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São Luís
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Reitor – Natalino Salgado Filho
Vice-Reitor – Antonio José Silva Oliveira
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – Fernando de Carvalho Silva
Normalização
Bibliotecária Eudes Garcez de Souza Silva
(CRB 13ª Região nº de Registro – 453)
Revisão técnica
Aracy Santos
Claudio Vanucci Silva de Freitas
Edison José Corrêa
Estela Aparecida Oliveira Vieira
Judith Rafaelle Oliveira Pinho
Karoline Corrêa Trindade
Paola Trindade Garcia
REVISÃO ORTOGRÁFICA
Fábio Alex Matos Santos
João Carlos Raposo Moreira
Revisão Didático-Pedagógica
Deborah de Castro e Lima Baesse
Paola Trindade Garcia
87f. : il.
CDU 613.9-053.2
APRESENTAÇÃO
UNIDADE 2............................................................................................... 7
1 VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA................................................... 7
1.1 Sinais de violência....................................................................... 8
2 ATENÇÃO INTEGRAL ÀS SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA................. 12
2.1 Linha de cuidado......................................................................... 13
2.2 Cuidados profiláticos e tratamento........................................... 16
2.2.1 Distúrbios gastrointestinais......................................................................... 22
2.2.2 Afecções dermatológicas.............................................................................. 48
2.2.3 Doenças exantemáticas................................................................................ 70
3 OUTROS AGRAVOS PREVALENTES NA CRIANÇA...................... 78
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 82
UNIDADE 2
Tipos de violência
Autoprovocada Interpessoal
Física
Sexual
Psicológica
Negligência/
Abandono
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças,
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Linha de
cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias
em situação de violências: orientação para gestores e profissionais de saúde. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2010. 104p. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde). Disponível
em: < http://goo.gl/T34h2H>.
SAIBA MAIS!
Leia mais informações e condutas a tomar diante de situações de sus-
peita ou confirmação de violência no MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍ-
TIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE DE SAÚDE PÚBLICA DO DF. Disponível em:
http://goo.gl/mmpqzz.
1. Lesões de pele;
2. Fraturas;
3. Lesões cranioencefálicas;
4. Lesões de face;
5. Envenenamentos e intoxicações.
Figura 4 - Pistas para identificação dos vários tipos de violência física contra crianças
e adolescentes.
Queimaduras
Objetos
Fonte: Adaptado de: VILELA, Laurez Ferreira (Coord.). Manual para atendimento às vítimas de
violência na Rede de Saúde Pública do Distrito Federal. Brasília: Secretaria de Estado de
Saúde do Distrito Federal, 2008. 68 p. Disponível em: <http://goo.gl/FqZomW.
Tristeza constante
Distúrbios de alimentação
Enurese e encoprese
Distúrbios do sono
Tiques ou manias
Sintomas de hiperatividade
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Linha de cui-
dado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em
situação de violências: orientação para gestores e profissionais de saúde. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2010. 104 p. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde). Disponível
em: < http://goo.gl/EfVO9P>.
REFLITA COMIGO!
A síndrome do bebê sacudido pode tra-
zer discussões acerca da intencionalidade da
ação. Como a equipe de saúde poderá investi-
gar a diferença entre acidente e violência?
Figura 6 - Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas
famílias em situação de violências.
REFLITA COMIGO!
Dentro dos serviços disponíveis na sua região é possível estabelecer
as ações de Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças,
Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências?
SAIBA MAIS!
Conheça “Metodologias para o Cuidado de Crianças, Adolescentes e suas
Famílias em Situação de Violências”. Disponível no link: http://goo.gl/UTpJGY.
Assista ao vídeo e conheça detalhadamente a Linha de Cuidado para
a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em
Situação de Violências. Disponível no link: https://www.youtube.com/watch?-
v=LgZnWwRkglQ.
Anti-HIV***
Hepatite B (HBsAg)
Hepatite C (anti-HCV)
Transaminases
Hemograma
* Os espaços coloridos indicam a época em que cada exame deve ser realizado.
Quadro 3 - Profilaxia das DST não virais para crianças e adolescentes com menos de 45 kg.
Via de
Medicamento Apresentação Posologia
administração
Condutas de Enfermagem
ü
As condutas de Enfermagem ocorrem durante o atendimento com
ação direcionada para a resolutividade do problema, não se limitando a um ou
outro momento, não a este ou aquele profissional.
O profissional de Enfermagem precisa ter consciência que esta situa-
ção exige uma intervenção que não se limita apenas a sua competência profis-
sional, ou seja, as diversas nuances da ocorrência levam, obrigatoriamente, a
outras competências profissionais. O enfermeiro deve:
Diarreia
ü
A diarreia surge quando a perda de água e eletrólitos nas fezes é maior
do que a normal, resultando no aumento do volume e da frequência das eva-
cuações e diminuição da consistência das fezes.
Geralmente é definida como a ocorrência de três ou mais evacuações
amolecidas ou líquidas em um período de 24 horas (em lactentes jovens, con-
siderar a mudança na consistência habitual das fezes).
ATENÇÃO!
Observe a cor das fezes da criança usando a escala de cores abaixo. Se
a cor das fezes for suspeita, deverá orientar a mãe a procurar com urgência o
serviço de saúde.
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta de saúde da criança. 8. ed. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2013a. Disponível em: http://goo.gl/7uHihI.
Duração
Diarreia Giardia lambia, Cryptosporidium, Escherichia coli
maior ou igual
prolongada enteropatogênica clássica, Escherichia coli enteroagregativa.
a 14 dias
Duração
Diarreia Cólon irritável, tuberculose, parasitoses intestinais (várias
maior que 30
crônica etiologias), enteropatia por glúten etc.
dias
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Saúde da criança: acom-
panhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília, DF: Ministério da Saúde,
2002. 100 p. (Série Cadernos de Atenção Básica; n. 11) (Série A. Normas e Manuais Técni-
cos). Disponível em: < http://goo.gl/gUBdRK>.
ETAPAS A B C
1. OBSERVE
Bebe normal, sem Sedento, bebe rápido Bebe mal ou não é capaz
Sede
sede e avidamente de beber
2. EXPLORE
3. DECIDA
4. TRATE
PLANO A
PARA PREVENIR A DESIDRATAÇÃO NO DOMICÍLIO
Explique as três regras para o manejo adequado da diarreia
no domicílio
1. Dar mais líquido do que o habitual para prevenir a
desidratação
O paciente deve tomar líquidos caseiros (água de arroz,
soro caseiro, chá, sucos e sopas) ou sais de reidratação
oral (SRO) após cada evacuação diarreica.
2. Manter a alimentação habitual para prevenir a desnutrição
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manejo do
paciente com diarreia. 2011. Disponível em: < http://goo.gl/70Wy61>.
LEMBRE-SE:
Antidiarreicos e antieméticos nunca devem ser usados.
Condutas de Enfermagem
ü
A abordagem da criança durante a consulta de Enfermagem é uma ha-
bilidade desenvolvida pelo enfermeiro durante a sua vida profissional. Traba-
lhar com crianças requer conhecimento específico e principalmente habilida-
de para lidar com elas. A comunicação verbal e não verbal é muito importante
e vai variar de acordo com a idade da criança.
Sempre que houver uma queixa, deixe para examinar o órgão doloroso
por último, para não provocar o choro. Por exemplo: se a criança está com dor
abdominal, deixe para fazer a palpação do abdômen por último.
Pesar a criança ou medir sua estatura e perímetro cefálico também
deve ser a última coisa a ser feita, para evitar que a criança chore. Vamos tentar
utilizar a sequência a seguir:
Se tiver que fazer algum procedimento, como palpação em uma área dolo-
rosa, faça-o por último no exame físico;
Quando for retirar a roupa da criança, dependendo da idade, peça para que
a mãe o faça; a criança sempre se sentirá mais segura quando sua mãe está
por perto, protegendo-a.
Desidratação
Sem desidratação Desidratação
grave
Fonte: Adaptado de: CAPOZZOLO, Angela Aparecida et al. (Org.). 1º Caderno de apoio ao acolhi-
mento: orientações, rotinas e fluxos sob a ótica do risco/vulnerabilidade. São Paulo: Secre-
taria Municipal da Saúde, 2004. 167 p. Disponível em: < http://goo.gl/k6mHPM>.
Constipação intestinal
ü
A constipação intestinal é uma entidade de alta prevalência entre re-
cém-nascidos e lactentes. Listamos informações relevantes sobre este distúr-
bio gastrointestinal.
FIQUE ATENTO!
A constipação crônica é um quadro responsável por inúmeras con-
sultas em ambulatórios nas UBS, sendo que a principal causa de constipação
na criança é a funcional. Por isso, o profissional da Atenção Básica tem que
estar atento para tranquilizar a mãe e instituir medidas que resolvam tal situa-
ção. Acompanhe no quadro abaixo a diferença entre a constipação de origem
funcional e orgânica:
Condutas de Enfermagem
ü
Durante o atendimento de Enfermagem, devemos estar atentos para
alguns pontos como:
• Tempo de evolução;
• Atendimentos anteriores com a mesma queixa;
• Hábitos alimentares;
• Hábito intestinal;
• Dor;
• Distensão abdominal;
• Flatulência (LONDRINA, 2006).
Devemos orientar quanto ao aumento de ingesta hídrica e correção
alimentar, como orientações de alimentos ricos em fibras.
Constipação intestinal
Consulta do enfermeiro
Cuidados de Enfermagem
Consulta médica
Retorno em 5 dias
Sim
Alta
Fonte: Adaptado de: BEZERRA, Ana Lúcia Queiroz et al. Protocolo de enfermagem em atenção à
saúde de Goiás. Goiânia, GO: COREN, 2010. Disponível em: < http://goo.gl/whSvTL>.
Vômitos
ü
As regurgitações e vômitos são queixas frequentes no atendimento da
Atenção Básica e podem ter diversas causas. Acompanhe as principais carac-
terísticas do vômito em crianças:
IMPORTANTE!
Na maioria dos casos, somente a hidratação oral é suficiente, conforme
preconizado nos planos A e B de prevenção de desidratação. Deve-se também
recomendar dieta fracionada, de preferência líquida, em menor quantidade
e mais frequente. Alguns medicamentos pró-cinéticos e antieméticos podem
ser utilizados em casos específicos. Porém, deve-se evitar o uso indiscrimina-
do dessas medicações, sem uma avaliação clínica prévia, principalmente em
crianças. Nos casos de vômitos incoercíveis ou sinais de desidratação ou se
detectados sinais de enfermidades mais severas, como as de hipertensão do
SNC, distúrbios eletrolíticos persistentes ou outras condições clínicas graves,
os usuários devem ser encaminhados ao serviço de urgência.
Condutas de Enfermagem
ü
Durante o atendimento de Enfermagem, devemos investigar tempo
de evolução, número de vezes, característica do vômito, intoxicação alimentar
e hábitos alimentares.
O enfermeiro deve orientar quanto aos sinais de alerta, ingesta hí-
drica gelada fracionada, dieta fracionada e alimentos não gordurosos até a
consulta no dia, ou retorno em 24 horas para reavaliação de Enfermagem
(LONDRINA, 2006).
O fluxograma abaixo mostra como deve acontecer o atendimento às
crianças que apresentam vômitos:
Vômitos
Vomita tudo
o que ingere?
Não Sim
Tem tosse ou
diarreia ou chiado Consulta médica
no peito ou febre?
Não Sim
Fonte: Adaptado de: CAPOZZOLO, Angela Aparecida et al. (Org.). 1º Caderno de apoio ao acolhi-
mento: orientações, rotinas e fluxos sob a ótica do risco/vulnerabilidade. São Paulo: Secre-
taria Municipal da Saúde, 2004. 167 p. Disponível em: < http://goo.gl/ggUK6H>.
Enteroparasitoses em crianças
ü
As infecções parasitárias estão relacionadas às questões de higiene
ambiental e do indivíduo e envolvem fatores socioeconômicos e educacionais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE, 2009;
MERCK, 2009; ARAUJO FILHO et al., 2011).
Os parasitas mais prevalentes nas crianças pré-escolares e escolares,
em nosso meio são:
• Protozoários
»»Giardia lamblia
»»Entamoeba histolytica
Manifestações clínicas
ü
• Forma assintomática
• Forma sintomática: com sintomas gastrointestinais inespecíficos
(dor abdominal, vômitos e diarreia), frequentemente associados à perda
de peso.
Diagnóstico
ü
• O parasitológico de fezes, conhecido como “EPS”, é o exame labora-
torial que ajuda a diagnosticar as principais verminoses na Atenção Básica, per-
mitindo a detecção de ovos, quistos ou trofozoítos. A coleta das fezes deve ser
feita se possível em três dias consecutivos, para aumentar sua sensibilidade.
Conheça algumas particularidades da clínica e do diagnóstico das prin-
cipais verminoses:
• Giardia lamblia
»» Clínica: possui um amplo espectro clínico incluindo ausência de sin-
tomas, diarreia aguda com ou sem vômitos e diarreia crônica. A diarreia crô-
nica associa-se frequentemente a sintomas de má absorção intestinal (fezes
fétidas, flatulência, distensão abdominal), anorexia, má progressão ponderal
ou perda de peso e anemia.
• Entamoeba histolytica
»»Clínica: a infecção pode variar de estado de portador assintomático
(até 90% dos casos) a doença invasiva grave. A forma aguda pode cursar com
diarreia sanguinolenta, associada à dor abdominal, tenesmo e desidratação.
Nesta fase podem surgir complicações graves incluindo megacólon tóxico,
colite necrosante fulminante e perfuração intestinal. As formas crônicas ma-
nifestam-se por queixas intermitentes de dor abdominal e diarreia não sangui-
nolenta, associadas à perda de peso. Pode ainda ocorrer ameboma ou abcesso
hepático.
»»Diagnóstico: os seus ovos podem ser encontrados nas fezes.
• Enterobius vermicularis
»»Clínica: predomina o prurido anal noturno, por vezes com agitação
importante. São causas frequentes de vulvovaginite. A eventual relação causal
com alguns sintomas como bruxismo, enurese noturna e perda de peso nunca
foi confirmada.
»»Diagnóstico: os oxiúros podem ser detectados ocasionalmente nas
fezes, mas raramente os seus ovos (5% dos casos), não sendo, portanto, reco-
mendado o exame parasitológico de fezes para o diagnóstico desta infecção. A
forma mais simples de fazer o diagnóstico é identificar os ovos mediante a co-
locação de uma fita-cola sobre o ânus durante a noite (altura em que as fêmeas
saem para pôr os ovos), que será retirada de manhã e colada numa lâmina de
vidro para ser visualizada ao microscópio. Outra possibilidade é utilizar a técni-
ca de Graham que consiste no toque das margens anais com a parte aderente
• Ascaris lumbricoides
»»Clínica: pode cursar com queixas inespecíficas de dor ou desconfor-
to abdominal e sintomas de má absorção quando a infecção é prolongada. Na
fase de migração larvar pode haver envolvimento pulmonar, sob a forma de
pneumonite transitória aguda, com febre e eosinofilia (síndrome de Löffler),
que pode ocorrer semanas antes da sintomatologia gastrointestinal. A obstru-
ção intestinal alta é a complicação mais frequente em parasitações volumosas.
A migração dos vermes adultos através da parede intestinal pode provocar co-
lecistite, colangite, pancreatite de causa obstrutiva e peritonite.
»»Diagnóstico: normalmente basta apenas uma amostra de fezes
para detectar os ovos. A clínica pulmonar é provocada por larvas, pelo
que não se encontram ovos nas fezes durante essa fase, mas sim cerca de
quatro semanas depois. O exame de sangue tem pouca utilidade para o
diagnóstico. Pode ser detectada eosinofilia (> 500 eosinófilos/mm3) ou hi-
pereosinofilia (> 1500 eosinófilos/mm3) quando se trata de helmintas com
envolvimento extraintestinal.
• Trichuris trichiura
»»Clínica: os indivíduos afetados podem manter-se assintomáticos,
desenvolver um quadro disentérico (dor abdominal, tenesmo, diarreia mu-
cosanguinolenta) ou colite crônica, frequentemente com tenesmo e prolapso
retal. Pode manifestar-se por anemia.
»»Diagnóstico: os seus ovos podem ser encontrados nas fezes.
• Tênias
»»Clínica: a infecção é frequentemente assintomática, mas pode cur-
sar com sintomas gastrointestinais ligeiros incluindo náuseas, diarreia e dor
abdominal. A passagem das proglótides através do ânus pode originar des-
conforto e sensação de tenesmo.
»»Diagnóstico: a visualização das proglótides é patognomônico.
• Strongyloides stercoralis
»»Clínica: a infecção ocorre por penetração da larva através da pele,
atingindo posteriormente os pulmões. As queixas intestinais assemelham-se
à síndrome do cólon irritável, alternando períodos de diarreia com períodos
de obstipação, associados à dor abdominal intermitente. A infecção intestinal
crônica cursa com diarreia crônica, associada a sintomas de má absorção.
»»Diagnóstico: as larvas poderão ser procuradas nas fezes (cultu-
ra de larvas durante 1 - 7 dias), no conteúdo duodenal e na expectoração.
Pode ser detectada eosinofilia (> 500 eosinófilos/mm3) ou hipereosinofilia
(> 1500 eosinófilos/mm3) quando se trata de helmintas com envolvimento
extraintestinal.
Tratamento
ü
O tratamento das verminoses pode ser organizado em duas partes:
• Medidas orientadoras e preventivas: deve-se levar em consideração
a viabilidade das orientações, analisando o contexto social em que a criança
está inserida.
• Tratamento medicamentoso: as opções terapêuticas são variadas na
maior parte das patologias. Os derivados benzimidazóis (mebendazol, alben-
dazol) são o grupo de fármacos mais amplamente utilizados, devido à sua ele-
vada eficácia e comodidade de administração. Veja os esquemas terapêuticos
utilizados para as principais verminoses:
Condutas de Enfermagem
ü
• O enfermeiro deve realizar uma anamnese cuidadosa, pesquisando
os sintomas sugestivos;
• Perguntar sobre realização de exame parasitológico de fezes (EPF)
(época, resultado e tratamento);
• Fazer exame físico geral, avaliando especialmente o estado nutricio-
nal, incluindo sinais de anemia (palidez) e o abdômen;
• Se houver suspeita de obstrução ou semiobstrução intestinal por ás-
caris (dor abdominal, que pode ser discreta, náuseas e vômitos, às vezes com
eliminação de verme, distensão abdominal variável, palpação de bolo de ásca-
ris etc.), encaminhar imediatamente a criança ao serviço de urgência;
Senão, passar à etapa seguinte:
• Se houver relato de eliminação de vermes, pode-se tratar a criança
após identificação do parasita, sem pedir EPF, que será solicitado para contro-
le de cura (ALVES et al., 2004).
Abaixo, podemos verificar o fluxograma das etapas para o atendimen-
to de crianças com enteroparasitoses, juntamente com os cuidados de Enfer-
magem:
Prescrever preferencialmente
Relato de eliminação de vermes albendazol dose única. Na falta deste
e/ou prurido anal utilizar mebendazol
Melhora do quadro?
Não Sim
Consulta médica/
Alta
solicitar parasitológico
Fonte: Adaptado de: RIO DE JANEIRO (RJ). Conselho Regional de Enfermagem. Protocolos de
Enfermagem na Atenção Primária à Saúde. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde
e Defesa Civil, 2012. 119 p. Disponível em: < http://goo.gl/eY2vH8>.
Condutas de Enfermagem
ü
• Orientar para evitar o uso de chupeta ou mamadeira;
• Orientar a higiene com água e sabão e fervura dos bicos das mama-
deiras, chupetas e objetos de mordedura;
• Evitar beijo próximo aos lábios;
• Orientar a prescrição médica/enfermagem habitual: higiene oral
com água bicarbonatada: uma colher (chá) de bicarbonato de só-
dio em um copo de água fervida (75 ml) e fria, quatro vezes ao dia.
Consulta de Enfermagem
Melhora do quadro?
Não Sim
Fonte: Adaptado de: RIO DE JANEIRO (RJ). Conselho Regional de Enfermagem. Protocolos de
Enfermagem na Atenção Primária à Saúde. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde
e Defesa Civil, 2012. 119 p. Disponível em: <http://goo.gl/PXj5vY>.
Miliária
ü
A miliária é clinicamente caracterizada por vesículas de suor conse-
quentes à obstrução dos ductos écrinos, o que impede a excreção normal. É
comum principalmente nas primeiras semanas de vida e está associado à pre-
maturidade, a certos produtos (como cremes) e ao uso em excesso de roupas.
ATENÇÃO!
O item mais importante quanto ao manejo desta entidade é a preven-
ção, que deve ser orientada pelo profissional da Atenção Básica: evitar exces-
so de roupas ou roupas sintéticas, bem como produtos que possam levar à
obstrução. A conduta na miliária é expectante, pois se trata de uma situação
benigna que desaparece com as instruções já citadas na prevenção.
Condutas de Enfermagem
ü
Abaixo podemos visualizar o fluxograma que sistematiza e reúne os
cuidados de Enfermagem para crianças que apresentam sinais de miliária:
Retorno em 7 dias
Melhora do quadro?
Sim Não
Alta
Fonte: Adaptado de: RIO DE JANEIRO (RJ). Conselho Regional de Enfermagem. Protocolos de
Enfermagem na Atenção Primária à Saúde. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde
e Defesa Civil, 2012. 119 p. Disponível em: <http://goo.gl/vOTSfR>.
• Dermatites
A dermatite é um processo inflamatório da pele e pode ter diversas
etiologias. Nesse tópico, estudaremos as formas mais prevalentes na faixa etá-
ria aqui estudada: a dermatite seborreica e a dermatite de contato.
Condutas de Enfermagem
ü
Orientar a mãe/cuidador a passar no couro cabeludo óleo vegetal, dei-
xar por uma hora e retirar com escova ou pente fino delicadamente, uma vez
ao dia;
Orientar que a cabeça seja lavada com sabonete neutro;
Orientar em relação ao tratamento tópico quando utilizado (RIBEIRÃO
PRETO, 2010).
Dermatite seborreica
Avaliação de Enfermagem
Sim
Alta
Fonte: Adaptado de: RIBEIRÃO PRETO (SP). Prefeitura Municipal. Secretaria da Saúde. Programa
de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente: protocolo de enfermagem.
São Paulo, 2010. 45 p. Disponível em: < http://goo.gl/gpQ2ow>.
Dermatite de contato
ü
A dermatite de fraldas pode se manifestar de diferentes formas, mas
tem como característica comum lesões avermelhadas e com aspecto úmido,
podendo evoluir para maceração e exsudação, formando pápulas, vesículas
ou bolhas.
Sim Não
Fazer diagnóstico
diferencial entre:
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Atenção à
saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. 2. ed. Brasília, DF: Ministério
da Saúde, 2012c. 4 v. Disponível em: < http://goo.gl/1cVeFZ>.
Consulta de Enfermagem
Retorno em 5 dias
Melhora do quadro?
Sim Não
Consulta
Alta
médica
Fonte: Adaptado de: RIO DE JANEIRO (RJ). Conselho Regional de Enfermagem. Protocolos de
Enfermagem na Atenção Primária à Saúde. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde
e Defesa Civil, 2012. 119 p. Disponível em: <http://goo.gl/h88Ctx>.
Condutas de Enfermagem
ü
Quando não há suspeita de infecção sistêmica, a conduta consiste em
medidas gerais, com limpeza e remoção das crostas, e o tratamento farmaco-
Impetigo
Avaliação de Enfermagem
Apresenta lesões em
Não grande quantidade ou em até duas Sim
regiões anatômicas?
Cuidados de Enfermagem
Consulta médica
Retorno em 2 dias
Sim
Alta
Fonte: Adaptado de: RIBEIRÃO PRETO (SP). Prefeitura Municipal. Secretaria da Saúde. Programa
de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente: protocolo de enfermagem.
São Paulo, 2010. 45 p. Disponível em: < http://goo.gl/xaQLEX>.
• Escabiose
• A escabiose é uma das dermatozoonoses mais frequente-
mente encontradas nos atendimentos de Atenção Básica e é
causada pelo agente etiológico Sarcoptes scabiei, o “ácaro da
sarna humana”.
Condutas de Enfermagem
ü
No fluxograma abaixo, destacam-se os cuidados de Enfermagem dian-
te da escabiose:
Consulta de Enfermagem
Opção:
Orientar sobre transmissibilidade, Tratamento fitoterápico:
prevenção, higiene pessoal e identificar Loção antiparasitária com
contatos. arruda, boldo e
melão-de-são-caetano.
e quando retornar imediatamente* Disponível em frascos de
200 ml.
Loção de permetrina a 1%: pode ser usada
a partir de 2 meses; aplicação à noite (lavar Atenção:
após 8 -12 h) ou duas aplicações com A arruda é rica em
intervalo de três dias ou uma semana furanocumarinas
ou (bergapteno), substância
Loção de benzoato de benzila a 25%, que pode gerar
diluída em dois ou três volumes de água, fotodermatite de contato,
uma aplicação diária (dois a três dias) ou assim deve ser evitado o
duas aplicações com intervalo de sete uso do produto e posterior
dias.* exposição ao sol.
Melhora do quadro?
Sim Não
*Retornar imediatamente
• Piora do estado geral;
• Aparecimento de novas lesões com exsudato
purulento e ou eczematização;
Alta • Suspeita de reação adversa ao medicamento.
Fonte: Adaptado de: RIO DE JANEIRO (RJ). Conselho Regional de Enfermagem. Protocolos de
Enfermagem na Atenção Primária à Saúde. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde
e Defesa Civil, 2012. 119 p. Disponível em: <http://goo.gl/JGKWXG>.
Furúnculo
ü
Confira mais informações sobre essa infecção que atinge o folículo pi-
loso e a glândula sebácea.
OBSERVAÇÃO!
A furunculose refere-se à presença de vários furúnculos em diversas
áreas do corpo enquanto o antraz consiste na presença de vários furúnculos
na mesma localização.
Condutas de Enfermagem
ü
• Realizar a prescrição médica;
• Informar que as vestes e objetos de uso pessoal devem ser
mantidos separados e limpos, se possível com trocas de roupas
diárias;
• As mãos e a face do paciente devem ser rigorosamente limpas,
devendo-se usar sabões desinfetantes;
• É conveniente manter secas as regiões do corpo habitualmente
úmidas;
• Devem ser evitados uso de roupas apertadas e contato da pele
com óleos de maneira geral;
• Orientar para evitar a drenagem e expressão excessiva da lesão
sem orientação médica (BRASIL, 2002).
IMPORTANTE!!
O tratamento descrito acima é muito eficaz e um dos menos agressi-
vos disponíveis. Além disso, pode ser realizado pelos próprios pais (ou familia-
res) do paciente (que na grande maioria das vezes é criança).
Condutas de Enfermagem
ü
• Aplicar o hidróxido de potássio nas lesões;
• Informar que pode haver sensação de queimação logo após
a aplicação do medicamento, que dura aproximadamente
um a dois minutos, e normalmente é leve e bem tolerada.
Em raros casos ocorre irritação intensa, devendo o trata-
mento ser suspenso;
Pediculoses
ü
• As pediculoses compreendem três diferentes entidades: os
piolhos da cabeça (Pediculus capitis), os do corpo (Pediculus
humanus) e os púbicos (Phthirus pubis);
• A transmissão ocorre por contato direto interpessoal, sendo
as creches e escolas locais de grande disseminação. Os piolhos
púbicos, na criança, são geralmente transmitidos pelo contato
com os pais infectados;
• Tratamento: a confirmação é necessária para que se inicie o tra-
tamento e consiste em encontrar o piolho vivo. O tratamento
se baseia na aplicação por dez minutos de soluções de perme-
trina a 1%, deltametrina ou benzoato de benzila;
• Orientações: recomenda-se uma segunda aplicação, sete a dez
dias depois da primeira. Também se orienta aos pais sobre o
uso de solução de água e vinagre na proporção 1:1, para retirada
de lêndeas (ovos) mortas.
Cuidados de Enfermagem
ü
• Orientar quanto aos hábitos adequados de higiene;
• Lavar os cabelos pela manhã, secar bem com uma toalha, apli-
car uma solução de vinagre morno diluído em partes iguais de
Consulta de Enfermagem
Retorno em 5 dias
Melhora do quadro?
Sim Não
Fonte: Adaptado de: RIO DE JANEIRO (RJ). Conselho Regional de Enfermagem. Protocolos de
Enfermagem na Atenção Primária à Saúde. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde
e Defesa Civil, 2012. 119 p. Disponível em: < http://goo.gl/21jSpW>.
Condutas de Enfermagem
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• Realizar a prescrição;
• Informar que as manchas demoram algumas semanas para de-
saparecer; alertar o paciente para esse fato. Não confundir com
falha terapêutica;
• As recidivas são frequentes. Caso ocorram mais que duas vezes
por ano, tentar sulfeto de selênio xampu ou cetoconazol xampu
(genérico) uma ou duas vezes por semana para prevenção da re-
corrência, por tempo indefinido (CAMPINAS, 2008).
Condutas de Enfermagem
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• Iniciar o tratamento recomendado;
• Orientar a família como utilizar os cremes recomendados;
• Informar que a recidiva é frequente com o tratamento tópi-
co. Deve-se, então, tentar o tratamento sistêmico e deve-se
enfatizar a necessidade de manter o local sempre seco (CAM-
PINAS, 2008).
Urticária
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• Lesões eritemato-papulosas, pruriginosas, isoladas ou coa-
lescentes, fugazes, geralmente circulares, de tamanhos varia-
dos, localizadas em qualquer região da pele e das mucosas e
resolução espontânea sem sequelas, não fixas em um período
de 24 horas;
Medicamento Dose
Maleato de dexclorfeniramina Dose: 2 a 6 anos: 1,25 ml a 2,5 ml VO, 3x dia.
0,4 mg/ml 6 a 12 anos: 2,5 ml VO, 3x dia.
solução oral ou xarope.
Loratadina > 12 anos: 10 mg, 1x/dia
Solução 1 mg/ml 2 a 11 anos: > 30 kg: 10 mg, 1 x/dia < 30 kg: 5 mg, 1 x/dia
Comprimido 10 mg
Condutas de Enfermagem
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• Realizar o tratamento medicamentoso;
• Afastar fatores desencadeantes, por meio de dietas de exclusão
(BRASIL, 2002).
Sarampo
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• Causada por vírus da família Paramyxoviridae, o contágio ocorre
por via respiratória, por meio de secreções nas ofaríngeas de in-
divíduo infectado. No Brasil, encontra-se em fase de erradicação
(BRASIL, 2013b);
• Tem período de incubação de uma a duas semanas;
• Os pródromos característicos são: febre alta, coriza, tosse e con-
juntivite (fase catarral) e ocorrem por três a cinco dias. Anorexia
Condutas de Enfermagem
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Realizar o tratamento com antitérmicos, hidratação oral, terapia nutri-
cional com incentivo ao aleitamento materno e higiene adequada dos olhos,
da pele e das vias aéreas superiores. Além disso, deve ser realizada a notifica-
ção, quando necessário.
Orientar que o paciente deve ter repouso, ingerir alimentos leves e
limpar os olhos com água morna (BRASIL, 2002).
Todos os países das Américas estão desenvolvendo ações no sentido
de erradicar estas viroses. Dentre as principais atividades, destaca-se a vacina-
ção, configurando-se como a principal medida de controle do sarampo. Obser-
ve o esquema básico para a vacina:
A primeira dose da tríplice viral (SCR - sarampo, caxumba e rubéola)
deve ser administrada aos 12 meses de idade e a segunda dose aos 4 anos.
Em situação de circulação viral, antecipe a administração de vacina para os 6
meses de idade; porém devem ser mantidos o esquema vacinal de duas doses
e a idade preconizada no calendário. Considere o intervalo mínimo de 30 dias
entre as doses (BRASIL, 2012a);
Rubéola
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• É causada por vírus da família Togaviridae, transmitida pelo con-
tato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas, ou por
meio da placenta de mães infectadas, podendo levar à síndrome
da rubéola congênita. Tem período de incubação de duas a três
semanas (BRASIL, 2013b).
• Antes do início do exantema, sintomas leves como cefaleia, febre
baixa e mal-estar podem ser observados. Evolui com linfadeno-
Condutas de Enfermagem
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O enfermeiro deve informar que o tratamento da rubéola se restringe
a amenizar o desconforto provocado pelos sintomas, enquanto o organismo
se defende da doença e recupera-se, uma vez que não há tratamento antiviral
específico. Relativamente aos medicamentos administrados, os analgésicos
são indicados para diminuir as dores articulares ou musculares e fármacos an-
titérmicos são recomendados para tratar a febre.
A vacina para essa doença é a tríplice viral, cujo esquema foi descrito
nas condutas de Enfermagem para o sarampo (BRASIL, 2013b).
Condutas de Enfermagem
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Iniciar o tratamento descrito acima, dando as seguintes orientações:
• Afastar da escola, creche, por um período de dez dias, contados
a partir da data do aparecimento do exantema;
Condutas de Enfermagem
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Mantenha sob controle a temperatura da criança. Siga rigorosamente
a orientação médica para administrar os medicamentos antitérmicos. Banhos
mornos, quase frios, também são um recurso importante para baixar a febre
que teima em subir.
Escarlatina
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• É causada pelas toxinas do Streptococcus beta-hemolítico do
grupo A. Tem período de incubação de dois a cinco dias e a trans-
missão pode ocorrer desde o início dos primeiros sintomas até 24
a 48 horas da introdução da antibioticoterapia (BRASIL, 2013b);
• Evolui com febre alta, mal-estar, adenomegalia cervical e sub-
Enteroviroses
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• Agente etiológico:
• Vírus RNA incluindo 23 grupos de coxsackievírus A (tipos A1 -
A24, exceto A23); seis grupos de coxsackie B (tipos B1 - B6); 28
echovírus (tipos 1 - 33, exceto tipos 8, 10, 22, 23 e 28) e cinco
enterovírus (tipos 68, 71 e 73) (GONÇALVES, 2010);
• Epidemiologia:
ATENÇÃO!
É importante saber quando pensar em icterícia não fisiológica:
• Início nas primeiras 24 horas de vida;
• Velocidade de acumulação de bilirrubina exagerada (> 5 mg/
dL/dia);
• Nível elevado de bilirrubina no RN a termo > 12 mg/dL e no pre-
maturo: > 14 – 15 mg/dL;
• Quando na presença de outras alterações clínicas: palidez, visce-
romegalia, petéquias;
• Icterícia persistente (por mais de uma semana);
• Presença de sinais clínicos de colestase: acolia fecal, colúria, au-
mento da bilirrubina direta > 2 mg/dL.
*Utilizar fototerapia dupla quando houver aumentos significativos dos níveis de bilirrubina com
risco aumentado de exsanguineotransfusão.
Fonte: Adaptado de: ALVES, Claudia Regina Lindgren et al. Atenção à saúde da criança. Belo
Horizonte: SAS, DNAS, 2004. 224 p. Disponível em: < http://goo.gl/305IDI>.
MERCK. Manual MERCK: infecções por parasitas. Portugal, 2009. cap. 184.
Disponível em: <http://www.manualmerck.net/?id=210&cn=1734. Acesso em:
15 jul. 2014.