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CAPÍTULO V
Esta linha pode ser recta ou curva dependendo da geometria da superfície dobrada.
Quando esta linha é recta é conhecida como geratriz ou eixo da dobra. De acordo
com sua orientação é possível definir a posição espacial da dobra, horizontal, vertical
ou inclinada.
Plano Axial –é o plano que tenta dividir a dobra em duas partes iguais. É o plano de
simetria da dobra que a divide em dois flancos aproximadamente iguais,
cominclinações opostas.
Crista: é a linha resultante da ligação dos pontos mais elevados de uma dobra,
podendo ou não coincidir com o eixo da mesma. É a região mais alta da dobra.
O tamanho do ângulo entre os flancos mede quão apertada a dobra está e reflecte a
quantidade de compressão do estrato. A figura 7 mostra um esquema desta
classificação que subdivide as dobras em 5 classes: Suaves ângulo de (180° a 120°);
Abertas (120° a 70°); Fechadas (70° a 30°); Apertadas ( 30° a 0o) e Isoclinal (0o).
Fig. 7 – classificação das dobras com base no ângulo inter-flancos (Fleuty, 1964).
Dobras paralelas (ou Isopaca): são aquelas onde as superfícies de dobra adjacentes
que limitam a camada dobrada são paralelas, isto é, a espessura da camada medida
perpendicularmente à superfície da dobra (espessura ortogonal) é constante. Um
caso especial da dobra paralela é a dobra concêntrica onde as superfícies adjacentes
da dobra são são arcos dum círculo com um centro comum conhecido por centro de
curvatura da dobra. A extensão destas dobras é limitada pelo centro de
curvatura.Quando a espessura varia ao longo da dobra, esta é denominada de
Anisopaca.
Simétrica: é a dobra em que os dois flancos iguais entre si (distância dos pontos de
inflexão) possuem o mesmo ângulo de mergulho. Caracteriza-se por possuir o plano
axial vertical (fig. 9a). Quando os flancos tiverem igual comprimento.
Dobras de arrasto e/ou parasitas: dobras que ocorrem nos flancos e nas charneiras
de uma dobra maior. Ou são pequenas dobras que se desenvolvem nos flancos de
uma dobra maior. Correspondem à orientação da dobra maior e são denominadas
de dobras parasitas na forma de Z (no flanco I), M (curvatura máxima) e S (no
flanco II), ou seja, possuem similar orientação dos eixos e dos planos axiais das
dobras maiores. Também podem ser geradas em regimes de cisalhamento simples.
De acordo com a estratigrafia das camadas (idade relativa dos estratos) as dobras
classificam-se em: dobra anticlinal e sinclinal.
Anticlinal: dobra com convexidade para cima, quando conhecidas suas relações
estratigráficas, ou seja, rochas mais antigas encontram-se no seu núcleo.
Sinclinal: dobra com convexidade para baixo, quando conhecidas suas relações
estratigráficas, ou seja, rochas mais novas encontram-se no seu núcleo.
Sinformes: dobra cuja concavidade ou abertura está voltada para baixo (fig. a).
Antiformes: dobra cuja concavidade ou abertura está voltada para cima (fig. b).
Neutras: dobra cujos flancos não convergem nem para cima e nem para baixo,
convergem então para o “lado”.