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1. Introdução
Crime cibernético é um conceito muito discutido nos dias atuais, após o desenvolvimento,
crescimento e popularização da internet pelo mundo. Isto se deve à facilidade de compra
de um microcomputador e celulares cada vez mais modernos com a mesma capacidade
de processamento e, em alguns casos, até maior que de um computador acessível à
população. Juntamente com o aumento crescente de usuários da internet, crimes de
âmbito digital vêm tomando um espaço antes nunca previsto. Notícias sobre o
crescimento constante de vítimas vem alarmando a todos e alertando o governo dos riscos
frequentes que a população, e também seus governantes, sofrem a respeito de roubo de
informações.
Ainda hoje não existe uma definição tão clara de crime cibernético, uma vez que
vão desde uma simples exposição de opiniões mais agressivas a respeito de algum
individuo por meio de redes sociais até o compartilhamento de informações sobre um
chefe ou pessoa qualquer como forma de denegrir ou prejudicar a, então considerada,
"vitima". Isto acaba por gerar um maior constrangimento, podendo até mesmo ser
caracterizado como cyberbullying, ou o roubo de informações sigilosas do gorverno e a
venda ou distribuição desta a quem estiver disposto a obtê-la de forma ilegal,
caracterizando assim como um crime de estado. “Entretanto, de uma forma mais
abrangente o crime cibernético pode ser considerado todo ato de fraude, acesso não
autorizado, pornografia infantil e cyberstalking (assédio na Internet)” (NORTON, s/d),
ou ofensa de qualquer tipo, desde que essas sejam provadas e reconhecidas pelas leis
regentes em seu país e cometidas através de meios eletrônicos como computadores e/ou
internet.
Assim definidos os conceitos básicos nossa busca principal vai ser a linha de
acontecimentos e evolução desse tipo de crime pelo mundo, sabemos que o histórico de
crimes cibernéticos retoma a década de 1970, onde foram registrados os primeiros roubos
de informações e foi também criado o termo "hacker", como sendo “um indivíduo que
dotado de conhecimento técnico prove a invasão de sistemas operacionais privados e a
difusão de pragas viras, validos dessas informações” (SILVEIRA, 2015). Assim sendo,
este artigo tem como objetivo apresentar uma análise sucinta da evolução dos crimes
cibernéticos pelo mundo, abordando seu conceito, seu surgimento até os dias atuais,
meios pelos quais são cometidos e as leis que foram ajustadas ou criadas no Brasil para
combate-lo, além de seu efeito na sociedade e as sequelas causadas as vítimas de seus
ataques.
Outra pesquisa é uma realizada pela RSA (2016). Nela, é apresentada alguns
dados curiosos. O primeiro deles, conforme Figura 3, temos que entre 2013 e 2015 houve
um aumento 45% nas transações vindos de aparelhos telefônicos. Além disso, houve
aumento de 173% nas fraudes realizadas através de aparelhos telefônicos.
Em uma pesquisa realizada pela CBS News em 2014, temos a divisão dos tipos
de crimes cibernéticos. Dentre eles, destaca-se o fato de que cerca de 55% dos crimes
provém de crimes organizados. Os outros dados podem ser analisados conforme a Figura
4 (SHERTER, 2014).
4. Conclusão
Os crimes cibernéticos tomaram forma no início da era tecnológica onde, inicialmente, o
objetivo era desenvolver vírus como uma forma de “diversão” ao exibir mensagens na
tela, ou causar algum inconveniente ao usuário. Com o passar do tempo, surgiram os
computadores pessoais e uma rede global que conectava todos os usuários que estavam,
fisicamente, distante um dos outros.
Esta evolução acabou por dar uma brecha para que os ataques cibernéticos
evoluíssem de maneira assustadora, além de se tornarem cada vez mais agressivos.
Explorando falhas de segurança, diversos “criminosos” passaram a utilizar de seus
conhecimentos computacionais para realizar ataques DDoS, reconfigurar parte de
sistemas, derrubar websites de grandes organizações. E estes constantes ataques geraram
um enorme prejuízo financeiro, social e pessoal.
Entretanto, com o passar dos anos, a crescente onda de cyber crimes obrigou as
organizações a reforçarem seus sistemas de segurança ao passo que os governos de
diversos países passaram a incrementar “Crimes Cibernéticos” em seus estatutos para
que, desta maneira, pudesse punir os criminais em questão.
Por fim, observa-se que ainda há um número muito grande de ataques cibernéticos
em diversas empresas, governos e máquinas pessoais de diversos países, inclusive no
Brasil, visando o acesso a informações privadas dos mesmos. Isto se deve ao crescente
aumento do volume de máquinas computacionais, acompanhada da evolução da internet
das coisas, ao passo que a segurança dos mesmos muitas vezes não é tida como um
objetivo.
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