Referência Bibliográfica CHAUÍ, Marilena. Brasil: Mito Fundador e
Sociedade Autoritária. 1° edição. São Paulo: Fundação Pereseu Abramo, 2000.
De início, a autora na tentativa de contextualizar o leitor o introduz ao que
acredita ser o fruto/motivo do entitulado “mito fundador”, o qual podemos interpretar como um “conceito” biopolítico, por se tratar de um modo que, mesmo que indiretamente, “manipular” as ideologias do povo que o consome. Chauí o apresenta como sendo uma representação ideológica que serve exclusiva a unicamente aos internos estatais( aqueles que “mandam”) , que consequentemente permanecem no poder graças a “alienação” e atitudes de conformismo do povo, que se vê satisfeito com a justificativa a ele proposto, nesse caso, a existência de uma sociedade autoritária e excludente. Na tentativa de desconstruir ainda mais as incoerências dessa apologia, Marilena apresenta ao leitor os conceitos fundamentais da mesma, eles sendo a natureza, história e estado, possuindo a similaridade de que são todos “obras de Deus”, por fim colocando em discussão a importância das crenças teológicas com intenção de influência ao conformismo, além de colocar dessa forma a “nação” como semióforo e fruto exclusivo de um ser “maior”. Por fim, questiona a relevância desses fatores em relação ao patriotismo e amor pela pátria, afinal, é inegável o surgimento de uma controvérsia quase que paradoxal ao afirmar a crença em um ser onipotente e não em sua “criação”.