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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA
SEMESTRE 2020.2

PRÁTICA 08 – VELOCIDADE DO SOM (VIRTUAL)

ALUNO: MATHEUS DE SOUZA MONTEIRO


MATRÍCULA: 493763
CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA
TURMA: TURMA 08
PROFESSOR: MARCIO BASTOS
DATA E HORA DA REALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 10/12/2020 ÀS 16:00 h
OBJETIVOS
- Determinação da velocidade do som no ar como uma aplicação de ressonância.
- Determinação de uma frequência desconhecida.

MATERIAL
- Filme sobre o experimento de ressonância numa coluna de ar em um tubo:
https://www.youtube.com/watch?v=AxtVGqGETOM.
Como mencionado no manual de prática o vídeo é como seria a prática na realidade se não
estivéssemos impedidos das nossas atividades. Sendo muito parecido com a simulação feita
no site abaixo.
- Link para a simulação a ser utilizada nessa prática virtual:
https://www.geogebra.org/m/bwzfszvm.
- Outro link disponibilizado é de uma simulação onde a cavidade ressonante é dada pelo
volume de água presente no cano.
https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=kv_rezonance&l=pt.

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INTRODUÇÃO
O som é uma espécie de onda mecânica, pois precisa de meios físicos para sua
propagação tendo exemplo a água e o ar, para cada um desses meios tendo suas especificas
velocidades. Com frequências e intensidades especificas ocasionando vibrações em suas
moléculas, esse meio sendo capitado pelo ouvido humano, mas nem todos os tipos de sons
podem ser capitados, pois o ouvido tem suas certas limitações. De acordo com os sites Mundo
Educação [1] e Brasil Escola [2], essa taxa mencionada de som capitado está entre 20 Hz à
20.000 Hz, abaixo da frequência mínima audível temos o infrassom e acima da frequência
máxima audível chamamos de ultrassom, todavia, esse rótulo funciona apenas para a espécie
humana, já que outros seres do reino animal tem uma audição bem mais ampla do que a
nossa. Abaixo segue uma pequena comparação das audições do reino animal.
Figura 1: Relação das audições dos animais

Fonte: http://telesom.com.br/audicao-humana-vs-animal/.
Complementando o assunto supracitado, de acordo com os sites Mundo Educação
[1] e Explicatorium [4], o som também tem suas características e suas peculiaridades, sendo
denominadas de: Intensidade, é a força colocada no som, ou seja, o quando de energia é
mandada no som, um som com pouca energia é um som com pouca intensidade e vice versa.
Altura, essa não tem relação com a força do som como muitas pessoas pensam, pois um som
alto significa um som com alta frequência, logo o som é agudo, e para o som baixo significa
que tem baixa frequência, logo o som é grave. Timbre, é o que nos permite distinguir de onde
o som gerado veio, mesmo quando tem a mesma frequência e intensidade, pois ele é o modo
de variação da onda sonora e cada fonte geradora possui a sua.

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Entretanto, outro fenômeno físico muito relacionado ao som é a ressonância, que
se denomina quando um sistema físico recebe ação de uma força com a frequência muito
parecida ou igual, ou seja, sua frequência fundamental ou natural, acarretando um aumento
crescente na sua amplitude. Existem vários tipos de ressonância, como exemplo temos,
ressonância mecânica, melhor exemplo acontece em balanços de parque, ressonância
sonora, presente em instrumentos musicais, ressonância elétrica, presente em rádios e outros
equipamentos.
Figura 2: Exemplo de ressonância mecânica.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/ressonancia.htm
Outro aspecto a ser abordado, são as ondas estacionárias que faz parte principal da
prática e serão as ondas que percorrem os tubos sonoros. De acordo com os sites Info Escola
[6] e Física da UFMG [7], quando uma fonte sonora produz duas ondas com direções opostas,
uma sendo a onda geradora e a outra a refletida, elas entram em interferência e originam a
onda estacionária. Esses tipos de ondas são compostos por ventres e nós, o ventre podendo ser
o máximo ou mínimo, sendo crista ou vale, já o nó ou noda é o ponto de interferência das
ondas. A distância entre nós ou ventres é equivalente a λ/2 e assim sucessivamente como
representado na figura abaixo.
Figura 3: Exemplo de onda estacionária, com suas respectivas distancias.

Fonte: https://www.infoescola.com/fisica/onda-estacionaria/.

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PROCEDIMENTO

Devido a pandemia a prática 8 da velocidade do som teve que ser virtual, mas sem
muitos problemas já que o simulador disponibilizado no manual de práticas é muito útil para
o desenrolar da prática.
Link do simulador: https://www.geogebra.org/m/bwzfszvm.
O simulador se resume três barras, a cinza serve para mudar o a posição do êmbolo, a
verde para mudar a frequência sonora e a vermelha para o som. Além disso, também usamos
os 3 marcadores X, Y e Z, que servem para descobrimos sua frequência a partir da posição do
embolo.
Como explicado no manual de práticas o procedimento é dividido em 3 partes.
Procedimento 1:
A primeira parte consiste em assinalar a posição do êmbolo (h1, h2 e h3) quando no
decibelímetro marcar o seu máximo, sendo 1ª parte a onda tem uma frequência 460 Hz.
Tabela 8.1: Posições de ressonância para a frequência de 460 Hz.
h1(cm) h2(cm) h3(cm)
17,0 54,5 92,5
Fonte: Elaborado pelo autor.
Procedimento 2:
A segunda parte consiste em assinalar a posição do êmbolo (h1, h2 e h3) quando no
decibelímetro marcar o seu máximo, sendo 2ª parte a onda tem uma frequência de 580 Hz.
Tabela 8.2: Posições de ressonância para a frequência de 580 Hz.
h1(cm) h2(cm) h3(cm)
13,2 42,8 73,3
Fonte: Elaborado pelo autor.
Procedimento 3:
A terceira parte consiste em assinalar a posição do êmbolo (h1, h2 e h3) quando no
decibelímetro marcar o seu máximo, mas ao contrário das anteriores nessas partes temos as
frequências X, Y e Z, que não sabemos seus valores.
Tabela 8.3: Posições de ressonância para a frequências desconhecidas.
h1(cm) h2(cm) h3(cm)
Frequência X 9,5 32,7 55,8
Frequência Y 22,6 72,2 --
Frequência Z 15,2 50,1 84,8
Fonte: Elaborado pelo autor.

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QUESTIONÁRIO

01 - Determine a velocidade média do som como indicado na tabela abaixo:

Velocidade do Som, V (m/s)


460 Hz 580 Hz
A partir dos valores de h1 e h2 345,0 343,4
A partir dos valores de h2 e h3 349,6 353,8
Valor médio 347,94
Para preencher a tabela acima primeiro se converte-se as distâncias para metros.
Considerando a fórmula temos que:
V = 2 (h2 – h1) f => Para 460 Hz V1 = 2 (0,545 – 0,170) * 460 => 345,0 m/s
V = 2 (h3 – h2) f => Para 460 Hz V2 = 2 (0,925 – 0,545) * 460 => 349,6 m/s
V = 2 (h2 – h1) f => Para 580 Hz V1 = 2 (0,428 – 0,132) * 580 => 343,4 m/s
V = 2 (h3 – h2) f => Para 580 Hz V2 = 2 (0,733 – 0,428) * 580 => 353,8 m/s
Valor médio = (345,0 + 349,6 + 343,4 + 353,8) / 4 => 347,94 m/s
02 - A simulação considera a temperatura ambiente local 25 °C. Calcule a velocidade
teórica do som no ar utilizando a equação termodinâmica para essa temperatura:
V = 331 + 2/3 T (em m/s)
onde T é a temperatura ambiente, em graus Celsius durante o experimento. (A
velocidade do som no ar a 0 °C vale 331 m/s. Para cada grau Celsius acima de 0 °C, a
velocidade do som aumenta 2/3 m/s).
V = 331 + 2/3 T
=> 331 + 2/3 * 25 = 347,67 m/s
03 - Calcule o erro percentual entre o valor da velocidade de propagação do som no ar
obtido experimentalmente (Questão 1) e o calculado teoricamente (Questão 2).
Erro percentual = |Erro teórico – Erro médio|/Erro médio * 100
Ep = |347,67 – 347,94|/347,94 * 100 => 0,078%
04 - Considere o diâmetro interno do cano/tubo 6,0 centímetros. A partir dos valores
medidos de h1, determine a velocidade do som para as duas frequências (460 e 580 Hz)
com e sem a CORREÇÃO DE EXTREMIDADE (ver seção 8.3 FUNDAMENTOS).

Velocidade do Som, V (m/s)


460 Hz 580 Hz
Sem CORREÇÃO DE EXTREMIDADE 312,8 306,24
Com CORREÇÃO DE EXTREMIDADE 313,13 306,66
Convertendo os valores da distância para metros.
V = λf sem correção h1 = λ/4
V = 460 * 4 * 0,17 => 312,8 m/s
V = 580 * 4 * 0,132 => 306,24 m/s
Com correção h1 + 0,6 R = λ/4
V = 460 * 0,68072 => 313,13 m/s
V = 580 * 4 * 0,13218 => 306,66 m/s

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05 - Quais os valores das frequências desconhecidas? Mostrar os cálculos.
Valores de X, Y e Z V = 347,67 m/s
V = 2(h2 – h1)f
X = 347,67/(2*(0,327 – 0,095)) => 749,29 Hz
Y = 347,67/(2*(0,722 – 0,226)) => 350,47 Hz
Z = 347,67/(2*(0,501-0,152)) => 498,09 Hz
06 - Nesta prática, foram observadas “experimentalmente” três posições de máximos de
intensidade sonora para as frequências de 460 Hz e 580 Hz. Calcule as posições
esperadas para o quarto e o quinto máximos de intensidade sonora para cada
frequência. Considerando o comprimento total do cano/tubo, esses máximos poderiam
ser observados com o tubo/cano utilizado nesta “experiência”? Justifique.
Percebemos que a medida de h é periódica então se fizermos uma média de:
((h2 – h1) + (h3 – h2))/2 fazendo isso podemos estipular h4 e h5 das frequências 460 Hz e 580
Hz.
460 Hz => ((h2 – h1) + (h3 – h2))/2 = 37,75 cm
h4 = h3 + 37,75 => 92,5 + 37,75 = 130,25 cm
h5 = h4 + 37,75 => 130,25 + 37,75 = 168,0 cm
580 Hz => ((h2 – h1) + (h3 – h2))/2 = 30,05 cm
h4 = h3 + 30,05 => 73,3 + 30,05 = 103,4 cm
h5 = h4 + 30,05 => 103,4 + 30,05 = 133,4 cm
Não, pois o cano só tem 100 cm de comprimento.
07 - Quais seriam os valores de h1, h2 e h3 se o som tivesse a frequência de 880 Hz? (Não
considerar a correção de extremidade).
Utilizando o simulador e ajustando para 880 Hz
Consegui medir os 3 primeiros pontos de máximos citados abaixo:
h1 = 8,0 cm h2 = 27,5 cm h3 = 47,5 cm.

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CONCLUSÃO

Em virtude dos fatos mencionados, percebe-se que a velocidade do som e a prática em


si é muito importante para conhecimento técnico e prático da graduação, os estudos de tubos
sonoros e ondas estacionárias complementam o conteúdo de física fundamental deixando a
matéria bem mais interessante. Outro fato importantíssimo, é a serie de peculiaridades que
existem em uma onda sono, como seu timbre, intensidade e frequência, além disso, é notável
que os seres produzem sons e capitam sons e frequências diferentes, muitas vezes superando a
capacidade auditiva de nós seres humano. Por fim, observa-se que esse conteúdo adiciona
muito na base técnica e prática da graduação sendo uma base para todas as engenharias.
Entretanto, pode-se citar algumas observações que por conta do momento atual que
vivemos trouxe de malefícios para essa prática, como a imprecisão na medição do embolo
pelo simulador, que deixa alguns resultados discrepantes do real, outro dado é que a
simulação não consegue abordar todos os conteúdos estudados pela prática. Todavia, o mais
impactante é impossibilidade de os alunos praticar realmente no laboratório, mas isso é
compreensível devido a pandemia.

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REFERÊNCIAS

1. https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/o-que-som.htm.
2. https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-som.htm.
3. http://www.explicatorium.com/cfq-8/caracteristicas-do-som.html.
4. https://brasilescola.uol.com.br/fisica/ressonancia.htm.
5. https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/ressonancia.php.
6. https://www.infoescola.com/fisica/onda-estacionaria/.
7. https://www.fisica.ufmg.br/ciclo-basico/wp-
content/uploads/sites/4/2020/05/Ondas_estacionarias_em_corda.pdf.

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