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ANJOS E DEMÔNIOS PARTE 4

Olá, meu irmão e irmã. Se você tem acompanhado os mais recentes


“Servindo à Verdade” já sabe que estamos refletindo acerca daquelas
realidades invisíveis que professamos. Assim esta no Símbolo Apostólico:
“Creio em Deus Pai Todo Poderoso, Criador do céu e da Terra”. Esse
mesmo artigo de nossa fé é exposto de maneira mais detalhada no
Símbolo niceno-constantinopolitano nesses termos: “Creio em um só
Deus, Pai Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, de todas as coisas
visíveis e invisíveis”. Sim, estamos procurando entender essa realidade
invisível que são seres espirituais denominados anjos.

Os anjos foram criados bons, porém, alguns se rebelaram contra o Criador


e se tornaram demônios. Resumidamente, foi isso que até aqui buscamos
refletir. Eu iria falar sobre a atividades de Satanás e dos seus partidários,
mas isso ficara para, talvez, o próximo “Servindo à Verdade”. Hoje,
gostaria de lhe apresentar o que alguns Papas disseram sobre os
demônios. Iniciemos pelo atual pontífice.

O Papa Francisco tem várias vezes, falado sobre a existência e atuação do


Diabo. Como todos sabem o Papa Bergólio realiza diariamente uma breve
homilia quando da celebração eucarística na Casa Santa Marta. Em 11 de
outubro de 2013 o texto da Missa era Lc 11,15-26. Nessa passagem Jesus
é acusado de agir (expulsar demônios) mediante a força de Satanás. Ao
que Jesus responde que um reino não subsiste dividido, Depois, Jesus fala
sobre a ação satânica após um exorcismo e de seu possível retorno à
pessoa. Mas sugiro que você leia o texto integralmente. Pois bem,
comentando esse texto, Francisco diz: “A presença do diabo está na
primeira página da Bíblia, que termina com a vitória de Deus sobre o
demônio, que volta sempre com as tentações. Não podemos ser
ingênuos”. O Papa diz que há padres que leem esses textos vendo aí
apenas um sinal de cura de dimensão psíquica. Francisco nega essa
interpretação. Diz o santo Padre: “existem sacerdotes que quando leem
este e outros trechos do Evangelho, dizem: Jesus curou uma pessoa de
uma doença psíquica”. Não podemos negar “que naquela época era
possível confundir a epilepsia com a possessão do demônio, mas também
a presença do demônio era verdadeira. E nós não temos o direito de
simplificar a questão”. Isto é, não podemos negar que muitas doenças que
hoje sabemos ser de causas naturais eram consideradas como uma ação
sobrenatural, porém, o Papa indica que, para além desse aspecto
precisamos reconhecer que os espíritos satânicos existem e agem. O Papa
afirma categoricamente: “Jesus luta com o Diabo”.

O Papa Emérito Bento VXI na oração do Ângelus de 26 de agosto de 2012,


comentou sobre a traição de Judas. O Papa fala sobre a famosa pregação
que Jesus fez: a pregação do “Pão da Vida”. Muitos dos ouvintes acharam
a proposta de Jesus muito difícil, diríamos hoje, muito “radical”, de modo
que, vários dos ouvintes deixam de seguir o Mestre. Vendo essa reação, O
Senhor volta-se para os Apóstolos perguntando se também eles não
querem ir embora. Sabemos que Pedro fala em nome de todos afirmando
que só Ele, o Mestre tem palavras de vida Eterna. Entre os doze estava
Judas que poderia ter aproveitado e ter ido embora, mas não foi.

Vejamos o que disse o sábio Bento XVI: “Jesus sabia que também entre os
doze Apóstolos havia um que não acreditava: Judas. Também Judas teria
podido ir-se embora, como fizeram muitos discípulos; aliás, talvez devesse
ir-se embora, se tivesse sido honesto. Ao contrário, ficou com Jesus. Não
ficou por fé, nem por amor, mas com o propósito secreto de se vingar do
Mestre. Por quê? Porque Judas se sentia traído por Jesus, e decidiu que
por sua vez o teria traído. Judas era um zelote, e queria um Messias
vencedor, que guiasse uma revolta contra os Romanos. Jesus desiludiu
estas expectativas. O problema é que Judas não se foi embora, e a sua
culpa mais grave foi a falsidade, que é a marca do Diabo. Por isso, Jesus
disse aos Doze: ‘Um de vós é um demônio!’ (Jo 6, 70). Peçamos à Virgem
Maria, para que nos ajude a crer em Jesus, como são Pedro, e a ser
sempre sinceros com Ele e com todos.

Você observou? Judas preferiu ficar, não quis ir embora. Seria mais
honesto se tivesse saído, abandonado o convívio dos outros apóstolos e
de Jesus. Mas não foi! Judas ficou, diz o Papa emérito, por vingança. O
Iscariotes desejava um salvador militarizado, bélico, revolucionário. Judas
queria que Jesus liderasse Israel contra a dominação romana. Mas Jesus
não era um revolucionário. Jesus era o Cordeiro de Deus que veio tirar o
pecado do mundo. Jesus não veio trazer a salvação matando outras
pessoas. Jesus veio ser o Salvador que morre pelo próximo.

Para Judas e para muitos ainda hoje, Jesus não é o messias esperado e sim
inesperado. Querem um revoltado revolucionário, vem um manso que se
faz mártir. Esperam um guerrilheiro vem o bom pastor. Judas se
decepciona, se desilude. Quer vingança vai agir com falsidade e a falsidade
é - diz Bento XVI - a marca do Diabo. Foi por isso que, indica Bento XVI,
Jesus chamou Judas de demônio. Isto é, ao agir com falsidade, com
vingança, Judas passa o “time” de Satanás. Embora permanecesse entre
os Apóstolos, Judas conspirava contra o Mestre e por consequência,
conspirava contra os demais Apóstolos e discípulos. Em outras palavras,
Judas estava na Igreja, mas a Igreja não estava nele. Judas estava na
Igreja, mas não era da Igreja. Satanás já habitava o coração de Judas.

Lamentavelmente, Judas Iscariotes repete (tentado pelo Diabo, mas por


livre decisão), em nível humano a revolta de Satanás ocorrida em um
tempo antes do nosso tempo. A perdição de Judas reflete a queda de
Satanás.

Veja meu irmão: assim como a graça de Deus potencializa nossas boas
ações e intenções, a tentação de Satanás motiva nossas más ações e maus
desejos. Até a próxima!

Sigamos em frente buscando pensar com a Igreja no serviço da


Verdade. Fique com Nossa Senhora e São José.

 
cujo texto sugiro que você leia integralmente.

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