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Abstract: The writing of this article proposes a reflection on the importance of putting into
practice the knowledge produced about teaching processes outside the official school system,
based on UNESCO documents, the European Union, as well as other education scholars.
Although the characteristics do not seem to encompass the scope of the modality, they
already indicate a direction, in which the praxis of each science will unravel its path, given
the specificities of each one.
Palavras-Chave: processos educacionais, ensino formal, ensino não formal, ensino informal.
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Relatórios com o parecer de mais de 100 especialistas da educação, que embasaram o livro Philip H. Coombs (1968), sob o
título The World Educational Crisis.
massas”. Momento de evidência para um processo educacional já existente, porém, não
explorado no sistema oficial de ensino, a ‘educação não formal’, na qual, para os “[...] países
mais pobres prefigurava-se, por entre relativos consensos especializados, como a solução
mais eficaz para fazer chegar às populações mais necessitadas determinados recursos
educativos. (PALHARES, 2007, p.03)”.
Vale ressaltar que antes do termo ‘educação não formal’ entrar nos debates da ciência,
já havia certa atenção para o que se aprendia fora da escola, o que levou pesquisadores como
Philip H. Coombs observar que a essa modalidade de educação dispunha de “[...] factores de
inegável valor educativo, que tendem a passar despercebidos no quotidiano [...]” (COMMBS,
apud, PALHARES, 2007, p. 04)
O objetivo não é simplesmente permitir que uma pessoa ilícita decifre as palavras de
um livro, mas se integrar melhor ao ambiente, ter uma melhor compreensão da vida
real, melhorar sua dignidade pessoal e ter acesso a fontes de informação.
Conhecimento que ele, pessoalmente, pode achar útil, para adquirir o know-how e as
técnicas que ele necessita para levar uma vida melhor. (UNESCO, 1972, P. 38).
Essa concepção abrangente da educação é explicada pela relação indissociável entre
ela (a educação) e o homem com seu jeito de viver e atuar no mundo, sendo assim impossível
desconsiderar na formação do sujeito os elementos que o constituem. Como afirma CAVACO
(2002), a aprendizagem “é um processo de aquisição de saberes que têm origem na
globalidade de vida das pessoas, ou seja, associados à modalidade da educação informal”
(CAVACO, 2002, apud, MATIAS, 2013, p.12). Acredito que no momento de globalização e
de acesso rápido e fácil a tantas informações que vivemos atualmente, a distinção entre
espaço e conteúdo não fortalece a compreensão do homem como um ser social e integral que
precisamos ensinar e aprender nos tempos de hoje. Pois “educação pautada no depósito de
informações contrasta com outras formas de educação. Nestas, aprendemos o que nos faz
sentido, atribuindo-lhes significado. Neste contexto, a educação é entendida como
emancipação, humanização, um ato de cuidado para com o outro e a outra.” (SIQUEIRA,
2004, apud, BIESDORF 2011, p.4).
A primeira leitura, a proposta na citação acima pode parecer uma tomada de ação bem
simples, porém a estruturas rígidas das instituições adere com mais facilidade aos métodos do
que os modos de aquisição de conhecimento, fazendo-se urgente e necessário compreender e
definir esse campo de ação.
Após razoável consenso entre autores ao longo dos anos, no que diz respeito às
terminologias e a empregabilidade dos termos, partimos para os aspectos e definições que
procuram delimitar o ensino formal, não formal e informal com base em alguns fatores
preponderantes existentes na literatura. A análise aqui apresentada está diretamente
relacionada com quatro aspectos de referência, são eles: Processo (como), Conteúdo (o que),
Estrutura (onde) e Propósito (para que).
Diferentemente do ensino formal, no ensino não formal esses objetivos podem ser
diversos e flexíveis, se enquadrando ao contexto aplicado. Como exemplo, atividades que
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Manter o estado das coisas.
proporcionam conscientização, potencialização de habilidades e capacitação laboral,
incluindo ainda
Na educação informal os objetivos, na maioria dos casos, não podem ser definidos.
Tendo como afirmação que o aprendizado não é programado ou estruturado e muito dos seus
resultados se dá através do processo de socialização. (GOHN, 2006a). É importante ratificar
que embora o ensino informal não tenha estatuto de educação, segundo Colley, Hodkinson,
Malcom (2002), a União Europeia afirma que “Deve-se reconhecer apenas que existem
processos de aprendizagem e que eles têm certas características” (MARQUES; FREITAS,
2017, p. 1104).
3. Do conceito à prática
Emergindo uma lacuna com outras questões não menos importantes das regularmente
contempladas que são: Como os envolvidos na atividade podem experimentar outros papéis
no processo de transmissão de conhecimento? Em que medida esse papel reflete na vida
particular de cada um?
4. Considerações finais
Embora haja dificuldades em determinar, com precisão, alguns aspectos dos processos
educacionais, a produção de conhecimento existente acerca do tema nos aponta uma única
direção: a importância da conexão entre esses processos com a finalidade de potencializar o
sistema educacional do ser humano como um todo, e não apenas, de uma instituição.
Revelando-se assim, um objetivo comum presente em todas as áreas de conhecimento.
Porém, é preciso considerar que cada área tem suas características específicas, mostrando-se
necessário a construção de caminhos distintos para atingir o propósito da educação ao longo
da vida.
Acredito que o esforço empreendido até aqui por parte dos especialistas da educação,
já proporciona clareza suficiente para propostas de aplicação prática, não somente no ensino
básico, que por sinal tem se empenhado com mais vigor na práxis do conceito, mas também
pelas universidades, como podemos verificar nas experiências citadas.
Referências:
COM (2001). Comissão europeia, 2001. Governança europeia – um livro branco. Bruxelas.
Disponível em: laicidade.org/wp-content/uploads/2006/09/eu.governanca.2001.pdf
Colley, H., Hodkinson, P., & Malcolm, J. (2002). Non-formal learning: mapping the
conceptual terrain. A consultation report. Leeds: University of Leeds Lifelong Learning
Institute, 2002. Disponível em: http://eprints.hud.ac.uk/id/eprint/13176/.
Marques, J. B. V., & Freitas, D. (2017). Educ. Pesqui., São Paulo, v. 43, n. 4, p. 1087-1110,
out./dez., 2017.