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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA -ª VARA DO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL NA COMARCA DE CAMPO GRANDE - MS.
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Em face de
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e-mail : advocacia@nogueiracosta.com.br
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fls. 3
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mesmo material (f. 42) consta a existência de “área verde entregue
recuperada e revitalizada”, inclusive com destaque em vermelho.
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Com efeito, esse diferencial foi determinante para a aquisição
da unidade por parte dos requerentes, sendo também o fato que
justificou o preço pago.
2. DO DIREITO
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2.1. DO RESSARCIMENTO DAS DESPESAS DE CONDOMÍNIO E
IPTU
Conforme acima narrado, os requerentes foram obrigados a
realizar o pagamento da taxa de condomínio e IPTU do imóvel antes
mesmo de terem tomado posse do bem, o que não pode ser admitido,
sob pena de enriquecimento ilícito da requerida.
liberado nos autos digitais por Lucia Helena Reco de Oliveira, em 29/05/2019 às 17:35. Para acessar os autos processuais, acesse o site
Nesse ponto, cumpre destacar que embora haja previsão
contratual no sentido de que a taxa de condomínio deveria ser paga
pelos requerentes a partir da instalação do condomínio, tal cláusula
deve ser reputada abusiva, pois propicia o enriquecimento sem causa.
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PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. CONDOMÍNIO. DESPESAS
COMUNS. AÇÃO DE COBRANÇA. COMPROMISSO DE COMPRA E
VENDA NÃO LEVADO A REGISTRO. LEGITIMIDADE PASSIVA.
PROMITENTE VENDEDOR OU PROMISSÁRIO COMPRADOR.
PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO. IMISSÃO NA POSSE.
CIÊNCIA INEQUÍVOCA.
1. Para efeitos do art. 543-C do CPC, firmam-se as seguintes teses:
a) O que define a responsabilidade pelo pagamento das obrigações
condominiais não é o registro do compromisso de compra e venda, mas
a relação jurídica material com o imóvel, representada pela imissão na
posse pelo promissário comprador e pela ciência inequívoca do
1
REsp 1345331/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
08/04/2015, DJe 20/04/2015.
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modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a
respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades,
origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. (grifou-se)
2
Manual de Direitos do Consumidor. São Paulo: Atlas, 2015, pg. 221.
3
Manual de Direito do Consumidor. Rio de Janeiro: Forense, 2015, pg. 350.
4
Op. Cit. pg. 353.
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Nessa toada, veja-se o entendimento da jurisprudência em
casos semelhantes:
COMPROMISSO DE VENDA E COMPRA. - TRILHA DE
ECOTURISMO. Não houve a entrega da área verde com a trilha
ecoturística e o córrego preservado. Alegação de culpa de terceiro que
não se sustenta. As rés, antes de assumirem a obrigação de entrega do
empreendimento, deveriam ter efetuado prévio planejamento das obras.
A demora para regularização do empreendimento constitui elemento
integrante do risco da atividade da ré não sendo suficiente para afastar sua
responsabilidade, até porque são fatos previsíveis, e não extraordinários. –
(...). A publicidade integra o futuro contrato firmado. Inteligência do artigo
5
TJSP – AC 1028082-85.2014.8.26.0114 – 4ª Câmara de Direito Privado – Rel. Des. Enio
Zuliani – julgado em 25/09/2015.
6
TJSP – AC 1009325-09.2015.8.26.0114 – 7ª Câmara de Direito Privado – Rel. Des. Mary Grün
– julgado em 06/02/2018.
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de disponibilização de estrutura para instalação de TV a cabo – Decadência
afastada – Pretensão condenatória que se sujeita ao prazo prescricional geral
de dez anos – Teoria do Diálogo das Fontes – Legitimidade da corré Rossi
verificada, pois as rés fazem parte do mesmo grupo econômico –
Inobservância da oferta amplamente divulgada pelas rés – Frustração
de legítimas expectativas da autora – Riscos inerentes ao
empreendimento que não podem ser transferidos à autora – Informação
imprecisa das rés acerca da construção de estrutura para instalação de tv a
cabo
- Reparação pela desvalorização do imóvel – Indenização por dano
material devida – Depreciação do imóvel a ser apurada em liquidação de
sentença – Hipótese em que foi afastada a condenação das rés pelos
7
TJSP – AC 1019458-76.2016.8.26.0114 – 1ª Câmara de Direito Privado – Rel. Des. Luiz
Antônio de Godoy – julgado em 03/08/2018.
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No tocante aos danos morais, considerando a gravidade da
ofensa e a capacidade econômica das partes, o valor de R$6.760,71 é
capaz de atender aos critérios da compensação, punição e
proporcionalidade.
3. DO PEDIDO
liberado nos autos digitais por Lucia Helena Reco de Oliveira, em 29/05/2019 às 17:35. Para acessar os autos processuais, acesse o site
legal, para que compareça à audiência a ser designada por
Vossa Excelência, sob pena de revelia e confissão;
www.nogueiracosta.com.br
e-mail : advocacia@nogueiracosta.com.br
Campo Grande (MS), 29 de maio de 2019.
Rua Kioto, n.°321, Vila Nascente - Fone/Fax 67 3383-2907 - CEP: 79036340. Campo Grande - MS
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liberado nos autos digitais por Lucia Helena Reco de Oliveira, em 29/05/2019 às 17:35. Para acessar os autos processuais, acesse o site
https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808780-80.2019.8.12.0110 e o código 62B1435.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 11ª VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL CENTAL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE – MATO GROSSO
DO SUL
e liberado nos autos digitais por Usuário padrão para acesso SAJ/AT, em 16/07/2019 às 15:28. Para acessar os autos processuais, acesse o site
https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808780-80.2019.8.12.0110 e o código 651CD7A.
PROCESSO N° 0808780-80.2019.8.12.0110
MB ENGENHARIA SPE 024 S.A., com sede na avenida T-9, nº 1.423, Setor
Bueno, Goiânia-GO, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 08.845.815/0001-83, com sede na cidade de
Goiânia, estado de Goiás, na Avenida T9, Esq. C/T 33, n.º 1423 – Parte, Setor Bueno, CEP 74215-
020 e, por seus advogados e procuradores abaixo assinados, nos autos da “Ação de Reparação de
Danos Materiais e Morais” que lhes move SAULO VIEIRA VIANA E JENNIFER ESTEVAM
DE ARAUJO, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência apresentar sua
CONTESTAÇÃO, conforme as razões de fato e de direito que passam a expor.
I - RESUMO DA LIDE
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de Promessa de Compra e Venda, a unidade nº 0201, Bloco B, do empreendimento “Green Life Via
Park”, pelo valor histórico de R$ 556.000,00 (quinhentos e cinquenta e seis mil reais).
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condominiais e IPTU no importe de R$ 5.359,29 (cinco mil, trezentos e cinquenta e nove reais e
II – PRELIMINARMENTE
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Permita-se a exploração do conceito de “legitimidade”: Trata-se da qualidade para
estar em juízo, em relação a determinado conflito trazido ao exame do juiz, sendo que deve haver
uma relação de legítima adequação entre sujeito e a causa.
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Veja, Exa. Os Autores são adquirentes da unidade 0201, pertencente ao Bloco B do
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando
autorizado pelo ordenamento jurídico.
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.
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Imagine Excelência, que cada condômino ajuíze ação pleiteando a reforma de obras
nas áreas comuns do empreendimento, patente a instauração de caos jurídico e, consequentemente,
prejuízos à Ré! Ademais, a área comum é inseparável, não sendo possível delimitar a área de fato
pertencente a cada condômino. O Código Civil traz:
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e
partes que são propriedade comum dos condôminos.
§ 2o O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água,
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esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e as demais partes
Sendo assim, não é possível delimitar o direito dos Autores quanto à área comum do
empreendimento, não podendo ele, portanto, pleitear direitos sobre uma área que é de utilização de
todos os condôminos do empreendimento.
Os Autores são realmente parte ilegítima para reclamar para si coisa comum aos
demais condôminos. Tendo em vista a área comum ser do condomínio, portanto, os interesses
inerentes à essa área são representados pelo síndico, devendo, assim, o condomínio figurar no polo
ativo das ações que dizem respeito à coisa comum.
Imagine, Excelência, que cada condômino ajuíze ação pleiteando a reforma de obras
nas áreas comuns do empreendimento, patente a instauração de caos jurídico e, consequentemente,
prejuízos à ré!
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É correto dizer que os condôminos se submetem às regras condominiais e, para
tanto, há medidas administrativas e judiciais que poderiam ter sido tomadas para que os Autores
pudessem ver o seu direito satisfeito.
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todos os demais condôminos ou, ao menos, de sua maioria, o Condomínio deve agir em juízo para
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1. O condômino é parte ilegítima para pleitear para si direito inerentes à área
comum, sendo do condomínio, representado pelo síndico, a legitimidade para a
defesa dos interesses coletivos. 2. Reconhecida a ilegitimidade ativa ad causam do
condômino para ajuizar a presente ação em relação aos pedidos de obrigação de
fazer ou sua conversão em perdas e danos, fica prejudicada a análise da
ilegitimidade passiva, não devendo ser conhecida a matéria. 3. Não se aplica ao
caso a prescrição trienal, pois versa a lide sobre indenização decorrente de relação
de consumo, cujo prazo prescricional é de cinco anos, conforme artigo 27 do
Código de Defesa do Consumidor. A última tentativa das partes em solucionar a
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questão objeto do litigio ocorreu em 27.05.2011, ocasião em que a área ainda não
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PASSIVA AD CAUSUM - SÍNDICO - PROCESSO EXTINTO - VOTO VENCIDO.
Compete ao síndico representar ativa e passivamente o condomínio, em juízo ou
fora dele, e praticar todos os atos de defesa dos interesses comuns, nos limites de
suas atribuições. A pessoa jurídica do Condomínio não se confunde com a pessoa
física dos Condôminos. Preliminar instalada de ofício e processo anulado. V.V.: Na
ausência de síndico legalmente constituído, nada obsta que o condomínio seja
representado por seus condôminos que são titulares de uma relação comunitária de
direitos. (Des. Alberto Aluízio Pacheco de Andrade)
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Ademais, o Magistrado Fernando Ribeiro Montefusco, da 09ª Vara do Juizado Especial
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dicção do artigo 373, I, CPC/2015. Logo, diante da inexistência de qualquer conduta
ilícita perpetrada pelas reclamadas a fim de ensejar o alegado dano moral sofrido
pelos reclamantes (sendo que situação diversa não foi comprovada), não merece
guarida o pedido de indenização neste particular. À vista dessas considerações,
primeiramente:
a) DECLARO A EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO em
relação ao pedido de construção do CLUBE PRIVATIVO em face da ilegitimidade
ativa dos reclamantes, fazendo-o com fulcro no artigo 485, VI, CPC/2015;
b) JULGO IMPROCEDENTE o pedido de indenização por danos morais.”
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https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808780-80.2019.8.12.0110 e o código 651CD7A.
Como demonstrado, os Autores são parte manifestamente ilegítima para pretender
ser os titulares do “bem da vida” deduzido em juízo, pois da narrativa do pedido em tela, não se
extrai a noção de legitimatio ad causam o plano material, o que transformaria a titularidade da
relação de direito material em realidade processual.
Dessa forma, tendo em vista que o pleito dos Autores em nada se relaciona com sua
unidade habitacional, é certo que este são figuras ilegítimas para pleitear obras na área comum
do empreendimento.
Isto porque a ação versa acerca da revitalização de área verde existente no entorno
do empreendimento, objeto da presente demanda.
fls. 155
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No que tange a alegação de ausência de entrega de trilha ecológica/área verde, é
certa a necessidade de realização de PROVA PERICIAL, a fim de que seja apurada eventual
desvalorização imobiliária oriunda da não entrega da área verde (o que admite-se em razão
do princípio da eventualidade).
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Neste sentido:
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se no documento de fls. 18, emitido pela clínica médica chilena, cujo acerto ou erro
depende de prova técnica.
Reconheço, portanto, a incompetência do Juizado Especial Cível, devendo a parte
autora repropor esta ação perante Vara Cível Comum.
Por estas razões, JULGO EXTINTO O PROCESSO, em fase de conhecimento, sem
julgamento de mérito, na forma do artigo 51, inc. II, da lei 9099/95. Processo nº
0003035-52.2011.8.26.0011, em curso perante a 1ª Vara do Juizado Especial Cível
do Foro Regional de Pinheiros da Comarca da Capital do Estado de São Paulo
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Corroborando com tal entendimento, prevê enunciado 31 do 1º Encontro das Turmas
No mesmo sentido:
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IMPRESCINDIBILIDADE DE PERÍCIA TÉCNICA. PROVA COMPLEXA.
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS
ACOLHIDA. SENTENÇA CASSADA. PROCESSO EXTINTO.1. ... revela a óbvia
necessidade de perícia técnica formal... 2. E, se indispensável se torna a perícia
técnica formal para se chegar ao correto e justo deslinde da causa, por se tratar de
prova complexa, afastada está a competência do Juizado Especial Cível. 3. Recurso
conhecido, acolhendo-se a preliminar de incompetência absoluta dos Juizados
Especiais Cíveis para conhecer, processar e julgar o feito, dada a complexidade da
prova, que depende de prova pericial, com a cassação da sentença e extinção do
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processo sem conhecimento do mérito, com fulcro no art. 51, II, da Lei 9.099/95.
Desta forma, imperiosa a extinção do feito, com fulcro do artigo 51, II da Lei
9099/95.
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A área total do terreno - excluindo-se a área verde de preservação ambiental que
possui metragem de 4.320m² - comporta a metragem total de 12.282,19 m², conforme pode-se
verificar no anexo memorial descritivo. A área efetivamente construída, alcança a metragem de
41.495,63 m².
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Isto é, a área verde que encontra-se nas imediações da edificação em discussão, não
Frise-se que o projeto de restauração da área verde, seria realizado por mera
liberalidade da Construtora Ré, estando sujeita à aprovação prévia da Prefeitura de Campo
Grande.
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https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808780-80.2019.8.12.0110 e o código 651CD7A.
fls. 160
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Corroborando com o aqui articulado, o projeto de planta do empreendimento que
demonstra o projeto de vista para a área ecológica localizada no entorno da construção, pode-se
constatar de forma clara e inequívoca a divisão existente entre a área verde e o empreendimento em
discussão, a saber:
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https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808780-80.2019.8.12.0110 e o código 651CD7A.
Neste mesmo sentido, o juiz de direito da 10ª Vara do Juizado Especial Cível
Central da Comarca de Campo Grande, decidiu em caso análogo, nos autos do processo de nº
0800748-86.2019.8.12.0110, a saber:
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212/235, 236/343 e 244/250 comprovam que a trilha ecológica estaria projetada não para área
comum, mas em solo natural, conforme visto no fôlder (p. 39 e 40), em área que não integrava o
projeto de construção do empreendimento, cujo projeto de restruturação da área verde no entorno
da edificação da Ré estaria sujeito à aprovação da Prefeitura e foi iniciado pela Requerida,
inclusive com a trilha e a área cercada (conforme depoimento) visando a utilização pelos
moradores do emprendimento. (...).
Portanto, basta uma breve análise ao projeto de implantação acima colacionado, para
verificar que a trilha ecológica/área verde, não encontra-se alocada na área comum do
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empreendimento, motivo pelo qual, não há que se falar em indenização a título de danos materiais
Desta feita, considerando que a área verde não integra a área comum do
empreendimento aqui destacado, não há que se falar em responsabilidade da Ré no que tange a
proibição do acesso da área pela prefeitura – ponto que será abordado no tópico subsequente.
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Em que pese tratar-se de área urbana, há interfase com o meio ambiente pela APP da
Microbacia do Córrego Pindaíba (tubulado no trecho) que se limita a Oeste do Terreno do
Condomínio e das áreas objeto deste.
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humanização da área verde, atendendo a holística e beleza do condomínio, pelo verde de gramados
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https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808780-80.2019.8.12.0110 e o código 651CD7A.
fls. 164
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Conforme laudo de manutenção, o gramado tem contido as enxurradas e erosões e
assoreamentos, mantendo um ambiente frequentado por espécies de pássaros e insetos
polinizadores.
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Assim sendo, tem-se que a Ré está realizando todas as medidas possíveis para a
Uma vez que a área verde está sendo revitalizada, não se mostra possível estabelecer
um prazo para que o processo seja concluído.
Corroborando com o aqui articulado, a parte Autora não carreou aos autos, qualquer
documento que comprove o estabelecimento de qualquer prazo para conclusão do projeto de
revitalização da área verde.
Além disso, a licença concedida pela prefeitura, possui validade até 22/12/2010,
data estimativa para que a revitalização venha a ser finalizada.
fls. 165
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Assim sendo, inexistem aos autos, elementos suficientes a demonstrar qualquer
conduta e/ou evento danoso realizado pela Ré, que justifique a sua condenação ao pagamento de
qualquer indenização.
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JUDICIAL E IMPARCIAL NOMEADO POR ESTE D. JUÍZO – INCOMPATIBILIDADE
Assim, necessário ressaltar que, como existe questão técnica envolvida no presente
caso, necessário a elaboração de um laudo pericial, através de perito judicial e imparcial, a fim de
que a questão debatida seja decidida em definitivo, razão pela qual, a Ré requer desde já, seja
designada perícia técnica desse M. Juízo, no intuito de averiguar a verídica situação do imóvel em
questão, vez que é o único meio de prova capaz de aferir a existência de danos no imóvel, bem
como identificar a origem dos vícios, ou seja, se construtivos ou decorrentes de mau uso do imóvel,
além da natureza destes, a fim de verificar-se se comprometem ou não a segurança e a solidez da
obra.
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que a indenização pecuniária equivalente à obrigação de reforma do imóvel requerida pelos Autores
são ou não de responsabilidade da Ré.
Tudo há que ser objeto de perícia e, até lá, não há porque se determinar a execução
de qualquer obra ou pagamento de qualquer indenização pecuniária, pois toda obra foi construída e
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avalizada por engenheiro com responsabilidade técnica.
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trilha ecológica/área verde que entorna o empreendimento em discussão, no entanto, razão não
assiste aos Autores.
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verde, conforme já explanado - fato este que seria suficiente para afastar a pretensão dos Autores,
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Ora, Excelência, é visível o interesse individual dos Autores em querer aproveita-se
de um momento atual em nosso mercado financeiro, qual seja, a crise econômica que assombra o
país, para enriquecer indevidamente às custas da Ré.
Nesse sentido, ressalta-se que o projeto de recuperação da área verde está sendo
devidamente realizado pela Ré, de modo que a área já mostra avanços de revitalização.
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devastada. A reconstrução demora tempo e vem sendo realizada rapidamente pela Ré.
Desta forma, conclui-se que, não há qualquer conduta que gere o dever da Ré de
indenizar os Autores pela alegada desvalorização.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Com efeito, para que seja configurado o dever de indenizar, torna-se necessário
demonstrar igualmente a conduta ilícita do agente e o nexo de causalidade entre o dano e a conduta,
fls. 169
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valendo citar o magistério de RUI STOCCO, em sua obra Responsabilidade Civil e sua
Interpretação Jurisprudencial, 2ª edição, Revista dos Tribunais, 1995, pág. 59:
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https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808780-80.2019.8.12.0110 e o código 651CD7A.
Portanto, ressaltamos: inexistindo conduta ilícita da Ré, e, por conseguinte, nexo de
causalidade entre os danos alegados e os supostos prejuízos, não há que se falar em dever de
indenizar, inexistente na hipótese trazida à baila, motivo pelo qual o pedido de indenização deve ser
julgados improcedentes.
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O pedido de indenização decorrente de suposta desvalorização foi apresentado a
esmo e sem qualquer fundamento comercial ou jurídico a amparar a pretensão formulada, o qual
fica definitivamente impugnado.
Lembrando que os imóveis foram, em sua maioria (quiçá totalidade) adquiridos “na
planta”, ou seja, em construção e, provavelmente, por um valor de mercado MUITO inferior ao
atual valor de mercado das unidades, de modo que não se pode cogitar, sequer, da Ré ter recebido
um valor superior ao devido.
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Pelo contrário, ainda que admitíssemos que houve uma desvalorização, o que se
Assim, não há como cogitar de perda por parte dos Autores. Os Autores sempre
tiveram ciência da real condição do empreendimento, demonstrando que os intentos aqui ora
impugnados, na verdade, visam locupletação indevida às expensas da Ré.
Contudo, como bem demonstrado acima, é inequívoco que não houve qualquer
conduta da Ré que pudesse gerar o dever de indenizar os Autores pelos alegados danos morais, uma
vez que desde o início da celebração contratual junto ao mesmo, os Autores possuíam total ciência
fls. 171
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de que a revitalização da área verde que entorna o empreendimento seria realizada gradativamente,
de acordo com a licença de realizada pela Prefeitura, cuja opção ganha total respaldo legal,
conforme amplamente demonstrado.
Dessa forma, não há que se falar em qualquer ação ou omissão por parte da Ré
que possam caracterizar o alegado sofrimento dos Autores, ou qualquer atitude da Ré que
pudessem gerar o efetivo dano.
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privativo do empreendimento, objeto da presente demanda, visto que aquele encontra-se no
In casu, como já dito, não houve qualquer conduta da Ré que possa ser considerada
irregular ou em abuso de direito, sequer cogitando-se da ocorrência de negligência ou imprudência,
razão também pela qual é inequívoca a improcedência do pedido, nos termos dos requisitos
exigidos pelo art. 186, do Código Civil.
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(g.n.)
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https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808780-80.2019.8.12.0110 e o código 651CD7A.
De outro lado, caso Vossa Excelência entenda pela condenação da Ré, ao pagamento
dos alegados danos morais, o que se admite apenas para argumentar, de rigor a fixação da
indenização em patamares módicos, ante as circunstâncias do ocorrido.
Nesse sentido, há que se falar que a indenização a título de danos morais deve ser
cuidadosamente apreciada, a fim de evitar que os mais triviais aborrecimentos da vida constituam-
se em fonte de enriquecimento sem causa.
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produzem o dano moral, cuja configuração depende também de uma duradoura
conturbação emotiva.”
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nosso dia-a-dia, no trabalho, no trânsito, entre os amigos e até no ambiente familiar,
Ademais, para se quantificar o dano moral é preciso levar-se em conta outros fatores
que fizeram a moral da pessoa ficar abalada. Desta forma, na falta de parâmetros legais, que de
resto quedariam inúteis, pois cada caso de dano moral demanda uma análise cuidadosa e individual,
é imperioso que se busque socorro na mais moderna e autorizada doutrina pátria, que, em conjunto
com a jurisprudência, já fixou a forma ideal de quantificação do dano moral.
Nesse sentido, é de notório conhecimento que o dano moral tem sido objeto de
debates intensos, em face do crescente número de demandas surgidas nos últimos tempos, porém, a
questão da fixação do quantum permanece nebulosa, porquanto faltam parâmetros legais para tal
mister.
Para evitar exageros, as condenações devem procurar guardar uma íntima relação
com o dano realmente sofrido pela pessoa, segundo clara e inequívoca comprovação nos autos
de que tenha havido um dano, para que, assim, possam ser evitadas as indenizações milionárias,
sob pena de industrialização das ações de danos morais, a exemplo do v. acórdão unânime da 1ª
Câm. Cível, do TJRJ (in COAD-ADV - Jurisprudência/1997 - verbete 78373), "verbis":
fls. 174
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"A reparação do dano moral, segundo pensamos, deve ser exceção, e, não,
transformado em regra, sendo concedida apenas para reparar aquele dano que a
reparação do dano material não consiga suprir, para que o conceito não se apequene.
Deve estar restrito aos casos de perda de ente querido, de ficar a pessoa mutilada, ou
de ofensa moral, não podendo estar ligado a qualquer problema, embora sério, que a
pessoa possa momentaneamente sofrer".
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abastardamento de uma poderosa conquista da legislação brasileira a partir da
Ou seja, a indenização não pode tornar-se meio de enriquecimento ilícito, sob pena
de desvirtuar-se, de modo que seu valor deverá estar de acordo com o nível social e econômico dos
Autores, não podendo ser tomado por base a condição econômica da empresa Ré, ora contestante.
Dessa forma, não há que se falar acerca de qualquer ação ou omissão da Ré que
pudesse caracterizar o sofrimento alegado na Inicial.
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De fato, é assente na doutrina que, para que se configure o dever de indenizar, é
necessária a demonstração do nexo de causalidade entre a conduta e o eventual dano, valendo
citar o magistério de RUI STOCCO, em sua obra Responsabilidade Civil e sua Interpretação
Jurisprudencial, 2ª edição, Revista dos Tribunais, 1995, pág. 59:
“Na etiologia da responsabilidade civil, estão presentes três elementos, ditos essenciais
na doutrina subjetivista: a ofensa a uma norma preexistente ou erro de conduta; um
dano; e o nexo de causalidade entre um e outro...”
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“... Com efeito, se não houver dano, ou perda, ou prejuízo, nada poderá ser
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Nessa esteira, importante ressaltar também o ensinamento do ilustre Desembargador
Carlos Roberto Gonçalves, em sua obra “Responsabilidade Civil. De acordo com o Novo Código
Civil” (9ª edição, 2006, p. 32/34), quanto aos pressupostos da responsabilidade civil, especialmente
no tocante à relação de causalidade:
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também a obrigação de indenizar.”
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Improcede, o pedido de que seja a Ré compelida a arcar com as despesas de
condomínio vencidas até a entrega das chaves, visto que a responsabilidade pelo pagamento de tais
despesas está expressamente desvinculada do recebimento das chaves, por força de cláusula
contratual válida e eficaz.
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https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808780-80.2019.8.12.0110 e o código 651CD7A.
Vale registrar que, nos termos do art. 1.333 do Código Civil e art. 9º, § 2º, da Lei nº.
4.591/64, as normas da convenção de condomínio são oponíveis aos “titulares de direito sobre as
unidades ou para quantos sobre elas tenham posse ou detenção” (art. 1333 do CC, parte final); assim
como aos “promitentes compradores (...) como para qualquer ocupante” (art. 9º, § 2º, da Lei nº.
4.591/64); o que revela a expressa intenção da Lei de tornar as normas da convenção de condomínio
oponíveis aos compromissários compradores e titulares de direito sobre o imóvel
independentemente de terem ou não a posse do imóvel.
Logo, por ser compromissário comprador e titular de direitos sobre a unidade, mesmo
sem dela ter posse, está subordinado aos direitos e obrigações pertinentes às normas convencionais,
sobretudo a de concorrer, na proporção de sua parte, para as despesas de conservação da coisa (arts.
1.315 e 1.332, inciso II, do Código Civil e art. 12 da Lei 4.591/64). E não é outro o entendimento da
doutrina1
1
Ao tratar do tema, ensina João Batista Lopes que: “...a obrigação de pagar os encargos condominiais decorre só do fato de o condômino integrar o
universo condominial...” (Condomínio. 8ª ed., rev., amp. e atual. pelo novo Código Civil, Lei 10.406, de 10.01.2002, em vigor desde 11.01.2003 – São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2003, pág. 10).
fls. 178
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Conforme entendimento assente no Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, uma vez
instalado faticamente o Condomínio e incorrendo-se em despesas para mantê-lo e conservá-lo, o
adquirente de unidade autônima responde pelas despesas condominiais, ainda que não tenha posse da
mesma:
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segurança, etc. Assim, a alegação genérica de falta de habite-se, ou a não
Insta ressaltar que a cota condominial, além de ter natureza de obrigação propter
rem, representa o rateio das despesas condominiais entre os condôminos, sendo certo, portanto, que
absurdo seria a Incorporadora ser responsabilizada pelos valores referentes a todos os
imóveis que já possuem contrato assinado.
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examen, condenar o proprietário formal é emitir sentença incapaz de pacificar conflito porque
divorciada da realidade, embora possa atender à conveniência do promissário comprador de não
pagar o que deve.
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autônomas. Como nos esclarece o próprio Código Civil:
E ainda, o §1º do art. 12 da Lei 4.591/64 (lei que dispõe sobre o condomínio em
edificações e as incorporações imobiliárias) apenas corrobora o entendimento de que o pagamento
de cotas condominiais é da unidade autônoma, integrante do condomínio.
Ademais, a alteração do parágrafo único do art. 4ª da Lei 4.591/64 pela Lei 7.182/84
não descaracterizou a natureza propter rem dos débitos condominiais, mas veio apenas reforçar as
garantias desses débitos, impondo seu pagamento como condição para a transferência ou alienação
da unidade.
Como se vê, por qualquer ângulo que se queira examinar a questão, improcede
a pretensão dos Autores de querer imputar à Ré a responsabilidade pelo pagamento das
despesas condominiais e IPTU.
fls. 180
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DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO
A inversão do ônus da prova (art. 6º, VIII, CDC) não é automática, sendo admitida
somente quando presentes os seus pressupostos: a verossimilhança da alegação dos Autores e a sua
hipossuficiência.
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amplamente demonstrado, é patente que a parte ré não dera causa aos supostos danos
IV - CONCLUSÃO E PEDIDOS
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i) Reconhencendo o cumprimento contratual da Ré o que tange a realização da
revitalização da área verde que entorna o empreendimento em dicussão, com a
consequete construção da área verde, reconhecendo-se a inexistência de prazo
específico para sua conclusão, por tratar-se de restrutução de área de preservação
ambiental.
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iii) Reconhecendo a não caracterização de abalo moral, o pedido de indenização também
fica prejudicado. Subsidiariamente, caso entenda-se pela condenação ao pagamento
de danos morais, que este seja fixado em valores módicos, para adequar-se ao caso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Campo Grande, 16 de Julho de 2019.
às 14:48. Para acessar os autos processuais, acesse o site https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808780-80.2019.8.12.0110 e o
Campo Grande
11ª Vara do Juizado Especial Central
TERMO DE ASSENTADA
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Modelo 826037 - Endereço: Rua Sete de Setembro, 174, Centro - CEP 79002-121, Fone: 3317-8682, Campo Grande-
MS - E-mail: cgr-11jecentral@tjms.jus.br