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Universidade Federal de Minas Gerais

Faculdade de Farmácia
Departamento de Produtos Farmacêuticos
Disciplina Analises Farmacopeicas

Ensaios para determinação de

impurezas: ENSAIOS LIMITE

Profa. Isabela da Costa César


Principais impurezas inorgânicas em medicamentos

• Reagentes, solventes, catalisadores.

• Água.

• Sais inorgânicos.

• Metais pesados.
Impurezas inorgânicas em medicamentos

• Os testes descritos nas monografias limitam as


impurezas a quantidades que assegurem qualidade ao
insumo farmacêutico.

• Ensaios podem ser:


- de simples pesquisa;
- ensaios-limite (método semi-quantitativo);
- quantificação (método quantitativo).
Ensaios de simples pesquisa

• Usados para verificar se uma impureza está presente


na amostra ensaiada.

ENSAIOS DE PUREZA
•Bário. Dissolver 2 g de amostra em 100
mL de água e ferver por 2 minutos.
Adicionar 2 mL de ácido clorídrico SR e
ferver por mais 2 minutos, esfriar e filtrar.
Lavar o filtro com água e completar o
volume para 100 mL com o mesmo
solvente. Adicionar 1 mL de ácido sulfúrico
M a 10 mL do filtrado. A solução obtida não
deve turvar nem precipitar.
Ensaios limite

• São ensaios realizados em insumos farmacêuticos


ativos com a finalidade de verificar se as impurezas
pesquisadas estão dentro dos limites estabelecidos
na Farmacopeia.

• Aplica-se a impurezas inorgânicas (cloreto, sulfato,


ferro, metais pesados, cálcio, magnésio, arsênio,
chumbo, alumínio, etc).
Ensaios limite

• Os ensaios de cloreto e de sulfato baseiam-se na


formação de partículas sólidas de sais brancos em
meio aquoso dessas impurezas sendo, portanto,
turbidimétricos.

• Os ensaios de ferro, metais pesados e arsênio


baseiam-se na formação de produtos coloridos sendo,
portanto, colorimétricos.
Ensaios limite

LIMITE: é o teor máximo permitido da impureza em


determinada substância.

• ppm (partes por milhão): expressa partes (em peso) da


impureza por milhão de partes (também em peso) da
substância ensaiada.

• % (porcentagem): expressa partes (em peso) da


impureza por cem partes (também em peso) da
substância ensaiada.
Ensaios limite

Para se verificar se o teor de uma impureza em uma


determinada substância está dentro do limite estabelecido,
realiza-se o ensaio por comparação com uma quantidade
conhecida da impureza.

Reação de cor

ou de
precipitação
Ensaios limite

Utilizam-se tubos de comparação iguais, de fundo plano,


vidro transparente, com cerca de 50 a 70 mL de
capacidade e 22 mm de diâmetro interno, marcados em
40 e 25 mL, denominados Tubos de Nessler.
Ensaios limite

Farmacopeia Brasileira, 5ª edição, p. 169

5.3.2 ENSAIOS LIMITE PARA IMPUREZAS INORGÂNICAS

5.3.2.1 ENSAIO LIMITE PARA CLORETOS


5.3.2.2. ENSAIO LIMITE PARA SULFATOS
5.3.2.3 ENSAIO LIMITE PARA METAIS PESADOS
5.3.2.4 ENSAIO LIMITE PARA FERRO
5.3.2.5 ENSAIO LIMITE PARA ARSÊNIO
5.3.2.6 ENSAIO LIMITE PARA AMÔNIA
5.3.2.7 ENSAIO LIMITE PARA CÁLCIO
5.3.2.8 ENSAIO LIMITE PARA MAGNÉSIO
5.3.2.9 ENSAIO LIMITE PARA MAGNÉSIO E METAIS ALCALINOS TERROSOS
5.3.2.10 ENSAIO LIMITE PARA ALUMÍNIO
5.3.2.11 ENSAIO LIMITE PARA FOSFATOS
5.3.2.12 ENSAIO LIMITE PARA CHUMBO
Ensaio limite para cloretos

Fundamento Químico:

O ensaio limite de cloreto fundamenta-se na reação do íon prata


com o cloreto, em meio fortemente ácido, com formação de cloreto
de prata sólido, que causa turvação no meio líquido. O ensaio
limite de cloreto é, portanto, um ensaio turbidimétrico.

H+
Ag+(aq) + Cl- (aq) → AgCl(s) branco
Ensaio limite para cloretos

• A presença do cloreto como impureza nos insumos


farmacêuticos tem como principal origem o uso de água não
destilada, como solvente, e o uso de cloretos em sínteses
inorgânicas.

• Os sais de sódio, de potássio e de magnésio podem conter


cloreto se não forem convenientemente purificados, pois são
obtidos a partir de cloreto de sódio, de potássio e de magnésio,
respectivamente.

• Os limites de cloretos nos fármacos são relativamente grandes,


pois o cloreto é bem tolerado no organismo humano.
Ensaio limite para cloretos

TÉCNICA GERAL
Ensaio limite para cloretos

FUNÇÃO DOS REAGENTES:

• Ácido clorídrico padrão (HCl 0,01 M): é usado na preparação


padrão para fornecer íons cloreto. Cada mL contém 0,0003546 g
de Cl-.

• Solução de ácido nítrico SR a 12%: acidificar fortemente as


preparações problema e padrão.

• Solução de nitrato de prata SR a 4%: fornecer os íons prata que


reagirão com os íons cloreto, com formação de AgCl, sólido
branco.
Ensaio limite para cloretos

Cuidados especiais:

• As preparações devem estar ácidas antes da adição da


solução de AgNO3. Se estiverem alcalinas haverá a formação
de Ag2O(s) acinzentado, que interfere na leitura.

2 Ag+(aq) + 2 OH- → Ag2O(s) + H2O

• Além disso, o meio fortemente ácido impede a interferência


de outros ânions tais como HCO3-, CO32-, etc, que formam
sais de prata insolúveis em meio neutro, porém solúveis em
meio nítrico.
Ensaio limite para cloretos

Cuidados especiais:

• As preparações padrão e problema devem ser guardas


as abrigo da luz antes de se fazer a leitura para se evitar
a redução do íon prata a prata metálica, que é cinza e
interfere na leitura.

Ag+(aq) + e- → Ag(s)
Ensaio limite para cloretos - EXEMPLO
Ensaio limite de cloreto na glicose de acordo com a FB 5.
• Dados:
- massa de glicose = 2,0 g
- limite de Cl- = 180 ppm
- 1 mL de solução padrão (HCl 0,01 M) contem 3,546 x 10-4 g de Cl-
- volume de solução padrão = ?

• Cálculos:
106 g de glicose podem conter até 180 g de Cl-
2,0 g de glicose .............................X g de Cl-
X = 360 x 10-6 g de Cl-

• A massa de 2,0 g de glicose pode conter até 360 x 10-6 g de Cl-. Portanto é
necessário uma preparação contendo essa massa de cloreto para servir de
referência. Para isso se utiliza a solução padrão que contem 3,546 x 10-4 g de
cloreto em cada mL:
1 mL de padrão....................................... 3,546 x 10-4 g de Cl-
Y ................................................. 360 x 10-6 g de Cl-
Y = 1,02 mL de solução padrão
Ensaio limite para cloretos - EXEMPLO

Reagentes
do ensaio
Ensaio limite para cloretos

Situações especiais:

• Carbonatos: sofrem tratamento prévio com ácido até cessar a


efervescência. Esse tratamento deve ser realizado num béquer, pois
o carbonato pode conter substâncias insolúveis e, nesse caso, elas
serão eliminadas através de filtração.

• Substâncias insolúveis: são fervidas com uma mistura de água e


ácido nítrico diluído, esfriadas e filtradas. O ensaio é realizado no
filtrado.
Ensaio limite para cloretos

Situações especiais:

• Substâncias solúveis em água e insolúveis em ácido: deve ser


feito tratamento prévio com ácido até total precipitação. Em seguida
filtra-se e trabalha-se com o filtrado.

• Substâncias coloridas: são tratadas de modo a torná-las


incolores.
Ensaio limite para sulfatos

• O sulfato é impureza bem tolerada pelo organismo humano e,


portanto, seu limite nos insumos farmacêuticos é relativamente
grande. Ele provém basicamente do uso de água potável na
manipulação dos fármacos.

• O ensaio limite de sulfato baseia-se na reação do sulfato,


porventura presente no insumo farmacêutico, com o íon Ba2+ em
meio fortemente ácido, com formação de sulfato de bário, sólido
branco que causa turvação do meio.

H+
Ba2+(aq) + SO42-(aq) → BaSO4 (s) branco
Ensaio limite para sulfatos

TÉCNICA GERAL:
Ensaio limite para sulfatos

Cuidados especiais:

Ácido clorídrico SR (10%): é usado para acidificar fortemente as


preparações problema e padrão. Se as preparações não
estiverem ácidas haverá formação de partículas sólidas brancas
de carbonato de bário após a adição do cloreto de bário, que
mascaram o ensaio. Além disso, o meio fortemente ácido evita a
interferência de outros íons como HCO3-, CO32-, PO43-.

Ba2+(aq) + 2 OH-(aq) → Ba(OH)2 (aq)

Ba(OH)2(aq) + CO2 → BaCO3(s) branco + H2O


Ensaio limite para sulfatos

Outros reagentes:

• Ácido sulfúrico padrão (H2SO4 0,005 M): solução


padrão que contem o íon sulfato em quantidade
rigorosamente definida. É usado na preparação
padrão.

• Cloreto de bário SR: fornece os íons bário que


reagirão com os íons sulfato produzindo turvação
branca no meio.
Ensaio limite para sulfatos - EXEMPLO
Ensaio limite para sulfato na glicose de acordo com a FB 5.
• Dados:
- massa de glicose = 2,0 g
- limite de SO4-2 = 250 ppm
- 2,5 mL de solução padrão (H2SO4 0,005 M) contem 0,0012008 g de SO4-2
- volume de solução padrão = ?

• Cálculos:
106 g de glicose ..............................250 g de SO4-2
2,0 g de glicose .............................. X
X = 4 x 10-4 g de SO4-2

• A massa de 2,0 g de glicose pode conter até 4 x 10-4 g de SO4-2. Nesse caso é
necessário obter uma preparação padrão contendo exatamente 4 x 10-4 g de
SO4-2, para servir de referência. Para isso, utiliza-se a solução de H2SO4 0,005
M, que contem 0,0012008 g de SO4-2 em 2,5 mL:
2,5 mL de H2SO4 0,005 M .......................... 0,0012008 g de SO4-2
X’ .................................... ....4 x 10-4 g de SO4-2
X’ = 0,83 mL de solução de H2SO4 0,005 M
Ensaio limite para sulfatos

Situações especiais:

• Aplica-se também o que foi especificado no ensaio limite para


cloreto, nos casos que se seguem: carbonatos (ou bicarbonatos),
substâncias insolúveis, substâncias solúveis em água e insolúveis
em meio ácido.
Ensaio limite para ferro
• É um ensaio colorimétrico no qual se compara a intensidade de cor
desenvolvida na preparação problema com a desenvolvida na
preparação padrão.

• Fontes de contaminação por ferro: preparação e acondicionamento dos


insumos em embalagens que apresentam esse metal em sua
constituição.

• Problemas de ordem técnica em medicamentos devido a presença de


ferro: aparecimento de precipitados em injetáveis (sais férricos se
hidrolisam em solução) e de manchas em comprimidos (sais férricos e
ferrosos hidratados são coloridos).

Fe3+ + 3 H2O → Fe(OH)3 (s) + 3 H+


Ensaio limite para ferro

O ensaio é baseado na formação de um complexo colorido, pela


reação de Fe2+ com o ácido tioglicólico, em solução tamponada com
citrato de amônio. Os íons férricos (Fe3+) são reduzidos a ferrosos
(Fe2+) pelo próprio ácido tioglicólico.
Ensaio limite para ferro

TÉCNICA GERAL
Ensaio limite para ferro

FUNÇÃO DOS REAGENTES

• Solução padrão de ferro: fornecer íons férricos, numa quantidade


exatamente igual ao máximo permitido, no peso da substância
analisada.

• Ácido cítrico diluído: formar um tampão com o hidróxido de amônio,


mantendo o pH ideal da reação (alcalino entre 7,0 e 9,0).

• Ácido tioglicólico R: reduzir o Fe3+ a Fe2+ e reagir com este


formando o composto colorido em meio alcalino.

• Hidróxido de amônio: fornecer o pH ideal da reação.


Ensaio limite para ferro

SOLUÇÃO PADRÃO DE FERRO (100 ppm de Fe)

Dissolver 0,8634 g de sulfato férrico amoniacal dodecaidratado


(FeNH4SO4.12 H2O) em água destilada em um balão volumétrico de 1000
mL. Adicionar 5 mL de ácido sulfúrico SR e completar o volume com água.

482,18 g de FeNH4SO4.12 H2O..............................55,85 g de Fe


0,8634 g de FeNH4SO4.12 H2O...................................... X
X = 0,100 g de Fe

0,100 g de Fe......................................................... 1000 mL


X.......................................................................1 mL
X = 100 x 10-6 g de Fe

1 mL de solução padrão (100 ppm de Fe) equivale a 100 x 10-6 g de ferro.


Ensaio limite para metais pesados

• Realizado em insumos farmacêuticos para verificar se as


impurezas metálicas que são coloridas pelo íon sulfeto estão
dentro do limite farmacopeico.

• Os principais cátions que reagem com íon sulfeto formando


produtos coloridos de branco a preto em meio fracamente ácido
são os de chumbo, arsênio, zinco, cádmio, mercúrio, antimônio,
bismuto, prata, cobre e molibdênio.
Ensaio limite para metais pesados

• São indicados alguns sulfetos de metais pesados com suas


respectivas cores:

ZnS(s) branco
Bi2S3(s) marrom escuro
CdS(s) amarelo
PbS(s) preto
HgS(s) marrom
Ensaio limite para metais pesados

• A presença de metais pesados (MP) nos insumos farmacêuticos


tem como origem a preparação e acondicionamento das
substâncias.

• Os MP são muito tóxicos ao organismo, por isso, seus limites são


muito pequenos.

• As preparações problema e padrão devem estar perfeitamente


límpidas e incolores antes da adição dos reagentes. Se estiverem
turvas deverão ser filtradas e se coloridas deverão ser tratadas de
modo a torná-las incolores.
Ensaio limite para metais pesados

O ensaio fundamenta-se na reação do MPx+ com o íon sulfeto,


proveniente da hidrólise da tioacetamida, em meio fracamente ácido,
formando um composto colorido (sulfeto de MP) .
Ensaio limite para metais pesados

Preparação amostra Preparação padrão Preparação controle


Amostra Solução padrão de Amostra + solução padrão
chumbo de chumbo
Água q.s.p...........................................25 mL
Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou hidróxido de amônio 6 M
Água q.s.p...........................................40 mL
Homogeneizar
Tampão acetato pH 3,5............................2 mL
Tioacetamida ST...............................1,2 mL
Água q.s.p...........................................50 mL
Homogeneizar
Deixar em repouso por 2 minutos
A coloração desenvolvida na preparação amostra não dever ser mais intensa do
que na preparação padrão.
O teste somente é válido se a intensidade da coloração desenvolvida na preparação
controle for igual ou superior àquela da preparação padrão.
Ensaio limite para metais pesados

(a) (b) (c)

Ensaio limite para metais pesados evidenciando preparações (a) amostra com
coloração menos intensa, (b) padrão de chumbo 2 ppm com coloração intermediaria e
(c) controle positivo (amostra + padrão) com coloração mais intensa.
Ensaio limite para metais pesados

REAGENTES:

• Solução estoque de nitrato de chumbo (100 ppm): contém 159,8 mg de


nitrato de chumbo em 1000 mL.

331,32 g de Pb(NO3)2 ................................. 207,21g de Pb2+


0,1589 g de Pb(NO3)2 ........................................... X
X = 0,1 g Pb2+/ 1000 mL da solução = 1 x 10-4 g de Pb2+ em 1 mL

• Solução padrão de chumbo (10 ppm): é preparada no dia do uso diluindo-


se a solução estoque de nitrato de chumbo na proporção de 1 para 10.
Contém 1 x 10-5 g ou 10 ppm de Pb por mL.
Ensaio limite para metais pesados

REAGENTES:

• Ácido acético diluído: é usado para ajustar o pH, quando necessário.

• Hidróxido de amônio: é usado para ajustar o pH, quando necessário.

• Tampão de acetato pH 3,5 - mantém o pH ideal para realização do ensaio.


Ensaio limite para metais pesados

REAGENTES:

• Tioacetamida SR - fornece íons sulfeto que irão reagir com os MP.

• Preparo de tioacetamida SR (solução reagente): dissolver 4 g de


tioacetamida em água e completar o volume para 100 mL.

• Preparo de tioacetamida ST (solução teste) - medir 0,2 mL e adicionar a 1


mL da mistura de 14 mL de hidróxido de sódio 1 M, 5 mL de água e 20 mL
de glicerina. Aquecer em banho-maria, por 20 segundos, resfriar e utilizar
imediatamente.
Ensaio limite para metais pesados - EXEMPLO
Ensaio limite para metais pesados no cloridrato de procaína (FB 5).
• Dados:
- massa de cloridrato de procaína = 0,5 g
- limite de MP = 20 ppm
- 1 mL de solução padrão de chumbo contém 1 x 10-5 g de Pb2+.
- volume de solução padrão de chumbo: ?

• Cálculos:
106 g de cloridrato de procaína............................. 20 g de MP
0,5 g de cloridrato de procaína....................................... X
X = 1 x 10-5 g MP

• A massa de 0,5 g de cloridrato de procaína pode conter até 1 x 10-5 g de MP.


É necessário obter uma preparação padrão contendo exatamente 1 x 10-5 g
de MP, para servir de referência. Nesse caso, usa-se, na preparação padrão,
1,0 mL de solução padrão, que contém 1 x 10-5 g de MP.
Ensaio limite para metais pesados

SITUAÇÕES ESPECIAIS

• Carbonatos: são tratados previamente com ácido até cessar a


efervescência, pois o ensaio é realizado em pH fracamente ácido e
se a efervescência não for eliminada, ela dificultará o
estabelecimento do pH desejado.

• Substâncias coloridas: a monografia, normalmente, já descreve o


tratamento prévio que se deve realizar, para descolorir a substância,
antes de passar para a parte geral.
Ensaio limite para metais pesados

SITUAÇÕES ESPECIAIS

• Substâncias solúveis em água e insolúveis em ácido: deve ser feito


tratamento prévio, com ácido, até total precipitação, em seguida
filtra-se e trabalha-se com o filtrado.
Ensaio limite para metais pesados

SITUAÇÕES ESPECIAIS

• Substâncias orgânicas (não produzem preparações límpidas e


incolores sob as condições do ensaio ou interferem com a
precipitação de metais pelo íon sulfeto, ou para óleos fixos e
voláteis): utilizar um dos métodos alternativos descritos na FB5:

Método II: solubilização em solventes orgânicos;


Método III: incineração com ácido sulfúrico;
Método IV: digestão com ácido nítrico a 120 °C por 3 h.
Ensaio limite para metais pesados

ESPECTROMETRIA ATÔMICA

• Método alternativo à reação com íon sulfeto.

• Possibilita quantificar cada elemento contaminante na amostra e


limites diferenciados são estabelecidos para cada elemento de
acordo com sua toxicidade e o tipo de forma farmacêutica.

• Uma fonte do equipamento emite radiação em comprimento de onda


específico. Essa radiação incide sob o vapor atômico contendo
átomos livres do elemento a ser analisado no estado fundamental. A
atenuação da radiação é proporcional à concentração do elemento
na amostra → MÉTODO QUANTITATIVO.
Ensaio limite para metais pesados

ESPECTROMETRIA ATÔMICA

Limite de detecção = 0,006 ppm

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