Você está na página 1de 4

FACULDADE DE EDUCAÇÃO SANTA TEREZINHA/FEST

CURSO DE DIREITO

IVAN GONÇALVES BARBOSA JÚNIOR

RESUMO ANALÍTICO

MEDOS E PRECONCEITOS NO PARAÍSO SEGUNDO GISLENE APARECIDA


DOS SANTOS

IMPERATRIZ-MA
2021
IVAN GONÇALVES BARBOSA JÚNIOR

RESUMO ANALÍTICO

MEDOS E PRECONCEITOS NO PARAÍSO SEGUNDO GISLENE APARECIDA


DOS SANTOS

Resumo Analítico apresentado a Faculdade de


Educação Santa Terezinha/FEST, Curso de Direito,
como pré-requisito parcial de avaliação para obtenção
de nota da disciplina: História e Cultura Africana e
Afro-Brasileira, orientado pela Professora

Orientadora: Me. Claudia Silva Lima

IMPERATRIZ-MA
2021

RESUMO ANALÍTICO
MEDOS E PRECONCEITOS NO PARAÍSO SEGUNDO GISLENE APARECIDA
DOS SANTOS

Ivan Gonçalves Barbosa Júnior1

Medos e Preconceitos no Paraíso segundo Gislene Aparecida Dos Santos é


um artigo resumindo o livro intitulado “Quando o negro ‘virou’ sombra. A produção de
uma imagem negativa”. Onde, Adorno comenta episódios vividos por ele durante sua
pesquisa na penitenciária que mostravam um maior cuidado por parte dos guardas
do presídio em deixá-lo a sós com os presos negros do que com os presos brancos
indicando que consideram os negros mais perigosos do que os brancos.

Nele podemos ver que no Brasil, os negros representam o que se configurou


chamar como classes perigosas. Dito isso, por um lado afirma-se que o Brasil é um
país harmônico e não violento e, por outro, se diz que quando a violência
‘esporadicamente’ emerge na sociedade, ela seria praticada por esses negros.

Nina Rodrigues, grande expoente nacional da escola racista, buscava


fundamentar em seus textos a inferioridade inata da raça negra, para ela os negros,
índios e mestiços não são capazes de desenvolver uma civilização, não são capazes
de produzir uma cultura elevada, mas são potencialmente perigosos.

O silêncio que ainda hoje há sobre a maneira como os negros são tratados e
retratados pela sociedade brasileira e demonstrada, na análise do que ficou
conhecido como o ‘Caso do Bar Bodega’, o que nos leva a concluir, que a mídia e a
sociedade condenaram rapidamente nove rapazes negros acusados do assassinato
dos jovens brancos, e foi flexível na denúncia da tortura sofrida por eles na delegacia
de polícia, como se isso não merece nenhum tipo de destaque, como se fosse um
fato de menor importância. Foram páginas e páginas denunciado o assassinato dos
jovens no bar e poucas linhas sobre a tortura dos rapazes nas dependências
policiais. Portanto, está representação negativa dos negros faz parte de uma certa
forma de pensar o Brasil, é uma ideologia, uma imagem articulada a partir de nosso
arsenal cultural. É o embate entre essas teorias que faz com que seja aceitável,
1 Graduando do Curso de Direito da Faculdade de Educação Santa Terezinha. FEST. E-mail:
Souza@gmail.com
ainda hoje, a suposta inferioridade dos negros, um ‘exotismo’ e um tratamento
diferenciado que é acobertado pela chamada democracia racial brasileira.

”A cor é um poderoso instrumento de discriminação na distribuição da justiça


(Adorno, 1966, p. 274)”

Referência Bibliográfica
SANTOS, Gislene Aparecida dos. Medos e Preconceitos no Paraíso. Disponível em: <
https://docplayer.com.br/13853893-Medos-e-preconceitos-no-paraiso-1.html> Acesso em:
02. Fev. 2021

Você também pode gostar