Pode-se notar a utilização de drones no policiamento rodoviário em
algumas polícias do Brasil, como as PMs de Pernambuco, Bahia e, com mais destaque, São Paulo Os drones são operados por policiais rodoviários treinados e capacitados e contam com câmeras de alta resolução, sensores térmicos e captação noturna de imagens, além disso, transmitem essas imagens em tempo real aos policiais. Com eles, é possível visualizar veículos que estejam cometendo infrações de trânsito, tais como ultrapassagens proibidas e uso do acostamento e assim direcionar o policiamento para fiscalizar os infratores, além disso podem ainda auxiliar em uma resposta mais rápida a acidentes de trânsito e a veículos parados no acostamento, dentre outras possíveis atribuições Os drones são capazes de realizar sobrevoos em alta e baixa altitude e são extremante silenciosos, permitindo assessorar os policiais nos levantamentos de áreas críticas em que haja potencial de ações delituosas ao longo da malha viária, servindo de ferramenta de Inteligência para a Polícia Militar. Na PMESP, os drones são utilizados para o patrulhamento das principais rodovias e, de acordo com a Polícia Rodoviária, o reforço no patrulhamento ocorre todos os anos durante o período de festas, época em que há maior volume de tráfego. Há registros de operações de fiscalização de trânsito utilizando drones nas cidades de Sorocaba, Araçatuba, Andradina e na capital São Paulo. O curso de operador RPAS – Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada – promovido pela PMESP, através do Grupamento de Radiopatrulha Aérea, possui uma carga horária de 185 horas/aula e tem como objetivo capacitar o Policial Militar a operar uma Aeronave remotamente pilotada na categoria de peso máximo de decolagem inferior a 25 quilogramas, dando-lhe condições de operar o vetor aéreo através de uma estação remota de pilotagem, utilizando com eficiência os seus sensores aclopados, bem como seus sistemas associados. Tudo isso com conhecimento das normas aeronáuticas que regulamentam a operação de RPAS no Brasil, principalmente aquelas ligadas à habilitação dos operadores, certificação dos equipamentos e autorização de uso do espaço aéreo em missões de segurança pública. Na PMPE, a fiscalização por meio de uso de drones visa a redução de acidentes, em sua maior parte ocasionados por infrações relacionadas à excesso de velocidade, desatenção e ultrapassagens indevidas, geralmente em época de verão, quando o fluxo das rodovias aumenta significativamente. O drone é empregado também em operações policiais, como ferramenta de videomonitoramento móvel, que auxilia o BPRv em ocorrências que envolvem interdição de rodovias, acidentes com veículos transportando produtos perigosos, roubo de cargas e tráfico de drogas. O equipamento funciona com uma câmera que é interligada a um tablet que fica com o controlador do equipamento, com imagens transmitidas em tempo real, o que facilita a prevenção e agiliza a intervenção do BPRv, já que os policiais repassam imediatamente pelo rádio comunicador qualquer movimento suspeito observado pela visão de cima. A Portaria do Secretário de Defesa Social nº 3569, de 02/07/2020 - Estabelece Normas Gerais para uso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) no âmbito da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco. Na PMBA, há registros do drone operado pelo GRAER, denominado “Guardião Remoto 01”, sendo utilizado em operações de fiscalização de trânsito, como na Operação Paz no Trânsito, em alguns pontos da Cidade de Salvador, auxiliando na fiscalização de PFTRAN, na identificação de veículos que tentam burlar a fiscalização. Nota-se que a PMBA ainda não expandiu a utilização dos drones na fiscalização das rodovias, como exemplo da PMESP, mas realiza uma aplicação bastante efetiva do drone na fiscalização do trânsito municipal de Salvador.