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DCC - DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

ENGENHARIA CIVIL

POLÍTICA TARIFÁRIA DO TRANSPORTE PÚBLICO DE BELO


HORIZONTE

ALUNA: CAMILA LIMA PINHEIRO


MATRÍCULA: 20162015050187
DISCIPLINA: PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO DE TRANSPORTES
PROFESSOR: HÉLIO HENRIQUE HOLANDA DE SOUZA

FEVEREIRO DE 2021
FORTALEZA
A política tarifária define muito sobre as condições do transporte público. Uma
política tarifária bem equilibrada traz grandes benefícios à sociedade, pois cobra
uma tarifa justa e permite a constante melhora do serviço, em contrapartida, o que
se vê na maioria das cidades são práticas de políticas com tarifação rígida,
instituídas muitas décadas atrás e que não dão respostas para os desafios atuais.

No caso de Belo Horizonte, com 2,3 milhões de habitantes, seu sistema atende a
uma demanda média de 1,3 milhões de passageiros/dia útil, com uma frota de 2.819
veículos. Tem como órgão gestor do transporte público a BHTRANS – Empresa de
Transportes e Trânsito de Belo Horizonte.

Os atuais Contratos de Concessão, em vigor a partir de 15/11/2008 e com prazo de


20 anos, têm por objeto a operação das Redes de Transportes e Serviços (RTS)
compostas pelo conjunto de linhas de transporte convencional de uma dada região,
bem como pelas obrigações de planejar, operar e fornecer veículos e equipamentos
necessários para a prestação dos serviços dentro dos padrões mínimos de
qualidade exigidos. A remuneração se dá por meio da receita tarifária auferida
diretamente do usuário, complementada pelas receitas adicionais oriundas da
comercialização de espaços publicitários nos veículos, cartões e outras.

Apesar de definido no novo contrato de concessão a instituição de base para


pagamento do CGO (Custo de Gerenciamento Operacional), com um percentual de
2% aplicados sobre o total de receitas arrecadadas diariamente pelo sistema, essa
cobrança encontra-se suspensa desde 01 de abril de 2014, por força da ​portaria
SMSU Nº 032/2014​.

Também foi previsto no contrato de concessão, a formação de um fundo cujo


objetivo é assegurar, em situações emergenciais, o reequilíbrio
econômico-financeiro do contrato, sem a necessidade de reajuste dos preços das
tarifas. Esse fundo é o FGE – Fundo Garantidor do Equilíbrio Econômico onde se
destina 1% da receita total, tendo como condição de uso dos recursos depositados,
a exigência de anuência do Poder Concedente. Como esse recurso é das
concessionárias, o volume depositado na conta do FGE, se não utilizado ao longo
dos 20 anos de contrato, será integralmente devolvido a elas.

Todos os veículos do atual sistema coletivo de transporte regular operam por meio
do sistema de bilhetagem eletrônica, o que diversifica os valores cobrados na
utilização do serviço de transporte e permite a criação de integrações temporais
entre os diversos serviços de transporte por ônibus e entre os sistemas ônibus e
metrô. O sistema de bilhetagem eletrônica possibilita, ainda, o fornecimento diário
de dados sobre as viagens realizadas, o número de passageiros transportados, as
gratuidades e a arrecadação automática da receita. O uso do cartão eletrônico
proporciona maior segurança aos usuários e às concessionárias, ao diminuir, de
maneira expressiva, o volume de dinheiro dentro dos ônibus. As modalidades de
cartões eletrônicos utilizados atualmente são as seguintes:
(i) Cartão de Vale-Transporte: cartões adquiridos pelos empregadores ou pessoas
jurídicas de direito público e fornecidos aos beneficiários do vale-transporte;
(ii) Cartão Usuário ao Portador: cartão que pode ser adquirido por qualquer usuário
do serviço de transporte;
(iii) Cartão Usuário Identificado: cartão que pode ser adquirido por qualquer usuário
do serviço de transporte e que, em caso de perda ou roubo, pode ser bloqueado e
ter os créditos remanescentes transferidos para uma segunda via;
(iv) Cartão de Benefício: cartões utilizados pelos beneficiários de gratuidades.
(v) Cartão Passe Estudantil: cartões utilizados pelos estudantes beneficiários de
redução tarifária de 50%.

A gratuidade no deslocamento em BH se dá pelas seguintes categorias de usuários:

A tarifa vigente e suas integrações das linhas existentes são descritas no quadro
abaixo (base MARÇO/2020):

Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte


Nota-se que: A integração com complemento "zero" se dá dentro das estações de
integração entre linhas de mesma tarifa; As Linhas do Serviço Circular não integram
entre si; As integrações sequenciadas (desconto no 3º embarque) são específicas
para linhas do sistema tronco-alimentador; e que as integrações entre linhas
alimentadoras do metrô com o metrô possuem tarifa integrada de 6,65 e permitem
integrações sequenciadas.

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