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BACHARELADO EM DIREITO
TERESINA – PI
2020
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TERESINA – PI
2020
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1. INTRODUÇÃO
Quando falamos em saúde pública, pouco se imagina o quão já foi conquistado
ao longo da história, o quanto foi importante a revolução sanitária em nosso país, com o
advento da constituição federal de 1988, foi recepcionado direitos e garantias
fundamentais que atualmente, possamos desfrutar, e tais preceitos, sofreu
desenvolvimento e hoje está diretamente ligado a outros ramos do direito, aqui
supracitada a administração pública.
É preocupante o quanto ao longo da história, a questão da saúde pública é
apresentada aos brasileiros de maneira menos valorada, um verdadeiro caos pela falta de
infraestrutura, falta de capacitações, falta de investimento e o grande número de
corrupção instaurado da base ao top da organização de saúde nacional.
Sobre todos esses contratempos, resiste o direito a saúde do cidadão, garantia
muito bem composta em nossa carta magna, referencio este projeto a plena utilização
deste direito, afim que sejam conhecedores que no estado do Piauí, vem ocorrendo um
desrespeito a um grave problema de saúde na vida de pessoas com insuficiência renal
pela não realização de transplantes no estado do Piauí.
Com base em tais considerações, este estudo parte do seguinte problema: Todos
estes elementos acima apresentados, configuram na responsabilidade civil do estado
pela omissão nos tratamentos de pacientes renais. Podemos compatibilizar o sistema
jurídico a eficiência do estado? Observa-se como hipótese que a inobservância aos
preceitos da administração pública, assim como aos direitos e garantias fundamentais
dos pacientes, configura-se como omissão, tal falta de respeito, incompetência,
negligência, falta de investimentos, entre outros, comprometendo a estrutura pública de
saúde no estado. Persevera o entendimento que a solução está no investimento e
condução dos projetos administrativos, e o total respeitos aos direitos dos pacientes,
envolvendo todos os profissionais disponíveis.
Nesse sentido, definiu-se como objetivo geral, analisar as implicações dos
direitos e garantias fundamentais mitigados na questão da saúde pública, abordando os
baixos índices de transplantes renais. Para alcançar este objetivo Central, traçamos
alguns objetivos específicos, que buscaram investigar os desrespeito e desobediências a
direito e garantias dos pacientes, demonstrar como ocorre a saúde renal no estado do
Piauí, identificar no ordenamento jurídico quais atos omissivos da administração
pública, deixam de assistir aos pacientes renais.
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pelas unidades de saúde do estado, para cumprir o seu dever constitucional para com o
cidadão, o que observamos, são os baixíssimos números de atendimentos aos
necessitados de transplantes, sofrendo diuturnamente com ações nada efetivas e tento
lesada suas qualidades de vida, ademais, tal ato omissivo certamente gera um dano
decorrente da negligência ante o dever de agir da Administração Pública do estado do
Piauí.
Desta feita, o Estado tem o dever muito bem colocado para garantir a todos o
acesso a saúde, tal atribuição, deve ser cumprida em sua plenitude, buscar esses direitos,
é uma questão de prezar para o bem estar de todos, a cada reivindicação popular,
estamos demonstrando a importância deste direito, lembrando o estado de suas
responsabilidades. Claramente, observamos que, o legislador incumbe ao Poder Público
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respaldada pela lei do sistema único de saúde, o estado foi eleito, como responsável para
promover, zelar, fiscalizar e garantir a saúde pública, contando ainda com o auxílio da
rede privada de saúde, ampliando mais ainda seu poder de ação, fato este que não
justifica a omissão no tratamento de transplantes de rins no estado do Piauí, como bem
vimos, o artigo exposto segundo da lei diz que “a saúde é um direito fundamental do ser
humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno
exercício”. De forma expressa, evidenciamos o status da saúde pública com sua devida
valoração, se colocando como algo que merece total respeito, e exige procedimentos
adequados para sua manutenção. Para fazer isso a lei 8080 estabelece normas, deveres e
obrigações para o Estado em suas várias esferas e para a iniciativa privada que deve
atuar de forma complementar ao serviço público, existe várias oportunidades para
oferecer um tratamento digno aos pacientes renais, por que não está sendo feito o que é
garantido em lei e ofertado ao estado do Piauí ? É importante compreender a
abrangência da lei, para perceber que existe sim uma omissão por parte do estado, essa
lei dispõe não apenas de regulamentação para a saúde corretiva como se poderia
imaginar, mas que norteia vários aspectos da saúde preventiva e chega também ao
aspecto social. Ela coaduna com a Constituição Federal de 1988 e determina que a
saúde é um direito fundamental do ser humano e estabelece a obrigatoriedade do estado
em fornecê-la.
A assistência aos paciente renais a que o projeto se propõe analisar, necessitam
de intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização
integrada das ações assistenciais e das atividades de modo a buscar o amparo necessário
ao restabelecimento da saúde destas pessoas, observe que cabe ao sistema de saúde
identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes de saúde, ou seja,
identificar quais são os problemas, quais são os desafios para a saúde e tornar isso algo
realizável. Em seguida a lei diz que é preciso formular políticas, ou seja, criar
condições, para que esses problemas sejam resolvidos, além de executar ações
condizentes com essas políticas, ações estas que não percebemos eficazes no estado do
Piauí com fulcro aos pacientes renais que tanto sofre com o descaso público, que apesar
de todo conhecimento da realidade, persiste em não desenvolver um trabalho decente
aos grupos de pacientes renais. Na prática fica claro que de acordo com a Lei 8.080 que
a mesma, não estabelece apenas o funcionamento de hospitais e postos de saúde, mas
que trabalha também com todos os itens necessários para a prevenção de problemas de
saúde e a promoção de uma melhor qualidade de vida.
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interferências, tais como o direito de estar livre de tortura, tratamento médico não
consentido e de experimentação. Ao contrário, as prerrogativas incluem o direito a um
sistema de proteção à saúde que ofereça igualdade de oportunidades para as pessoas
usufruírem o mais alto nível de saúde sustentável.
Os governos são responsáveis por possibilitarem que suas populações alcancem
a saúde através do respeito, da proteção e da promoção de direitos, isto é, evitando
violações destes e criando políticas, estruturas e recursos que promovam e que os
reforcem. Os governos possuem ainda a responsabilidade de ofertar serviços de saúde e
serviços sociais e promover saúde respeitando os direitos humanos. A contínua e
previsível ausência de acesso aos serviços de saúde efetivos pela maior parte das
pessoas em países pobres pode ser vista como violação dos direitos humanos. Em um
senso estritamente legal, os mecanismos legais podem também fornecer canais de
reparação para indivíduos cujos direitos foram violados no contexto da saúde pública.
Um exemplo seria o acesso a medicamentos antirretrovirais por meio de uma
interpretação constitucional em países da América Latina. (GRUSKIN, 2007)
relevante por ter um cunho diverso, pois trata de questões econômicas, sociais e
jurídicas. A questão é tão séria, que por inúmeras vezes, o poder judiciário tem
interferido nas ações do poder executivo por se reconhecer a omissão do estado no
tocante a saúde, demonstrando um complexo sistema de incongruências administrativas,
detalhadas em capacitação, estrutura, investimentos e inoportuna falta de atenção
necessária para a prestação de serviços de saúde.
Quando sabedores dos desperdícios de oportunidades nos hospitais com
possíveis doadores, ao nos depararmos com baixíssimos números de transplantes
realizados tanto pelo poder público, como instituições privadas, em relação a outros
entes da Federação, percebemos que algo não está sendo feito para reparar tal descaso
com a saúde pública, o direito em si, não atenta para qualquer dissabor, dor ou aflição,
entretanto cuida daqueles que sofrem privações de um bem jurídico sobre o qual a
pessoa teria interesse reconhecido juridicamente.
Por mais que seja discutida a questão da responsabilidade, o fato que existe é,
um dano ocorre aos paciente renais do estado do Piauí, tais danos confirmados por
liminares do poder judiciário dando provimento a questões de saúdes aos indivíduos, e
cobrando ações do poder público para atendimento de saúde, observa-se que tal
responsabilidade, não tem cunho indenizatório a vítima, mas impõe que, o estado
execute aquilo que é dever dele fazer. Essa situação, é de interesse coletivo, pois não
basta saber da ineficiência do estado, deve-se cobrar, ainda que judicialmente pelas
execuções das prestações de serviços a saúde social, o estado tem o dever e tem o poder,
e quando não o faz, tem a responsabilidade por tal omissão.
Então, ainda que os pacientes renais, não sejam sabedores que suas
oportunidades de vida ou melhoria da qualidade de vida, esteja sendo desperdiçadas,
ainda que não estejam sendo divulgadas ou acompanhados os baixos resultados do
estado em transplantes, ainda que tudo que está à disposição, não esteja alinhados para
uma excelente na prestação de serviços, se observa um desrespeito a garantia
fundamental de acesso a saúde.
7. CONCLUSÃO
Diante do exposto no presente trabalho, é aceitável o entendimento que a saúde
é um direito a todas as pessoas e mesmo aqueles que vivem na linha da pobreza,
impossibilitados de custear tratamentos ou adquiri medicamentos, todos podemos exigir
do Estado o cumprimento deste direito fundamental e de usabilidade instantânea.
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Caso esse direito não esteja sendo garantido, qualquer cidadão pode requerer,
por meio jurisdicional para se fazer concretizar seu direito à saúde, contido em nossa
Constituição Federal.
Frise-se, que o direito de acesso à saúde tem objetivo de justiça social e o Estado
deve ser responsabilizado quando faltar ou oferecer uma assistência ineficiente. Em
razão disso, cada um do povo tem por meio da justiça, fazer valer seu direito à
realização de um serviço de saúde pública capaz de atender suas necessidades e de
eficácia real, garantindo os ditames da Constituição Federal Brasileira.
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Referências Bibliográficas