Isaquiel Agostinho
Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Isaquiel Agostinho
Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 3
Conclusão ......................................................................................................................... 9
1. Introdução
Desde os tempos mais primórdios, o ser humano busca a interacção com o meio
ambiente que o cerca a fim de interagir e promover suas necessidades para
sobrevivência, bem-estar e cura dos seus males, com a utilização de plantas com
recursos da fitoterápia1. Com o passar do tempo as propriedades curativas dos vegetais
foram sendo cada vez mais descobertas e utilizadas. Um saber cultural e valioso passado
de geração para geração (CARRERAS & GONZALES, 2011).
A OMS2 define plantas medicinas como sendo todo e qualquer vegetal que possui, em
um ou mais órgãos, substancias que podem ser utilizadas em fins terapêuticos ou que
sejam precursores de fármacos semi – sintéticos (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2003).
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivos geral:
Compreender as plantas medicinais e indústrias farmacêuticas.
1.2.2. Objectivos específicos:
Identificar uma planta medicinal;
Descrever as características de plantas medicinais e indústria farmacêutica;
Conhecer os princípios activos nas plantas medicinais.
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Etimologicamente, a palavra Fitoterápia vem do grego phytos, que significa plantas, terapia, tratamento
e cuidado. Consequentemente, Fitoterápia é definida como o tratamento de doenças pelo uso de plantas
como matéria-prima (CARRERAS & GONZALES, 2011, p. 231).
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OMS: Organização Mundial da Saúde.
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É preciso ressaltar aqui uma distinção conceitual que considera o uso de plantas
medicinais de forma industrializada sendo conhecido como um método Fitoterápico: um
método terapêutico por meio das plantas e vem sendo usada no tratamento e prevenção
de várias alterações de saúde, como gastrite, ansiedade, distúrbios do sono, processos
inflamatórios dentre outros. Pode ser entendida como o estudo de plantas medicinais e
suas aplicações nos tratamentos, prevenção, alívio ou na cura de doenças.
A Fitoterápia requer, no entanto, seriedade em seu uso e indicação, pois apesar de ser
um método terapêutico natural também apresenta contra-indicações, efeitos colaterais,
dosagens ideais e formas de uso.
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ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
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Sua acção, concomitante com outros medicamentos pode, inclusive, interferir na acção
destes, diminuindo sua eficácia, e até gerando efeitos indesejáveis. Por isso é necessária
uma atenção especial na sua utilização.
2.1.1.1 Alecrim
Nome científico: Rosmarinus officinalis alcalóides.
Nomes populares: alecrim de cheiro,
alecrineiro, alecrinzeiro, erva da alegria
e rosmaninho.
Parte utilizada: folhas.
Constituintes principais ou princípios
activos: óleos voláteis (pineno, cineol,
eucaliptol, acetato de bornila, cânfora),
diterpenos, ácidos orgânicos, saponinas,
Fig. 1: Alecrim; Fonte: MACIEL et all,
2002, p. 439.
Indicações:
Uso interno: Anti-inflamatório e distúrbios digestivos. Actua no tratamento de
fadiga, dores de cabeça, enxaquecas, má circulação, problemas de concentração e
memória, distúrbios respiratórios, gripe, febre, contusões, artrite, artrose, cistite,
menstruação irregular, cólica menstrual, tensão pré-menstrual (TPM).
Uso externo: Anti-inflamatório e possui acção cicatrizante.
Cuidados: Em doses elevadas pode causar irritação gastrointestinal; Evitar o consumo à
noite, pois pode prejudicar o sono; É contra-indicado em caso de gravidez, histórico de
convulsões, gastroenterite.
2.1.1.2. Babosa
Nome científico: Aloé vera
Nome popular: Aloé, aloé gel, babosa medicinal, caraguatá.
Parte utilizada: Mucilagem das folhas.
Constituintes principais ou princípios activos: Mucilagem (polissacarídeos),
antraquinonas (barbaloína e aloína), saponinas esteroidais, ácidos orgânicos,
flavonóides, ácido salicílico, vitaminas e minerais.
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Indicações:
Uso externo: Cicatrizante, anti-inflamatório, analgésico, emoliente e antisséptico.
Para lesões de pele secundárias a queimaduras térmicas ou químicas (primeiro e
segundo graus) e físicas (radioterapia), dermatites (periostomia e outras), eczemas,
psoríase, queda de cabelo por seborreia, acne vulgar, celulite e erisipela.
Cuidados: Usar com cautela quando concomitante com antibióticos.
2.1.1.3. Goiabeira
Nome científico: Psidium guajava polifenóis, taninos, saponinas, pectinas.
Nomes populares: goiabeira, guajava,
guayaba, guava.
Partes utilizadas: folhas, cascas, frutos.
Constituintes principais ou princípios
activos: Folhas: taninos, óleos voláteis
(cariofileno, nerolidiol), flavonóides,
ácidos (ursólico, catecólico, elágico) e
triterpenóides; Casca: taninos; Frutos:
ácidos orgânicos (ácido ascórbico),
Indicações:
Uso interno: Folhas, cascas e frutos verdes possuem acção antidiarreica e
antioxidante; frutos maduros possuem acção espasmolítica (diminuem cólicas
intestinais) e digestória.
Uso externo: Folhas, cascas e frutos verdes possuem actividade antimicrobiano e
anti – inflamatório para feridas e gargarejos.
Cuidados: O uso interno é contra-indicado para grávidas, lactantes, crianças de 3 anos e
não deve ser utilizado por mais de 30 dias ou em caso de diarreia infecciosa. O uso
externo não deve ser utilizado por grávidas e lactantes com lesões extensas e graves.
Os chás devem ser feitos e consumidos no mesmo dia. Não devem ser guardados de
um dia para o outro; Não substituir medicamentos prescritos por plantas medicinais
ou fitoterápicos sem recomendação médica.
Nunca utilize misturas de plantas sem orientação de um profissional de saúde que
tenha conhecimento de plantas medicinais; Em caso de piora de sintomas ou efeitos
colaterais, procure pelo serviço de saúde mais próximo.
Não utilize plantas cultivadas em locais inadequados, como próximo a fossas,
depósitos de lixo ou regadas com água poluída; As plantas devem ser limpas, livres
de insectos e secas à sombra e em local ventilado.
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Oligopólio é a situação de mercado em que a oferta é controlada por um pequeno número de
vendedores, e em que a competição tem por base, não as variações de preços, mas a propaganda e as
diferenças de qualidade (FERREIRA, 2004, p. 432).
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Conclusão
Em jeito de desfecho do presente trabalho é bom lembrar que as plantas medicinais em
pequenas áreas podem ser cultivadas em canteiros ou em recipientes como vasos,
garrafas PET, caixotes, entre outros.
Referência bibliográfica
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução de Directoria
Colegiada (RDC) n°: 48, de 16 de Março de 2004. Dispõe sobre o registo de
medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 mar 2004.
Seção1. [acesso em 04/05/ 2020; as 07h:31min]. Disponível em
http://www.saude.rj.gov.br/Docs/Proplam/RDC48.pdf
MATOS, F. J. A., Plantas Medicinais: Guia de Selecção e Emprego das Plantas usadas
em Fitoterápia no Nordeste do Brasil, 3a ed., Fortaleza: Imprensa Universitária/UFC,
2007, p. 394
TESKE, M., & TRENTINI, A. M., Compêndio de Fitoterápia, 4a ed., Curitiba, Brasil:
Herbarium, 2001.