Você está na página 1de 10

INTRODUÇÃO

Ao iniciar a pesquisa sobre este trabalho, não imaginava que seria possível encontrar
tanta coisa escrita sobre ASSIDUIDADE. As frases e conceitos se repetem, mas a impor-
tância do tema ganha notoriedade, tanto na vida profana como nos mais diversos níveis da
maçonaria, aos aprendizes, companheiros, mestres e veneráveis mestres.

estar presente em um local determinado, seja diariamente, semanalmente, mensalmente ou


anualmente, para cumprimento de suas tarefas e deveres. Tem sua importância muitas vezes
esquecida pela rotina, entretanto, ao analisarmos contratos coletivos de trabalho, portarias,
instruções normativas, leis em todas as instancias de governo, vimos lá, para nossa surpresa,
incentivos para quem for assíduo, punições aos não assíduos e um mundo de complexidades
criado para que o homem cumpra com suas responsabilidades de estar onde deva estar no
momento em que deva estar.
Se na vida profana temos que ser assíduos no cumprimento de nossas obrigações,
também assumimos este compromisso com nossa ordem quando fomos iniciados, aliás,
mesmo antes disso, porque quando fomos sindicados, fomos perguntados se teríamos con-
dições de freqüentar as sessões e assumirmos este compromisso.
Tentarei discorrer neste trabalho sobre a importância do maçom ser assíduo, ou seja,
comparecer regularmente as sessões.
CONCEITO

Segundo alguns dicionários consultados, ASSIDUIDADE vem do latim “assiduus”-


o que permanece ao lado, é o hábito que leva o indivíduo a achar-se presente onde deve

qualidade ou caráter de assíduo; e assíduo é o que comparece com regularidade e exatidão


ao lugar onde tem de desempenhar seus deveres ou função. Que está sempre entregue ao
seu trabalho, que a ele se dedica sem interrupção, aplicado, diligente, constante, e continuo.
-
duos ou comunidades. Ela se completa pela pontualidade. ASSIDUIDADE e pontualidade
são traços positivos de personalidade bem formada, revelando uma consciência madura das
próprias responsabilidades. A pontualidade é o complemento ideal e lógico da ASSIDUI-
DADE.

ASPECTOS LEGAIS

Todos os Maçons são obrigados, como regra geral e iniludível, a assistir aos Trabalhos

Venerável, ao Maçom que, por qualquer motivo, não puder comparecer às Sessões.

Todo aquele que faltar a três Sessões consecutivas, ou mais de noventa dias consecu-

A ASSIDUIDADE, diz Alec Mellor é uma virtude maçônica e continua: “O absen-

Old Charges

-
sinada por dois Mestres Maçons regulares e que este Mestre, para poder indicar o profano,
terá obrigatoriamente ter no mínimo 50% de freqüência nos últimos doze meses.
-
-
ro espírito maçônico, durante doze meses para aprendizes e seis meses para companheiros,

-
-
-

ASSIDUIDADE NA MAÇONARIA

Meus irmãos, tudo o que dissemos até agora, é necessário e essencial ao bom funcio-
namento de toda e qualquer instituição, organização, sociedade e, sobretudo da maçonaria.
Mas o aspecto que queremos abordar neste trabalho, embora não se divorcie do legal, reves-
te-se de sentimentos, de amor, de solidariedade, de fraternidade, de irmandade, de princípios
e de responsabilidades.

-
tantíssimo, que deve adornar o verdadeiro maçom, sendo que a “ASSIDUIDADE” é de
vital importância, pois dela depende a sobrevivência da loja, senão, como entender o fun-
cionamento de uma loja, se seus membros não comparecem aos trabalhos? Quem abrirá o

-
qüentar assiduamente os trabalhos da loja e corpos a que pertencer”.i
Se meus irmãos aprendizes, companheiros ou mestres, se recordarem, ao preencher-
mos nosso pedido de ingresso nesta Sublime Instituição, nos comprometemos a freqüentá-

Entendemos que somente pela ASSIDUIDADE, e pela intelectualização que adquirir


na escola do progresso maçônico, o iniciado poderá dirigir suas inclinações, seus desejos e
propósitos sociais e templários.
A ASSIDUIDADE exprime atividade constante, positiva, sem quebra da continuida-
de do curso de conhecimentos.
A Maçonaria ensina ao homem que ele – o ser Maçom – tem o compromisso de aper-

meio desse tratamento, vir a ser o componente de dimensões certas a construção do templo
a que se destina. Sabido que o processo iniciático é a chave das grandes possibilidades, com
-
-

interior, onde encontrará a energia e a determinação para o seu crescimento, seja intelectual,
moral ou espiritual.

A Maçonaria nos lembra disto, ao instruir-nos que fazemos progresso quando apren-
demos a submetermos nossas vontades e vencer nossas paixões, pois, entre tantas institui-
ções de aprimoramento moral que já existiram ou ainda existem, é a Maçonaria, a primeira a
se preocupar com o encaminhamento do intelecto do gênero humano, pela senda da virtude,
e através de cada qual, da própria humanidade.
A Maçonaria recomenda o auto-aprimoramento, como o único remédio capaz de ha-

ela adotou para representar a ignorância, a intolerância, ou seja, todas as imperfeições que,
desde o nosso nascimento, nos acompanham ao longo de nossa vida.
Entendemos que é pequeno o número de Maçons que, não obstante já ter assimilado
este ponto de vista, se dispõe a pô-lo em prática em suas atividades diárias. Os que o fazem
estão retribuindo a benção que receberam de tornar-se, como iniciados, membros da maço-
naria, ou seja, demonstram para o seu próximo, toda a alegria e satisfação em poder servir,
em pode ser útil, justamente pelo fato de tornarem-se homens iniciados, homens Maçons.
Todo esse conjunto de sentimentos e expressões, tal como a fraternidade, a lealdade, a
justiça, ou como muitas virtudes e qualidades, o Maçom só as assimilará, talvez, após muita

partir de sua comodidade e desinteresse pela vivência Maçônica, jamais conseguirá por em
prática todos os ensinamentos que a Ordem nos evidencia.
-
tante pelo simples fato de que o Maçom presente se sentirá mais bem enquadrado entre os
demais, assimilará com mais facilidades os problemas que ocorrem no cotidiano dos irmãos,
e, por conseqüência, sua participação se tornará muito mais efetiva, fator determinante para
engrandecer sobremaneira o brilho das reuniões.

O APRENDIZ E A ASSIDUIDADE

É essencial, desde os primeiros dias após a sua iniciação, para o Maçom Aprendiz a
-

marcado o novo Maçom, mas esta marca, se não for protegida, desenvolvida, acarinhada,
desaparecerá com o tempo, com o desvanecer da memória, com o diluir das sensações ex-

interrupção, o distanciamento e o desinteresse dele na sua continuação, ferem-no de morte.


-
DE. Os laços, não só emocionais e afetivos, mas também desta natureza, que deviam ter sido

colocação de uma planta no jardim: se não for regada com a devida ASSIDUIDADE, se não

-
za ao desinteresse do novo Maçom. Vários fatores poderiam ocasionar este abandono, por

pela falta de tempo ou interesse em estudar e conhecer os mistérios que envolvem nossa
ordem.
ASSIDUIDADE, expectativas equilibradas e paciência são as ferramentas que, utilizadas
adequada e diligentemente pelo novo Maçom, lhe conferirão a devida integração na Maço-
naria.

CONCLUSÕES FINAIS

integração, sem participação, nenhuma instituição sobreviverá, e isto se aplica também a

-
nagear alguém ou alguma entidade, e constata-se a presença irrisória de Irmãos, isto dará
uma visão negativa da Ordem, deixando constrangidos aqueles que se dedicaram e se es-
forçaram para realizar o evento à altura da Maçonaria, vários exemplos poderiam aqui ser

-
ramente um maçom participativo, ASSIDUO? , ou apenas tive sorte de ser iniciado na Arte
-
naria está em jogo, como também a própria Maçonaria, pois nossa participação e freqüência

Enquanto pesquisava na internet achei vários textos sobre uma parábola e um texto
muito interessante sobre freqüência e assiduidade, que copiei a acrescentei a este trabalho.
Vale a pena a leitura a seguir:

“As parábolas sempre ilustram com muita força e até com certa dramaticida-
de os ensinamentos morais. A freqüência dos irmãos aos trabalhos é um dos itens
constantes de todas as pautas das reuniões.
Há os que não vão aos trabalhos da oficina, porque acham que a mesma
nada mais tem a lhes ensinar. São os presunçosos. Se forem telhados, não sabem
fazer o sinal de Aprendiz. Há os que não vão à Oficina porque acham que as reuni-
ões se tornaram desinteressantes e monótonas. Estes fazem parte daquele grande
grupo que entraram para à Maçonaria, mas a Maçonaria não entrou neles. Acham
as reuniões desinteressantes mais nada fazem para torná-las melhores. São os
reformistas e críticos de palavras, nada fazem porque faltam-lhes luzes para fazer,
ou porque são egoístas, não querem dividir os seus conhecimentos, quando rara-
mente possuem algum, são os verdadeiros inoperantes da Ordem.
Os argumentos, de todos os grupos de faltosos, são extremamente frágeis
e na realidade se baseiam, também com a Maçonaria em três colunas, ou melhor,
três antes coluna: a ignorância, o desinteresse e o perjúrio. Ser perjúrio não é so-
mente quem revela os nossos segredos Iniciáticos, mas também é perjúrio aquele
que não cumpre com as obrigações contraídas para com a sublime Ordem no Ce-
rimonial da Iniciação.
Outro dia encontramos um destes pseudo irmão e perguntei-lhe: por que não
tens mais ido à Loja? – ao que ele me respondeu de pronto: para que, só para ba-
ter malhetes? – Então lhe repliquei: sabes o que significa “bater malhetes”? – Ele
se coçou todo, gaguejou, desculpou-se e se escafedeu-se deixando atrás de si a
poeira ofuscante da sua ignorância.
Aprendemos com um Mestre, a quem respeitamos e admiramos uma parábola que
vamos aqui tentar reproduzir aos irmãos.
Londres, fria, úmida, nevoenta e cinzenta, havia num bairro um templo re-
ligioso, possivelmente Anglicano, no qual pregava um mesmo pastor há mais de
vinte anos. E os Londrinos, como os ingleses de um modo geral, são extrema-
mente tradicionalistas e naquele Templo, vinham fiéis das redondezas, sempre os
mesmos, sempre ocupando os mesmos lugares, a sucessão de cada semana e
desta forma todos já se conheciam pelos nomes conforme devem ser os Maçons
em Loja.
Num certo final de semana, o pastor notou ausente, uma cadeira que estava
vazia e era a cadeira de um dos mais assíduos fiéis.
O pastor preocupou-se, mas passado o culto, o fato foi esquecido, absorvido que
foi o pastor pelas suas outras atividades.
Nova semana, novo culto, e novamente a mesma cadeira vazia, o pastor per-
guntou aos fiéis: alguém viu o fulano, estaria doente, estaria acontecendo alguma
coisa? – Ninguém soube responder.
Na semana seguinte o fato se repetiu pela terceira vez e o pastor, após o
culto resolveu visitar o fiel.
Chegando lá, encontrou-o à beira da lareira, em frente ao fogo. Então o pas-
tor lhe perguntou:
- Estás doente?
O fiel lhe respondeu:
- Não, estou muito bem de saúde.
E o pastor replicou:
- Estás com algum outro problema?
O fiel lhe respondeu:
- Não, não estou com problema nenhum, muito pelo contrário, estou muito
bem:
Então o pastor lhe admoestou:
- Mas não tens ido mais ao culto...
Dito isso o fiel dirigindo-se ao pastor disse:
- Eu frequento aquele culto há mais de vinte anos, sento naquela cadeira,
efetuo as orações e entôo os mesmos hinos, durante todo este tempo eu já aprendi
tudo de culto, sei todo o livro do culto de cór. Então eu acho que não preciso mais
ir lá, por isso não estou indo.
Atônito, o pastor pensou um pouco, dirigiu-se à lareira, atiçou o fogo e de lá
retirou a maior das brasas que se encontrava na lareira, colocando-a sobre a salei-
ra de mármore da janela, ante o olhar curioso do fiel.
A brasa, em questões de minutos, perdeu o brilho, se revestiu de uma túnica
cinzenta, transformando-se em carvão e cinza, fora do convívio com as outras bra-
sas.
O fiel levantou-se colocando as mãos na cabeça, disse:
Por favor, homem para com isso, eu compreendi a lição.
Doravante não mais faltarei ao culto.
Tornando-se, a partir daquele dia, a cadeira, novamente ocupada.
Meus irmãos, os Maçons são como as brasas, para manterem a luz dos co-
nhecimentos, o calor da fraternidade e a chama do ideal, necessário é, que este-
jam no convívio permanente das outras brasas.
Não faz Maçonaria fora do Templo. A Maçonaria que se pratica na vida pro-
fana é uma obrigação do iniciado e é reativada à cada Sessão, como uma espécie
de bateria que precisa ser recarregada.
Se algum irmão acha que nada mais tem aprender, então ele dever ter atin-
gido a Gnose perfeita e é chegado o momento dele começar a ensinar.”
Ir. José Soares Barbosa, 33°, M\ I\

AGRADECIMENTO

em me orientar nas pesquisas deste trabalho.

Obrigado!!!!
*REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1.

2.

3. -

4.
5.
6.
7.
8.

Você também pode gostar