As “fake news”, como se autodescrevem, são a transmissão de desinformação por meio

dos veículos noticiários (revistas, jornais, televisões) e, principalmente, pelas redes

sociais. Essas notícias detêm como característica, a maioria das vezes, manchetes
extravagantes e exageradas para chamar a atenção do público; e como finalidade,
propositalmente, ludibriar e enganar a população para manipula-la.

Em todos os períodos da história, a maioria das pessoas estiveram expostas a

conhecimentos precários. No entanto, com o avanço dos veículos de informações, as
notícias falsas são transmitidas rapidamente e alcançadas pelo destinatário de forma
inaudita, consequentemente, proporcionando dificuldades para a sua contenção.

Como destaque da atemporalidade das “fake news”, se pode usar como exemplificação o
Plano Cohen, elaborado pelo governo Vargas, em 1937, com o objetivo de justificar a
implementação da ditadura do Estado Novo ao Congresso. O documento consistia em
um suposto plano de implementação do comunismo no Brasil.

Atualmente, com a internet, as notícias falsas além de proporcionar a rapidez da

disseminação, elas atuam na esfera macro e micro da sociedade de modo mais incisivo,
como se nota no ocorrido na cidade de Guarujá – SP, no ano de 2014, em que, após
repercutirem, falsamente, que Fabiane Maria de Jesus, dona de casa, praticava magia
maligna com crianças, conjuntamente com essa informação, relatos irreais nas redes
sociais; a dona de casa foi morta de forma brutal pela vizinhança da cidade de que residia.

Diante do exposto, questionasse: quais devem ser as medidas para o anteparo contra as
“fake news”, já que são atemporais e estão se desenvolvendo rapidamente? Retornando
às ideias Iluministas, é necessário construir e divulgar métodos científicos e racionais,
resultando em atitudes mais criteriosas diante das informações transmitidas. Ademais,
este conhecimento de qualidade deve ser direcionando a toda população para que seja
estimulada a escolha de leituras que promovam a absorção saudável e cética.