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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ARTESANATO III

ARTESANATO EM BUCHA
VEGETAL - UTILITÁRIOS
E DECORATIVOS
AMARRAÇÃO, MONTAGEM, COLAGEM,
MODELAGEM E MISTA
CONTRATO
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

JOSÉ CANDEO SERGIO ANTONIO EXPRESSÃO


Vice-Presidente Diretor 2º Secretário

EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO MARIA LÚCIA FERREIRA


Vice-Presidente Diretor 3º Secretário

MARCIO ANTONIO VASSOLER LUIZ SUTTI


Vice-Presidente Diretor 1º Tesoureiro

TIRSO DE SALLES MEIRELLES PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI


Vice-Presidente Diretor 2º Tesoureiro

ADRIANA MENEZES DA SILVA WALTER BATISTA SILVA


Diretor 1º Secretário Diretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL


ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONSELHO ADMINISTRATIVO

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

DANIEL KLÜPPEL CARRARA SUSSUMO HONDO


Representante da Administração Central Representante do Segmento das Classes Produtoras

ISAAC LEITE CYRO FERREIRA PENNA JUNIOR


Presidente da FETAESP Representante do Segmento das Classes Produtoras

MÁRIO ANTONIO DE MORAES BIRAL


Superintendente

SÉRGIO PERRONE RIBEIRO


Coordenador Geral Administrativo e Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ARTESANATO EM BUCHA
VEGETAL - UTILITÁRIOS E
DECORATIVOS

AMARRAÇÃO, MONTAGEM, COLAGEM, MODELAGEM E MISTA

Maria de Fátima Padoan

SENAR-AR/SP
São Paulo - 2017
IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

SUPERVISÃO GERAL
Claudete Morandi Romano
Chefe da Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
Isabela Pennella
Técnica da Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer

AUTORA
Maria de Fátima Padoan
Artesã

COLABORAÇÃO TÉCNICA
Zenaide Berti Lopes
Artesã

REVISÃO GRAMATICAL DIAGRAMAÇÃO


André Pomorski Lorente Thais Junqueira Franco
Diagramadora do SENAR-AR/SP
FOTOS
Ana Maria Monteiro Teófilo AGRADECIMENTOS
Fotógrafa Sindicato Rural de São Bento do Sapucaí
Sitio Cambraia

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Carolina Malange Alves CRB-8/7281

Padoan, Maria de Fátima


Artesanato em bucha vegetal - utilitários e decorativos :
amarração, montagem, colagem, modelagem e mista / Maria de
Fátima Padoan. – São Paulo : SENARAR/SP, 2017.
97 p. : il. color. ; 30 cm

Bibliografia
ISBN 978-85-99965-89-4

1. Artesanato – bucha vegetal I. Padoan, Maria de Fátima II. Título

CDD 745.9

Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.

4 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO..............................................................................................................................................7

INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................9

CONFECÇÃO DE ARTEFATOS UTILITÁRIOS E DECORATIVOS COM BUCHA VEGETAL......................... 9

I. PREPARAR O LOCAL DE TRABALHO...................................................................................................... 10

II. REUNIR MATERIAL.................................................................................................................................... 11

III. COLETAR A BUCHA VEGETAL................................................................................................................. 12

IV. PREPARAR A BUCHA VEGETAL.............................................................................................................. 13

V. TINGIR A BUCHA VEGETAL...................................................................................................................... 16

VI. ARMAZENAR A BUCHA VEGETAL PREPARADA................................................................................... 19

VII. EXECUTAR A TÉCNICA DA AMARRAÇÃO............................................................................................ 21

VIII. EXECUTAR A TÉCNICA DA MONTAGEM BORDADA........................................................................... 24

IX. EXECUTAR A TÉCNICA DA COLAGEM E MODELAGEM....................................................................... 42

X. EXECUTAR A TÉCNICA MISTA.................................................................................................................. 52

XI. LIMPAR O LOCAL..................................................................................................................................... 83

XII. COMERCIALIZAR A PRODUÇÃO............................................................................................................ 83

MOLDES ANEXOS.......................................................................................................................................... 87

BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................................97

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 5


APRESENTAÇÃO

O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR, criado em 23 de
dezembro de 1991, pela Lei n.º 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
teve a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São


Paulo – FAESP, o SENAR-AR/SP tem como objetivo organizar, administrar e executar, em
todo o Estado de São Paulo, o ensino de Formação Profissional e de Promoção Social
Rurais dos pequenos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares que atuam na
produção primária de origem animal e vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio
e na prestação de serviços rurais.

A Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP, com o intuito


de contribuir para a melhoria da qualidade das atividades desenvolvidas, apresenta esta
cartilha relacionada à linha de ação Artesanato.

As atividades da linha de ação Artesanato da Promoção Social do SENAR/AR-SP têm


por finalidade a produção artesanal de objetos úteis, artísticos e decorativos, utilizando
matéria-prima disponível na região. O Artesanato rural deve contribuir para a preservação e
divulgação das expressões culturais regionais. Pode ou não ter fim comercial, estimulando
a organização de grupos.

As atividades relacionadas a esta área têm caráter educativo e preventivo e apresentam


informações básicas sobre a extração e coleta da matéria-prima, respeitando a legislação
ambiental, buscando a produção artesanal com sustentabilidade.

As cartilhas são recursos instrucionais de extrema relevância para o processo de Promoção


Social e, seguindo metodologia própria, constituem um reforço para o conhecimento
adquirido pela família rural nas atividades promovidas pelo SENAR-AR/SP em todo o
Estado.

Fábio de Salles Meirelles


Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

“Plante, Cultive e Colha a Paz”

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INTRODUÇÃO

Nesta cartilha, são descritas algumas técnicas artesanais para a confecção de artefatos
utilitários e decorativos utilizando como matéria-prima a bucha vegetal. São descritas as
técnicas da amarração, montagem, modelagem, colagem e mista.

Mesmo considerando as técnicas descritas e suas respectivas peças, pode-se obter objetos
diferenciados feitos com essa matéria-prima, variando de artesão para artesão, conforme
sua criatividade.

Contém informações sobre o preparo do local, a coleta, o preparo e o armazenamento da


bucha vegetal, execução das técnicas e acabamento, além de noções de comercialização.

Trata, também, dos cuidados necessários para evitar acidentes e ainda informa sobre os
aspectos de preservação do meio ambiente e assuntos que possam interferir na melhoria
da qualidade dos artefatos produzidos.

CONFECÇÃO DE ARTEFATOS UTILITÁRIOS E


DECORATIVOS COM BUCHA VEGETAL

No meio rural, a atividade artesanal faz parte do cotidiano das pessoas. São confeccionados
artefatos de utilidade doméstica e/ou para a lida rural, ou ainda objetos para decoração,
utilizando, muitas vezes, matéria-prima obtida na natureza. O artesanato rural proporciona
renda extra no orçamento familiar do homem do campo. É desenvolvido de forma sustentável,
com vistas à preservação ambiental, e permite a difusão cultural. Com o advento da atividade
de Turismo Rural, o artesanato rural ganhou destaque na confecção de peças, promovendo
a cultura e a tradição locais.

As peças artesanais possuem diversos elementos de arte. Ao ser confeccionado, cada novo
objeto é recriado, dependendo das condições do material a trabalhar e dos instrumentos
empregados. Cada nova forma surge como recriação, com o toque pessoal do artesão.

Nesta cartilha, a matéria-prima é a bucha vegetal, muito comum de se encontrar no meio


rural e que pode ser aproveitada para o artesanato rural.

A bucha vegetal, também conhecida como esponja ou esfregão, é uma planta da família das
curcubitáceas, como abóboras, melão, pepinos, entre outros.

Há 4 espécies de bucha vegetal: luffa cylindrica, luffa operculata, luffa aegyptiaca, luffa
acutangula.

A planta, originária da Ásia e da África, é uma trepadeira, com folhas de tons verdes e flores
masculinas e femininas de cor amarela da bandeira brasileira. Os frutos são alongados, com
0,5 a 1,6 metro de cumprimento, dotados de fibras finas, resistentes, elásticas e macias.

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A planta adaptou-se bem ao clima e solo brasileiro e foi incorporada aos costumes da
população. Mesmo nos anos 50, quando as esponjas sintéticas invadiram o mercado, a bucha
nunca perdeu seu valor. Para muitos tornou-se objeto de uso indispensável de higiene pessoal
e doméstica. Hoje, o cultivo desta planta se torna mais importante ainda, porque, sendo um
produto de origem vegetal de fonte renovável, o seu cultivo não agride a natureza. Mesmo
após a sua utilização, a bucha vegetal ainda apresenta mais uma qualidade ecologicamente
correta, é biodegradável, ou seja, decompõe-se organicamente, diferentemente da bucha
sintética que constitui um resíduo sólido de difícil degradação.

Além do uso natural, a bucha vegetal é utilizada para produção artesanal, sendo possível
confeccionar chinelos, cestos, chapéus, palmilhas para sapatos, bolsas, flores, entre outros.
No setor industrial automotivo ela é utilizada como forração nos estofamentos de bancos.

Vale ressaltar que, mesmo considerando uma idêntica técnica, é comum existirem maneiras
diferenciadas de se confeccionar as peças, as quais variam de artesão para artesão, podendo
conduzir ao mesmo resultado, com o mesmo nível de qualidade. Além disso, cada pessoa
deve explorar, ao máximo, a sua criatividade.

I. PREPARAR O LOCAL DE TRABALHO

Para o desenvolvimento desse tipo de artesanato o local deve ser amplo, coberto, protegido
do vento e da chuva, e com boa ventilação. Como a bucha vegetal é longa, podendo chegar
a 1,5 m, é necessário espaço suficiente para manuseá-la, e acomodá-la.

Deve haver apoio (mesa, bancada ou cavalete com tábua de madeira) e cadeiras para a
execução das técnicas.

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II. REUNIR MATERIAL

Para este artesanato é utilizada bucha vegetal, bem como os seguintes utensílios e
ferramentas:

• Agulha de mão nº 1

• Agulha para costurar lã de 7 cm de comprimento

• Assadeira

• Balde grande

• Base de apoio de madeira (pedaço de tronco)

• Borrifador

• Caixa de papelão grande

• Colher de pau

• Estilete

• Fogão

• Jornal usado

• Luvas de PVC

• Máscara

• Marreta pequena ou martelo

• Panela grande

• Pegador

• Revólver de cola quente

• Tesoura de poda

• Tesoura

Precaução: Mantenha facas, tesouras e facões guardados em locais adequados e fora do


alcance das crianças e dos animais, evitando acidentes com ferimentos graves.

Atenção: As ferramentas devem ser limpas e guardadas após o uso, evitando que enferrugem
ou oxidem.

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III. COLETAR A BUCHA VEGETAL

1. PREPARE-SE PARA A ATIVIDADE, GARANTINDO


A SEGURANÇA

A parreira de bucha vegetal é um local onde se escondem


alguns animais peçonhentos como: cobras e aranhas.
Além disso, a atividade envolve risco, pois se manuseia
tesoura de poda.

Para evitar acidentes com animais peçonhentos e com


ferramentas, observe cuidadosamente o local e utilize os
EPIs: boné ou chapéu, luvas, botas de cano alto, calça
comprida, camisa de mangas compridas.

2. COLETE A BUCHA VEGETAL

2.1. Identifique a bucha vegetal que está 2.2. Corte no engaço, utilizando tesoura
no ponto de colheita de poda

Para se obter uma bucha vegetal clara e com fibras de qualidade, é preciso colher o fruto
antes da maturação completa, quando a casca apresentar a coloração verde mais claro e
amarelado.

Neste ponto, a bucha está mais clara e é mais fácil de eliminar as sementes e a mucilagem.

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IV. PREPARAR A BUCHA VEGETAL

1. SEPARE O MATERIAL

• Água

• Cloro: 1 litro

2. APERTE A BUCHA VEGETAL COM 3. RETIRE A CASCA PUXANDO COM AS


AS MÃOS, A FIM DE QUE A CASCA MÃOS
RACHE

4. RETIRE AS SEMENTES E A MUCILAGEM

4.1. Coloque a bucha vegetal sem casca 4.2. Segure na extremidade onde se
sobre a base de apoio encontrava o engaço

4.3. Martele suavemente em toda a


extensão da bucha vegetal

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4.4. Martele suavemente toda a bucha 5. L A V E A B U C H A E M Á G U A
vegetal, partindo do engaço para a CORRENTE, RETIRANDO O RESTO
extremidade oposta, expulsando a DE SEMENTES E MUCILAGEM
mucilagem e as sementes

Alerta Ecológico: As sementes podem ser plantadas, produzindo novos frutos, e as cascas
podem ser reaproveitadas como adubo orgânico.

6. CLAREIE A BUCHA VEGETAL, SE NECESSÁRIO

6.1. Coloque água em uma bacia 6.2. Acrescente 1 xícara de chá de cloro
para cada 5 litros de água

6.3. Mergulhe a bucha 6.4. Deixe nesta mistura até que a bucha
esteja clara

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Precaução: Para a manipulação de cloro recomenda-se o uso de luvas de procedimentos
e máscaras cirúrgicas, pois o contato com o produto pode provocar alergia e intoxicação.

Atenção: O tempo de clareamento da bucha vegetal depende da concentração de cloro


ativo. Produtos com maior concentração de cloro ativo clareiam as buchas em menor tempo.

6.5. Lave em água corrente 7. COLOQUE 1 MEDIDA DE AMACIANTE


PARA CADA 5 LITROS DE ÁGUA

8. MERGULHE A BUCHA LAVADA NA 9. SEQUE AO SOL


ÁGUA COM AMACIANTE

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V. TINGIR A BUCHA VEGETAL

O tingimento pode ser feito com a bucha vegetal fechada (inteira) ou aberta, dependendo
do uso que se fizer dela.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água

• Amaciante: 1 frasco

• Bucha preparada

• Corante para tingir tecidos na cor


desejada: 1 tubo

• Pedra-ume: 1 colher de sopa

2. ABRA A BUCHA

2.1. Corte a lateral da bucha com tesoura


ou estilete próximo ao miolo

2.2. Corte o miolo da bucha vegetal cuidadosamente, com tesoura ou estilete, evitando
que ela fure

Precaução: Deve-se ter cuidado ao manusear ferramentas perfurocortantes, evitando


acidentes como cortes.

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Os passos descritos a seguir podem ser utilizados para o tingimento da bucha aberta ou
fechada.

3. FERVA ÁGUA EM QUANTIDADE 4. ACRESCENTE O CORANTE PARA


S U F I C I E N T E PA R A C O B R I R A TINGIR TECIDO NA QUANTIDADE
BUCHA VEGETAL DESEJADA

Atenção: Caso se deseje obter um tom mais forte para a peça, deve-se acrescentar corante
à água.

5. MOLHE A BUCHA VEGETAL INTEIRA 6. MERGULHE A BUCHA VEGETAL NA


EM ÁGUA CORRENTE TINTURA, DEIXANDO-A SUBMERSA

7. FERVA POR 15 MINUTOS, MEXENDO 8. ACRESCENTE 1 COLHER DE SOPA


DE VEZ EM QUANDO DE PEDRA-UME PARA CADA DOIS
LITROS DE ÁGUA COM CORANTE
PARA FIXAR A COR

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9. MEXA

10. DESLIGUE O FOGO

11. DEIXE ESFRIAR

12. RETIRE AS BUCHAS COM PEGADOR 13. LAVE EM ÁGUA CORRENTE

14. MERGULHE A BUCHA VEGETAL EM 15. DEIXE SECAR À SOMBRA


ÁGUA COM AMACIANTE

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VI. ARMAZENAR A BUCHA VEGETAL PREPARADA

O armazenamento correto mantém a qualidade da bucha vegetal, evitando perda de material


por emboloramento.

As buchas vegetais podem ser armazenadas em saco plástico ou caixa de papelão.

1. SEPARE O MATERIAL

• Amarrio: 1 rolo

• Bucha vegetal preparada

• Caixa de papelão grande: 1 unidade

• Saco plástico de 100 litros: 1 unidade

2. ARMAZENE EM SACO PLÁSTICO

Atenção: Para este tipo de armazenamento, as buchas vegetais devem estar bem secas,
evitando emboloramento e perda de material.

2.1. Leve as buchas ao sol por 20 minutos 2.2. Deixe as buchas à sombra por 20
minutos

2.3. Coloque em saco plástico 2.4. Feche com amarrio

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3. ARMAZENE EM CAIXA DE PAPELÃO

A caixa de papelão, por ser porosa, absorve qualquer umidade que possa haver na bucha
vegetal, mantendo a bucha seca e protegida do ataque de fungos.

3.1. Leve as buchas ao sol por 20 minutos 3.2. Deixe as buchas à sombra por 20
minutos

3.3. Coloque as buchas em caixa de 3.4. Feche a caixa


papelão
3.5. Guarde em local protegido do sol e
da chuva

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VII. EXECUTAR A TÉCNICA DA AMARRAÇÃO

A técnica da amarração consiste em dar


formato à bucha inteira, amarrando suas
pontas e transformando-a em um pacote.

Para ilustrar essa técnica, são descritos


os passos para a confecção de uma
saboneteira.

1. CONFECCIONE A SABONETEIRA

1.1. Separe o material

• Borrifador: 1 unidade

• Bucha vegetal preparada: 1 unidade

• Sabonete de 90 g

• Sisal: 65 cm

1.2. Corte 20 cm de bucha vegetal 1.3. Corte o miolo da bucha vegetal


preparada, com ajuda do estilete ou cuidadosamente, com tesoura ou estilete,
tesoura evitando que ela fure

Precaução: Deve-se ter cuidado ao manusear ferramentas perfurocortantes, evitando


acidentes como cortes.

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1.4. Retire o miolo pela abertura mais 1.5. Achate a bucha vegetal com as mãos
larga da bucha vegetal

1.6. Coloque o sabonete 1.7. Centralize

1.8. Meça 65 cm de sisal 1.9. Corte dois pedaços

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1.10. Enrole o sisal em uma das pontas 1.12. Vire

1.11. Dê um nó 1.13. Dê um nó na outra extremidade

1.14. Dê um laço 1.16. Repita os passos 1.10 a 1.15 para


fechar o outro lado
1.15. Corte as pontas

Precaução: Para evitar o acúmulo de bactérias na bucha de banho, deve-se deixá-la secar
fora do ambiente do chuveiro ou colocar a bucha úmida no microondas por 20 segundos
para higienizá-la.

Precaução: Deve-se trocar a bucha periodicamente para evitar o acúmulo de bactérias.

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VIII. EXECUTAR A TÉCNICA DA MONTAGEM
BORDADA

A técnica da montagem bordada consiste


em dar formas à bucha vegetal, unindo suas
partes com ponto de bordado.

Para ilustrar essa técnica, são descritos os


passos para a confecção de uma bucha
vegetal em formato de fruta e um chinelo.

1. SEPARE O MATERIAL

• Agulha de mão nº 1: 1 unidade

• Agulha para costurar lã de 7 cm de


comprimento: 1 unidade

• Bucha vegetal preparada e tingida de


verde e de vermelho: 1 unidade de cada

• Bucha vegetal preparada na cor natural:


2 unidades

• Cola de tecido: 1 frasco

• Cordão rabo de rato para crachá: 50 cm

• Fitilho de cetim dourado 3 mm: 8 metros

• Fitilho de cetim verde e vermelho de 3 mm: 2 metros de cada

• Linha de costura: 1 retrós

2. CONFECCIONE A BUCHA DE BANHO

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2.1. Prenda, com agulha, o molde da 2.2. Corte a bucha de acordo com o
maçã (molde nº 1) sobre a bucha vegetal molde nº 1
vermelha
2.3. Repita os passos 2.1. a 2.2. para
obter mais duas partes

2.4. Prenda, com agulha, o molde da folha 2.5. Corte a bucha de acordo com o
(molde nº 2) sobre a bucha vegetal verde molde nº 2

2.6. Repita os passos 2.4. e 2.5. para


obter mais duas partes

2.7. Sobreponha as três partes vermelhas,


deixando os lados lisos da bucha para
fora

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2.8. Costure com fitilho de cetim, fazendo ponto caseado

2.8.1. Coloque o fitilho na agulha 2.8.2. Introduza a agulha na parte superior


e central da peça, de baixo para cima,
deixando 17 cm de sobra de fitilho

2.8.3. Introduza a agulha ao lado, de cima 2.8.5. Passe a agulha por dentro da argola
para baixo formada pelo fitilho

2.8.4. Puxe a agulha com o fitilho

2.8.6. Ajuste sem apertar 2.8.7. Introduza a agulha ao lado do primeiro


ponto, a 1 cm de distância

2.8.8. Puxe o fitilho

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2.8.9. Passe por dentro da argola formada 2.8.10. Ajuste sem apertar
pelo fitilho

2.8.11. Repita os passos 2.8.7. a 2.8.10. até 2.8.12. Passe o fitilho do início da peça pela
completar a borda da peça agulha

2.8.13. Introduza a agulha no primeiro ponto 2.8.14. Puxe

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2.8.15. Amarre os dois fitilhos próximo à 2.8.16. Dê 3 nós
borda da peça

2.8.17. Introduza uma das pontas na agulha 2.8.18. Introduza a agulha por dentro da
peça, para esconder o fitilho

2.8.19. Corte

2.8.20. Faça o mesmo com a outra ponta,


terminando o acabamento da costura

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2.8.21. Repita os passos descritos nos itens 2.7. a 2.8.20. para costurar a folha da peça

2.9. Prenda a folha na peça

2.9.1. Posicione a folha sobre a peça 2.9.2. Passe a agulha com cordão rabo de
rato, prendendo a folha à peça, de cima
para baixo

2.9.3. Volte a agulha com cordão acima do 2.9.4. Retire o cordão da agulha
primeiro ponto, de baixo para cima
2.9.5. Coloque o cordão de baixo na agulha

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2.9.6. Passe a agulha no buraco de cima

2.10. Finalize a peça

2.10.1. Dê um nó acima da folha 2.10.2. Finalize com um nó na ponta do


cordão

2.10.3. Corte as pontas do cordão 2.10.4. Passe cola de tecido nas pontas do
cordão para que não desfie

Precaução: Para evitar o acúmulo de bactérias na bucha de banho, deve-se deixá-la secar
fora do ambiente do chuveiro ou colocar a bucha úmida no microondas por 20 segundos
para higienizá-la.

Precaução: Deve-se trocar a bucha periodicamente para evitar o acúmulo de bactérias.

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3. CONFECCIONE O CHINELO

3.1. Faça a base do chinelo

3.1.1. Corte a lateral da bucha vegetal 3.1.2. Retire o miolo da bucha vegetal
cuidadosamente, com tesoura ou estilete,
evitando que ela fure 3.1.3. Reserve

Precaução: Deve-se ter cuidado ao manusear ferramentas perfurocortantes, evitando


acidentes como cortes.

3.1.4. Dobre a bucha aberta ao meio 3.1.5. Prenda, com alfinete, o molde do
pé esquerdo (molde nº 3) sobre a bucha
dobrada ao meio

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3.1.6. Corte dois pés esquerdos, de acordo 3.1.7. Prenda, com alfinete, o molde do pé
com o molde nº 3 direito sobre a bucha dobrada ao meio

O pé direito é feito com o lado avesso do


molde nº 3.

3.1.8. Corte dois pés direitos 3.1.9. Prenda com agulha o molde nº 4 da
parte superior do pé direito sobre a bucha
vegetal aberta

3.1.10. Corte

3.1.11. Repita os passos 3.1.9. a 3.1.10.


para a parte superior do pé esquerdo

Atenção: O molde do chinelo pode ser obtido sob medida, colocando-se o pé sobre uma
folha de sulfite e fazendo o contorno com o lápis.

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3.2. Faça as tiras do chinelo

3.2.1. Faça o molde da tira no papel sulfite


TAMANHO
TAMANHO DA TIRA
DO PÉ
15 cm + 11 cm para
33-34
acabamento
16 cm + 11 cm para
35-36
acabamento
17 cm + 11 cm para
37-38
acabamento
19 cm + 11 cm para
39-40
acabamento
3.2.1.1. Desenhe um retângulo com 6 cm de largura e altura de acordo com a numeração
do pé, conforme a tabela

3.2.1.2. Corte 3.2.2. Prenda o molde, com alfinete, sobre


a bucha aberta

3.2.3. Corte duas tiras

3.3. Monte o chinelo

3.3.1. Coloque uma das bases do pé direito


sobre a mesa, com a parte lisa voltada para
baixo

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3.3.1.1. Acomode os pedaços de miolo da 3.3.1.2. Vire
bucha sobre a base do pé direito
3.3.1.3. Corte as sobras

Atenção: Pode-se achatar o recheio utilizando o rolo de massa para que ele se acomode
melhor.

3.3.2. Coloque a ponta do pé direito entre a 3.3.3. Coloque a parte de cima do chinelo
sola e o recheio com a parte lisa voltada para cima

3.3.4. Corte um pedaço de fitilho de 40 cm 3.3.5. Passe a fita na agulha de lã

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3.3.6. Retire a sola 3.3.8. Coloque o molde sobre o chinelo

3.3.7. Reserve 3.3.9. Passe a agulha no local marcado do


meio dos dedos

3.3.10. Passe por todas as camadas de 3.3.11. Retire o molde


bucha

3.3.12. Volte a agulha, passando por todas 3.3.13. Iguale as pontas do fitilho
as camadas novamente

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3.3.14. Coloque a outra parte do pé direito 3.3.15. Coloque o molde sobre o chinelo

3.3.16. Coloque a tira no local marcado no 3.3.17. Prenda a tira com alinhave
molde, com a parte aberta voltada para fora,
abaixo do recheio, entrando 4 cm

3.3.18. Repita os passos 3.3.15. a 3.3.17.


para prender a outra tira

36 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.4. Costure o chinelo com o ponto caseado, iniciando pela tira

3.4.1. Coloque o fitilho na agulha 3.4.2. Introduza a agulha acima da tira, de


baixo para cima

3.4.3. Deixe uma sobra de fitilho para 3.4.4. Introduza a agulha ao lado do início
acabamento da costura, de cima para baixo

3.4.5. Puxe o fitilho, deixando uma argola 3.4.6. Passe a agulha de baixo para cima,
prendendo a tira

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 37


3.4.7. Passe a agulha por dentro da argola 3.4.8. Ajuste prendendo todas as camadas
formada pelo fitilho

Atenção: Ao costurar a tira, o ajuste deve ser mais firme para que ela não fique solta. Na
costura da borda do chinelo, sem as tiras, o ajuste deve ser mais solto, sem apertar, dando
melhor acabamento.

3.4.9. Introduza a agulha ao lado do primeiro 3.4.10. Puxe o fitilho


ponto, a 1 cm de distância

3.4.11. Passe por dentro da argola formada 3.4.12. Ajuste


pelo fitilho

38 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.4.13. Repita os passos 3.4.1. a 3.4.12 até 3.4.14. Dê três nós
completar a borda da peça

3.4.15. Puxe, com a agulha, o pedaço de 3.4.16. Ajuste


fitilho do início da peça para dentro do
chinelo 3.4.17. Faça o mesmo com a outra ponta,
terminando o acabamento da costura

3.4.18. Corte as sobras 3.5. Puxe os fitilhos do meio do dedo para


acomodar as camadas de bucha vegetal

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 39


3.6. Meça 2,5 cm de altura, partindo da 3.7. Dê um nó nessa altura
base

3.8. Meça as tiras pela parte interna, 3.9. Marque a medida com barbante
marcando a medida para o seu tamanho,
conforme a tabela descrita no item
3.2.1.1., na página 33

3.10. Cruze as tiras no local marcado 3.11. Aperte

40 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.12. Amarre com o fitilho do meio do 3.14. Corte as pontas no tamanho
dedo desejado para formar o laço

3.13. Dê três nós

3.15. Retire os barbantes com ajuda da 3.16. Abra as pontas


agulha

3.17. Modele o laço com as mãos 3.18. Corte o fitilho, deixando uma sobra
para decoração

3.19. Repita os passos 3.1.11. a 3.18. para


confeccionar o pé esquerdo

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 41


IX. EXECUTAR A TÉCNICA DA
COLAGEM E MODELAGEM

Essa técnica consiste em confeccionar


flores de diversos tipos, modelando suas
formas.

Para ilustrar essa técnica, são descritos os


passos para a confecção de um copo de
leite e uma flor do campo.

1. SEPARE O MATERIAL

• Bucha vegetal preparada na cor amarela: 1 unidade

• Bucha vegetal preparada na cor natural: 1 unidade

• Bucha vegetal preparada na cor roxa: 1 unidade

• Bucha vegetal preparada na cor verde


clara: 1 unidade

• Bucha vegetal preparada na cor verde


escura: 1 unidade

• Folha de sulfite: 1 unidade

• Galho de bambu: 2 unidades

• Jornal usado: 5 folhas

• Pimenta dedo-de-moça: 5 unidades

• Refil de cola quente: 2 unidades

• Sal: 1 colher de sopa

• Vinagre: ½ xícara de chá

2. CONFECCIONE O COPO DE LEITE

42 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.1. Transfira o molde para a folha de sulfite

2.1.1. Coloque uma folha de sulfite sobre os moldes nº 5, 6 e 7

2.1.2. Copie o desenho do molde 2.1.3. Corte

2.2. Achate os pedaços de bucha com 2.3. Prenda, com agulha, o molde da
a mão flor (molde nº 5) sobre a bucha vegetal
natural

2.4. Corte a bucha de acordo com o 2.5. Prenda, com agulha, o molde do
molde nº 5 pistilo (molde nº 6) sobre a bucha vegetal
amarela

2.6. Corte a bucha de acordo com o


molde nº 6

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 43


2.7. Coloque o molde da sépala (molde 2.8. Corte de acordo com o molde nº 7
nº 7) sobre a bucha verde

2.9. Faça o caule da flor

2.9.1. Corte um galho de bambu de 30 cm


de comprimento com tesoura de poda

2.9.2. Faça o tratamento do galho de bambu


contra insetos

2.9.2.1. Coloque o galho em uma assadeira

2.9.2.2. Cubra com água 2.9.2.3. Adicione uma colher de sopa de


sal na água

44 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.9.2.4. Adicione meia xícara de chá de 2.9.2.5. Adicione 5 pimentas dedo de moça
vinagre

2.9.2.6. Leve ao fogo

2.9.2.7. Ferva por 20 minutos

2.9.2.8. Desligue o fogo

2.9.2.9. Deixe esfriar

2.9.2.10. Seque à sombra sobre folhas de 2.10. Coloque um pingo de cola quente
jornal na parte inferior do pistilo

2.11. Cole o pistilo no caule, envolvendo-o

Atenção: Ao colar bucha vegetal com cola


quente, deve-se pressionar com os dedos
e aguardar que a cola esfrie para que a
colagem seja eficiente.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 45


2.12. Dobre o pistilo ao meio 2.13. Feche o pistilo com cola quente

2.14. Posicione o pistilo sobre a pétala 2.15. Coloque um pingo de cola na parte
inferior

2.16. Cole um dos lados da pétala 2.18. Cole o outro lado da base da flor
sobre o primeiro, fechando o copo de
2.17. Segure até a cola esfriar leite

2.19. Segure até a cola esfriar

46 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.20. Posicione a sépala sob a base da 2.21. Coloque um pingo de cola na base
flor, com o triângulo apontando para da flor
cima

2.22. Cole uma das pontas 2.23. Coloque um pingo de cola na ponta
colada

2.24. Cole a outra ponta da sépala 2.25. Modele a borda da flor com os
dedos

3. CONFECCIONE A FLOR DO CAMPO

3.1. Prenda, com agulha, o molde da flor


(molde nº 8) sobre a bucha de cor roxa

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 47


3.2. Corte de acordo com o molde nº 8 3.3. Coloque o molde do miolo (molde nº
9) sobre a bucha de cor natural

3.4. Corte de acordo com o molde nº 9 3.5. Coloque o molde do miolo (molde nº
10) sobre a bucha de cor amarela

3.6. Corte de acordo com o molde nº 10 3.7. Coloque o molde da folha (molde nº
11) sobre a bucha de cor verde escuro

3.8. Corte de acordo com o molde nº 11

48 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.9. Coloque o molde da folha (molde nº 3.10. Corte de acordo com o molde nº 11
11) sobre a bucha de cor verde claro

3.11. Faça o caule da flor seguindo os


passos descritos nos itens 2.9. a 2.9.2.10.

3.12. Monte a flor do campo

3.12.1. Dobre a flor em quatro 3.12.2. Corte o bico central, formando um


orifício

3.12.3. Dobre o miolo da flor ao meio 3.12.4. Faça uma pequena fenda com a
tesoura, no centro do miolo
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 49
3.12.5. Modele a bucha amarela, dando 3.12.6. Coloque cola no centro da bola
formato de uma bola

3.12.7. Coloque o bambu no centro com cola 3.12.9. Introduza o bambu pela fenda do
miolo da cor natural, deixando a parte
3.12.8. Aperte até que a cola esfrie crespa para cima

3.12.10. Coloque um pingo de cola quente 3.12.12. Introduza o bambu pelo orifício da
na base do miolo amarelo pétala roxa, deixando a parte lisa para cima

3.12.11. Cole a pétala da cor natural

50 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.12.13. Coloque dois pingos de cola quente 3.12.14. Cole a pétala roxa
abaixo da pétala natural

3.12.15. Coloque um pingo de cola na ponta 3.12.16. Cole na base da flor, próximo ao
da folha verde claro caule

3.12.17. Coloque um pingo de cola na ponta 3.12.18. Cole ao lado da folha verde claro,
da folha verde escuro próximo ao caule

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X. EXECUTAR A TÉCNICA MISTA

A técnica mista consiste em unir várias


técnicas para a montagem de bonecos,
como a modelagem, colagem e montagem.

Para ilustrar essa técnica são descritos os


passos para a confecção de uma boneca
e um anjo.

1. SEPARE O MATERIAL

• Acetona: 1 frasco

• Arame nº 20: 30 cm

• Bambu de 4 cm de diâmetro

• Base de unha incolor: 1 unidade

• Bola de isopor de 4 cm: 2 unidades

• Botão pequeno: 3 unidades

• Bucha vegetal natural preparada inteira: 4


unidades

• Bucha vegetal preparada, aberta, na cor bordô: 1 unidade

• Cordão de rami: um pedaço de 1,5 m e um pedaço de 50 cm

• Fitilho na cor bordô: 20 cm

• Fitilho na cor dourado: 1,5 m

• Flores secas de sempre-viva pequenas: 1 maço pequeno

• Gomo de bambu de 4 cm de diâmetro: 1 unidade

• Linha 10: 1 unidade

• Palha de milho: 3 unidades

• Palito de churrasco: 5 unidades

• Palito de dente: 5 unidades

• Refil de cola quente: 5 unidades

• Tinta PVA para artesanato nas cores marrom e rosa escuro: 1 frasco pequeno

52 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2. CONFECCIONE A BONECA

2.1. Confeccione a cabeça da boneca

2.1.1. Fure a bola de isopor com o palito de 2.1.2. Retire o palito


churrasco

2.1.3. Coloque um pingo de cola quente no 2.1.4. Coloque o palito de churrasco na bola
orifício de isopor

6 cm

2.1.5. Corte o palito, deixando 6 cm 2.1.6. Molhe uma palha do tamanho


suficiente para cobrir a bola
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 53
2.1.7. Coloque a bola sobre a palha, 2.1.8. Estique a palha
deixando o lado liso para fora
2.1.9. Torça
Atenção: Para ter um bom acabamento, é necessário deixar a parte lisa para fora a fim de
facilitar o desenho do rosto.

2.1.10. Estique a palha do lado de trás da 2.1.11. Junte a palha na base, formando o
cabeça, tampando toda a bola pescoço

2.1.12. Amarre o pescoço com linha 10 2.1.13. Cubra o pescoço com um pedaço
de bucha

2.1.14. Cole na parte de trás

Atenção: Ao colar bucha vegetal com cola quente, deve-se pressionar com os dedos e
aguardar que esfrie para que a colagem seja eficiente.

54 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.1.15. Modele dois pedaços de bucha, de
maneira que cada pedaço cubra metade da
circunferência da cabeça

2.1.16. Cole dando formato ao cabelo

2.1.17. Corte tiras finas de bucha 2.1.18. Modele com as mãos

2.1.19. Cole cobrindo o resto da cabeça 2.1.20. Corte uma tira fina de bucha de
aproximadamente 20 cm x 2 cm

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 55


2.1.21. Torça toda a extensão 2.1.22. Modele um coque enrolando como
um caracol

2.1.23. Cole o coque na base da cabeça

2.2. Confeccione as partes do corpo da


boneca

2.2.1. Corte a bucha inteira em tamanho que


respeite a proporção cabeça/corpo

56 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


A anatomia do corpo humano possui a seguinte proporção:
o tamanho do corpo é 7 vezes e meia o tamanho da cabeça.

Para a figuração (confecção de bonecas) utiliza-se a proporção


de 5 vezes o tamanho da cabeça, para que a peça não fique
muito longa.

Atenção: Para fins didáticos, é utilizada uma cabeça de 4 cm


e corpo de 20 cm.

2.2.2. Confeccione os braços da boneca com a manga do casaco

Atenção: O tamanho do braço é aproximadamente a metade do comprimento do corpo,


para que fique proporcional.

2.2.2.1. Corte dois pedaços de bucha 2.2.2.2. Prenda, com alfinete, o molde da
vegetal na cor natural, formando um manga (molde nº 12) sobre a bucha vegetal
retângulo de 12 cm x 2 cm na cor bordô

2.2.2.3. Corte dois pedaços de acordo com 2.2.2.4. Dobre ao meio um dos pedaços de
o molde nº 12 bucha vegetal da cor natural
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2.2.2.5. Aperte a bucha, a 2 cm da dobra, 2.2.2.6. Coloque um pingo de cola quente
modelando as mãos da boneca por dentro da bucha, na altura do pulso da
boneca

2.2.2.7. Aperte para colar

2.2.2.8. Repita os passos 2.2.2.4. a 2.2.2.7. 2.2.2.9. Posicione a manga 1,5 cm acima
para o outro braço do início do pulso

2.2.2.10. Centralize o braço no quadrado

2.2.2.11. Coloque um pingo de cola do lado 2.2.2.14. Feche a manga colando com cola
de dentro do início da manga quente, aos poucos

2.2.2.12. Aperte para colar

2.2.2.13. Vire o braço com a manga

58 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.2.2.15. Preencha os braços com restos
de bucha

2.2.2.16. Confeccione o outro braço


seguindo os passos 2.2.2.9. a 2.2.2.15.

2.3. Confeccione as partes do casaco da boneca

2.3.1. Coloque o molde do casaco (molde 2.3.2. Corte a bucha de acordo com o molde
nº 13) sobre a bucha na cor bordô nº 13

2.3.3. Coloque o molde da gola (molde nº 2.3.4. Corte de acordo com o molde nº 14
14) sobre a bucha na cor bordô

2.4. Confeccione o chapéu da boneca

2.4.1. Achate um pedaço de bucha bordô


com as mãos

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 59


2.4.2. Prenda, com agulha, o molde do 2.4.3. Corte dois pedaços iguais de acordo
chapéu (molde nº 16) sobre a bucha com o molde nº 16

2.4.4. Modele um dos pedaços formando a 2.4.5. Passe a cola na borda da copa,
copa do chapéu tomando cuidado para não ficar aparente

2.4.6. Cole sobre o outro círculo, 2.4.7. Enfeite com um fitilho e pedaços de
centralizando buchas desfiadas de outras cores

2.5. Confeccione o cesto de flores

2.5.1. Coloque o molde do cesto (molde nº 2.5.2. Corte de acordo com o molde nº 15
15) sobre a bucha na cor natural

60 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.5.3. Dobre a ponta da bucha, deixando a 2.5.4. Cole as laterais com cola quente
lateral do cesto com 5 cm

2.6. Confeccione o guarda chuva

2.6.1. Corte um pedaço de arame de 14 cm 2.6.2. Dobre uma das extremidades no


formato de cabo de guarda-chuva

2.6.3. Encape o arame com fitilho 2.6.3.2. Enrole a ponta do fitilho

2.6.3.1. Coloque cola na ponta do arame 2.6.3.3. Enrole o fitilho em volta do cabo

2.6.3.4. Cole no final 2.6.4. Corte o miolo de uma bucha, no


tamanho de 7 cm

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 61


2.6.5. Corte o centro da bucha com tesoura

2.6.6. Cole o arame dentro da bucha

2.6.7. Corte um pedaço de palha 2.6.8. Dobre a lateral

2.6.9. Enrole 2.6.10. Cole

62 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.6.11. Faça uma fenda na ponta da bucha, 2.6.12. Cole a palha enrolada nesta fenda
com tesoura

2.7. Monte a boneca

2.7.1. Ajuste a parte superior do corpo da 2.7.2. Corte o miolo da parte superior do
boneca com as mãos corpo da boneca, abrindo uma fenda com
tesoura

2.7.3. Coloque cola quente na fenda 2.7.4. Coloque a cabeça da boneca deixando
1,5 cm de pescoço

2.7.5. Coloque o casaco da boneca, 2.7.6. Coloque um pingo de cola quente no


acomodando na altura do pescoço peito da boneca
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 63
2.7.7. Aperte o casado sobre a cola 2.7.8. Coloque um pingo de cola quente
sobre o casaco

2.7.9. Aperte a outra ponta do casaco sobre 2.7.10. Coloque cola quente no braço
a cola

2.7.11. Cole o braço abaixo do ombro, 2.7.12. Cole o outro braço na mesma
deixando a emenda da manga para baixo direção do primeiro

2.7.13. Posicione a gola sobre o casaco 2.7.14. Coloque um pingo de cola quente
na parte de trás do casaco

64 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.7.15. Coloque dois pingos de cola quente 2.7.16. Cole a gola
na parte da frente do casaco, na altura da
gola

2.8. Coloque os botões no casaco

2.8.1. Passe a linha pelos buracos dos 2.8.2. Dê um nó


botões

2.8.3. Corte as sobras de linha 2.8.4. Coloque um pingo de cola sobre o nó

2.8.5. Cole os botões no casaco

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2.9. Desenhe o rosto da boneca

2.9.1. Dilua base de unha com acetona 2.9.2. Passe base de unha diluída no rosto
da boneca

2.9.3. Deixe secar

Atenção: O uso da base de unha facilita a correção do desenho do rosto com água, em
caso de erros.

2.9.4. Corte a ponta de um palito de dente 2.9.5. Desenhe a sobrancelha e a boca com
com tesoura a ponta do palito que não foi cortada

2.9.6. Desenhe os olhos com a ponta do 2.10. Corte uma tira de bucha grossa
palito cortada de 3 cm de largura, no comprimento do
diâmetro da barra da saia mais 15 cm

66 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.11. Cole a tira aos poucos, franzindo 2.12. Nivele a barra com tesoura, a fim
até completar a borda da saia de que a boneca fique em pé

2.13. Posicione o cesto de flores 2.14. Cole as mãos sobre o cesto

2.15. Coloque cola abaixo do chapéu 2.16. Cole o chapéu

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2.17. Pendure o guarda-chuva no braço
da boneca

3. CONFECCIONE O ANJO

3.1. Confeccione a cabeça do anjo

3.1.1. Corte um quadrado de bucha de 17 3.1.2. Achate a bucha com as mãos


cm de lado

3.1.3. Envolva a bola com a bucha, deixando 3.1.4. Ajuste na base


o lado liso para fora

68 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.1.5. Amarre a base com fio encerado

3.1.6. Corte as sobras, deixando 1,5 cm, dando início ao cabelo

3.1.7. Faça uma fenda com palito de 3.1.8. Retire o palito de churrasco
churrasco, no lado oposto ao da amarração,
deixando-a um pouco mais para trás

3.1.9. Coloque um pingo de cola na fenda 3.1.10. Cole o palito de churrasco

3.1.11. Corte o palito de churrasco deixando


10 cm

3.1.12. Escolha o lado para o rosto do anjo

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 69


3.1.13. Faça tiras com as sobras da bucha, 3.1.14. Enrole cada pedaço como um
de aproximadamente 1 cm caracol

3.1.15. Coloque cola em um dos lados do 3.1.16. Cole na cabeça do anjo, começando
caracol pela parte de trás

3.1.17. Preencha os espaços vazios, 3.1.18. Cole caracóis de 1 cm na franja


formando o cabelo

70 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.1.19. Cole um pedaço de bucha no 3.1.20. Corte o palito abaixo da bucha
pescoço, cobrindo o palito

3.2. Confeccione o corpo do anjo

A anatomia do corpo humano possui a seguinte proporção:


o tamanho do corpo é 7 vezes e meia o tamanho da cabeça.

Para a figuração (confecção de anjos) utiliza-se a proporção


de 5 vezes o tamanho da cabeça, para que a peça não fique
muito longa.

Atenção: Para fins didáticos, é utilizada uma cabeça de 4 cm


e corpo de 20 cm.

25 cm

25 cm

3.2.1. Faça o molde do corpo do anjo, de 3.2.2. Prenda, com agulha, o molde sobre
acordo com o esquema acima a bucha vegetal

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3.2.3. Corte de acordo com o molde 3.2.4. Feche o cone com cola quente,
deixando a parte crespa para fora
Atenção: Se a largura da bucha for insuficiente para o molde, deve-se emendá-la com cola
quente.

3.2.5. Corte o bico do cone

3.3. Confeccione a pala do anjo

3.3.1. Coloque a bucha sobre o molde nº 17 3.3.2. Corte de acordo com o molde nº 17

3.4. Confeccione as mangas da roupa


do anjo

3.4.1. Prenda o molde nº 18 sobre a bucha

72 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.4.2. Corte dois pedaços de acordo com o
molde nº 18

3.5. Confeccione o braço

3.5.1. Prenda o molde nº 19 sobre a bucha 3.5.2. Corte dois pedaços de acordo com o
molde nº 19

3.5.3. Dobre ao meio um dos braços 3.5.4. Cole a ponta de uma das extremidades

3.5.5. Aperte a outra extremidade, formando


o pulso

3.5.6. Cole o pulso

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 73


3.5.7. Cole a ponta das mãos 3.5.8. Corte as pontas das mãos dando
formato arredondado

3.5.9. Repita os passos 3.5.1. ao 3.5.8. para


confeccionar o outro braço

3.6. Confeccione as asas

3.6.1. Prenda o molde nº 20 sobre a bucha 3.6.2. Corte de acordo com o molde nº 20

3.7. Confeccione a auréola

3.7.1. Corte um pedaço de arame de 30 cm 3.7.2. Passe o arame em volta do bambu


(4 cm de diâmetro), unindo as duas pontas

74 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.7.3. Acomode o arame em volta do bambu, 3.7.4. Torça o arame até o final
formando uma circunferência

3.7.5. Retire o arame do bambu 3.7.6. Corte as pontas

3.7.7. Dê o formato da auréola

3.7.8. Forre a auréola com tiras de palha de milho

3.7.8.1. Coloque um pingo de cola quente 3.7.8.2. Cole a tira de palha de milho
no início do arame torcido próximo à auréola

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 75


3.7.8.3. Enrole a tira de palha pela auréola 3.7.9. Cole ao final da tira de palha de milho

3.7.10. Continue a forrar colando novas tiras 3.7.11. Cubra toda a auréola

3.8. Monte o anjo

3.8.1. Coloque cola quente na ponta do


cone, por dentro

3.8.2. Introduza a cabeça do anjo, deixando 3.8.4. Dobre o triângulo da manga, unindo
uma sobra de um dedo para o pescoço as laterais

3.8.3. Cole

76 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.8.5. Passe cola, unindo as laterais 3.8.7. Modele a manga com as mãos

3.8.6. Segure até a cola esfriar

3.8.8. Defina o local para as mangas 3.8.10. Cole com cola quente, ao longo do
comprimento da manga
3.8.9. Mantenha as mangas no local definido

3.8.11. Faça a outra manga seguindo os 3.8.12. Coloque os braços


itens 3.8.4. ao 3.8.10.
3.8.12.1. Posicione um braço por dentro da
manga, encontrando a posição correta

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 77


3.8.12.2. Coloque cola por dentro da manga,
no local definido para fixar o braço

3.8.12.3. Cole o braço

3.8.12.4. Repita os passos 3.8.12.1. a


3.8.12.3. para colar o outro braço

3.8.13. Coloque a pala no pescoço do anjo, 3.8.14. Cole a parte de trás


com a abertura voltada para trás

3.8.15. Cole a asa 3.8.15.2. Aperte até a cola secar

3.8.15.1. Passe cola nas laterais

3.8.15.3. Tire as rebarbas, igualando a asa 3.8.15.4. Cole a outra asa

3.8.15.5. Iguale as asas, com tesoura

78 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.8.15.6. Posicione as asas nas costas do 3.8.15.7. Retire uma asa
anjo

3.8.15.8. Passe cola na lateral da asa

3.8.15.9. Posicione a outra asa sobre a cola 3.8.15.10. Segure até esfriar

3.8.15.11. Retire a outra asa 3.8.15.12. Passe cola na lateral da asa


colada

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 79


3.8.15.13. Segure até esfriar 3.8.15.14. Passe cola entre as asas coladas

3.8.15.15. Segure as asas até esfriar

3.8.16. Coloque a auréola 3.8.16.2. Coloque cola no furo

3.8.16.1. Fure a cabeça do anjo no local


definido para a auréola, com um palito de
churrasco

3.8.16.3. Coloque a auréola no furo 3.8.17. Faça o laço do pescoço

3.8.17.1. Junte o fitilho dourado, o cordão


de rami e o fio dourado, igualando as pontas

80 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.8.17.2. Coloque-os sobre os 4 dedos da 3.8.17.6. Retire os dedos
mão, deixando 5 cm de sobra
3.8.17.7. Junte no meio
3.8.17.3. Segure com o dedão

3.8.17.4. Abra levemente os dedos

3.8.17.5. Enrole até o final

3.8.17.8. Prenda o meio com fio de rami, 3.8.17.9. Amarre as duas pontas de fio rami
dando voltas, deixando uma sobra de 10 cm atrás do laço

3.8.18. Coloque cola quente na parte de 3.8.19. Cole no pescoço do anjo


trás do laço

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 81


3.8.20. Corte um retângulo de bucha verde 3.8.21. Dobre ao meio
no tamanho 7 cm x 12 cm

3.8.22. Defina o local para colar o livro 3.8.24. Cole uma das mãos

3.8.23. Segure

3.8.25. Cole a outra mão

82 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


XI. LIMPAR O LOCAL

Os materiais utilizados devem ser limpos


e guardados após o uso e o local deve ser
varrido, retirando-se os resíduos, colas,
restos de materiais e pó que ficaram sobre
as mesas, cadeiras e no chão.

XII. COMERCIALIZAR A PRODUÇÃO

1. CADASTRE-SE COMO ARTESÃO

No Estado de São Paulo, a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades


(SUTACO) é a responsável por cadastrar os artesãos.

A Carteira de Identificação de Artesão é emitida após avaliar, classificar e quantificar o


artesanato produzido. Àquele que é cadastrado é permitida a utilização de serviços de
emissão de nota fiscal, cursos de qualificação e requalificação profissional, divulgação, apoio
à comercialização, exportação, consulta à biblioteca especializada, acesso ao microcrédito,
com financiamento do Banco do Povo, com juros de 1% ao mês e orientação técnica e jurídica.

Para fazer o cadastro, o artesão passa por uma entrevista e o seu trabalho é avaliado por
uma Comissão Técnica que classifica o produto, a matéria-prima e a produção.

O Artesão deve comparecer pessoalmente à entrevista levando:

- Carteira de Identidade - original e cópia;

- CPF - original e cópia;

- Comprovante de residência: conta de luz, de telefone ou envelope dos Correios com


carimbo - cópia;

- 1 (uma) fotografia 2x2 colorida, atual e sem uso.

Após a entrevista, é feita a avaliação do artesanato e um teste de confecção na presença da


Comissão Técnica da Sutaco. Portanto, o artesão também deve levar, no mínimo, 3 (três)
trabalhos de técnicas diferentes que se queira cadastrar e o material necessário para se
confeccionar 1 (uma) peça de cada técnica para o teste.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 83


Caso não seja possível executar a técnica no local da entrevista, deve-se trazer peças
em três fases diferentes do processo de confecção, ou seja: uma no início, uma na fase
intermediária e uma na fase final. Contudo, o artesão deverá completar uma das fases na
presença da Comissão Técnica, preferencialmente.

O artesão que pretende comercializar seu produto por intermédio da Sutaco deve entregar
junto à Seção de Comercialização e Exportação um portfólio com fotos do trabalho
desenvolvido e uma lista de preços para análise.

2. PESQUISE SOBRE O MERCADO CONSUMIDOR

Se há intenção de comercializar as peças artesanais, o primeiro passo é pesquisar se há


mercado consumidor.

Dessa forma, o conceito de comercialização começa com a existência de consumidores e


suas necessidades. No caso do artesanato, essas necessidades podem ser de produtos
decorativos ou utilitários para casa, ou de produtos para uso pessoal ou uso diário na lida
rural.

3. DEFINA O CUSTO DE CADA PEÇA

3.1. Faça uma lista de todos os materiais e produtos utilizados exclusivamente na


confecção da peça e seu respectivo preço de mercado, compondo uma planilha como
mostrado abaixo:

CUSTOS VARIÁVEIS

Unidade de
medida Quantidade Preço Unitário de VALOR TOTAL
Material
(kg, gramas, litro, (1) Mercado (2) (3)=(1) x (2)
unidade)
Tinta frasco 3 R$ 0,50 R$ 1,50
Refil de cola quente unidade 2 R$ 0,50 R$ 1,00
Goma laca frasco 1 R$ 1,00 R$ 1,00
Pincel 1 unidade 1 R$ 0,50 R$ 0,50
TOTAL R$ 4,00

A soma total da coluna (3) é o custo total do material utilizado na peça.

84 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.2. Considere o custo de transporte, embalagem, energia elétrica, gás, água, aluguel,
telefonia, impostos, etc. que devem ser somados ao custo inicial (obtido na coluna
3). Por exemplo:

CUSTOS FIXOS

Energia elétrica R$ 0,50


Transporte R$ 4,00
TOTAL R$ 4,50

3.3. Considere o valor do tempo gasto na confecção da peça. Apesar de ser difícil de
calcular, deve ser incluído no cálculo do custo, inclusive considerando a experiência
do artesão. Por exemplo:

3.3.1. Determine um valor que deseja receber por mês, por exemplo: R$ 1.000,00

3.3.2. Divida este valor por 22 dias úteis: R$ 1.000,00 ÷ 22 = R$ 45,45

3.3.3. Divida o valor obtido por 8 horas de trabalho diário: R$ 45,45 ÷ 8 = R$ 5,68

3.3.4. Multiplique esse valor pelas horas trabalhadas para a produção da peça, por exemplo:
5 horas trabalhadas x R$ 5,68 = R$ 28,40

3.4. O custo da peça é o resultado da soma dos itens 3.1, 3.2, 3.3 = R$ 36,90 mais 50%
de margem de lucro = R$ 55,35

A porcentagem da margem de lucro pode variar, dependendo se o fornecimento de peças


é no atacado (menor margem de lucro) ou no varejo (maior margem de lucro).

3.5. Considere a qualidade da peça confeccionada em relação àquelas semelhantes


existentes no mercado.

3.6. Pesquise no mercado o preço de produtos similares, para serem usados como
referência na determinação do preço final de venda, não esquecendo que ele deve
ser competitivo.

4. ORGANIZE-SE EM GRUPOS COMUNITÁRIOS

A organização comunitária tem um papel importante na confecção e comercialização das


peças. Os artesãos podem se organizar em grupos de compra, de venda ou de produção,
podendo chegar até a formação de associações ou cooperativas.

Comprar em grupo é uma forma de organização por meio da qual se pode adquirir produtos,
ferramentas e outros materiais para serem usados de maneira coletiva, facilitando o acesso
de todos os envolvidos na produção artesanal.

Quando a compra é coletiva, a quantidade necessária aumenta; consequentemente, o custo


pode ser negociado, e o transporte da mercadoria adquirida tem custo reduzido.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 85


O grupo de venda parte do mesmo princípio associativo, no qual as pessoas se organizam
para vender sua produção, de forma a conseguir o melhor preço de mercado possível e
formas de escoamento da produção.

A maior conquista desses grupos é quando conseguem eliminar o “atravessador”, fazendo


com que a produção artesanal chegue ao consumidor com preços mais acessíveis.

Organizando-se, os artesãos podem obter melhor acesso a cursos de aprimoramento,


podem atribuir uma marca que dê identidade aos seus produtos, além de, cada vez mais,
melhorar a qualidade dos artefatos.

5. DEFINA AS ESTRATÉGIAS DE VENDA

Os pontos de venda devem ser estrategicamente planejados levando-se em conta o perfil


do público, a localidade, a disposição dos produtos a serem comercializados e a época do
ano em função da matéria-prima.

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MOLDES ANEXOS

MAÇÃ

MOLDE Nº 1

MOLDE Nº 2

Folha

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1,5cm
MOLDE Nº 3
CHINELO

Formato
do pé

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CHINELO

MOLDE Nº 4

Direito

Esquerdo

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FLOR COPO DE LEITE

MOLDE Nº 5

Pétala do
copo de
leite

MOLDE Nº 7

Sépala do copo
de leite
MOLDE Nº 6

Miolo do copo
4 cm

de leite

4 cm

90 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


FLOR

MOLDE Nº 9
Miolo natural
da flor
MOLDE Nº 8

Miolo da flor

MOLDE Nº 11
MOLDE Nº 10 Folha da flor

Miolo amarelo
da flor

BONECA

MOLDE Nº 12

manga do casaco
7 cm
da boneca

8 cm

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BONECA

MOLDE Nº 13

MOLDE Nº 14

Gola da boneca

92 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


BONECA

MOLDE Nº 15

cesto de flor da
boneca

MOLDE Nº 16

Chapéu
da boneca

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ANJO

MOLDE Nº 17

Pala do anjo

94 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


ANJO

MOLDE Nº 18

Manga do anjo

MOLDE Nº 19

6 cm

Braço do anjo 1,5 cm

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ANJO

MOLDE Nº 20

Asa do anjo

96 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


BIBLIOGRAFIA

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passos. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=b2U7nflFG4s>. Acesso em:
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Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/tem-
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regiao-noroeste-paulista/5787179/>. Acesso em: 23 maio 2017.

BUCHA vegetal pode ser criadouro de bactérias; sabia como evitar. Disponível em:
<http://www.mulher.com.br/9955/bucha-vegetal-pode-ser-criadouro-de-bacterias-sabia-
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. ADMINISTRAÇÃO CENTRAL.


Atividades da promoção social. 3. ed. atual. São Paulo: SENAR, 2005. 52 p.

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Elaboração de conteúdos programáticos das atividades da promoção social. 3. ed.
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Produção de cartilhas para a formação profissional rural e promoção social. 3. ed.
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