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Acalasia é a mais conhecida doença motora do esôfago, caracterizada por relaxamento parcial ou ausente do
esfíncter esofágico inferior e contrações não-peristálticas no corpo esofágico.
No exame radiológico é encontrada retenção do meio de contraste no esôfago, incoordenação no trânsito,
afilamento regular da transição esofagogástrica e esôfago dilatado. O sintoma mais frequente é a disfagia,
seguida pela regurgitação, pirose e dor torácica.
Acalasia idiopática é doença pouco frequente, com prevalência estimada de 7 a 13 casos por 100.000
habitantes; já a acalasia provocada pela doença de Chagas afeta de 7% a 10% das pessoas infectadas pelo
Trypanosoma cruzi.
O termo acalasia é referente à doença motora do esôfago e megaesôfago a sua consequência.
A acalasia pode ser dividida em primária (idiopática), forma mais comum no mundo, ou secundária. A
principal causa secundária de acalasia no Brasil é a doença de chagas. Nas áreas endêmicas da doença de
chagas, sempre devemos considerar a possibilidade de “esofagopatia chagásica” em pacientes com acalasia.
A invasão dos plexos miontéricos de Auerbach e Meissner pelo Trypanosoma Cruzi, protozoário causador da
doença de Chagas, causa disfunção do relaxamento do EEI, ao mesmo tempo em que lesa neurônios
importantes para a peristalse do corpo esofagiano. A doença é mais comum no sexo masculino, e tem o
mesmo quadro clínico da acalasia idiopática.
A destruição dos neurônios colinérgicos do plexo mioentérico, bem como dos neurônios que produzem óxido
nítrico, afeta o EEI, causando aumento da sua pressão basal e perda da capacidade de relaxamento adequado
do esfíncter. Na musculatura lisa da parede do esôfago, a perda desses neurônios inibitórios causa aperistalse.