiais é um conjunto de atividades desenvolvidas
dentro de uma empresa, podendo ser centralizada ou não e que são destinadas a suprir
uma unidade da empresa, ou ainda, caso a empresa tenha filiais, as diversas unidades,
com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições. “Ativi-
dade que planeja, executa e controla, nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo
de material, partindo das especificações dos artigos a comprar até a entrega do produto
terminado ao cliente” (FRANSCISCHINI; GURGEL, 2002, p. 5)
Ainda te ajudando a responder, posso dizer que a Administração de Materiais visa à
garantia de existência contínua de um estoque, organizado de modo à nunca faltar nenhum
dos itens que o compõem, sem tornar excessivo o investimento total.
Para fechar, Chiavennato (2005, p. 37) nos mostra que “a administração de ma-
teriais consiste em ter os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no
tempo certo a disposição (...)”.
Bem mais fácil não é mesmo? Vamos avançar e conhecer tudo que essa unidade
nos reserva? #partiu
Sabemos então que a administração de materiais é importante por lidar com ati-
vidades como o planejamento, coordenação, direção e controle de todas as atividades
ligadas à aquisição de materiais para a formação de estoques, desde o momento de sua
concepção até o seu consumo final.
Emprestando os conceitos do trabalho de Tchamo (2007, p. 10) “a administração
de materiais passou de um centro de custos para aquele que determina o sucesso de uma
empresa, ou seja, um centro de lucros, pois atualmente é a área que procura alcançar a
produtividade e a qualidade”
A Administração de Materiais é uma função coordenadora responsável pelo pla-
nejamento e controle do fluxo de materiais e tem por principais objetivos: (a) maximizar a
utilização dos recursos da empresa; (b) fornecer o nível de serviços requerido ao consumi-
dor; (c) reduzir os custos.
A administração de materiais tem o conceito de se ter um departamento responsá-
vel pelo fluxo de materiais a partir do fornecedor, passando pela produção até o cidadão
é relativamente novo. Arnold (2008), afirma que se as empresas desejam minimizar seus
custos totais nesta área e prover um melhor nível de serviços aos clientes devem agir deste
modo.
Vamos pensar assim, entendemos que a A.M tem função de suprir, de fazer girar
estoques, insumos e etc, mas precisa fazer isso na hora e na forma correta, pois caso
contrário trará problemas.
não é mesmo? Então nesta parte vou tentar trazer as funções ou as atividades que são
contratação e follow-up);
buição de materiais);
Para visualizar este setor de uma forma mais ampla, vamos utilizar uma figura.
Com uma figura para ilustrar fica bem mais fácil este entendimento não é mesmo?!
Agora podemos ter uma visão mais abrangente quando falarmos em administração de
material. Mas ainda não acabou não.
O objetivo da Administração de materiais é determinar quando e quanto adquirir
para repor o estoque, o que determina que a estratégia de abastecimento sempre seja
acionada pelo usuário à medida que como consumidor ele detona o processo. “Todas as
coisas contabilizáveis que entram como elementos constituídos ou constituintes na linha de
atividades de uma empresa” (VIANA, 2002, p. 41).
Controle de estoque: Fa-se necessário para que o processo de produção/vendas opere com o míni-
mo de preocupações e desníveis. Os estoques podem ser de: matéria-prima,
produtos em fabricação e produtos acabados. Este setor acompanha e contro-
la o nível de estoque e o investimento financeiro envolvido.
sita ter uma visão estratégica da empresa, porque, na verdade este setor pode conduzir a
O autor ainda traz um quadro adaptado de Corrêa et al. (2001, p. 22-26), que
Planejar as neces- A necessidade de planejar necessidades futuras de capacidade deve-se a uma carac-
sidades futuras terística fundamental dos processos decisórios que envolvem obtenção de recursos:
de capacidade
a inércia da decisão ou, em outras palavras, o tempo que necessariamente tem de
produtiva da orga-
nização. decorrer entre o momento da tomada de decisão e o momento em que os efeitos da
decisão passam a fazer-se sentir. [...] não só é necessário planejar as necessidades
futuras de capacidade produtiva, como também fazê-lo levando em conta vários ho-
rizontes futuros. É importante, por exemplo, enxergar as necessidades futuras com
um longo horizonte de antecedência [...] para que se possam tomar hoje decisões
melhores quanto a possíveis grandes incrementos de capacidade, que são decisões
de grande inércia.
Planejar materiais Para que estes não cheguem nem antes nem depois, nem em quantidade maiores
comprados ou menores do que aquelas necessárias ao atendimento da demanda. Isto para não
causar interrupções prejudiciais ao atendimento do nível pretendido, [...] para que a
organização não arque com os custos decorrentes de eventual sobra por compras
excessivas. Estes custos podem incluir os custos de manutenção de estoque, o custo
de obsolescência, entre outros. O planejamento dos materiais pode ser uma atividade
extremamente complexa. [...] Tratar esse nível de complexidade sem apoio de um
sistema de informações é impossível.
Ser capaz de sa- Essencial na provisão destas informações, aos parceiros do negócio (clientes e for-
ber e de informar necedores, internos e externos, do sistema produtivo), para alavancar positivamente
corretamente a a contribuição estratégica destes parceiros para o bom desempenho da cadeia de
respeito da situa- suprimento a que pertencem. [...] A falta de exatidão e atualização das informações
ção corrente dos disponíveis nos sistemas de informação das empresas é quase um problema endê-
recursos (pes- mico no Brasil, geralmente mais sério e com consequências mais graves do que seus
soas, equipamen- gerentes crêem.
tos, instalações,
materiais) e das
ordens (de compra
e produção)
Ser capaz de pro- Dificilmente se encontram empresas em que as promessas de prazos feitas aos clien-
meter tes são baseadas em informações firmes e confiáveis da fábrica. Com muita freqüên-
cia, encontram-se empresas em que a força de vendas tende a subdimensionar os
os menores pra- prazos prometidos aos clientes potenciais no ímpeto de conseguir fechar a venda.
zos [...] muitas vezes, a força de vendas age assim pela falta de apoio informacional.
Simplesmente não há informação disponível sobre a situação de carregamento atual
possíveis aos e futuro da fábrica em forma simples e disponível para que o vendedor possa, com
clientes e certa segurança, prometer prazos que tenham ao menos uma mínima probabilidade
de ser cumprido. [...] Este é o motivo pelo qual é necessário o apoio de um sistema
depois, fazer cum- de administração de produção eficaz que apoie os tomadores de decisões nessas
pri-los importantes atividades, com evidentes implicações estratégicas
Dando uma simplificada Chiavenato (2005, p. 38), diz que: “refere-se a totalidade
das funções relacionadas com os materiais” programação, compra, estocagem e distribui-
ção. Logo, o controle da entrada, manutenção e saída.
· Incorpóreos;
· Materiais;
· Imateriais;
· Tangíveis;
· Intangíveis;
MOBILIDADE · Móveis;
· Imóveis;
DIVISIBILIDADE · Divisíveis;
· Indivisíveis;
FUNGIBILIDADE: · Fungíveis;
· Infungíveis;
Você sabia que uma das atividades mais importantes na administração dos recursos
patrimoniais são o registro e o controle de todos os bens patrimoniais da empresa? E para
que esse controle possa acontecer precisamos antes registrar, conhecer todos os bens que
a empresa possui. E isso fazemos com a codificação de bens. Olhe sob sua cadeira, sua
mesa no seu escritório e verifique se há uma plaquinha com uma sequencia numérica, esta
Fonte: http://aulasonline.net.br/gestao-da-cadeia-de-suprimentos/
2 Disponível em <http://www.ufrgs.br/gps/pesquisa/cadeia-de-suprimentos>
Na esfera AMBIENTAL:
● Os equipamentos usados nos processos de movimentação de materiais são
modernos e energeticamente eficientes?
● Os materiais recicláveis (ex: embalagens) são processados adequadamente?
● Os projetos de embalagens são desenhados para proteger o produto com o
mínimo de material possível?
● As empresas da cadeia de suprimento apóiam iniciativas ambientais e ecológi-
cas nas regiões em que atuam?
● É analisada a viabilidade do uso de meios de transporte menos poluentes?
Na espera SOCIAL:
● Os salários pagos aos funcionários da cadeia de suprimento são justos?
● Todos os equipamentos de segurança necessários são usados adequadamen-
te?
● A pressão pela produtividade e velocidade não se sobrepõe à segurança dos
funcionários e da sociedade? (ex: horas de trabalho dos caminhoneiros)
● Os programas sociais das comunidades locais recebem apoio das empresas
participantes da cadeia de suprimento?
SAIBA MAIS
Que tal visualizar com exemplos como a Logística Reversa está sendo pensada por
empresas que conhecemos? Para tanto, assista a esse vídeo e aproveite.
Logística Reversa Coca-Cola. Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=-
v9jFteBmgyE>
Ainda é possível que diversos autores incluam mais atividades, que você por expe-
riência na função também possa fazer o mesmo. O conhecimento compartilhado é sempre
bem-vindo. Que tal elencarmos outras atividades do setor?
Gaither e Frazier Pever, ou estimar a demanda futura de produtos e serviços e os recursos neces-
sários para produzi-los é o primeiro passo da etapa do planejamento. E o ponto
(2002-2004)
de partida para a elaboração das demais previsões da empresa está na estimativa
das vendas futuras.
Ritzman e Krajewski A previsão é a avaliação de acontecimentos futuros, utilizada para fins de planeja-
mento. Ele afirma ainda que as previsões são necessárias para auxiliar na deter-
(2008)
minação dos recursos necessários, na programação dos recursos existentes e na
aquisição de recursos adicionais.
Os autores ainda dizem que para realizar boas previsões de demanda, é neces-
sário conhecer bem os produtos e o mercado, afinal, é dessa forma que se entendem as
informações de venda, identifica-se a sazonalidade, as tendências, entre outros. Mas esse
processo de entender os produtos e o mercado deve envolver todos os setores da empresa,
pois quanto mais informações disponíveis, melhores serão os resultados da previsão.
De modo geral, pode-se dizer que técnicas de previsão de demanda são os mode-
los utilizados pelas empresas para realizarem suas previsões de modo que se obtenham
resultados mais acurados. Sendo que estas técnicas devem ser definidas de acordo com os
objetivos da empresa. Sobre as técnicas ou métodos de prever esta demanda, vou utilizar
os resultados de trabalhos compilando em outro quadro para facilitar seu entendimento.
Moreira (2009) Os métodos de previsão podem ser classificados de acordo com crité-
rios variados, no entanto a classificação mais comum é a que leva em
consideração o tipo de abordagem utilizado, ou seja, o tipo de instru-
mentos e conceitos que formam a base da previsão. Por este critério
os métodos podem ser qualitativos e quantitativos.
Vale ressaltar que segundo Tubino (2000, apud Rossetto et. al, 2011), embora exis-
tam inúmeras técnicas de previsão, com diferenças significativas entre elas, existem certas
características que são comuns entre as técnicas, tais como a suposição de que as causas
que influenciaram a demanda passada continuarão a agir no futuro; a imperfeição das
previsões, visto que não se consegue prever todas as variações aleatórias que podem vir a
acontecer; a diminuição da acuracidade à medida que aumenta o período de tempo inves-
tigado; a previsão para grupos de produtos é mais precisa que para produtos individuais.
Ainda no mesmo trabalho, temos outra contribuição sobre a importância de escolher
bem as técnicas:
[...] a importância da escolha do tipo de técnica a ser utilizada, visto que às
vezes tem-se de optar entre precisão e custos de previsão. O objetivo funda-
mental é que se desenvolva uma técnica de previsão apropriada para as dife-
rentes características de demanda. Além disso, um fator que deve ser levado
em consideração no momento da escolha da técnica é o horizonte de tempo,
ou seja, se as projeções são de curto, médio ou longo prazo. (RITZMAN E
KRAJEWSKI, 2008, apud ROSSETTO et. al, 2011).
Vamos conhecer algumas técnicas ou métodos qualitativos para prever esta de-
manda com base em Rossetto et. al, (2011, p.3) “As técnicas qualitativas apresentadas por
Moreira (2009) são: Técnica Delphi, Opiniões de Executivos, Opinião da Forças de Vendas
e Pesquisas de Mercado”.
Análise de cenários: A elaboração de cenários (situações hipotéticas futuras) pode ser utilizada
como forma de estruturar as análises e facilitar o processo de planejamento
facilitando a tomada de decisão.
Opinião da força de vendas: A previsão é obtida por meio da opinião da equipe de vendas, que realizam
estimativas regionais futuras, individualmente, para posterior combinação,
formando então, uma única previsão para todas as regiões.
Pesquisas de mercado: Permite a coleta de dados de várias maneiras objetivando testar hipóteses
sobre o mercado, a demanda é determinada pelos consumidores.
Mesquita (2012), conclui que o uso de uma previsão de demanda ajuda a empresa,
diante dos resultados obtidos através do método escolhido, a buscar melhorias e soluções
para se aperfeiçoar e ir em busca do seu espaço no mercado, este estando cada vez mais
concorrido e difícil de se estabilizar. Agora cabe a cada empresa, cada gestor ou no caso,
você, escolher a melhor forma, a que mais de adapta a sua realidade para prever suas
demandas.
REFLITA
De acordo com o Portal Terra (2015), não Importa se você pretende abrir um negócio
ou se já tem uma empresa em operação, a previsão de demanda é uma das princi-
pais ferramentas para o bom planejamento de qualquer companhia. Além de interferir
nos custos com estoque e pessoal, ela também afeta as estimativas de investimento.
Fonte: http://economia.terra.com.br/a-importancia-da-previsao-de-demanda-para-o-
-sucesso-da-sua-empresa,3248db5ce8704b51039074e090e50a5edr208phr.html
Nós sabemos que na prática, esta previsão é muito mais difícil de fazer do que em
teoria isso porque esta demanda é influenciada por diversos fatores.
Você acredita que está preparado para escolher o método de previsão da demanda
da sua empresa ou pensa em contratar um serviço especializado?
SAIBA MAIS
COMPRAS GOVERNAMENTAIS - VÍDEO INTRODUÇÃO A LICITAÇÃO PÚBLICA
Com este vídeo você vai conhecer mais sobre as licitações e os porquês a adminis-
tração pública precisa seguir esta lei para adquirir bens materiais e patrimoniais para
sua gestão.
https://www.youtube.com/watch?v=TkKefogzfHw
Na condição de gestor público, é importante que você, aluno, conheça alguns dos
objetivos de compra, elencados, conforme Batista e Maldonado (2008) em: suprir a orga-
nização com um fluxo seguro de materiais e serviços para atender a suas necessidades;
garantir a continuidade de fornecimento para manter relacionamentos efetivos com fontes
existentes, ou para atender a necessidades emergentes ou planejadas; comprar de forma
eficiente, obtendo por meios éticos o melhor valor por centavo gasto; administrar estoques,
proporcionando a melhor prestação de serviço ao menor custo; manter relacionamentos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para a compreensão desta unidade é muito importante que você consiga discutir
os seguintes assuntos:
● Justificar a importância da gestão de materiais e de patrimônio para as empre-
sas privadas e públicas;
● Apontar meio de previsão de demanda e sua efetiva importância para a manu-
tenção sadia dos negócios;
● Salientar a ligação entre a Cadeia de suprimento e a necessária adaptação das
empresas em pensar sua responsabilidade socioambiental.
4 Procuradora Regional da República, mestre em Direito do Estado pela Faculdade de Direito da USP, autora do
livro “Responsabilidade do Agente Público” (Fórum, 2004).
WEB
BATISTA, Marco Antonio Cavalcanti; MALDONADO, José Manuel Santos de Varge. O papel
do comprador no processo de compras em instituições públicas de ciência e tecno-
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Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-76122008000400003&script=-
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BAILY, Peter, et al. Compras: Princípio e Administração. São Paulo. Editora Atlas S.A.
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BERGO, César Augusto Moreira. Conceitos básicos de economia. (Slides - 2011). Dis-
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BIDERMAN, Rachel; MACEDO, Laura Silvia Valente De; MONZONI, Mario; MAZON, Ru-
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VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas,
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VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas,
2002.
ZANON, Edemar José. Administração de material no setor público. Rio Grande do Sul
– 2008.
Plano de Estudo:
• Controles e processos de gestão de pedidos.
• Sistemas de processamento de pedidos e compras.
• Tecnologia da informação aplicada à função de compras.
• Processos da função de compras.
• Condições de compras e negociação.
• Fontes de fornecimento e cuidados com a responsabilidade ambiental.
• Características e funções do sistema de transporte.
• Conceito de administração de compras e sustentabilidade na área pública.
Objetivos de Aprendizagem:
• Compreender os sistemas de compras de materiais;
• Reconhecer a tecnologia como aliada na gestão de compras;
• Conhecer as fontes de fornecimento e transporte bem como suas particularidades;
• Entender as especificidades de compras no setor público.
36
INTRODUÇÃO
Caro aluno, para iniciar esta unidade vamos pensar de forma simplificada para que
possamos compreender de forma micro para depois ampliar nossos horizontes quanto aos
controles e processos na gestão de pedidos. E para tanto acredito que facilita nosso estudo
se pudermos entender por partes, concordam?
O que é controle? Bem com uma pequena pesquisa conseguimos saber que “Con-
trole é o mecanismo pelo qual é medido o resultado de um processo comparando com um
valor desejado e atuando no mesmo de forma a alterar o resultado, medindo novamente
o resultado e assim sucessivamente. No controle estão presentes o processo, a medição
(feedback), o valor desejado (setpoint) a comparação e a ação de controle”
E os processos, o que podemos dizer deles? Podemos entendê-los como “conjunto
de atos por que se realiza uma operação qualquer” ou ainda “sequência contínua de fatos
que apresentam certa unidade, ou que se reproduzem com certa regularidade; andamento,
desenvolvimento” logo, já conseguimos entender que os processos são as etapas de uma
atividade.
Pensando que cada empresa tem sua rotina de pedidos e que a agilidade nos
serviços são fundamentais para a nossa manutenção no mercado, precisamos utilizar os
recursos disponíveis de maneira eficiente para alcançar excelentes resultados. Dentre os
recursos, vou abordar a tecnologia.
E tem muito mais coisas para compreendermos sobre como comprar, pedir e en-
tregar. Vamos lá?
Mendonça (2011), colabora explicando que a palavra controle pode assumir vários
e diferentes significados. Quando se fala em controle, pensa-se em significados como frear,
cercear, regular, conferir ou verificar, exercer autoridade sobre alguém, comparar com um
padrão ou um critério. No fundo, todas essas conotações constituem meias verdades a
respeito do que seja controle. E como função administrativa, o controle “é o controle como
parte do processo administrativo, como o planejamento, a organização e a direção” (p.11).
Então podemos entender que o controle é um tipo de vistoria, uma forma de verifi-
cação, uma conferência, no caso dos processos de pedido.
Já os processos, de acordo com Martins; Alt (2009, p. 28) sendo um processo
um conjunto de atividades muitas vezes não pertencentes a apenas uma área funcional,
a melhor forma de analisá-los e promover melhorias é com equipes multifuncionais. Os
processos são divididos em dois grandes grupos: operacionais e gerencial de suporte:
● Processos Operacionais: trata-se de entender mercados e clientes, projetar pro-
dutos, produção e entregas para a organização de produção e etc. Por exemplo,
uma empresa de manufatura, pode corresponder ao planejamento e aquisição
de recursos necessários e a administração da produção. Em uma organização
de serviços pode incluir que esta competência está voltada a aquisição e desen-
volvimento de recursos humanos para garantir a qualidade do serviço.
● Processos Gerenciais e suporte: envolve o desenvolvimento e gerenciamento
de recursos humanos, a administração da informação, o gerenciamento de
SAIBA MAIS
Uma bem-sucedida sistematização da gestão do conhecimento deve considerar que o
conhecimento pode existir em dois formatos, tanto na mente das pessoas, quanto em
registros diversos; e a tecnologia da informação tem grande importância no acesso
e na renovação dos conhecimentos. Seguindo essas preocupações, a essência da
ideia de “criação do conhecimento” utilizada na área de gestão organizacional reside
em pessoas poderem se encontrar e trocar experiências com outras pessoas que
têm ou trabalham com certos tipos de conhecimentos, e a importância da tecnologia
da informação é construir um suporte para que isso ocorra. Considerando esse ponto
de vista, discutem-se, no presente artigo, esforços para trocas de conhecimentos,
utilizando-se, para isso, o relacionamento entre dois formatos de conhecimentos –
aqueles que são inerentes às habilidades pessoais (conhecimento tácito) e aqueles
que são possíveis de verbalizar e registrar (conhecimento explícito) – em quatro tipos
de conversões do conhecimento: socialização (tácito de um indivíduo para outro), ex-
ternalização (explicitando partes do conhecimento tácito), combinação (conhecimento
explícito de um indivíduo para o grupo) e internalização (captando no formato tácito
o conhecimento explícito do grupo). Os argumentos aqui apresentados baseiam-se
no fato de que uma efetiva criação e trabalho com o conhecimento apenas ocorre
em um ambiente em que existe uma contínua conversão entre os dois formatos do
conhecimento.
Fonte: Gestão do conhecimento: uma revisão crítica orientada pela abordagem
da criação do conhecimento. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n2/
a15v33n2.pdf>
Pensando que cada empresa tem sua rotina de pedidos e que a agilidade nos
serviços são fundamentais para a nossa manutenção no mercado, precisamos utilizar os
recursos disponível de maneira eficiente para alcançar excelentes resultados. Dentre os
recursos, vou abordar a tecnologia.
“A administração de recursos é em grande parte baseada em técnicas que integram
os elementos de tecnologia de manufatura e otimizam a utilização de pessoas, materiais e
instalações ou equipamentos” (MARTINS; ALT, 2006, p. 67)
Entende-se a organização como um sistema e falamos muito de “sistemas” e cabe
uma breve explicação do que esta palavra significa. Conforme Tchamo (2007, p. 9) “é um
conjunto de partes coordenadas que concorrem para a realização de um conjunto de ob-
jetivos, segundo um plano. Qualquer sistema pode ser encarado como um subsistema de
outro maior, sendo isso denominado hierarquia de sistemas”.
De acordo com Fleury (2003) a velocidade, abrangência e qualidade dos fluxos
de informações impactam diretamente o custo e a qualidade das operações logísticas.
Ou seja, fluxos de informações lentos e erráticos resultam, normalmente, em queda na
qualidade dos serviços, aumento dos custos, e perda de participação no mercado.
O autor ainda aborda que sistemas logísticos se compõem de fluxos de informações
e de materiais, onde os fluxos de informações acionam e controlam os fluxos de materiais.
Sugiro então a você caro aluno, que para melhor entender o ciclo do pedido e o sistema de
processamento de pedidos, examine as atividades que ocorrem desde o instante em que
A respeito do ciclo de pedido Hill (2011), também afirma que se trata de um elo entre
fornecedor e cliente dentro das operações logísticas. “O serviço percebido pelo cliente de-
pende da eficiência com que o Ciclo de Pedido é executado. Sua duração indica a rapidez
Como não é interessante do ponto de vista de custos gerarem um ciclo para cada
cliente, o ideal é utilizar um modelo padrão e por meio de sistemas de informação efetuar os
para os clientes.
“O serviço percebido pelo cliente depende da eficiência com que o Ciclo de Pedido
é executado. Sua duração indica a rapidez do serviço logístico; sua variância afeta o nível
Vamos entender melhor como funciona esse processo. A figura # traz a sequência
Este é um esquema mais teórico e completo daquelas etapas que vimos um pouco
mais acima com o exemplo da confecção de uniformes escolares. Veja que todos os itens
que abordamos naquelas quatro etapas estão aqui contemplados. Consegue visualizar?
Para não gerar transtornos de promessas de entrega e a não consecução deste
prazo para o cliente, conhecer ou controlar os estoques se torna imperativo e para não ficar
sem receber pelo produto, a verificação de crédito se torna necessária conforme Fleury
(2003): Após a entrada do pedido, diversas verificações e decisões precisam ser efetuadas,
antes que o pedido seja confirmado, e a expedição do mesmo seja autorizada. Duas das
mais importantes verificações que necessitam ser feitas, dizem respeito à disponibilidade
de estoques e a confirmação do crédito do cliente.
E como este tópico pede por sistemas de processamento vou inserir alguns
exemplos de tecnologia da informação, softwares que estão disponíveis no mercado para
desenvolver este trabalho de forma mais ágil.
Hill (2011), aborda em seu texto sobre as tecnologias aplicadas ao ciclo de pedido
que será aqui apresentado:
Quando se fala em mercado provedor de software para os sistemas de geren-
ciamento integrado de pedidos a Order Management Systems (OMS) é referência. São
aplicativos que servem de “guarda-chuva”, sob o qual o passo-a-passo no processamento
de pedidos é integrado e controlado.
Todo o ciclo está composto no sistema desde a emissão de pedidos até o fechamento
dos mesmos. É a implantação da abordagem ponta-a-ponta (end-to-end) no gerenciamento
do ciclo de vida de um pedido, ou seja, do processo integrado da emissão ao pagamento
dos pedidos (from order to cash).
Hill (2011) diz ainda que alguns provedores de tecnologia oferecem soluções de
Fonte: https://www.ifood.com.br/como-pedir
Como vimos, não precisamos mais fazer este controle de forma exclusivamente
manual. Poder contar com sistemas, com a tecnologia, fará com que tenhamos tempo para
nos preocupar com outras atividades, ou ainda acumular outras funções. O mesmo vale
para as compras, conforme veremos a seguir.
Conforme Martins; Alt (2009), a aquisição dos bens produtivos ou não (se incor-
Materiais auxiliares ou indiretos/não produtivos Não se incorporam ao produto final (material de escritó-
rio e manutenção)
Esses materiais precisam ser monitorados para que possa ser adquirido o mais
rápido possível, de acordo com o sistema utilizado pela empresa, a fim de não faltarem
quando forem ser utilizados na produção.
O processo de compras pode ser resumido pelo esquema:
dor habitual.
das formas mais expedita de formalizar uma aquisição “principalmente para a entrega de
itens de compras repetitivas, de baixo valor, curto prazo de entrega e itens padronizados”
do produto devem ser claros para facilitar a autorização das mesmas. Para exemplificar,
os autores trazem o que deve constar nesta ficha: descrição (do que se trata o material);
consumo mensal e quando deverá chegar o material); dados (histórico da ultima compra do
cadastro dos produtos. As fichas individuais são para as matérias-primas e compras regu-
lamentares de grande importância para a empresa; agrupado são, por exemplo, “compras
Cotação de preços: aquele orçamento que todos nós já sabemos, mas neste caso
se torna ainda mais importante registrar essas consultas aos fornecedores de forma rápida
e/ou formal.
documento com diversas vias que nos permite uma amarração geral dos serviços de com-
pra. Vejam quais são as vias deste pedido e qual seu destino final: 1ª via – fornecedor; 2 ª via
seção de compras; 3 ª via almoxarifado; 4 ª via contas a pagar; 5 ª via controle qualitativo.
Pensando nestes aspectos, quero levar você, meu aluno, a pensar em como essa
relação de parceria pode acontecer. Vale dizer que como empresa, precisamos de custos
reduzidos, de crédito e para estabelecer parcerias, precisamos avaliar os candidatos a
fornecimento.
Para Martins; Alt (2009, p. 137-138), podemos utilizar varias formas para avaliar os
fornecedores:
Custo: verificar se os custos são compatíveis com o mercado, diz-se que os clientes
precisam ter capacidade de analisar os processos produtivos para ter uma ideia dos custos
e então comparar com os custos propostos pelo fornecedor. Podemos trazer aqui um con-
ceito de que também é uma conta muito simples: preços objetivos = custo + lucro. Nesta
equação os fornecedores lucram menos forçando a diminuir os custos do empreendimento.
Pontualidade: se foi prometido um prazo, cumpri-lo não é um bônus, mas uma obri-
gação. Imagine o que um atraso de insumos do fornecedor pode provocar em seu processo
produtivo? O fornecedor atrasa, você atrasa e toda a cadeia de clientes fica insatisfeito.
Fonte: http://www.catho.com.br/cursos/Negociacao_os_4_elementos_fundamentais
E quanto ao nosso pensamento ético para atuar nas negociações, temos que ter
sempre em mente que a melhor postura ou resultado de um processo de negociação é a
do tipo “ganha-ganha” que é quando você tem certeza de que foi ouvido, apresentou seus
argumentos e/ou condições, concessões foram feitas sem levar prejuízo para nenhum lado
e então fecharem o acordo.
Para que nossos materiais, bens ou patrimônio cheguem com qualidade as nossas
empresas, precisamos de fornecedores que atendam as nossas condições de preço, entre-
ga, qualidade de produto e serviço e estabelecer parcerias é uma boa pedida concordam?
Então ao pensar de onde virão os bens que vamos utilizar na gestão, ou ainda
quem serão os fornecedores, onde compraremos o que logo chamaremos de patrimônio
precisamos tomar certos cuidados para não cair em ciladas ou não comprometermos a
qualidade e a reputação dos nossos produtos.
De acordo com Arnold (2008), o objetivo da função de compras é conseguir tudo
ao mesmo tempo: qualidade, quantidade, prazo de entrega e preço. Uma vez tomada à
decisão sobre o que comprar, a segunda decisão mais importante refere-se ao fornecedor
certo. Um bom fornecedor é aquele que tem a tecnologia para fabricar o produto na quali-
dade exigida, tem a capacidade de produzir as quantidades necessárias e pode administrar
seu negócio com eficiência suficiente para ter lucros e ainda assim vender um produto a
preços competitivos.
Dias (2008), acredita que toda empresa está interessada em suprir necessidades
de outra empresa em termos de matéria-prima, serviços e mão de obra. E Arnold (2008, p.
218) diz que há três tipos de fontes:
1. Fonte única implica que apenas um fornecedor está disponível devido a patentes,
especificações técnicas, matéria-prima, localização, e assim por diante.
2. Fonte múltipla é a utilização de mais de um fornecedor para um item. As van-
3 Sem data encontrada. Responsabilidade social empresarial no setor de compras. Disponível em < http://www.
techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/275> Acesso em 27 jan 2016.
Esta é a modalidade mais conhecida para que produtos e serviços sejam adquiri-
dos pelo poder público e se destina a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia[1] e a seleção da proposta mais interessante para a administração pública. Esta
proposta será processada e julgada de acordo com os princípios básicos da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa,
da vinculação ao instrumento convocatório (edital), do julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatados.
Santos (2008) ainda nos explica que existem regras gerais para compras (ou con-
tratação de serviços) sendo a seleção do fornecedor mediante licitação pré-estabelecida.
Assim sendo, verificaremos algumas modalidades previstas na referida Lei de Licitações:
a) Concorrência: modalidade de licitação que se realiza com ampla publicida-
de, para que todos que preencham os pré-requisitos dispostos no edital possam participar
igualmente.
É apropriada para os contratos de grande valor, não sendo exigido registro prévio
ou cadastro dos interessados, deve-se apenas cumprir o edital nas seguintes situações:
1) Compra de bens imóveis;
2) alienações de bens imóveis para as quais não tenha sido adotada a modalidade
leilão;
REFLITA
Pensando que devemos tomar todos os cuidados para comprar nossos
insumos com qualidade para produzirmos e entregarmos produtos com valor agre-
gado aos nossos clientes, e ser essa entrega por meio de um sistema de transporte
adequado às nossas necessidades... eu lhe estímulo a refletir sobre: como escolher
o canal de distribuição da nossa empresa? Que atributos devemos levar em consi-
deração?
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Material Complementar
LIVRO (OBRIGATÓRIO)
Título: Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais
Autor: Paulo Renato Campos e Petrônio Garcia Martins
Editora: Saraiva
Sinopse: Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais é
um livro inédito no mercado, pois, diferentemente da abordagem
tradicional, voltada à “velha” Administração de Materiais, foi es-
truturado de forma a atender às exigências do novo currículo da
disciplina, destacando as recentes transformações na área. As-
sim, numa linguagem extremamente clara e didática, evitando-se
demonstrações matemáticas desnecessárias, traz as principais
inovações e tendências no campo da Administração de Materiais,
como EDI, ECR, CIM, engenharia simultânea, qualidade em tempo
real, Internet, comarkership, supply chain, além de uma dedicação
especial à Logística.
Os conceitos tradicionais são apresentados com uma conotação
absolutamente atual e voltada para a cadeia de suprimentos. Tam-
bém fez parte do projeto do livro a utilização de recursos didáticos
que facilitassem o aprendizado, como palavras-chaves e sumário
em todos os capítulos, inúmeras figuras e esquemas, extenso
glossário com a definição dos principais termos na área, questões
para discussão, exemplos resolvidos, exercícios propostos, casos
e sugestão de livros e sites na Internet para um maior aprofunda-
mento no assunto.
BATISTA, Marco Antonio Cavalcanti; MALDONADO, José Manuel Santos de Varge. O papel
do comprador no processo de compras em instituições públicas de ciência e tecno-
logia em saúde (C&T/S). Rev. Adm. Pública vol.42 no.4 Rio de Janeiro July/Aug. 2008.
Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-76122008000400003&script=-
sci_arttext > Acesso em 01 fev 2013.
BAILY, Peter, et al. Compras: Princípio e Administração. São Paulo. Editora Atlas S.A.
2000.
BAILY, Peter, et al. Compras: Princípio e Administração. São Paulo. Editora Atlas S.A.
2000.
BERGO, César Augusto Moreira. Conceitos básicos de economia. (Slides - 2011). Dis-
ponível em <http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/176537/mod_resource/content/1/
conceitos%20b%C3%A1sicos.pdf> Acesso em 15 dez 2015.
BIDERMAN, Rachel; MACEDO, Laura Silvia Valente De; MONZONI, Mario; MAZON, Ru-
bens. Guia de compras públicas sustentáveis: Uso do poder de compra do governo
para a promoção do desenvolvimento sustentável. (S/D). Disponível em <http://www.cqgp.
sp.gov.br/gt_licitacoes/publicacoes/Guia-de-compras-publicas-sustent%C3%A1veis.pdf >
Acesso em 21 jan 2013.
CARVALHO, M. M.; et al. Gestão da qualidade: teoria e casos. 6ª ed. Rio de Janeiro: Else-
vier, 2005.
FUNARI, Pedro Paulo; CARVALHO, Aline Vieira de. O patrimônio em uma perspectiva
crítica: o caso do Quilombo dos Palmares. Diálogos, Maringá: Departamento de História e
Programa de Pós-graduação em História da UEM, v.9, n.1, 2005, p.34.
GONÇALVES, Marcus Eduardo; MARINS, Fernando Augusto Silva. Logística reversa numa
empresa de laminação de vidros: um estudo de caso. v.13, n.3, p.397-410, set.-dez. 2006.
Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/gp/v13n3/03.pdf> Acesso em 27 set 2013.
PAIM, R. et al. Gestão de Processos: pensar, agir e aprender. 1ª ed. Porto Alegre: Bookman,
2009.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas,
2000.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas,
2002.
ZANON, Edemar José. Administração de material no setor público. Rio Grande do Sul
– 2008.
Plano de Estudo:
• Conceito e importância dos estoques.
• Função e objetivos dos estoques nas empresas comerciais.
• Custos de estoque.
• Localização e dimensionamento de depósitos.
Objetivos de Aprendizagem:
• Compreender o as nomenclaturas que envolver a gestão de estoques;
• Aprimorar os conceitos quanto a importância do estoque de materiais dentro das
funções organizacionais;
• Conhecer as formas de controle de estoques e seus custos.
74
INTRODUÇÃO
Vamos lá?
Os estoques são recursos ociosos que possuem valor econômico, os quais re-
presentam um investimento destinado a incrementar as atividades de produção e servir
clientes (VIANA, 2009, p. 144). Entretanto, a formação de estoques consome capital de
giro, que não pode estar tendo nenhum retorno do investimento efetuado e, por outro lado,
pode ser necessitado com urgência em outro segmento da empresa, motivo pelo qual o ge-
renciamento deve projetar níveis adequados, objetivando manter o equilíbrio entre estoque
e consumo.
O autor ainda diz que os estoques constituem parcela considerável dos ativos das
empresas e por isso recebem um tratamento contábil bastante minucioso. Estes estoques
podem ser classificados em categorias conforme o quadro ###
Para fecharmos este tópico abordando a importância dos estoques, trago nova-
mente o que vimos sobre a função compras que já selecionou os fornecedores, negociaram
preço, prazo e quantidade e procuram ter um bom relacionamento. E o que de fato vamos
entender é que na composição do custo final dos produtos e este custo obviamente será o
start para a elaboração do preço de venda do produto, o custo da matéria prima tem uma
participação efetiva no processo.
O atendimento a necessidade do cliente é fundamental não é mesmo? Isso nos
traz vantagens contra os concorrentes, mas para que esta vantagem aconteça, devemos
ter uma atenção especial aos nossos estoques, a nossa capacidade produtiva e a nossa
distribuição dos produtos.
Devemos zelar por nossos estoques, por isso contamos porcas e parafusos nos
inventários e balanços realizados, para ter certeza de que nosso investimento na aquisição
não foi transformado em prejuízo.
Trago aqui um conceito de Stockton (1976, p.16), que desde aquela década já
apontava a correta importância dos estoques:
1. As pressões competitivas sobre os preços e lucros, como nova ênfase em se
extrair toda e qualquer vantagem do capital investido nas empresas, incluindo
os investimentos em estoques.
2. O desenvolvimento tecnológico no campo do processamento de dados, espe-
cialmente no que concerne aos computadores eletrônicos, possibilitará à admi-
nistração melhores informações e uma abordagem mais eficaz nas decisões
sobre administração de estoques.
Nós sabemos que as empresas são constituídas para gerar lucro, e a maximização
deste é a meta que queremos alcançar, até porque precisamos recuperar os investimentos
não é mesmo?
Neste sentido, com foco nos estoques, a função do departamento é “otimizar o
investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa e
minimizando as necessidades de capital investido” (FRANCISCHINI; GURGEL, 2004, p.
81)
De acordo com Martins; Alt (2009), o estudo do papel dos estoques nas empresas
é bastante antigo, sendo um elemento regulador, seja do fluxo de produção (manufatura)
ou do fluxo de vendas (comercial) os estoques sempre foram alvo da atenção dos gerentes.
De acordo com Viana (2002 citado por SANTOS ET AL 2009), a política de estoques
é o conjunto de atos diretivos que estabelecem, de forma global e específica, princípios,
diretrizes e normas relacionadas ao gerenciamento de materiais nas empresas, para a
escolha da otimização dos recursos materiais e do capital investido.
Assim podemos inferir que cada empresa, até por uma questão de atuação em
segmentos diferentes, poderão utilizar várias formas de melhor gerenciar seus estoques.
Cabe ao nível estratégico da organização determinar ao departamento de controle de es-
toque, um programa de objetivos a serem atingidos, ou seja, estabelecer certos padrões
que sirvam de guias aos programadores e controladores e também de critério para medir o
desenvolvimento do departamento.
REFLITA
Vimos que temos custos para comprar, para transformar, para distribuir enfim,
as atividades de manufatura geram custos. Mas quando conseguimos transformar
os insumos em produtos e vender com lucro, estamos no caminho certo. Há pouco
aprendemos que nossos produtos, matéria-prima podem ficar obsoletos, podem não
mais serem úteis, ou necessários. Fica então aqui, algo para que possamos pensar:
Como tratar o problema da obsolescência no estoque?
O termo lead time também pode ser entendido como tempo de aprovisionamento.
Veja a representação deste período na figura #
Estoque mínimo:
Em seu trabalho, Santos et al (2009, p. 6), nos explica que no estoque de segurança
(também chamado de mínimo), deve ser determinado a quantidade mínima que existe no
estoque. É uma das mais importantes informações para a administração do estoque, pois
está diretamente ligada ao grau de imobilização financeira da empresa.
Santos et al (2009, p. 6), ainda fala sobre a importância do estoque mínimo sendo
Estoque máximo:
Tendo em vista o item anterior, não é difícil deduzirmos o que seria o básico con-
ceito de estoque máximo não é mesmo? “Quantidade máxima de estoque permitida para o
material” (VIANA, 2009, p. 149).
Este nível máximo, conforme o autor pode ser atingido pelo estoque virtual, quando
da emissão de um pedido de compra. Então devemos entender, a finalidade deste tipo de
estoque é indicar a quantidade de ressuprimento a partir das analises do estoque virtual.
Em outras palavras, o estoque máximo é igual à soma do estoque mínimo e do
lote de compra. O lote de compra poderá ser econômico ou não. Em condições normais
de equilíbrio entre a compra e o consumo, o estoque oscilará entre os valores máximos
e mínimos. O estoque máximo é uma função no lote de compra e do estoque mínimo,
e evidentemente, variará todas as vezes que uma ou duas partes acima variarem. Este
também sofrerá limitações de ordem física, como espaço para armazenamento (SANTOS,
et al, 2009).
Estoque de segurança:
Sempre que estudarmos os estoques precisamos trazer junto no raciocínio a de-
manda ou consumo constantes; o tempo de atendimento ou ressuprimento constantes e
lote entregue de uma única vez (sem ser parcelado).
O estoque de segurança é o estoque de produto para suprir determinado
período, além do prazo de entrega para consumo ou vendas, prevenindo pos-
síveis atrasos na entrega por parte do fornecedor. Os estoques de segurança
deverão ser maiores, quanto maior for à distância do fornecedor ou mais
problemático for o fornecedor com relação aos prazos de entregas (SANTOS,
et al, 2009, p. 8).
Sendo:
ES = estoque de segurança
fs = fator de segurança
s = desvio padrão
CAIXA A CAIXA B
Ø Classe A representa 20% dos itens, que são os mais importantes e devem ser
tratados com atenção especial porque compreendem entre 35% e 70% do valor movimen-
tado no estoque;
Ø Classe B compreende 50% dos itens e apresenta importância intermediária, entre
10% a 45% do valor movimentado;
Ø Classe C composta pelos 30% restantes que são menos importantes, entre 20%
e 55% do valor.
Método do Custo Específico: busca saber qual o custo exato da aquisição das
mercadorias que estão sendo vendidas. A cada unidade são identificados os custos de
aquisição, sendo tais custos comparados com os preços de venda das unidades que são
transferidas para os clientes.
Se forem adquiridas por lotes devemos ainda saber a qual lote pertence cada mer-
cadoria a ser vendida. O uso do preço específico é um tanto restrito, sendo mais adequado
para mercadorias de pouca rotatividade.
Método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair): como o nome já diz, devemos
adotar a rotina de que as mercadorias que primeiro entram na empresa devem ser as
primeiras que sairão no momento da venda. As mercadorias vendidas ou consumidas serão
valorizadas pelos preços das primeiras compras, obtendo-se dessa forma o valor do custo
das vendas. Com isso o CMV será registrado com valores das compras mais antigas e o
valor do estoque final terá o valor das compras mais recentes.
Este tópico nos fará pensar sobre a melhor localização de nosso ponto de distribui-
ção, para que estrategicamente os insumos possam se movimentar gerando o mínimo de
custo possível e a localização interna dos insumos.
E ainda devemos ter em mente nos nossos estudos de administração de recursos
materiais, que para que não tenhamos custos desnecessários como, por exemplo, aluguel
de um grande barracão para acomodar poucos itens.
Talvez, seja necessário aqui conhecer o que significa armazenagem conforme
Moura (1997, p. 3):
[...] denominação genérica e ampla, que inclui todas as atividades de um
ponto destinado à guarda temporária e a distribuição de materiais (depósitos,
centros de distribuição etc.). E estocagem como uma das atividades do fluxo
de materiais no armazém e ponto destinado à locação estática dos materiais.
Dentro de um armazém, podem existir vários pontos de estocagem.
Devemos partir do princípio de que antes de serem armazenados, os materiais devem ter sua
estrutura de armazenagem definida (se será em paletes, blocados, em prateleiras), para então
Vieira et al (2008), ainda nos fazem refletir que pouco importa se o armazém está
vazio ou se está movimentando menos produtos do que o planejado. A maior parte dos
custos de armazenagem vai continuar, porque estão associados ao espaço físico (sua
localização, dimensão e condições), aos equipamentos de movimentação, ao pessoal e
aos investimentos em tecnologia.
Graças à evolução das técnicas de gestão de estoques, como, por exemplo, o just
in time – que como já vimos, podemos crer numa manutenção de quantidades de estoques
suficientes para proporcionar a diminuição dos custos de armazenagem, espaço, pessoal e
obsolescência do capital, a gestão de armazenagem de mercadorias exige uma sincroniza-
ção entre a oferta e a demanda, de maneira a tornar a manutenção desnecessária.
Em nossa próxima unidade falaremos mais sobre as premissas de movimentação
e os arranjos físicos dos nossos armazéns.
LIVRO (OBRIGATÓRIO)
GESTÃO DE ESTOQUES
Autores: Antônio De Pádua Salmeron Ayres, Cezar Sucupira,
Felipe Accioly
Editora: FGV
Sinopse: Uma característica essencial da atividade do gestor de
estoques é o pragmatismo. Gerir estoques é uma atividade que
exige resultados efetivos, passíveis de mensuração e informe
periódicos, aliando teoria à prática. Este livro analisa a sequência
de implantação de um processo de gestão de estoques. Iniciando
pela classificação e codificação dos materiais, planejamento e ges-
tão da demanda, inclui técnicas para dimensionamento de lotes e
estoques de segurança, medição de desempenho e técnicas de
controle da operação de estoques. Finaliza com o planejamento
orçamentário e a avaliação de desempenho da gestão.
Publicado em 31 de agosto de 2015 vídeo mostra como não perder vendas por não
administrar corretamente o estoque dos seu produtos.
Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=3sZwxQE9Cys>
ALMEIDA; Fernanda Matos de Moura; MOURA, Rafael Matos de; LEÃO, Fábio da Cunha;
PROVETE, Eduardo Gonçalves da Silva. Controle de estoque nas empresas de material de
construção do município de Ibitirama-ES. V Congresso UFV de Administração e Conta-
bilidade e II Mostra Científica. 10 e 11 de maio de 2012 - Viçosa/MG.
BARBIERI, J.C., MACHLINE, C. Logística hospitalar – teoria e prática. São Paulo, Sarai-
va, 2006.
FENILI, Renato Ribeiro. Gestão de Materiais. Revisor Ciro Campos Christo Fernandes.
-- Brasília: ENAP, 2015. Disponível em < http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/hand-
le/1/2268/Enap%20Did%C3%A1ticos%20-%20Gest%C3%A3o%20de%20Materiais.pdf?-
sequence=1&isAllowed=y> Acesso em 04 mar 2019.
FREITAS, Felipe Fonseca Tavares de; NASCIMENTO, Kelly Sales Corrêa do; PELAES,
Thiago Souza; FRANÇA, Vilciane de Oliveira. Otimização das operações de Movimen-
tação e Armazenagem de materiais através de rearranjo físico: uma proposta de
melhoria para um almoxarifado da esfera pública. XXVI ENEGEP - Fortaleza, 2006.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pear-
son Prentice Hall, 2010.
NOVAES, Flavio de. (s/d) A logística reversa das embalagens de caixas de papelão e
seu impacto ambiental. REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984-8153) Disponível em
<http://www.herrero.com.br/revista/Edicao%201%20Artigo%205.pdf > Acesso em 04
mar 2019.
SANTOS, Gilberto Antunes dos. Et al. (2009) Gestão de estoque: um fator de obtenção
de lucro através de sua eficiência. Disponivel em < http://www.unisalesiano.edu.br/encon-
tro2009/trabalho/aceitos/CC28331619803.pdf> Acesso em: 18 fev 2019.
SILVA, Cleidiane Figueiredo da; KINOSHITA, Michele Mie Rocha. Gestão de estoques:
armazenagem. Governo do Estado de Minas Gerais, 2011.
SILVA, Rafael Bertemes. A avaliação e controle dos estoques e suas influências no re-
sultado de empresas. Monografia apresentada a Universidade Federal de Santa Catarina
para obtenção do grau de bacharel em Ciências Contábeis. Florianópolis, 2003. Disponível
em <http://tcc.bu.ufsc.br/Contabeis300673> Acesso em 01 mar 2019.
Plano de Estudo:
• Arranjo físico de armazéns
• Embalagens e seus impactos na gestão de armazenagem e ambiental
• Princípios para estocagem de materiais
• Seleção e adequação de equipamentos de movimentação de materiais
• Conceito de armazenamento e movimentação de materiais na área pública
Objetivos de Aprendizagem:
• Conhecer as funcionalidades de armazenamento e a estrutura de layout
• Compreender os elementos que constituem a movimentação de materiais;
• Apresentar exemplos de tecnologia aplicada à movimentação de materiais;
108
INTRODUÇÃO
Tão importante quanto decisões de o que comprar, quando comprar e onde com-
prar, acontece assim que os materiais chegam à fase de armazenamento. Para que os
recursos materiais tenham maior garantia de não perder qualidade.
Mas, caro aluno penso que antes de nos aprofundarmos sobre arranjo físico, va-
mos precisar de alguns esclarecimentos. É importante que você saiba que a armazenagem
refere-se à administração do espaço necessário para manutenção dos estoques, o que
envolve questões de localização, dimensionamento da área, arranjo físico, bem como a
configuração do armazém como um todo (GOMES, 2008).
Que tal agora aprendermos mais sobre essa essas funcionalidades, modelos e até
mesmo projetar em nossa mente como faríamos diferente nos locais onde trabalhamos?
Vamos lá?
Para detalharmos este espaço físico, quando surge a necessidade para um layout
que supra o alto giro de produtos, e requer o fracionamento dos volumes, se torna neces-
sário a utilização das baias de estocagem para as funções de armazenamento e separação
de mercadorias, o que pode acarretar um aumento dos custos e a utilização inadequada
do espaço de armazenagem. Para Ballou (2009, p. 387), “um plano alternativo de layout é
estabelecer baias de estoque no armazém de acordo com a sua função principal”.
Nesse modelo é possível determinar áreas no armazém de acordo com suas fun-
ções e das necessidades de estocagem e da ocupação total do espaço, e áreas visando às
necessidades de separação de pedidos e tempo mínimo de movimentação para o atendi-
mento dos pedidos.
Intuitivo Cientifico
Em sua maioria os produtos são distribuídos com algum tipo de embalagem – al-
gumas exceções como matéria-prima a granel, automóveis e artigos imobiliários – e são
vários os fatores para a preocupação com esse item, razões que vão de despesas aos
impactos ambientais causados pelas embalagens.
Para Ballou (2009), o planejamento da embalagem está relacionado à:
• Facilidade de armazenamento e manuseio;
• Promover uma melhor utilização do equipamento de transporte;
• Proteger o produto;
• Promover a venda do produto;
• Alterar a densidade do produto;
• Facilitar a utilização do produto;
• Proporcionar ao cliente o valor da reutilização;
• Impactar o mínimo o meio ambiente.
Muitas vezes esses objetivos não são alcançados em sua totalidade, principalmente
os de alteração da densidade do produto, valor de reutilização e impacto ao meio ambiente.
A questão embalagem apresenta muitas faces. Porém, podemos resumir os objeti-
vos da embalagem de um produto e suas interações com as atividades logísticas na figura
a seguir:
Tipos de embalagens:
• Embalagens para o consumidor: apresenta um projeto totalmente voltado para
satisfazer os desejos e conveniência do consumidor, com suas principais ca-
racterísticas o apelo de mercado, boa acomodação e visibilidade no ponto de
venda. O que muitas vezes dificultam as atividades logísticas;
• Embalagens para a indústria: um projeto mais simples de se elaborar, pois
geralmente são caixas, sacos, barril, de diversos materiais – papelão, plástico,
Impactos ambientais
Atualmente, há um apelo ambiental muito grande, principalmente com relação ao
destino final das embalagens, sendo elas industriais ou do consumidor final – os resíduos
domésticos. A maior preocupação é sobre as questões da reciclagem dos resíduos sólidos
gerados pelas embalagens.
De acordo com o Guia de embalagens (2013) as embalagens podem ser produzi-
das considerando as seguintes opções de destinação final:
Embalagem reciclável: é a embalagem cuja matéria-prima pode ser reaproveita-
da depois de utilizada, após sofrer uma transformação química ou física, para finalidades
diversas.
Embalagem biodegradável (não compostável): é a embalagem que pode ser de-
gradada por microorganismos liberando CO2 para atmosfera sob determinadas condições
de calor, umidade, presença de microorganismos e oxigênio. Este tipo de embalagem não
é transformado em novo produto ou adubo orgânico.
Embalagem biodegradável compostável (ou reciclagem orgânica): é um tipo
específico de embalagem biodegradável que pode ser destinada à compostagem orgânica.
O produto da compostagem pode ser usado como adubo em plantas e árvores em geral.
A destinação envolve ambiente seguro e controlado (tratamento aeróbico ou anaeróbico,
com produção de resíduos orgânicos estabilizados ou de metano). A deposição em aterros
sanitários não é reconhecida como forma de reciclagem orgânica.
Embalagem “não biodegradável”: o Rio 2016TM considera “não biodegradável”
toda embalagem que não se degrada naturalmente ou que o faz após um prazo superior
a 10 anos (plásticos: de 10 a 400 anos; metais: de 50 a 200 anos; vidros: indeterminado)
Cabe lembrar, que as atividade logísticas, com a utilização de diversos tipos de
embalagens – papelão, alumínio, plástico, madeira, entre outros – exerce uma grande
influência sobre os ecossistemas no meio ambiente, podendo levar a um desiquilíbrio am-
biental, caso haja a negligência de um sistema operacional que seja devidamente contro-
lado, estudado e fiscalizado, afim de, garantir a sustentabilidade das atividades realizadas,
Fonte:http://tatil.com.br/w/projetos/natura-sou/
case da NATURA que desenvolve embalagens que afetam menos o meio ambiente
e de vários aspectos. Trata-se de novo conceito que segue o lema “Para que você
precisa do que não precisa?”. Embalagens e fórmulas dos produtos foram criadas
Foi desenvolvida uma linha de produtos de uso diário para corpo, banho e
cabelos, por meio de um processo eficiente, que usa menos materiais e ingredientes
convencionais do mercado. Para cada 1000 embalagens vazias de SOU, seria pos-
precisa de refil.
Disponível em <http://observatorio-eco.jusbrasil.com.br/noticias/112024933/
embalagem-da-natura-se-destaca-por-menor-impacto-ambiental> Acesso em 04
mar 2019.
Figura # Paletização
Fonte: www.mecalux.com.br
SAIBA MAIS
Os vídeo 1 e 2 nos mostram as funcionalidades da utilização dos diversos tipos de
empilhadeiras que podemos utilizar para melhora, facilitar e agilizar nosso transporte
e acondicionamento. Devemos pensar que ao trabalhar com este tipo de equipamen-
to, devemos ter noções de espaço para evitar acidentes.
VÍDEO 1 - Estantes Porta paletes. Disponível em https://www.youtube.com/watch?-
v=K21t25NUbLM
VÍDEO 2 - [Logística] Simulador Estoque. Disponível em https://www.youtube.com/
watch?v=Pa1odHYCFFg
REFLITA
Com base na figura# (acima) como selecionar a melhor forma de acomodar os
materiais em nossos armazéns?
Vivemos cada vez mais plugados a aparatos tecnológicos, e porque não utilizá-los
em nosso trabalho para gestão de armazenamento e movimentação de materiais, não é
mesmo?
Para o auxílio dos gestores na manutenção e controle dos estoques, a tecnologia
da informação está sendo empregada como uma grande ferramenta de apoio e suporte
nas tomadas de decisões, colocando as empresas em um patamar de diferenciação pela
eficácia nos resultados do acompanhamento do fluxo de materiais.
É notória a grande evolução pela qual passaram os métodos e equipamentos de
movimentação sofreram nos últimos anos, de modo que, para o acompanhamento das
inovações, a armazenagem e o manuseio de materiais deverão ser beneficiados com a
aplicação de novas tecnologias (PEREIRA FILHO, 2002).
Como exemplos, Barros (2005) cita o uso do código de barras, o EDI (Electronic
Data Interchange ou intercâmbio eletrônico de dados), o RFID (Radio Frequency Identifi-
cation ou Identificação via Radiofreqüência) e o Rastreamento de Frotas com Tecnologia
GPS (Global Positioning System). E acrescenta que todas essas tecnologias não servem
apenas para aumentar a velocidade do fluxo de informações, mas também para melhorar
a exatidão das informações. As tecnologias de informação são ferramentas para facilitar as
integrações entre as empresas de uma cadeia produtiva diminuindo o tempo de transações,
Quando falamos na área pública, pode dar a impressão que os processos são mais
difíceis devido à burocracia. E às vezes são mesmo, mas pensando que as merendas esco-
lares, os remédios dos postos de saúde, hospitais, os papeis utilizados nas creches enfim,
os materiais diversos precisam ser bem acondicionados para evitar perdas, até porque, o
dinheiro utilizado para comprar esses materiais, teve a nossa contribuição.
Falando sobre armazenagem, o layout dos armazéns no setor público pode não
ser tão bem planejado como em empresas privadas. Muitos prédios são barracões, casas
ou alguma outra construção que por decreto de alguém se tornou o novo almoxarifado da
cidade, da escola, da creche ou do hospital.
Silva (2010), citando exemplo de Brasília diz que geralmente, por serem afastadas
e não possuírem contato direto com o almoxarifado central, as subunidades, no
caso os postos avançados, necessitam do apoio logístico da Secretaria quanto ao
fornecimento dos materiais necessários às suas atividades.
Várias empresas possuem estilos distintos de almoxarifados, dependendo de
sua área de atuação ou segmento, dentre este destacamos os almoxarifados centrais, de
fábrica, de distribuição – também conhecidos como C.D. (centrais de distribuição), onde
independentemente de seu estilo, precisam de um controle minucioso de controle de entra-
das e saídas de produtos.
#ficadica e anota aí para não esquecer que o layout na armazenagem tem por
objetivo assegurar a utilização máxima do espaço; propiciar a mais eficiente movimentação
de materiais; propiciar a estocagem mais econômica, em relação às despesas de equi-
pamento, espaço, danos de materiais e mão-de-obra do armazém; fazer do armazém um
modelo de boa organização (GOMES, 2008, p. 36).
O manuseio eficiente de mercadorias embaladas no deposito é muito dependente
do próprio projeto do armazém. Pequenas variações nas configurações, arranjo físico ou
arranjos das docas de descargas podem resultar em economias substanciais nos custos de
manuseio (BALLOU, 2009 p.182).
Uma das grandes chaves para aumentar a competitividade no atual ambiente de
negócios é a satisfação e o sucesso do cliente. A Logística Integrada busca atingir esta
satisfação através da integração das funções, tanto as internas à organização quanto as
pertencentes à sua cadeia produtiva e um dos processos-chave que dão suporte à Logística
Integrada é a Distribuição Física.
Os processos de logística reversa ainda estão em seu estágio inicial no Brasil,
mas devido a necessidade de redução de custos, associados às pressões externas por
legislações ambientais mais rígidas e a necessidade de oferecer mais serviços através de
políticas de devolução mais liberal.
Leitura Complementar
LIVRO (OBRIGATÓRIO)
LOGÍSTICA,TRANSPORTE E INFRAESTRUTURA: Armazena-
gem, Operador Logístico, Gestão via TI e Multimodal
Autor: Marco Aurélio Dias
Editora: Atlas
Sinopse: Num mundo sem fronteiras, plugado pela internet, vi-
ciado em informação e velocidade, entregar o produto certo, na
hora certa e com o menor custo é vital para a sobrevivência de
qualquer negócio. Ganha muita importância em todo esse cenário
a logística de transportes, fundamental para a competitividade da
economia brasileira.
ALMEIDA; Fernanda Matos de Moura; MOURA, Rafael Matos de; LEÃO, Fábio da Cunha;
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