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SEGURANÇA DO TRABALHO

Orientações Básicas

para

Trabalhos em Telhados

Caderno de Prevenção

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SEGURANÇA DO TRABALHO

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SEGURANÇA DO TRABALHO

TRABALHO EM TELHADOS

O objetivo deste estudo é apenas apresentar os


procedimentos de segurança a serem observados na
realização de trabalhos em telhados, levando em
conta as exigências do Ministério do Trabalho, para
evitar quedas de nível causadas basicamente pelos
seguintes motivos:

a) rompimento de telhas por baixa resistência


mecânica;tábuas mal posicionadas;
b) escorregamento em telhados úmidos, molhados
ou com acentuada inclinação;
c) calçados inadequados e ou impregnados de
óleo ou graxa;
d) içamento inadequado de telhas e transporte
sobre o telhado;
e) locomoção sobre coroamento dos prédios;
f) escadas de acesso ao telhado sem a devida
proteção;
g) ofuscamento por reflexo do sol;
h) falta de sinalização e isolamento no piso inferior.

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SEGURANÇA DO TRABALHO

Norma Regulamentadora Nº 18
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção Civil

TELHADOS E COBERTURAS
18.18 Serviço em telhados e coberturas

18.18.1– Para trabalho em telhados e coberturas


devem ser usados dispositivos dimensionados por
profissional legalmente habilitado que permitam a
movimentação segura dos trabalhadores, sendo
obrigatória à instalação de cabo guia e/ou de
segurança, para fixação de mecanismo ligado por
talabarte e acoplado ao cinturão tipo pára-quedista.

18.18.1.1– O cabo guia de segurança deve ter sua(s)


extremidade(s) fixada(s) a estrutura definitiva da
edificação, por meio de espera(s) de ancoragem;
suporte ou grampos(s) de fixação de aço inoxidável ou
outro material de resistência e durabilidade.

18.18.2 - Nos locais abaixo das áreas onde se


desenvolvem trabalhos em telhados e coberturas
devem existir sinalização e isolamento de forma a
evitar a ocorrência de acidentes por eventuais quedas
de materiais, ferramentas e equipamentos.

18.18.3 - É proibido o trabalho em telhados e


coberturas sobre fornos ou qualquer outro
equipamento do haja emanação de gases
provenientes de processos industriais, devendo o
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equipamento ser previamente desligado, para a


realização desses serviços.

18.18.4 – È proibido o trabalho em telhados e


coberturas no caso de ocorrência de chuvas, ventos
fortes ou superfícies escorregadias bem como
concentrar cargas num mesmo ponto.

18.18.5 – Os serviços de execução, manutenção,


ampliação e reforma em telhados e coberturas
devem ser precedidos de inspeção e elaboração de
ordens de serviço contendo os procedimentos a serem
adotados.

Recomendações para Serviços em Telhados

I. Não é permitida a execução dos trabalhos nos


dias em que esteja chovendo ou com as telhas
molhadas.
II. Apenas pessoas treinadas e preparadas podem
executar os trabalhos, sendo obrigatória a
utilização de tábuas como passadiço e o cinto de
segurança devidamente ancorado.
III. Nos serviços realizados sobre telhados
construídos com telhas de fibrocimento sujeitas
a ruptura, deve-se usar tábuas de primeira
qualidade sobre as mesmas, de forma a prevenir

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ruptura, tanto no local de serviço como nos de


acesso.
IV. Toda movimentação de material sobre telhado
deve ser precedida de planejamento, de forma a
isolar a área do piso logo abaixo do local seguro.

TIPOS DE TELHADOS

Telhados Planos

Trabalhar em telhados planos comporta um risco


elevado. As pessoas podem cair:

 do bordo de um telhado completo;


 do bordo onde se está a trabalhar;
 de aberturas, fendas ou clarabóias frágeis.

È necessário adotar medidas preventivas no trabalho


em telhados planos sempre que há risco de queda.
Podem ser necessárias medidas preventivas no bordo
do telhado, nas aberturas, nos pontos de acesso ao
telhado e nas clarabóias frágeis.

Telhados Inclinados

Em telhados inclinados, as pessoas podem cair:

 dos beirais;
 escorregando pelo telhado e transpondo os
beirais;
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 internamente, através do telhado;


 dos frontões.

A proteção dos bordos tem de ser suficientemente


resistente para suportar uma pessoa que caia contra
ela. Quanto maior a pendente e quanto mais inclinado
for o telhado, mais forte terá de ser a proteção.

Telhados Frágeis

Entende-se por material frágil aquele que não


suporta de forma segura o peso de uma pessoa e de
qualquer carga transportada. Muitos componentes de
telhados são ou podem tornar-se frágeis.
O fibrocimento, a fibra de vidro e o plástico
tendem a tornar-se mais frágeis com o tempo e os
telhados em aço podem enferrujar. As placas de
telhados mal reparados podem não ter sustentação
suficiente.
Os telhados podem ainda ter zonas frágeis(como
é o caso das clarabóias) não imediatamente aparentes
podem ser temporariamente frágeis,em especial
durante a construção.

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PLANEJAMENTO DE TRABALHO

Todo serviço realizado sobre telhado exige um


rigoroso planejamento, devendo necessariamente ser
verificado os seguintes itens:

• Tipo de telha, seu estado e


resistência; materiais e equipamentos
necessários à realização dos trabalhos;
• Definição de trajeto sobre o telhado visando
deslocamento racional, distante de rede
elétrica ou áreas sujeitas a gases, vapores e
poeiras;
• Sinalização e isolamento da área prevista para
içamento e movimentação de telhas;

Fig. 1

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Necessidade de montagem de passarelas, escadas


(figura 1), guarda-corpos (figura 2) ou estruturas
sobre o telhado para facilitar manutenção de telhas,
calhas, clarabóias, chaminés, lanternins, etc.

o Definição dos locais para instalação de


cabo guia de aço para possibilitar uso do
cinturão de segurança conforme
exigência do Ministério do trabalho;
o Controle médico e qualificação técnica
dos trabalhadores para serviços nessa
área de alta periculosidade;
o Condições climáticas satisfatórias para
liberar trabalho em telhado, visto que é
proibido com chuva ou vento; programar
desligamento do qual haja emanação de
gases e estão sob o telhado em obras;
o Orientar os trabalhadores e proibir
qualquer tipo de carga concentrada sobre
as telhas, visto que é o motivo principal
de graves acidentes.

fig.2

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Durante o trabalho:

Para a execução do trabalho em telhados é importante


considerar alguns aspectos:

a) Proibir carga concentrada - As telhas de


fibrocimento, alumínio ou barro não foram projetadas
para suportar cargas concentradas. Seus fabricantes
advertem para não pisar ou caminhar diretamente
sobre elas. Considerando que a maior parte dos
acidentes em telhados ocorrem por rompimento
mecânico de seus componentes, motivados por
concentração excessiva de pessoas ou materiais num
mesmo ponto, recomendamos:

• Ao utilizar escada portátil, subir uma pessoa de


cada vez; seu comprimento não pode ser
superior a 7 metros (NR 18.12.5.3 e 5.6);

• A escada fixa, tipo marinheiro, com 6 metros ou


mais de altura, deve ser provida de gaiola
protetora (NR 18.12.5.10). Para cada lance de 9
metros deve existir um patamar intermediário de
descanso (NR 18.12.5.10.1);

• Nunca pisar diretamente nas telhas;

• Nunca pisar, apoiar passarelas metálicas ou


tábuas sobre telhas translúcidas flexíveis. Elas
não foram projetadas para suportar pesos;

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• Nunca permitir concentrar mais de uma pessoa


num mesmo ponto do telhado ou mesma telha;
• O beiral do telhado não suporta peso de pessoas
ou cargas;
• Todo material usado deve ser imediatamente
removido após conclusão do serviço;

b) EPIs - Todo funcionário que executar serviço em


telhado deve usar os seguintes equipamentos:

• Bota de segurança com solado antiderrapante;


• Óculos de segurança com proteção lateral.
Quando houver risco de ofuscamento pelo
reflexo do sol em telhas novas de alumínio ou
outras superfícies refletoras, usar lentes ray ban;
• Capacete de segurança com jugular;
• Cinturão de segurança tipo pára-quedista,
conectado a cabo, corda ou trilho de aço por
meio de dispositivos que possibilitem fácil
movimentação sobre toda área de trabalho;
• Luva de raspa;

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c) Içamento de telhas -
As telhas devem ser
suspensas uma a uma,
amarradas como mostra a
figura 3. Note-se o nó
acima do centro de
gravidade da carga que
evitará seu tombamento.

Fig.3
d) Escadas de acesso aos telhados - Devem ser
equipadas com linhas de segurança para uso de trava-
quedas.
Nas escadas é possível fazer instalação permanente
de cabo de aço galvanizado ou inox (Fig.4).

Fig.4

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e) Passarelas para telhado:

(Uso indicado pela norma NR 18.18.1 do Ministério do


Trabalho)

Única forma de andar com segurança em telhado do


tipo plano inclinado (uma água, duas águas ou shed).
Em telhados abaulados (em arco) só pode ser usada
no sentido transversal das telhas. Indicada para telhas
de fibrocimento, alumínio, cerâmica ou vidro.

Fabricada em duralumínio antiderrapante, substitui


com segurança e durabilidade as perigosas tábuas.
Colocada sobre telhas onduladas de fibrocimento,
apoia-se perfeitamente sobre três ondas.

Possibilita melhor distribuição da carga do que as


tábuas que só se apoiam sobre duas ondas e ficam
instáveis quando pisadas nas bordas. Cada unidade
tem comprimento de 250 cm, largura de 42 cm, peso
de 13 kg (sem degraus) ou 15 kg (com degraus).

A escada de telhado é colocada diretamente sobre as


telhas e unida, sem auxilio de ferramentas, por
ferrolhos com trava de segurança. Pode, também, ser
usada no sentido transversal das telhas (montada
sempre próxima às terças). Em locais com inclinação
superior a 25 graus é necessário ter degraus. Com
ela, movimenta-se até a 50 graus de inclinação.

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f) Linhas de segurança - O Ministério do Trabalho


exige que nos telhados sejam instaladas linhas de
segurança (NR-18.18). Geralmente, são constituídas
de trilho, cabo de aço ou corda sintética, para
movimentação do sistema de proteção contra queda.

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SISTEMA MÓVEL DE TRABALHO

Este sistema de segurança pode ser fácil e


rapidamente montado a partir de pontos de
ancoragem previamente instalados. Na figura abaixo,
a linha principal horizontal 1 é constituída pela
especial corda de nylon de 16 mm de diâmetro e o
Esticador . A linha secundária 2 é constituída pela
corda de nylon trançada de 12 mm de diâmetro com
mosquetão para deslocamento horizontal ao longo da
linha.
O seguro deslocamento de subida ou descida no
telhado ou rampa é feito com o manuseio do trava-
queda .

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Fig.5

Para pontos de
ancoragem podem
ser usados os
parafusos-olhais
PO-1, em aço
forjado,
galvanizado a fogo.

SISTEMA PERMANENTE DE TRABALHO

Geralmente, a linha permanente de segurança é constituída de


trilho de aço “I” (4” x 2 5/8”), instalada na cumeeira ou cabo de
aço galvanizado de 3/8” ou maior.
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CRITÉRIOS DE SAÚDE PARA TRABALHOS EM ALTURA

Todo funcionário que for trabalhar em altura deve


passar pela Capacitação Ocupacional e ser submetido
a um criterioso Exame Médico, vinculado ao PCMSO
com periocidade semestral, para que estejamos
seguros de que ele pode suportar toda a carga física e
psíquica exigida durante o desenvolvimento da
atividade/ tarefa. Dentre estes critérios destacam-se:

o Anamnese bem detalhada;


o Não pode ter problemas mentais;
o Não pode ter histórico de epilepsia;
o Não pode ter histórico de labirintite;
o Não ser diabético
o Não ser hipertenso
o Nem ter acrofobia)medo de altura)

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De acordo com a legislação da ANAMT,


para realização de atividades em altura
não é recomendado peso acima de
100kg, incluindo o EPI e o material a
ser utilizado.

PRECAUÇÕES COM TRABALHO EM ALTURA

É obrigatório uso do cinturão


paraquedista para todo trabalho em
altura superior a 2 metros e que haja
risco de queda. Para detenção de
queda só é permitido usar a argola
dorsal(costas) ou frontal (peito). O
cinturão e seus componentes devem
ser conectados(ancorados) em pontos
que resistam a, no mínimo, 1500 quilos.

As argolas da cintura só devem ser


usadas para posicionar ou limitar a
movimentação do trabalhador
(NR- 18 e NBR 11370

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Nas movimentações em escadas


fixas ou móveis, com altura
superior a 2 metros, é
obrigatório o uso de trava
quedas.

È obrigatório uso de trava quedas em


andaimes e cadeiras suspensa deve
ser por cabo de aço. O cabo do trava
quedas pode ser de aço ou material
sintético, com resistência superior a
1.500 quilos(NR-6 e NR-18)

O ponto de ancoragem deve estar


sempre acima do trabalhador. Em
extrema necessidade abaixo é permitido
usar ponto de ancoragem abaixo do
trabalhador (ancoragem crítica), sendo
obrigatório uso de absorvedor de energia
e ter distância livre de queda de, no
mínimo, 7 metros.

Serviços sobre caminhões e vagões


devem ser feitos com trava quedas com
cabo retrátil, de comprimento suficiente
para uso a partir do solo (NR-6)

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Serviços em ares confinadas devem


ser feitos com equipamentos que
garantam conforto e segurança do
trabalhador nas três operações
fundamentais(NR 18.20)

I. Fácil movimentação de subida/


descida;
II. Proteção contra eventual queda;
III. Rápido resgate por um só vigia

É obrigatório uso de trava quedas nos


serviços em telhados ligado a cabo
guia ou trilho de aço instalados em
local mais alto da estrutura.(NR 18.18)

Referências : Normas Regulamentadoras e ABNT

NR-18 – Condições e Meio ambiente de Trabalho


na indústria da Construção

NR-06 Equipamento de Proteção Individual

NBR- 11370 – Cinturão e Talabarte

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CHECKLIST PARA SERVIÇOS EM TELHADOS E


ESCADAS.

1- As condições atmosféricas são favoráveis?

SIM NÃO

2- Os cabos guias são fixados em suas extremidades à


estrutura definitiva da edificação por meio de suporte de
aço inoxidável ou outro material resistente?

SIM NÃO

3- O local abaixo de onde se realiza o trabalho sobre o


telhado é interditado e isolado ?

SIM NÃO

4- O trabalhador caminhará somente sobre pranchas de


madeira dispostas sobre o telhado?

SIM NÃO

5- Em caso de escada de madeira, está sem pintura, nó


rachaduras e sem trincas ?

SIM NÃO

6- Em caso de escadas tipo marinheiro o cabo guia do


trava-quedas está instalada?

SIM NÂO

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Elaborado por:
Regina Célia Moura
Técnica em Segurança do Trabalho
Email – reginacm@chesf.gov.br

Revisado por:
Isamarth Rodrigues de Almeida
Engª de Segurança do Trabalho
Email – ralmeida@chesf.gov.br

Apoio:

Grupo de Trabalho em Altura

COORDENAÇÃO

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Diretoria Administrativa - DA
Superintendência de Recursos Humanos - SRH
Departamento Administração de Recursos Humanos - DAH
Segurança e Saúde Ocupacional – SSO

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