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Universos Paralelos

Imagine que você pudesse encontrar uma explicação para tudo no universo, desde os eventos
mais insignificantes até os mais gigantescos possíveis. Este é o sonho que tem cativado os mais
brilhantes cientistas. Desde Einstein, agora eles acreditam que talvez a tenham encontrado e
tem uma extraordinária conclusão. O universo em que vivemos não é o único.

Por mais de cem anos a ciência tem sido perseguida por um segredo obscuro, que talvez
existam mistérios escondidos além dos sentidos humanos. Os místicos a muito tempo
proclamam a existência de tais lugares e eles estão cheios de fantasmas e espíritos. A ultima
coisa que a ciência queria era ser associada com a superstição. Mas desde a década de 1920,
os físicos tem tentado dar sentido a uma desconfortável descoberta. Quando tentaram
demarcar a exata localização de partículas atômicas como o elétron, descobriram ser
totalmente impossível. Eles não tem uma única localização. Quando se estudam as
propriedades dos átomos, descobre-se que a realidade é muito mais estranha. As partículas
realmente tem a possibilidade de, em alguma forma, estar em mais de um lugar ao mesmo
tempo. A única explicação que se pode tirar é que as partículas não existem apenas no nosso
universo, elas migram para existência em outros universos também. E existe um numero finito
desses universos paralelos, todos eles ligeiramente diferentes. Na verdade existe um universo
paralelo no qual Napoleão venceu a Batalha de Waterloo. Em outro, o Império Britanico
manteve o seu controle sobre suas colônias americanas. Em outro vice nem nasceu.

Essencialmente, todas as possibilidades podem acontecer nestes universos alternativos, isso


significa que sobreposto ao universo que conhecemos, está um universo alternativo, onde Al
Gore é o presidente e Elvis Presley ainda está vivo. Esta idéia era tão desconfortável que por
décadas os cientistas a repudiaram. Mas a teoria dos universos paralelos fariam um retorno
espetacular. E dessa vez seria diferente, muito mais estranho que a presença de Elvis Presley.

Existe um velho provérbio que diz: “cuidado com o que deseja porque pode se realizar”. O
mais ardoroso desejo dos físicos é poder encontrar uma única teoria elegante que pudesse
resumir tudo num só único universo. Foi este sonho que levaria involuntariamente a
descoberta dos universos paralelos. É um sonho que tem dominado o trabalho de quase todos
os físicos.

O ring de gelo é como as leis fundamentais da física. Acreditamos que no momento de sua
criação o universo era simétrico, puro, elegante, sem atrito, as leis de Newton são ignoradas,
simples, elegante, puro, nobre e elementar, exatamente como era no inicio dos tempos.

Quando tinha 8 anos, meu professor primário entrou na sala e anunciou que um grande
cientista acabara de morrer e um jornal divulgou um manuscrito interrompido de seu maior
trabalho. Eu quis saber o que havia naquele manuscrito . anos depois descobri que ele era uma
tentativa de Albert Einstein de criar a teoria absoluta, uma teoria do universo. Einstein nunca
terminou sua teoria absoluta, mas outros pensaram estar a beira desta descoberta. Isso era
apenas um desejo até recentemente.

Uma revolução aconteceu na década de 1980. Em universidades ao redor do mundo novas


ideias tomavam forma. Finalmente parecia que tudo no universo estava a ponto de ser
explicado. Na Inglaterra o famoso físico, Stephen Hawkins, estava tão confiante que declarou
que os físicos estavam prontos para ler a mente de Deus. Brevemente não restariam grandes
problemas científicos. Umas das ideias era mais revolucionária de todas , ela se parecia com a
teoria do absoluto e capturou a imaginação de cientistas. Tinham tudo haver com cordas. Ela
teve inicio quando os físicos declararam que a matéria é feita a partir de partículas. Mudamos
aquele ponto de vista hoje, agora pensamos que a matéria é feita de pequenas cordas. Por nos
acreditou-se que toda a matéria no universo era constituída por partículas minúsculas e
invisíveis. Agora os físicos descobriram que estavam estudando as partículas de modo errado.
As partículas eram na verdade cordas minúsculas e invisíveis. A teoria foi chamada de teoria
das cordas e ela manteve a matéria emanando destas minúsculas cordas como musica. Você
pode pensar nelas como as cordas de um violino ou violão. Se você puxa-la de um modo,
obtem-se uma certa freqüência, mas se puxa-la de outra forma, pode se obter mais freqüência
nestas cordas . na verdade você tem diferentes notas. A natureza é feita de todas essas
pequenas notas musicais que são tocadas nestas super cordas. De repente percebemos que o
universo é uma sinfonia e a leis da física sao harmonia de uma super corda.

A teoria das cordas foi tão provocativa e absurdamente estranha que começou a soar como
uma perfeita teoria do absoluto. Ela certamente nos varreu a todos como uma tempestade. É
uma teoria bela, elegante, simples. E se ela é tão elegante e simples porque não tentamos usá-
la como um principio básico e unificador para a natureza. Mas se a teoria das cordas viria a se
tornar a perdida teoria do absoluto de Einstein, ainda deveria passar por um teste. Ela deveria
explicar um evento em particular: o nascimento do universo.

As origens do universo sempre foi um assunto especial para os cosmologistas que estudaram o
gigantesco mundo das estrelas e galáxias. Eles também não sentiram que estavam na fronteira
de um grande triunfo, um completo entendimento de como o mundo começou. Eles sabem a
muito tempo que as coisas começaram com uma explosão gigante, o Big Bang. Mas agora os
cosmologistas refinaram a idéia. Eles tem trabalhado retrocedendo no tempo desde os dias
atuais até o momento mais próximo do big bang, e fazem isso com incrível precisão. Estamos
seguros ao extrapolar para o passado a partir de hoje até quando s primeiras estrelas e
galáxias se formaram e o universo tinha apenas uns milhões de anos. Como extrapolar a lei
quando os primeiros átomos foram formados , quando o universo tinha apenas alguns
milhares de anos , quando primeiro núcleo se formou e o universo tinha apenas alguns
segundos. Os físicos estão preparados para falar desde bizarros efeitos do universo, frações de
segundos e até bilionésimos de segundos, 10 a 30 segundos depois do instante do big bang,
absolutamente fantástico.

Se tudo no universo estava para ser explicado, então a teoria das cordas e o big bang deveriam
se fundir e se complementarem perfeitamente. Afinal de contas, se referiam ao nascimento do
universo e a toda a matéria presente nele. Foi certamente uma conclusão inevitável. Os físicos
pareciam estar a beira da glória, mas tudo deu terrivelmente errado. Tentaram de tudo mas
não conseguiram fazer as duas idéias se encaixarem e após 10 anos de esforços, algo ainda
pior aconteceu. Suas duas teorias preferidas começaram a se auto-destruir. O primeiro
problema pareceu com o big bang. Os cosmologistas assumiram que como trabalhavam com
regressão do tempo, eles consequentemente deveriam construir seu caminho de volta até o
big bang, não deveria haver nenhum intervalo inadequado, mas após anos de refinamento,
haviam lacunas que se recusavam a desaparecer.

Apesar de conhecida como teoria do big bang, na verdade ela diz absolutamente nada sobre o
big bang. Não nos diz o que escondiam, porque escondiam , o que causou a explosão , ela não
descreve nem nos permite prever quais as condições que existiam imediatamente após esta
explosão. O problema fundamental da cosmologia é que a leis da física como as conhecemos,
desaparecem no momento do big bang. Algumas pessoas dizem o que há de errado nisso, se
as leis da física implodirem. Para os físicos isto é um desastre. Dedicamos toda a nossa vida a
proposta de que o universo obedece a leis conhecidas, mas que podem ser descritas na
linguagem matemática, e aqui encontramos o numero do próprio universo , uma peça ausente
além das leis naturais.

O inicio do big bang era o único grande mistério de toda a cosmologia, foi chamado de
singularidade. Quando você extrapola a universal teoria da relatividade de Einstein, você
descobre o que chamamos de singularidade, uma singularidade cósmica, o que quer dizer que
as equações vão pelos ares.

Mas o problema com o big bang foi logo ofuscado. As cordas tinham problemas também.a
esperança era que a teoria das cordas iria evoluir de uma simples e definitiva explicação para o
universo. Mas a medida que se trabalhava nela, algo estarrecedor aconteceu. Os físicos
encontraram uma segunda versão e depois uma terceira. Logo haviam encontrado cinco
diferentes teoria das cordas. Isso não era simples e não soava definitiva. Cinco mesmo que não
seja um grande numero é muito. Para nós porque gostaríamos de ter uma teoria mais
exclusiva do que isso, e isso definitivamente foi um problema, uma grande crise, pois muito
tempo foi gasto estudando essas cinco teorias individualmente, mas na cabeça de todos
sempre nos perguntávamos porque existe cinco destas coisas. A teoria das cordas começou a
desabar. Parecia que o sonho da teoria do absoluto estava mais distante como nunca. Os
físicos passaram a dizer que a teoria das cordas era rude demais, um beco sem saída, que
infelizmente não era o caminho e não era a teoria do absoluto, era a teoria do nada.

Mas justamente quando os cientistas estavam para perder as esperanças, uma nova e
assustadora descoberta seria feita, isso iria inspirá-los a se questionar novamente e força-los a
confrontar a sua ideia menos popular: os universos paralelos. Quando a teoria das cordas
falhou e todos estavam confusos, alguns até pareciam saborear o fato. Se teoria das cordas
era realmente a tão chamada teoria do absoluto, cinco teorias pareciam embaraçadoras.
Michel Duff tem sido a estrela de uma ideia chamada super gravidade, essa teoria foi
substituída pela teoria das cordas e quase destruiu a carreira de Duff. Os físicos tendem a ser
dedicados por manias e modas e há os que ditam a direção que novas ideias devem crescer.
Foi um momento solitário de muitas formas . quando tentei atrair estudantes, muitos deles
graduados, diziam, veja bem você talvez esteja certo e talvez esteja errado, mas se eu for
trabalhar com super gravidade eu não vou encontrar um emprego. O que tornou a experiência
da super gravidade tão atormentada, era que sua teoria não era muito diferente da teoria das
cordas, na verdade o principal desacordo entre elas era um detalhe que para os de fora
poderiam parecer pecuinhas, era sobre o numero de dimensões do universo. Costumamos
pensar que vivemos num mundo tridimensional. Podemos nos mover em três direções,
esquerda ou direita, para cima ou para baixo, para frente e para traz, mas os físicos gostam de
acrescentar dimensões extras. Einstein sugeriu que o tempo deveria ser a quarta dimensão.
Então alguém sugeriu uma quinta dimensão espacial e depois uma sexta. Os números só
cresciam. As dimensões extras eram espaços no universo que jamais poderíamos perceber. A
maioria eram microscopicamente pequenas, mas os cientistas acreditavam que elas estavam
realmente ali. A teoria das cordas já afirma que existe totalizadas 10 dimensões.

Se você tem uma corda oscilando e ela precisa ter espaço suficiente para oscilar, e quando
alguém organiza isso e automaticamente você descobre uma resposta muito clara tem que
haver 10 dimensões espaciais, 9 dimensões espaciais e uma temporal. A teoria da super
gravidade entretanto estava convencida da existência das 11 dimensões. As equações da super
gravidade adquire a sua mais simples e elegante forma quando escrita nesse estudo de 11
dimensões. Havia uma guerra entre as 10 e 11 dimensões. No batalhão das 10 dimensões
estavam os teóricos das cordas trabalhando para descobrir todas as propriedades do universo
conhecido, a partir de um estudo das cordas vibrantes. Do outro lado, havia esse pequeno
bando trabalhando nas 11 dimensões.

Enquanto a teoria das cordas estava em ascenção, poucos levaram a sério as 11 dimensões,
mas os caras da super gravidade nunca perderam as esperanças. Eu sempre me senti
convencido que as 11 dimensões teriam o seu dia, não estava seguro de quando e como, mas
cedo ou tarde, as 11 dimensões seriam vistas como sendo o coração das coisas. Por ora, a bola
estava sob outros pés, a teoria das cordas estava com problemas, suas cinco diferentes
versões significavam que não era a teoria envolvente que os físicos procuravam. Tudo foi feito
para tentar salvar a teoria das cordas, ou melhor, quase tudo. Um surpreendente anuncio foi
feito, mesmo assim foi uma onda de choque que revolucionou toda a paisagem.

Num movimento final desesperado, os teóricos das cordas tentaram acrescentar uma coisa a
sua adorável ideia. Eles adicionaram a coisa que passaram uma década menosprezando, a
décima primeira dimensão. Agora algo mágico aconteceu com as cinco teorias das cordas
concorrentes. Descobriu-se que todas eram uma só. Essas cinco teorias das cordas se tornaram
simples manifestações diferentes de uma teoria mais fundamental. Precisamente esta teoria
que havíamos descartado na década de 1980, em 11 dimensões, olhando no topo de uma
montanha para baixo, você pode enxergar a teoria das cordas como sendo parte de uma
realidade muito maior, a realidade da 11 dimensão. Os dois campos estavam absolutamente
convencido que o outro estava errado , agora, repentinamente, perceberam que suas idéias se
complementavam perfeitamente com a adição de uma dimensão extra, a teoria das cordas fez
sentido novamente, mas ela se tornou um tipo de teoria muito diferente.

As minúsculas cordas, da teoria das cordas seriam supostamente um bloco de construção


fundamental de toda a matéria do universo, mas agora com o acréscimo da 11 dimensão elas
mudaram, se expandiram e se combinaram. A conclusão surpreendente foi que toda a matéria
do universo estava conectado numa vasta estrutura, uma membrana, na verdade todo o nosso
universo é uma membrana.

A busca para explicar tudo no universo poderia começar novamente e no seu centro haveria
essa nova teoria. Foi batizada de teoria da membrana ou teoria M, mas a ideia parecia
profunda e enigmática que alguns pensaram que M deveria representar outras coisas. Teoria
M, onde M significava magia, mistério ou membrana. Os físicos ficam com aquele olho
sonhador quando falam da teoria M, talvez signifique mãe, a mãe de todas as cordas, talvez
seja mágica, talvez seja majestade, a majestade de uma teoria compreensível do universo.

Com a teoria M pareceu ao menos existir uma teoria que talvez explicasse tudo no universo.
Mas antes que pudessem decidir se era verdadeira, os cientistas precisavam saber mais sobre
essa nova 11 dimensão. Rapidamente se tornou claro que era um lugar onde todas as regras
normais de bom senso tinham sido abandonadas. Para alguns a coisa era ao mesmo tempo
longa ao infinito mas com intervalos muito pequenos. A 11 dimensão mediria no máximo algo
em torno de um trilhionesimo de milímetro, isso é pegar um milímetro e dividi-lo por 10 com
20 zeros depois da virgula então é muito pequeno. Significa que ele existe somente em um
trilionésimo de um milímetro em cada ponto de nosso mundo tridimensional. Ela está mais
perto do seu corpo do que a sua roupa e mesmo assim não podemos senti-la. Nesse espaço
misterioso, nosso universo de membrana está flutuando. A principio ninguém pode imaginar
como isso funcionava. Então alguém sugeriu que ela flutuasse como uma minúscula lamina de
borracha, outros que ela talvez fosse como uma bolha que quebrasse á medida que planasse
aleatoriamente através do hiper espaço. Se tudo isso já não fosse bastante surreal, foi então
proposto que deveria haver outro universo de membrana pulsando do outro lado da 11
dimensão. A principio esta ideia não foi tomada muito a sério, mas finalmente seria
reexaminada por físicos que estavam prestes a questionar se nosso universo estava realmente
sozinho. Tudo começou com Lisa Rendal. As pessoas olham para uma escalada que é uma
atividade bastante física, mas você também percebe que se pode concentrar numa pequena
coisa por vez. Eu busco resolver problemas, gosto de jogos, gosto de descobrir soluções.
Rendal está fascinada aparentemente por um inexplicavel fenômeno, a fragilidade da
gravidade. Há varias forças que observamos na natureza. A maioria delas nós entendemos até
certo ponto, mas tem a gravidade que parece ser bastante diferente. As forças gravitacionais
são extremamente fracas em comparação com as outras forças. Você pode olhar ao redor e
dizer que a gravidade parece fraca, mas se você perceber o planeta inteiro está te puxando, no
entanto você pode levantar as coisas. A gravidade não parece frágil no dia a dia, ela é
responsável por manter nossos pés no chão e manter a Terra girando ao redor do Sol ou assim
por diante, mas na verdade a gravidade é incrivelmente fraca comparada com as outras forças.
Isso é fácil de verificar se você pegar um imã e segurá-lo sob um clipe de metal, todos sabemos
que o magneto vai levantar o clipe da mesa. Então isso demonstra quão dramaticamente débil
a gravidade é comparado até com a força de um pequeno imã. Daí existem muitas ideias para
explicar a fraqueza da gravidade se tivermos dimensões extras.

Quando a Teoria M emergiu, Rendal e seus colegas imaginaram que talvez ela fornecesse a
explicação, poderia a gravidade estar vazando de nosso universo para o espaço vazio da 11
dimensão. A gravidade talvez somente pareça ser fraca, muito embora seja fundamentalmente
tão forte quanto todo o resto, porque ela sobrepôs sua força sobre todas as dimensões extras
que não podemos ver. Rendal tentou calcular como a gravidade poderia vazar de nosso
universo de membrana para o espaço vazio, mas não conseguiu. Então ela ouviu falar da teoria
de que talvez exista outra membrana na 11 dimensão. Então ela teve uma idéia muito
estranha, e se a gravidade não estivesse escapando do nosso universo, mas convergindo para
ele, e se ela viesse daquele outro universo, daquela outra membrana ou película, a gravidade
seria tão forte quanto as outras forças, mas até nos atingir se enfraqueceria tornando-se um
fraco sinal. Quando então ela refez seus cálculos, tudo então se encaixou perfeitamente.

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