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16/02/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

Módulo 2:

Humanismo Moderno: Renascimento

2. 1. O teocentrismo na Idade Média e o nascimento da experiência subjetiva

Leitura Obrigatória:

SANTI, P.L.R. A construção do eu na modernidade. Ribeirão Preto/SP: Ed. Holos, 1998 (Capítulos 2 e
3).

Leitura para Aprofundamento:

FERREIRA, A.A.L. O múltiplo surgimento da psicologia. In: JACÓ-VILELA, A.M.; FERREIRA, A.A.L.;
PORTUGAL, F.T.(orgs.) História da psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2007.
(Capítulo 1).
FIGUEIREDO, L.C.M. A Desnatureza Humana ou o Não no Centro do Mundo , Uma Santa Católica na
Idade da Polifonia. In: A invenção do psicológico. Quatro séculos de subjetivação (1500-1900). São
Paulo: EDUC: Escuta, 1996.

Tradicionalmente, entende-se por Idade Média o período histórico que se estende da queda do Império
Romano (século V dC) até o século XV; por sua extensão, é comum dividi-la em Alta Idade Média (do
século V até o início das cruzadas contra o Islã, no século X dC) e Baixa Idade Média (séculos XI a XV
dC), marcada pela reorganização das relações de produção, a intensificação do comércio e o surgimento
de grandes centros urbanos.

A Idade Média tem no feudalismo o seu elemento definidor, fundado em uma economia agrária, com o uso
do trabalho servil. O sistema produtivo estava à mercê dos fenômenos climáticos, havendo a alternância
de períodos de relativa abundância e períodos de penúria. Para amenizar os efeitos destas crises de
subsistência recorrentes, um comércio ocasional e em pequena escala era praticado entre os feudos.

A organização social era estratificada, com pequena possibilidade de ascensão social. As posições
sociais - de servo, de vassalo, de nobre - eram determinadas pelo nascimento.

Neste período, o clero detinha um amplo poder político, mantendo a ordem e os costumes, considerados
inquestionáveis.

Ao longo dos séculos finais da Idade Média, com a expansão das fronteiras do mundo ocidental, em
conseqüência das Cruzadas, intensificou-se o comércio, constituíram-se cidades, floresceu a
urbanização. Estavam dadas as condições para o início da derrocada do sistema feudal e o
desaparecimento dos laços sociais que até então asseguravam a solidez do poder senhorial e a
manutenção do regime de servidão.

Atividades recomendadas:

1) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre o período histórico denominado
Idade Média (sec V dC ao sec XIV), caracterizando o sistema econômico, político, social, os costumes, os
valores etc.. O objetivo é o fornecimento de subsídios necessários para permitir uma reflexão sobre as
formas pelas quais o homem medieval se relacionava consigo mesmo, com os demais e com a natureza.

2) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os argumentos utilizados pelos autores,
em defesa de suas teses.

3) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:

Em resultado da queda do Império Romano e das invasões bárbaras em diversas regiões da Europa, vão
se alterando as formas de organização da produção e de propriedade que caracterizavam a
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Antiguidade. Ao longo dos séculos seguintes, vai se estruturando um novo sistema econômico e social –
o Feudalismo. A este respeito, afirma-se:

I) A economia era baseada na produção agrícola de subsistência; havia pouco comércio e quase
nenhuma atividade intelectual.

II) A organização feudal incluía grupos sociais bem definidos – o clero, a nobreza e os camponeses ou
servos -, entre os quais não ocorria mobilidade. O clero exercia grande poder político em uma cultura
profundamente religiosa, submetendo os servos pela persuasão e pelo recurso aos dogmas da fé. A
nobreza (senhores feudais) exercia poder econômico e militar.

III) A maior parte da população era constituída pelos servos, que trabalhavam a terra pertencente à
nobreza e a alguns elementos do clero.

Há afirmações falsas, dentre as apresentadas?

a) Não, todas as afirmações são verdadeiras.

b) Sim, a I.

c) Sim, a II.

d) Sim, a III.

e) Sim a I e a II.

Suas pesquisas sobre a sociedade medieval devem ter-lhe dado subsídios para assinalar a alternativa a.
As afirmações I, II e III apresentam um resumo adequado das condições existentes na Idade Média.

2. 2. A subjetividade no Renascimento

Leitura Obrigatória:

- SANTI, P. L. R. A Construção do Eu na Modernidade. 6ª ed. Ribeirão Preto/SP: Holos, 2009.


(Capítulos 4, 5, 6).

Leitura para Aprofundamento:

- FERREIRA, A. A. L. O múltiplo surgimento da psicologia. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.;


PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora,
2013. (Capítulo 1).

- FIGUEIREDO, L. C. A Desnatureza Humana ou o Não no Centro do Mundo. Uma Santa Católica na


Idade da Polifonia. In: FIGUEIREDO, L. C. A invenção do psicológico: quatro séculos de subjetivação,
1500-1900. 7ª ed. São Paulo: Escuta/Educ, 2007.

Chamamos Renascimento ao período da história do Ocidente que se estende aproximadamente do fim do


século XIII à metade do século XVII e que marca o início da Idade Moderna. O período caracteriza-se por
muitas transformações políticas, econômicas e culturais decorrentes da expansão do comércio tornada
possível pelas Grandes Navegações.

Diferentemente do período histórico que o precedeu, o Renascimento favoreceu o surgimento de novas


idéias, descobrimentos, invenções. Em conseqüência, começaram a ser questionados os preceitos e
costumes ditados pela Igreja.

Com a perda gradual da vigência dos valores medievais, o homem ocidental teve que se confrontar com
um mundo novo, para o qual não havia mais referências inquestionáveis. Era necessário criar normas
para reger a vida em comum, as relações sociais, de comércio etc. Não havia mais uma única ‘verdade’,
baseada na palavra de Deus, transmitida por seus legítimos representantes, o clero.

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Desconsiderando os ditames divinos, colocado diante de um mundo desencantado, o homem devia criar
para si, por meio de normas auto-impostas, um modo de ser e um destino. Contando apenas consigo
próprio neste empreendimento, teria que encontrar um fundamento, a partir do qual erigir um
conhecimento seguro, que lhe permitisse relacionar-se com as coisas e com os outros homens.

Como resultado, assistimos a um adensamento da experiência de si, condição necessária ao surgimento


gradual do que hoje chamamos subjetividade.

Atividades:

1) Faça as leituras indicadas, atentando para o conceito de subjetividade defendido pelos autores.

2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:

As afirmativas abaixo se referem ao Renascimento. Analise-as, classificando-as como verdadeiras ou


falsas e, a seguir, assinale a alternativa que expressa o resultado de sua análise:

I. No Renascimento, a diminuição do poder da Igreja e a abertura operada sobre o mundo fechado dos
feudos foram acompanhadas por uma crise da concepção de mundo que vigorava. Esta crise é que
desencadeia o teocentrismo.
II. A liberdade, dom maior do homem renascentista, fará com que ele tenha que tentar definir por si
mesmo o que é certo e o que é errado.
III. A relação do homem com o mundo se torna cada vez mais de exclusão. As coisas são tomadas como
objetos, inclusive o próprio corpo humano. Esta concepção abre o caminho para a racionalidade
científica.
IV. A posição do homem é peculiar: ao mesmo tempo que é livre para tornar-se o que quiser, sente-se
desamparado e só; o mundo não é mais estável e seguro e o homem deve continuamente tornar-se,
constituir-se, mover-se.

a) I – V; II – V; III – V; IV - F.
b) I – F; II – V; III – F; IV - V.
c) I – V; II – F; III – V; IV - F.
d) I – F; II – V; III – V; IV - V.
e) I – V; II – V; III – F; IV - V.

A alternativa correta é a d. A experiência humana no Renascimento é marcada pela liberdade e pelo


desamparo. O mundo é entendido como estando à disposição do homem, que pode usar seus recursos
para seus fins particulares. É esta compreensão do mundo que dá início ao desenvolvimento das
ciências.

A afirmação I é falsa. Embora, de fato, o questionamento dos preceitos ditados pela Igreja tenha posto em
xeque a concepção de mundo medieval, esta crise levou ao antropocentrismo – o homem colocado como
centro do mundo, a quem compete decidir sobre suas ações – e não ao teocentrismo, que se refere à
centralidade da figura de Deus e a preponderância da religião.

3) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas
dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas
persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.

2.3. Procedimentos de contenção do eu


2.4. A crítica á aparência.

Assiste-se, no Renascimento, a um gradual processo de valorização do Homem. Considerado o ponto


máximo da criação divina, o Homem passa a ser compreendido como um ser livre para constituir normas e
valores a partir dos quais deverá pautar sua conduta. Mas esta tarefa demandará o desenvolvimento de
procedimentos e mecanismos formativos – ser livre e poder escolher implica ser responsável pelos
resultados das próprias opções.

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O período será marcado, ao mesmo tempo, por espaços de expansão e contenção da liberdade; na
mesma medida em que será feita a apologia à grandeza do homem, ser-lhe-á creditado o peso de todos
os males.

Os textos indicados para leitura apresentam alguns desses mecanismos de produção das subjetividades
que surgiram no Renascimento e cuja herança perdura até nossos dias. Os veículos para apresentação
dessas idéias serão fundamentalmente textos literários. Em Santi (1998), você encontrará também a
discussão sobre a pintura e a música dessa época.

Atente particularmente para as práticas religiosas de contenção do eu propostos nos Exercícios


Espirituais de Inácio de Loyola, os procedimentos de formação dos soberanos discutidos em O Príncipe,
de Maquiavel, e as críticas ao papel central creditado ao eu feitas por Montaigne e Erasmo de Rotterdam.
A obra de Shakespeare também mostra o crescente adensamento da experiência de si

Atividades:

1) Faça as leituras indicadas, atentando para a compreensão dos procedimentos de construção e


contenção da subjetividade próprias do Renascimento.
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:

O século XVI foi marcado por uma certa multiplicidade em relação aos projetos de constituição da
subjetividade do homem. Abaixo estão afirmações sobre vários dos projetos. Classifique-as em
verdadeiras ou falsas
I) Santo Inácio de Loyola, adaptando o pensamento religioso aos tempos, produz uma obra contendo
procedimentos para a afirmação da identidade sobre a dispersão do sujeito. Ele reconhece a liberdade
humana, mas constata que ela é a fonte da perdição do homem e busca mostrar o caminho do
reencontro com a ordem. O homem deve, meditando, dirigir sua vontade para o reencontro de Deus.
II) Maquiavel, preocupado com a fragmentação da sociedade, pensa ser necessária a imposição de um
governante. Constrói uma obra sobre como bem governar o mundo ou o povo. Ele afirma o valor do
humano, mas em um mundo sem ideal, no qual a imposição do poder é necessária, uma vez que o
homem é egoísta e auto-referente.
III) A obra de Shakespeare é um exemplo dos movimentos de elogio e crítica ao eu. Em Hamlet, há uma
denuncia melancolia das ilusões do eu que costuma esquecer sua dimensão mortal. Mas, ao mesmo
tempo, há a recusa do homem de servir de objeto de manipulação, buscando na morte uma forma de
construção de si.
IV) Montaigne contraria a norma de elogio e crítica ao eu e propõe uma concepção não problematizada
do ser humano, considerado como fundamento do conhecimento verdadeiro.

Assinale a alternativa que apresenta a correspondência correta:


a) I – V; II – V; III – V; IV – V.
b) I – F; II – V; III – V; IV – V.
c) I – V; II – V; III – V; IV – F.
d) I – F; II – V; III – F; IV – V.
e) I – V; II – V; III – F; IV – F.

A leitura dos textos de referência deve ter-lhe fornecido o necessário para assinalar a alternativa c. A
única afirmação incorreta é a IV. Montaigne, em Os Ensaios, empreende uma cáustica crítica às
pretensões do eu, revelando a natureza vaidosa e a inconstância do homem e, portanto, a
impossibilidade de que este se estabeleça como fundamento do conhecimento.

3) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas
dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas
persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.

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Exercício 1:

Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, escreveu no século XVI os Exercícios Espirituais que
conduziriam os homens devotos à iluminação. Santo Inácio reconhecia a liberdade, mas constatava a
perdição do homem.

É correto afirmar que, com os exercícios, Inácio de Loyola pretendia

A)

estimular os devotos à solidão e, consequentemente, à salvação, que só existe para quem se isola.

B)

a submissão incondicional dos homens às novas leis divinas, que agora são humanas.

C)

explicar que a salvação implica o exercício da liberdade, que deve ser repetido muitas vezes.

D)

mostrar o caminho do reencontro com Deus, dirigindo a livre vontade humana para o caminho correto
que possibilita este reencontro.

E)

reafirmar as teses do Renascimento de que o homem precisa exercitar não só o corpo, mas também a
alma.

Comentários:

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Exercício 2:

Santi (1998) estabelece um paralelo entre as ideias subjacentes aos Exercícios Espirituais de Inácio de
Loyola e a literatura de autoajuda.

A esse respeito é correto afirmar que

I enquanto os Exercícios Espirituais apoiam-se na convicção de que o homem não é livre, a literatura de
autoajuda advoga a liberdade absoluta do homem, como se depreende de títulos como “Só é gordo
quem quer”.
II enquanto os Exercícios Espirituais apoiam-se na convicção de que o homem é livre, a literatura de
autoajuda não reconhece está liberdade, pois propõe procedimentos por meio dos quais o homem pode
vir a obter “boa vida”.
III a crença na liberdade absoluta, comum aos Exercícios Espirituais e à literatura de autoajuda, gera um
intenso sentimento de culpa: se somos o que fazemos de nós, nossa infelicidade é produzida por nós.

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Está correto o afirmado em

A)

I.

B)

I e II.

C)

II.

D)

II e III.

E)

III.

Comentários:

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Exercício 3:

Leia abaixo o pensamento de Santo Inácio de Loyola acerca do homem e sua liberdade:

A liberdade humana é reconhecida apenas para se lhe atribuir a causa _______________.


Curiosamente, a salvação implica justamente abrir mão de forma absoluta dessa liberdade, transferindo-
a ____________com toda boa vontade e determinação. A ________________do sujeito deve ser
absoluta - esse é o preço a pagar pelo repouso numa certeza sem conflitos. Exige-se
__________________e, sobretudo, que se abra mão da própria experiência imediata em favor da
palavra _______________.

Assinale a alternativa cujos termos preenchem adequadamente as lacunas desse texto.

A)

do sofrimento humano; a Deus; culpa; fé; dos representantes da Igreja

B)

da perdição humana; à autoridade religiosa; submissão; disciplina e dedicação; da Igreja

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C)

dos conflitos do homem; à autoridade religiosa; fé; disciplina e dedicação; do Estado

D)

da perdição humana; ao exército; submissão; ordem; do Estado

E)

dos conflitos do homem; aos governantes; fé; ordem; da Igreja

Comentários:

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Exercício 4:

Leia o texto abaixo.

“Já o sumo pai, Deus arquiteto, tinha construído, segundo leis de arcana sabedoria, este lugar do mundo
como nós o vemos, augustíssimo templo da divindade. Tinha embelezado a zona super-celeste com
inteligências, avivado os globos etéreos com almas eternas, povoado com uma multidão de animais de
toda a espécie as partes vis e fermentares do mundo inferior. Mas, consumada a obra, o Artífice
desejava que houvesse alguém capaz de compreender a razão de uma obra tão grande, que amasse a
beleza e admirasse a sua grandeza. Por isso, uma vez tudo realizado, como Moisés e Timeu atestam,
pensou por último em criar o homem. Dos arquétipos, contudo, não ficara nenhum sobre o qual modelar
a nova criatura, nem dos tesouros tinha algum para oferecer em herança ao novo filho, nem dos lugares
de todo o mundo restara algum no qual se sentasse este contemplador do universo. Tudo estava já
ocupado, tudo tinha sido distribuído nos sumos, nos médios e nos ínfimos graus. (...)
Estabeleceu, portanto, o
óptimo Artífice que, àquele a quem nada de especificamente próprio podia oferecer, fosse comum tudo o
que tinha sido dado parcelarmente aos outros. Assim, tomou o homem como obra de natureza indefinida
e, colocando-o no meio do mundo, falou-lhe deste modo: ‘Ó Adão, não te demos nem um lugar
determinado, nem um aspecto que te seja próprio, nem tarefa alguma específica, a fim de que obtenhas
e possuas aquele lugar, aquele aspecto, aquela tarefa que tu seguramente desejares, tudo segundo teu
parecer e tua decisão. A natureza bem definida dos outros seres é refreada por leis por nós prescritas.
Tu, pelo contrário, não será constrangido por nenhuma limitação, determiná-las-á para ti, segundo o teu
arbítrio, a cujo poder te entreguei. Coloquei-te no centro do mundo para que daí possas olhar melhor
tudo que há no mundo. Não te fizemos celeste nem terreno, nem mortal nem imortal, a fim de que tu,
árbitro e soberano artífice, te plasmasses e te informasses, na forma que tivesses seguramente
escolhido. Poderás degenerar até os seres que são as bestas, poderá regenerar-te até as realidades
superiores que são divinas, por decisão do teu ânimo”.
Excerto de texto de autoria de Pico Della Mirândola, no capítulo 4 da obra SANTI, P. L. R. (org.). A
construção do eu na modernidade. Ribeirão Preto/SP: Holos, 1998.

Sobre o texto acima, assinale a afirmativa correta:

A)

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Faz referência à forma como Deus criou e organizou o mundo, permanecendo no centro, sendo
onipotente, onipresente e onisciente.

B)
Apresenta a teoria da criação do mundo por Deus e introduz a ideia de que o homem deve obedecer
cegamente a Ele.

C)

Reflete uma transformação no modo como a Igreja pensava o homem, pois o sujeito aqui aparece como
possuidor de livre-arbítrio.

D)

Menciona que Deus decide o destino do homem a partir de leis prescritas por Ele e pela Igreja.

E)
Informa que Deus colocou o homem no centro do mundo e que o homem deve ser igual aos animais
inferiores.

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Exercício 5:

Relacione os autores abaixo às ideias/ feitos/ obras correspondentes:

(1) Maquiavel (2) Montaigne (3) Erasmo de Rotterdam (4) Shakespeare

I Em sua opinião o governante não tem outra opção do que a de afirmar-se à força, criar alianças
inspiradas mais pelo temor do que pelo amor (...). O principal valor deverá ser a obtenção e a
manutenção do poder centralizado. Para tanto, o governante não deve envergonhar-se de nenhum de
seus atos, desde que seja para afirmar o seu poder. Ainda que esse ato seja matar quem represente
uma ameaça ao poder.
II Diante da instabilidade e insegurança de tudo, acaba por fazer renascer um dos outros fundamentos do
pensamento grego: o ceticismo. Não podendo confiar ou acreditar em nada nem em ninguém, este autor
retira-se da vida social e dedica sua vida à obra “Ensaios”.
III Faz com que o personagem de seu mais importante livro utilize muitos monólogos para expressar uma
característica essencial da Modernidade: a interioridade. Seu personagem também se coloca em posição
de indiferença diante do coletivo, do que se espera de um príncipe; ele se recusa a ocupar o papel que
lhe é reservado, preferindo ser autor de si mesmo.
IV Com muito humor, vai implacavelmente destruindo todo um sistema de valores tomados como óbvios.
Seus textos também arrasam qualquer idealismo sobre bondade humana, amor pelos demais, casamento
etc. Ele também produz um manual de boas maneiras, aconselhando sobre formas de lidar com a
glutonice, com a necessidade de arrotar, soltar gazes etc.

Assinale a alternativa que enuncia a correlação correta:

A)

I 1 / II 2 / III 4 / IV 3

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B)

I 1 / II 2 / III 3 / IV 4

C)

I 4 / II 3 / III 1 / IV 2

D)

I 3 / II 4 / III 2 / IV 1

E)

I 1 / II 3 / III 4 / IV 2

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Exercício 6:

No Renascimento há uma mudança na concepção do lugar do homem no mundo.

As afirmativas a seguir são sobre as mudanças ocorridas na passagem da Idade Média para o
Renascimento. Apresentam características deste último e discutem concepções do lugar do homem no
mundo nesse período.

I Algumas condições histórico-sociais foram fundamentais para a passagem da Idade Média para o
Renascimento; entre elas destacam-se: a diminuição do poder da Igreja e o advento da Reforma, a crise
do sistema feudal e o nascimento das cidades e rotas de comércio, a expansão marítima e as
consequentes descobertas de novas terras.
II O Humanismo renascentista se refere a diversos movimentos que valorizam o homem, afirmando que
ele tem que buscar uma formação e que deve se constituir enquanto humano. A ideia central desse
humanismo é a de que se o homem não nasce com o seu destino predestinado, ele deve se formar,
educar-se.
III A fé em um Deus não foi abalada no Renascimento, mas agora ele é entendido como um criador que
paira por sobre sua obra, que passa a ter vida própria e liberdade. Deus está antes do mundo como
criador e depois dele como juiz, mas deixou o mundo funcionar por suas próprias leis.
IV A saída do mundo feudal e o deslocamento de Deus para as periferias do mundo fazem com que o
homem se coloque no centro de uma forma peculiar: ele é livre para se tornar o que quiser, mas não é
propriamente nada.
V Há uma negatividade no homem renascentista e é justamente esse vazio que ocupa o lugar do centro;
o mundo já não é fechado, já não há estabilidade possível; o homem deve continuamente tornar-se,
constituir-se, mover-se.

É verdadeiro o afirmado em

A)

I, II, III, IV e V.
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B)

I, III e V.

C)

II e IV.

D)

I, II, IV e V.

E)

II, III, IV e V.

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Exercício 7:

Os pensamentos produzidos ao longo da Modernidade descrevem novas possibilidades de


relacionamento do homem com seu mundo. Analisando a produção intelectual, artística e filosófica desse
período podemos vislumbrar diversos movimentos (culturais, religiosos, políticos e filosóficos) que
propõem lugares diferentes para o homem no mundo.

Classifique como verdadeiras (V) ou falsas (F):

I ( ) Inácio de Loyola, adaptando o pensamento aos tempos, professa sua crença na existência de um
destino harmonioso, bastando que nos conscientizemos dele. Defende que a liberdade nos foi dada por
Deus e que, portanto, devemos usufruir dela da melhor maneira possível.
I ( ) Maquiavel, preocupado com a fragmentação da sociedade, pensa ser necessária a imposição de um
governante. Constrói uma obra sobre o modo de bem governar o mundo ou o povo. Afirma o valor do
humano, porém em um mundo sem ideal, no qual a imposição do sujeito se faz necessária dada a
concepção naturalista e egoísta do homem.
III ( ) William Shakespeare expressa em sua obra a percepção de um ‘eu’ individual e fechado, separado
e em oposição a um ‘mundo externo’, aí compreendidos os objetos e as outras pessoas.

A respeito das afirmativas acima assinale a alternativa correta:

A)
I é verdadeira, e II é falsa.

B)
II é verdadeira e III é falsa.

C)
III é verdadeira e I é falsa.

D)
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I, II e III são verdadeiras.

E)

I, II e III são falsas.

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Exercício 8:

O Renascimento foi tempo de incorporação de informações relativas à diversidade do mundo, à


multiplicidade de costumes, línguas e formas de viver descobertas pelo europeu graças à expansão
marítima. Sobre o renascimento, analise as afirmativas seguintes:

I. Uma das melhores imagens desse período é a feira de rua, que contém um elemento de festa popular,
desordem e gritaria diante de uma profusão de mercadorias trazidas das mais diversas partes recém-
descobertas do mundo.

II.No âmbito das artes, uma das expressões mais fortes do Renascimento encontra-se na obra do pintor
Bosch, que parece sofrer os efeitos da fragmentação do mundo. O Juízo Final apresenta uma série de
personagens com distorções físicas que expressam distorções de caráter.

III.Polifonia é o estilo musical que melhor expressa o espírito renascentista. O termo significa “muitas
vozes”. Cada voz entoa uma melodia diferente e, por vezes, com letra de música também diferente.

IV.Outra imagem do Renascimento é o deboche apresentado por Rabelais em seu livro Gargântua e
Pantagruel. Essa obra contém referências à cultura clássica grega e usa, simultaneamente, o tom
irreverente e visceral de um mundo menos idealizado, mais próximo da experiência imediata dos prazeres
do corpo.

V. O canto gregoriano, coro de vozes que entoam a mesma melodia em uníssono, expressa muito bem a
reação à fragmentação e dispersão do mundo renascentista e apresenta uma proposta de retorno a
Deus.

Estão corretas:

A)

I, III, IV

B)

II, IV, V

C)

I, II, IV, V

D)

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II, III, V

E)

I, II, III, IV

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