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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ARTESANATO VI

ARTESANATO COM GALHOS


E TRONCOS DE CAFÉ -
UTILITÁRIOS E DECORATIVOS
AMARRAÇÃO, CAVILHA, MONTAGEM, MISTA E MARCHETARIA

“O SENAR-AR/SP está permanentemente


CONTRATO empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

JOSÉ CANDEO SERGIO ANTONIO EXPRESSÃO


Vice-Presidente Diretor 2º Secretário

EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO MARIA LÚCIA FERREIRA


Vice-Presidente Diretor 3º Secretário

MARCIO ANTONIO VASSOLER LUIZ SUTTI


Vice-Presidente Diretor 1º Tesoureiro

TIRSO DE SALLES MEIRELLES PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI


Vice-Presidente Diretor 2º Tesoureiro

ADRIANA MENEZES DA SILVA WALTER BATISTA SILVA


Diretor 1º Secretário Diretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL


ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONSELHO ADMINISTRATIVO

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

DANIEL KLÜPPEL CARRARA SUSSUMO HONDO


Representante da Administração Central Representante do Segmento das Classes Produtoras

ISAAC LEITE CYRO FERREIRA PENNA JUNIOR


Presidente da FETAESP Representante do Segmento das Classes Produtoras

MÁRIO ANTONIO DE MORAES BIRAL


Superintendente

SÉRGIO PERRONE RIBEIRO


Coordenador Geral Administrativo e Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ARTESANATO COM GALHOS E


TRONCOS DE CAFÉ - UTILITÁRIOS
E DECORATIVOS
AMARRAÇÃO, CAVILHA, MONTAGEM, MISTA E MARCHETARIA

SENAR-AR/SP
São Paulo - 2017
IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

SUPERVISÃO GERAL
Claudete Morandi Romano
Chefe da Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP

RESPONSÁVEL TÉCNICO
Isabela Pennella
Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP

AUTORA
Maria de Fátima Padoan
Artista Plástica

REVISÃO GRAMATICAL DIAGRAMAÇÃO


André Pomorski Lorente Thais Junqueira Franco
Diagramadora do SENAR-AR/SP
FOTOS
AGRADECIMENTOS
Vinícius Cordeiro
Sindicato Rural de Serra Negra

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Carolina Malange Alves CRB-8/7281

Padoan, Maria de Fátima


Artesanato com galhos e troncos de café - utilitários e
decorativos : amarração, cavilha, montagem, mista e marchetaria
/ Maria de Fátima Padoan. – São Paulo : SENAR, 2017.
69 p. : il. color. ; 30 cm

Bibliografia
ISBN 978-85-99965-80-1

1. Artesanato – café I. Padoan, Maria de Fátima II. Título

CDD 745.5

Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a ex-
pressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
Material impresso no SENAR-AR/SP

4 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO..............................................................................................................................................7

INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................9

CONFECÇÃO ARTESANAL DE ARTEFATOS UTILITÁRIOS E DECORATIVOS COM GALHOS E


TRONCOS DE CAFÉ......................................................................................................................................... 9

I. PREPARAR O LOCAL DE TRABALHO...................................................................................................... 10

II. REUNIR MATERIAL.................................................................................................................................... 11

III. COLETAR GALHOS, TRONCOS E FOLHAS DE CAFÉ .......................................................................... 12

IV. PREPARAR OS GALHOS, TRONCOS E FOLHAS DE CAFÉ.................................................................. 12

V. TRATAR A MATÉRIA-PRIMA...................................................................................................................... 13

VI. ARMAZENAR A MATÉRIA-PRIMA............................................................................................................ 17

VII. EXECUTAR A TÉCNICA DA ESQUELETIZAÇÃO................................................................................... 17

VIII. EXECUTAR A TÉCNICA DA AMARRAÇÃO........................................................................................... 22

IX. EXECUTAR A TÉCNICA DA CAVILHA...................................................................................................... 32

X. EXECUTAR A TÉCNICA MISTA.................................................................................................................. 41

XI. EXECUTAR A TÉCNICA DA MARCHETARIA........................................................................................... 52

XII. LIMPAR O LOCAL.................................................................................................................................... 64

XIII. COMERCIALIZAR A PRODUÇÃO........................................................................................................... 64

BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................................67

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 5


APRESENTAÇÃO

O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR, criado em 23 de
dezembro de 1991 pela Lei n.º 8.315 e regulamentado em 10 de junho de 1992
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
teve a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São


Paulo – FAESP, o SENAR-AR/SP tem como objetivo organizar, administrar e executar, em
todo o Estado de São Paulo, o ensino de Formação Profissional e de Promoção Social
Rurais dos pequenos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares que atuam na
produção primária de origem animal e vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio
e na prestação de serviços rurais.

A Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP, com o intuito


de contribuir para a melhoria da qualidade das atividades desenvolvidas, apresenta esta
cartilha relacionada à linha de ação Artesanato.

As atividades da linha de ação Artesanato da Promoção Social do SENAR/AR-SP têm


por finalidade a produção artesanal de objetos úteis, artísticos e decorativos, utilizando
matéria-prima disponível na região. O Artesanato rural deve contribuir para a preservação e
divulgação das expressões culturais regionais. Pode ou não ter fim comercial, estimulando
a organização de grupos.

As atividades relacionadas a esta área tem caráter educativo e preventivo e apresenta


informações básicas sobre a extração e coleta da matéria-prima, respeitando a legislação
ambiental, buscando a produção artesanal com sustentabilidade.

As cartilhas são recursos instrucionais de extrema relevância para o processo de Promoção


Social e, seguindo metodologia própria, constituem um reforço para o conhecimento
adquirido pela família rural nas atividades promovidas pelo SENAR-AR/SP em todo o
Estado.

Fábio de Salles Meirelles

Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

“PLANTE, CULTIVE E COLHA A PAZ”

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INTRODUÇÃO

Nesta cartilha, são descritas técnicas artesanais para confecção de artefatos decorativos
utilizando como matéria-prima os galhos e troncos de café.

Mesmo considerando as técnicas descritas e suas respectivas peças, pode-se obter objetos
diferenciados feitos com essa matéria-prima, variando de artesão para artesão, conforme
sua criatividade.

Contém informações sobre o preparo do local, a coleta e o preparo da matéria-prima, seu


tratamento, execução das técnicas e acabamento, além de noções de comercialização.

Trata, também, dos cuidados necessários para evitar acidentes e ainda informa sobre os
aspectos de preservação do meio ambiente e assuntos que possam interferir na melhoria
da qualidade dos artefatos produzidos.

CONFECÇÃO ARTESANAL DE ARTEFATOS


UTILITÁRIOS E DECORATIVOS COM GALHOS E
TRONCOS DE CAFÉ
No meio rural, a atividade artesanal faz parte do cotidiano das pessoas. São confeccionados
artefatos de utilidade doméstica e/ou para a lida rural, ou ainda objetos para decoração,
utilizando, muitas vezes, matéria-prima obtida na natureza. O artesanato rural proporciona
renda extra no orçamento familiar do homem do campo. É desenvolvido de forma sustentável,
com vistas à preservação ambiental, e permite a difusão cultural. Com o advento da atividade
de Turismo Rural, o artesanato rural ganhou destaque na confecção de peças, promovendo
a cultura e a tradição locais.

As peças artesanais possuem diversos elementos de arte. Ao ser confeccionado, cada novo
objeto é recriado, dependendo das condições do material a trabalhar e dos instrumentos
empregados. Cada nova forma surge como recriação, com o toque pessoal do artesão.

Nesta cartilha, a matéria-prima são os galhos e troncos de café.

Historicamente, a semente do café só foi utilizada para produzir bebidas após o século
X, quando o seu consumo passou a se disseminar pelo Oriente Médio. A Europa teve
contato com o produto em larga escala a partir do século XVII por meio do comércio no
Mediterrâneo. No século XVIII cafeterias se espalharam pela Europa e o fruto ficou muito
conhecido.

A valorização da semente levou o café para vários continentes, incluindo o Brasil no século
XVIII.

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A semente do cafeeiro (café) é uma pequena esfera verde, a qual se torna vermelha quando
atinge o estado maduro para a colheita. O fruto possui duas pequenas sementes semi-
esféricas com seus lados planos virados para si. A semente possuiu grande importância
comercial, sendo usada para produzir o café (bebida), que se constitui em um produto de
exportação significativo para muitos países.

Com a planta do café e seus produtos confeccionam-se diversas peças, como topiarias,
arranjos, quadros, porta-retratos, caixas, pulseiras, etc.

A proposta da confecção de artefatos utilitários com galhos e troncos de café é a de aproveitar


produtos facilmente encontrados na natureza, configurando-se na expressão criativa do
artesão, além de proporcionar uma alternativa para complementar a renda da família rural.

Existem várias técnicas para a produção artesanal utilizando os subprodutos da lavoura de


café, tais como a amarração, cavilha, montagem mista e marchetaria.

Vale ressaltar que, mesmo considerando uma idêntica técnica, é comum existirem maneiras
diferenciadas de se confeccionar as peças, as quais variam de artesão para artesão,
podendo conduzir ao mesmo resultado, com o mesmo nível de qualidade. Além disso, cada
pessoa deve explorar, ao máximo, a sua criatividade.

I. PREPARAR O LOCAL DE TRABALHO

Para o desenvolvimento desse tipo de


artesanato o local deve ser amplo, bem
iluminado, coberto e com boa ventilação.

É necessário que haja um ponto de


água, um fogão e uma mesa grande com
cadeiras.

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II. REUNIR MATERIAL

Para este artesanato são utilizados galhos e troncos de café, bem como os seguintes
equipamentos e utensílios:

• Alicate de bico redondo


• Alicate de corte
• Arame galvanizado bitola 16
• Arco de serra
• Bacias plásticas
• Borrifador
• Brocas 3mm, 3,5mm e 4mm
• Caixote de feira
• Chave Phillips
• Martelo
• Chave de Fenda
• Máscara de carvão ativado
• Colher de pau
• Morsa
• Colher de sopa
• Óculos de proteção
• Copo medidor
• Panela
• Escova de aço
• Pegador de inox
• Esquadro para madeira
• Pincel largo, chato, com cerdas firmes
• Espátula
• Pistola de cola quente
• Estilete
• Régua ou trena
• Fogão
• Serra tico-tico ou arco de serra
• Furadeira
• Serra para serrar ferro
• Lata de 18 litros
• Tesoura
• Liquidificador
• Tesoura de poda
• Luvas
• Xícara de chá
• Mangueira

Precaução: Estiletes, tesouras e serra tico-tico devem ser guardados em locais adequados,
fora do alcance das crianças e dos animais, evitando acidentes com ferimentos graves.
Atenção: As ferramentas devem ser limpas e guardadas após o uso, evitando que
enferrugem ou oxidem.

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III. COLETAR GALHOS, TRONCOS
E FOLHAS DE CAFÉ
1. PREPARE-SE PARA A ATIVIDADE, GARANTINDO
A SEGURANÇA

O cafezal é um local onde se escondem alguns animais


peçonhentos como: cobras, aranhas, escorpiões.

Além disso, a atividade envolve risco, pois se manuseia


equipamentos perfurocortantes.

Para evitar acidentes com animais peçonhentos, com


equipamentos e ferramentas, observe cuidadosamente
o local e utilize os EPIs: luvas, botas de cano alto, calça
comprida e chapéu ou boné.

2. COLETE OS GALHOS, TRONCOS


E FOLHAS DE CAFÉ NO PERÍODO
DE PODA

IV. PREPARAR OS GALHOS,


TRONCOS E FOLHAS DE CAFÉ

1. LIMPE A MATÉRIA-PRIMA

1.1. Limpe os troncos ainda verdes, com


escova de aço

Atenção: A limpeza do tronco deve ser


feita com movimentos suaves para evitar a
formação de sulcos profundos.

Precaução: Devem ser utilizados máscara


e óculos de proteção ao passar a escova
de aço, para não aspirar o pó que se solta
do tronco.

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1.2. Retire as folhas dos galhos com 2. S E L E C I O N E O S G A L H O S E
as mãos ou, se necessário, utilize uma TRONCOS DE CAFÉ
tesoura de poda
Ao confeccionar peças artesanais com a
matéria-prima advinda do café é necessário
estabelecer padrões de cor, forma e
tamanho, a fim de obter peças de qualidade
aceitas pelo mercado.

2.1. Separe os troncos, agrupando-os


por diâmetro

2.2. Faça feixos com os galhos

V. TRATAR A MATÉRIA-PRIMA

O tratamento consiste em envenenar e estragar o que alimenta as pragas, evitando, desta


forma, o ataque de insetos e fungos.

1. SEPARE O MATERIAL

• Ácido Bórico: 1 kg
• Água
• Carqueja: 1 maço
• Etanol: 1 litro
• Fósforo: 1 unidade
• Galhos de café
• Garrafa PET: 1 unidade
• Luvas: 1 par
• Máscara de carvão ativado: 1 unidade

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• Óculos de proteção: 1 unidade
• Pimenta dedo-de-moça: 1 unidade
• Sementes de jatobá
• Tambor: 1 unidade
• Troncos de café
Atenção: O ácido bórico é fungicida e inseticida de ação permanente e baixa toxicidade.
Seu uso nas peças confeccionadas com fibras e grãos as protege de ataques de insetos,
conferindo maior durabilidade à peça.

2. TRATE OS GALHOS E TRONCOS DE CAFÉ

2.1. Deixe os galhos e troncos à sombra por quinze dias, desidratando-os

Atenção: Quanto maior a espessura do tronco, mais tempo levará para desidratar.

2.2. Prepare o ácido bórico na proporção de 1 colher de sopa de ácido bórico para 1
litro de água

2.2.1. Ferva água suficiente para dissolver 2.2.3. Dissolva o ácido bórico na água
a quantidade de ácido bórico necessária quente
para a mistura

2.2.2. Desligue o fogo

3. COLOQUE OS GALHOS E TRONCOS


EM UM RECIPIENTE GRANDE

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3.4. Coloque essa mistura em água
fria suficiente para cobrir a galhada
desidratada

3.5. Deixe de molho por 48 horas

Atenção: Quanto maior a espessura do


tronco, maior o tempo para tratamento.

4. TRATE AS SEMENTES DE JATOBÁ

4.1. Pique 100 g pimenta forte e 300g de carqueja

Etanol,
carqueja e
pimenta

4.2. Coloque a carqueja e 4.3. Acrescente 2 litros de 4.4. Identifique com etiqueta
a pimenta picados em uma etanol
garrafa PET 4.5. Deixe em repouso por
15 dias em um armário
fechado

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4.6. Ferva um copo de água 4.8. Acrescente o ácido bórico na
proporção de 1 colher de sopa de ácido
4.7. Desligue o fogo bórico para 1 litro de água, etanol ou
querosene

4.9. Misture o extrato de pimenta e carqueja com a mistura de ácido bórico e 1 litro
de querosene

4.10. Mergulhe as sementes nessa 4.11. Deixe em vidro fechado por três dias
mistura
4.12. Identifique o recipiente com etiqueta

Precaução: Deve-se utilizar luvas, óculos de proteção e máscara durante esse processo, a
fim de evitar intoxicação por contato com o ácido bórico, etanol e querosene.

Atenção: Essa mistura poderá ser armazenada para ser utilizada no tratamento de outras
sementes.
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VI. ARMAZENAR A MATÉRIA-PRIMA

1. FA Ç A F E I X E S S E PA R A N D O
OS GALHOS E TRONCOS POR
DIÂMETRO

2. GUARDE-OS EM LUGAR SECO, AO


ABRIGO DA LUZ

VII. EXECUTAR A TÉCNICA DA ESQUELETIZAÇÃO

Essa técnica consiste em amolecer a camada de celulose e outras substâncias que formam
o corpo da folha. Consiste em soltar a camada da folha presa aos veios, sem estragar sua
estrutura.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água
• Cloro: 1 litro
• Copo medidor: 1 unidade
• Folhas verdes e frescas de café
selecionadas
• Fósforo: 1 unidade
• Jornal usado
• Louro, Citronela ou Eucalipto: 1 pacote
• Luvas: 1 par
• Soda cáustica escamada: 1 kg
• Vinagre: 1 frasco

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2. COLOQUE 3 LITROS DE ÁGUA 3. COLOQUE VAGAROSAMENTE 1
NUMA PANELA DE INOX OU LATA ½ COLHER DE SOPA DE SODA
CÁUSTICA ESCAMADA NA ÁGUA
FRIA

Precaução: A soda cáustica deve ser


colocada em água fria, evitando sua
ebulição e a eliminação de vapores tóxicos,
quando em contato com a água quente.

4. MERGULHE AS FOLHAS VERDES


E FRESCAS DE CAFÉ NESSA
MISTURA

5. LEVE AO FOGO

Precaução: O cozimento deve ser feito em local aberto para proporcionar a dispersão dos
vapores da soda cáustica, por ser produto tóxico.

6. DEIXE COZINHAR POR DUAS HORAS

7. DESLIGUE O FOGO

8. DEIXE ESFRIAR

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9. COLOQUE 250 ML DE VINAGRE 10. MEXA
PARA CADA 18 LITROS DE ÁGUA
COM SODA CÁUSTICA 11. DEIXE REAGIR POR 1 HORA

Atenção: O uso do vinagre é necessário


para que a soda cáustica deixe de agir,
fazendo com que as folhas se mantenham
com qualidade.

12. ACRESCENTE ÁGUA FRIA PARA 14. L AV E A S F O L H A S E M Á G U A


DILUIR A SODA CÁUSTICA CORRENTE

13. RETIRE AS FOLHAS DA PANELA,


COM AUXÍLIO DE UM PEGADOR
Alerta ecológico: Essa mistura deve ser jogada diretamente na terra, longe do leito dos
rios. O solo absorve a mistura e colabora com a preservação ambiental.

Precaução: Ao trabalhar com soda cáustica, deve-se usar luvas para evitar queimaduras
na pele.

15. CLAREIE AS FOLHAS

15.1. Coloque as folhas lavadas em água


com cloro suficiente para clareá-las sem
estragar as fibras

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15.2. Deixe de molho até atingir o tom 15.4. Coloque as folhas em um recipiente
desejado com bastante água

15.3. Lave as folhas em água corrente até 15.5. Esfregue, folha por folha, com
eliminar todo o cloro movimentos suaves para retirar a camada
de celulose

15.6 Abra a folha com cuidado

Atenção: O cuidado ao manusear as folhas é necessário para mantê-las inteiras, pois esse
processo as torna frágeis.

15.7. Coloque sobre folhas de jornal 16. T I N J A A S F O L H A S


velho ou papel absorvente para secar ESQUELETIZADAS

Atenção: As folhas devem secar protegidas 16.1. Faça um café forte


do vento, para evitar que voem.
16.2. Ferva as folhas esqueletizadas por
15 minutos

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16.3. Coloque 1 colher de sobremesa de 16.5. Escorra o café
pedra ume

16.4. Ferva por mais 10 minutos

16.6. Lave em água corrente 16.7. Deixe secar sobre jornal

1 7 . A R M A Z E N E A S F O L H A S
ESQUELETIZADAS EM
CAIXAS, AO ABRIGO DA L U Z ,
COM FOLHAS DE LOURO,
EUCALIPTO E CITRONELA,
PARA AFASTAR INSETOS

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VIII. EXECUTAR A TÉCNICA DA AMARRAÇÃO

Essa técnica consiste em amarrar os troncos dando


formato desejado à peça. Com essa técnica podem
ser confeccionados cachepôs, porta-guardanapos,
luminárias, etc.

Para ilustrar essa técnica são descritos os passos para


a confecção de porta-vaso de parede.

1. SEPARE O MATERIAL

• Arame galvanizado bitola 16: 1 rolo

• Broca 3mm: 1 unidade

• Caneta: 1 unidade

• Cartolina: 1 unidade

• Fita crepe: 1 unidade

• Óculos de proteção: 1 unidade

• Pincel chato e largo: 1 unidade

• Régua ou trena: 1 unidade

• Sementes de jatobá, ou outra de sua preferência

• Tronco de café

• Verniz fosco incolor para exterior: 1 lata

2. SIGA O PROJETO

O projeto consiste em um desenho detalhado da peça a ser confeccionada, onde são descritas
as medidas e a disposição de cada parte que a compõe. Permite antever possíveis erros
de cálculo e de execução.

O projeto descrito a seguir é utilizado como exemplo. Com o domínio da técnica, o artesão
é capaz de desenvolver seus próprios projetos, de acordo com sua criatividade.

22 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


8 x 22 cm

2 x 33 cm

2 x 36 cm

2 x 39 cm

2 x 42 cm

1 x 45 cm
42 cm

39 cm

36 cm

33 cm
3. CORTE UM TRONCO DE DIÂMETRO 4. CORTE DOIS TRONCOS COM 42 CM
MAIOR COM COMPRIMENTO DE 45
CM, UTILIZANDO A SERRA TICO- 5. CORTE DOIS TRONCOS COM 39 CM
TICO OU ARCO DE SERRA
6. CORTE DOIS TRONCOS COM 36 CM
Precaução: A serra tico-tico deve ser
7. CORTE DOIS TRONCOS COM 33 CM
manuseada com firmeza e cuidado, sem
forçá-la, fazendo com que o corte seja
seguro e evitando acidentes e ferimentos.
22 cm

3 cm

8. CORTE OITO TRONCOS COM 22 CM, 9. C O R T E O I T O P E D A Ç O S D E


COM DIÂMETROS APROXIMADOS TRONCOS COM 3CM
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10. CORTE VINTE E SETE PEDAÇOS
DE TRONCOS COM 1 CM

1 cm

11. FURE OS CENTROS 12. FURE O TRONCO DE 13. F U R E O M E S M O


DOS TRONCOS 33 CM, CONTANDO TRONCO, CONTANDO
M E N O R E S , 1CM A PARTIR DA 5 CM A PARTIR DA
UTILIZANDO O TORNO PONTA OUTRA PONTA

Precaução: A furadeira deve ser manuseada com firmeza e cuidado, sem forçá-la, fazendo
com que o furo seja seguro e evitando acidentes e ferimentos.

14. USE O LADO COM O FURO NA DISTÂNCIA DE 1 CM COMO GABARITO PARA


REALIZAR OS OUTROS FUROS NOS TRONCOS DE 36, 39, 42 E 45 CM

24 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


15. FURE UM TRONCO DE 22 CM, 16. FURE O MESMO TRONCO DE 22
CONTANDO 2 CM A PARTIR DA CM, CONTANDO 3 CM A PARTIR DA
PONTA OUTRA PONTA

17. FURE AS SEMENTES DE JATOBÁ, UTILIZANDO UM GUIA DE MADEIRA

17.1. Fure um pedaço de madeira para 17.1.2. Prenda a madeira na morsa


servir de guia
17.1.3. Fure no local marcado
17.1.1. Marque o local do furo

Precaução: A furadeira deve ser manuseada com firmeza e cuidado, sem forçá-la, fazendo
com que o furo seja seguro e evitando acidentes e ferimentos.

17.2. Prenda a semente na morsa 17.3. Introduza o guia na broca da


furadeira
Atenção: A semente deve ser fixa na
extremidade da morsa, para que a broca
não quebre ao pegar no centro da rosca.

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17.4. Centralize a broca na 17.5. Desça o guia 17.6. Segure firme o guia
semente
17.7. Fure a semente

18. DISPONHA OS TRONCOS DA 19. DESENROLE O ARAME


PARTE TRASEIRA DO PORTA VASO
SOBRE A MESA

20. MEÇA A QUANTIDADE NECESSÁRIA 22. FAÇA UMA MOLA, COM O ALICATE
PARA UNIR AS PEÇAS, DEIXANDO DE BICO REDONDO, EM UMA DAS
UMA SOBRA DE 10 CM PARA CADA PONTAS DO PEDAÇO DE ARAME
LADO

21. CORTE O ARAME COM ALICATE

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23. VOLTE A MOLA UM POUCO PARA 24. PASSE O ARAME PELOS FUROS DE
TRÁS, SEGURANDO FIRME O BAIXO, SEGUINDO A SEQUÊNCIA
ALICATE DO DESENHO

25. AFASTE OS TRONCOS DA PARTE 26. CORTE O ARAME PARA A PARTE


SUPERIOR DE CIMA, DEIXANDO 10 CM DE
CADA LADO

27. FAÇA UMA MOLA, COM O ALICATE 28. COLOQUE UM TRONCO PEQUENO
DE BICO REDONDO, EM UMA DAS E UMA SEMENTE ENTRE AS
PONTAS DO PEDAÇO DE ARAME FOLGAS

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29. PASSE O ARAME PELOS FUROS 30. E S T I Q U E B E M O A R A M E ,
DE CIMA, SEGUINDO A SEQUÊNCIA ACOMODANDO AS PEÇAS
DO DESENHO

31. DEIXE UMA SOBRA DE 4 CM DE 32. FAÇA UMA MOLA COM O ALICATE
ARAME DE BICO REDONDO

33. PRENDA

34. FAÇA UMA MOLA COM O ALICATE DE BICO REDONDO NA PARTE DE BAIXO DA
PEÇA

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35. USE UM TRONCO DE 22 CM FURADO 37. FURE, TOMANDO O TRONCO DE
COMO GUIA CIMA COMO GUIA

36. COLOQUE O TRONCO DE 22 CM Precaução: A furadeira deve ser


SOBRE O SEGUNDO TRONCO DA manuseada com firmeza e cuidado, sem
PARTE PRESA COM ARAME forçá-la, fazendo com que o furo seja
seguro e evitando acidentes e ferimentos.

38. FURE OS DOIS LADOS, SEGUINDO 39. REPITA O MESMO PROCESSO NO


OS FUROS DO GUIA SEGUNDO TRONCO DA OUTRA
EXTREMIDADE

40. DISPONHA AS PEÇAS DA PARTE 41. DESENROLE O ARAME


DA FRENTE SOBRE A MESA
42. M E Ç A A Q U A N T I D A D E
N E C E S S Á R I A PA R A U N I R A S
PEÇAS, DEIXANDO UMA SOBRA
DE 10 CM DE CADA LADO

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 29


43. C O R T E D O I S P E D A Ç O S D E
ARAME, DEIXANDO 10 CM DE
FOLGA EM CADA LADO

44. PASSE OS ARAMES POR TODOS OS FUROS, SEGUINDO O DESENHO

45. PA S S E O S A R A M E S P E L O S 46. VIRE A PEÇA


FUROS DA PARTE DE TRÁS DA
PEÇA, FORMANDO A FLOREIRA

30 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


47. FAÇA AS MOLAS EM UM DOS 48. AJUSTE COM ALICATE
LADOS, NOS DOIS ARAMES

49. DEIXE 4 CM DE ARAME DO OUTRO 50. FAÇA A MOLA, UTILIZANDO O


LADO ALICATE DE BICO REDONDO

51. AJUSTE ATÉ A PEÇA FICAR FIRME 52. IMPERMEABILIZE A PEÇA COM
VERNIZ FOSCO INCOLOR

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 31


IX. EXECUTAR A TÉCNICA DA CAVILHA

Essa técnica caracteriza-se pelo uso de


pedaços de madeira como pregos. Para
ilustrar essa técnica, são descritos os
passos para a confecção de uma bandeja

1. SEPARE O MATERIAL

• Broca 3,5 mm: 1 unidade


• Caneta: 1 unidade
• Cartolina: 1 unidade
• Cola branca rótulo azul: 1 frasco
• Esquadro para madeira: 1 unidade
• Fita crepe: 1 rolo
• Folhas de café esqueletizadas e tingidas
• Galhos de café

• Lápis: 1 unidade • Solução de pimenta, carqueja, etanol e


ácido bórico descrita no item V - Tratar
• Lixa nº 100: 1 unidade
a matéria-prima
• Palito de churrasco de bambu: 1
• Solvente: 1 lata
unidade
• Tábua de madeira pinus de 2cm de
• Pincel largo, cerdas finas: 1 unidade
espessura e 20cm de largura (deve
• Régua ou trena: 1 unidade estar seca): 1 unidade

• Serra para serrar ferro: 1 unidade • Troncos de café


• Verniz fosco incolor para exterior: 1 lata

2. SIGA O PROJETO

O projeto consiste em um desenho detalhado da peça a ser confeccionada, onde são descritas
as medidas e a disposição de cada parte que a compõe. Permite antever possíveis erros
de cálculo e de execução.

O projeto descrito a seguir é utilizado como exemplo. Com o domínio da técnica, o artesão
é capaz de desenvolver seus próprios projetos, de acordo com sua criatividade.

32 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


cm
5
7,

cm
6,5
2 cm

20 cm
cm 12

3. CORTE UM PEDAÇO DE TÁBUA 4. RETIRE AS REBARBAS COM LIXA


DE MADEIRA APARELHADA, DE 2 Nº 100
CM DE ESPESSURA, NA MEDIDA
20 CM X 12 CM Precaução: É necessário utilizar máscara
e óculos, a fim de evitar reações alérgicas
Precaução: A serra tico-tico deve ser pelo contato com a poeira produzida.
manuseada com firmeza e cuidado, sem
forçá-la, fazendo com que o corte seja
seguro e evitando acidentes e ferimentos.

5. CORTE DOIS TRONCOS DE CAFÉ 6. CORTE DOIS TRONCOS DE CAFÉ


NA MEDIDA DA LARGURA DA NA MEDIDA DO COMPRIMENTO DA
TÁBUA, COM DIÂMETRO ENTRE 1 TÁBUA, COM DIÂMETRO ENTRE 1
CM E 1,5 CM APROXIMADAMENTE CM E 1,5 CM, APROXIMADAMENTE
Precaução: Mantenha as mãos distantes da serra, evitando acidentes e ferimentos graves.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 33


7. TRATE A TÁBUA

7.1. Borrife ou pincele a mistura de


pimenta, carqueja, etanol e ácido bórico,
conforme descrito no capítulo “V. Tratar
a matéria-prima”, na página 13

Precaução: Ao utilizar ácido bórico, é


necessário utilizar óculos de proteção, luvas
e máscara, evitando contaminação.

8. DEIXE SECAR

9. CORTE 4 TRONCOS DE CAFÉ 10. SERRE AO MEIO UM TRONCO DE


NA MEDIDA 6,5 CM, COM CAFÉ, COM DIÂMETRO ENTRE 1
DIÂMETRO ENTRE 1 CM E CM E 1,5 CM
1,5 CM APROXIMADAMENTE,
UTILIZANDO A SERRA TICO-TICO
OU ARCO DE SERRA

11. CORTE AS METADES DO TRONCO DE CAFÉ NA MEDIDA DE 7,5 CM

12. MARQUE UM TRONCO DE CAFÉ


COM DIÂMETRO ENTRE 1 CM E
1,5 CM, UTILIZANDO UM LÁPIS
COMO MEDIDA

34 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


13. CORTE PEDAÇOS DE TRONCOS DE CAFÉ NOS LOCAIS DEMARCADOS,
UTILIZANDO A SERRA TICO-TICO

Atenção: O diâmetro dos pedaços de tronco de café deve ser próximo da altura da prancha
de madeira, evitando que prejudique a estética e a harmonia da peça.

Precaução: Mantenha as mãos distantes da serra, evitando acidentes e ferimentos graves.

14. FAÇA 4 CAVILHAS PARA PRENDER AS LATERAIS DA BANDEJA

14.1. Defina o diâmetro da broca, 14.2. Escolha um galho de café que seja
baseando-se na espessura desejada mais reto
para a cavilha
14.3. Desbaste-o com estilete, dando
a forma de um prego, até obter o
comprimento e a espessura necessários

Precaução: O estilete deve ser utilizado de dentro para fora, longe das mãos, evitando
ferimentos.

Atenção: Para manter um padrão na peça, deve-se observar o estado da madeira que
recebe a cavilha: se a madeira estiver verde, a cavilha deve ser feita com galho de café
verde; se a madeira estiver seca, a cavilha deve ser feita com galho de café seco.

Atenção: O comprimento da cavilha deve ser maior do que a base que irá transpassar e
seu diâmetro deve ser igual ou próximo ao do orifício feito, para que seja possível dar um
acabamento perfeito à peça.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 35


15. FURE UM DOS CANTOS DA BANDEJA

15.1. Posicione os troncos corretamente 15.3. Faça um único furo, ultrapassando


os dois troncos e a base
15.2. Prenda com as mãos

16. PASSE COLA BRANCA NOS FUROS DOS TRONCOS

17. PA S S E C O L A B R A N C A N A
CAVILHA

18. BATA A CAVILHA NESSE FURO, PRENDENDO TODAS AS PEÇAS DO CANTO,


FIXANDO-AS

36 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


19. REPITA OS PASSOS 15 A 18 EM TODOS OS CANTOS DA BANDEJA

20. DEIXE SECAR

21. CORTE AS SOBRAS DA CAVILHA 22. FURE OS TRONCOS DE 7,5 CM,


COM ARCO DE SERRA C O R TA D O S P E L A M E TA D E ,
CONTANDO 1 CM A PARTIR DAS
Atenção: As rebarbas das cavilhas podem BORDAS
ser retiradas com estilete para dar melhor
acabamento.

23. LIMITE A BROCA DA FURADEIRA EM 2 CM, UTILIZANDO FITA CREPE

24. FURE O CENTRO DOS 4 TRONCOS 25. FURE A OUTRA EXTREMIDADE DOS
D E 6 , 5 C M , AT É O L I M I T E 4 TRONCOS DE 6,5 CM, CONTANDO
ESTABELECIDO NA BROCA 1 CM DA BORDA

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 37


26. MONTE AS ALÇAS DA BANDEJA

26.1. Passe cola nos furos 26.2. Passe cola nas cavilhas

26.3. Forme as alças, prendendo com as 26.4. Corte as sobras das cavilhas com
cavilhas tesoura de poda

26.5. Repita os passos para a outra alça

26.6. Deixe os furos virados para a frente

27. Deixe secar

27. PRENDA AS ALÇAS DA BANDEJA

27.1. Defina o local das alças

27.1.1. Ache o meio, utilizando régua ou


trena

38 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


27.1.2. Centralize a alça 27.2. Limite a broca em 3,5 cm, com fita
crepe

27.3. Prenda com as mãos 27.5. Faça um único furo, ultrapassando


a alça e entrando na base, até o limite
27.4. Centralize o furo, tendo como base estabelecido
a tábua de madeira aparelhada

27.6. Passe cola branca no furo 27.7. Passe cola na cavilha

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 39


27.8. Bata a cavilha nesse furo, prendendo 27.9. Deixe secar
a alça à base

27.10. Serre as sobras das cavilhas com 28. COLE AS FOLHAS TINJIDAS NO
arco de serra FUNDO DA BANDEJA

27.11. Retire as rebarbas com estilete 28.1. Passe cola branca no fundo da
bandeja
Precaução: O arco de serra e o estilete
deves ser manuseados com cuidado,
evitando acidentes e ferimentos.

28.2. Disponha as folhas conforme 28.4. Passe uma camada de cola por cima
desejar, alisando com os dedos das folhas, com pincel

28.3. Deixe secar

40 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


29. PASSE COLA BRANCA EM UMA 30. COLE OS PEDAÇOS DE TRONCO
DAS LATERAIS DA BANDEJA DE CAFÉ ATÉ COMPLETAR UM
LADO

31. AGUARDE SECAR PARA INICIAR


O OUTRO LADO

32. REPITA OS PASSOS 29 A 31 ATÉ


P R E E N C H E R A L AT E R A L D A
BANDEJA

33. D E I X E A P E Ç A SECAR
TOTALMENTE

34. ENVERNIZE

X. EXECUTAR A TÉCNICA MISTA

Técnica mista é uma reunião de diversas


práticas para construir uma peça.

Para ilustrar essa técnica, serão descritos


os passos para a confecção de um quadro.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 41


1. SEPARE O MATERIAL

• Bola de isopor de 2,5 mm: 2 unidades

• Broca de 4 mm: 1 unidade

• Café em coco: 200 g

• Caneta: 1 unidade

• Cartolina: 1 unidade

• Casca de café: 1 saco

• Cola branca cascorez rótulo azul: 1


frasco

• Fita crepe: 1 unidade

• Galhos finos de café • Pincel largo, chato, com cerdas firmes:


1 unidade
• Grãos de café torrados
• Prego: 1 unidade
• Grãos de café verdes
• Refil de cola quente: 5 unidades
• Madeira compensada de 0,5 cm de
espessura: 1 unidade • Régua: 1 unidade

• Palha da costa, fibra de bananeira ou • Saco para lixo grande: 1 unidade


sisal: 1 maço
• Suporte para quadro: 1 unidade
• Palito de churrasco de bambu: 1 pacote
• Tronco de café
• Parafuso 1,5 cm: 4 unidades

2. C O R T E U M Q U A D R A D O
COMPENSADO DE 0,5 CM DE
ESPESSURA, COM 36 CM DE LADO

42 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3. MARQUE OS LOCAIS PARA OS FUROS

3 cm
36 cm
3 cm

3.1. Desenhe um quadrado de 36 cm de 3.2. Desenhe uma margem distanciando


lado 3 cm da borda, formando um novo
quadrado
1
2
3
4

3 cm

3 cm
3.3. Marque 3 cm a partir dos cantos do 3.4. Divida cada lateral em quatro partes,
quadrado interno totalizando 5 furos

5. FURE NOS LOCAIS MARCADOS

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 43


6. TAMPE TODOS OS BURACOS 8. TRITURE A CASCA DE CAFÉ
COM PALITO DE CHURRASCO NO LIQUIDIFICADOR (PONTO
GROSSO)
7. CORTE O PALITO DEIXANDO UMA
SOBRA DE APROXIMADAMENTE
4 CM

9. PASSE UMA CAMADA GENEROSA 10. CUBRA COM A PALHA TRITURADA


DE COLA BRANCA NO FUNDO DO
QUADRO

11. PRESSIONE A PALHA COM A MÃO

12. AGUARDE 2 MINUTOS

44 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


13. VIRE O QUADRO, RETIRANDO O EXCESSO DE PALHA

14. PREENCHA OS ESPAÇOS VAZIOS COM A PALHA

14.1. Passe cola nos espaços vazios 14.2. Preencha com a palha triturada

15. REPITA A OPERAÇÃO ATÉ COBRIR TODO O QUADRADO: LATERAIS, FRENTE


E VERSO

16. DEIXE SECAR

17. FAÇA A TERMOLINA

17.1. Misture uma parte de cola com 17.3. Acrescente uma parte de álcool
duas de água
17.4. Mexa
17.2. Mexa dissolvendo toda a cola
Atenção: A termolina pode ser guardada
num vidro fechado por muito tempo, para
utilização futura.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 45
18. PASSE A TERMOLINA POR TODA 19. CORTE 4 PEDAÇOS DE TRONCO
A PEÇA, UTILIZANDO PINCEL COM 19 CM DE COMPRIMENTO
LARGO, CHATO, COM CERDAS E 1,5 CM DE DIÂMETRO,
FIRMES APROXIMADAMENTE

20. C O R T E 4 8 P E D A Ç O S D E 21. CORTE VÁRIOS GALHOS FINOS


TRONCO DE 1 CM DE ALTURA, DE CAFÉ, COM 37 CM CADA,
COM 1,5 CM DE DIÂMETRO, F O R M A N D O 4 F E I X E S , PA R A
APROXIMADAMENTE MONTAR A MOLDURA. CADA
FEIXE DEVE TER 2,5 CM DE
DIÂMETRO

22. FAÇA A MOLDURA 22.1.2. Prenda a fibra num ponto fixo

22.1. Faça um cordão com palha da


costa, fibra de bananeira ou sisal, na
medida de 3,6 m

22.1.1. Molhe a fibra

46 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


22.1.3. Torça as duas para o mesmo lado 22.2 Passe o cordão por dentro do
buraco, no canto do quadro, de trás para
22.1.4. Passe a fibra da direita por baixo frente, deixando um pedaço pequeno na
da esquerda, até alcançar o comprimento parte de trás
desejado

22.3. Use dois dos feixes para marcar a 22.4. Envolva o feixe de galhos com o
posição onde ele será amarrado cordão, prendendo-o na base

22.5. Forme a moldura, envolvendo todos 22.6. Amarre as duas pontas, prendendo
os feixes com o cordão bem

22.7. Corte com a tesoura


Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 47
23. FIXE O SUPORTE

23.1. Encontre o centro da parte superior 23.2. Marque o centro com um prego
do quadro, utilizando trena ou régua

23.3. Posicione o suporte 23.4. Pregue o suporte cuidadosamente

24. POSICIONE OS TRONCOS NO 25. MARQUE O LOCAL COM FITA


CENTRO DO QUADRO CREPE

26. MARQUE NA FITA CREPE O LOCAL


A SER PERFURADO

48 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


27. FURE NOS LOCAIS MARCADOS 28. RETIRE A FITA CREPE

29. POSICIONE O TRONCO A SER


PERFURADO NO LOCAL MARCADO

30. FURE OS TRONCOS DE TRÁS


PARA A FRENTE, COLOCANDO-OS
UM A UM NO LOCAL MARCADO,
COM AJUDA DE UMA PESSOA

Precaução: Cuidado ao manusear a furadeira, posicionando as mãos afastadas da broca,


evitando ferimentos graves.

31. PARAFUSE OS TRONCOS DE TRÁS 32. FAÇA A FLOR COM GRÃOS


PARA A FRENTE
32.1. Corte duas bolas de isopor de 2 cm
de diâmetro

Precaução: O estilete deve ser utilizado de dentro para fora, longe das mãos, evitando
ferimentos.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 49


32.2. Espete uma metade no palito de 32.3. Passe uma camada generosa de
churrasco cola branca sobre toda a superfície

32.4. Cubra com palha de café triturada

32.5. Deixe secar

32.6. Cole os grãos de café verdes e torrados, formando o desenho que desejar

32.7. Repita os mesmos passos para as outras três metades

50 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


32.8. Impermeabilize com a termolina

32.9. Deixe secar à sombra

33. COLE OS FRUTOS DO CAFÉ SECOS, UTILIZANDO UM PINGO DE COLA QUENTE


NA BASE

34. PASSE UMA CAMADA GENEROSA


DE COLA BRANCA EM TORNO DE
CADA FRUTO, A FIM DE OBTER
UMA BOA FIXAÇÃO

35. COLE AS FLORES DE GRÃOS DE CAFÉ NO CENTRO DO QUADRO, UTILIZANDO


COLA QUENTE

36. DEIXE SECAR À SOMBRA

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 51


37. BORRIFE COM A SOLUÇÃO DE 38. DEIXE NUM SÁCO PLÁSTICO
ÁCIDO BÓRICO FECHADO POR DOIS DIAS

39. IMPERMEABILIZE COM TERMOLINA 40. DEIXE SECAR À SOMBRA

XI. EXECUTAR A TÉCNICA DA MARCHETARIA

Marchetaria, ou marqueteria (do francês:


marqueter, embutir), é a arte ou técnica
de ornamentar as superfícies planas de
móveis, painéis, pisos, tetos, através da
aplicação de materiais diversos, tais como:
madeira, metais, madrepérola, pedras,
plásticos, marfim e chifres de animais,
tendo como principal suporte a madeira.
De acordo com a técnica utilizada pode-
se construir objetos tridimensionais,
esculturas, utilitários, joias, etc.

Para ilustrar essa técnica, serão descritos


os passos para elaboração de um porta-
chaves.

52 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


1. SEPARE O MATERIAL

• Broca 3 mm: 1 unidade


• Caneta: 1 unidade
• Cartolina: 1 unidade
• Cera de carnaúba: 1 lata
• Cola branca rótulo azul: 1 frasco
• Galho fino de café
• Gancho: 6 unidades
• Saco plástico pequeno: 1 unidade
• Gesso: 1 pacote
• Serra para cortar ferro: 1 unidade
• Lápis: 1 unidade
• Serragem: 1 saco
• Lixa nº 100: 1 unidade
• Solução de pimenta, carqueja, etanol e
• Pano seco limpo: 1 unidade ácido bórico descrita no item V - Tratar
• Percevejo: 1 caixa a matéria-prima: 1 litro

• Pigmento nas cores vermelho, ocre e • Suporte para quadro: 1 unidade


preto: 1 unidade de cada cor • Tábua de madeira pinus com 30 cm x
• Pincel largo, chato e com cerdas firmes: 30 cm: 1 unidade
1 unidade • Tira de plástico de garrafa PET ou
• Prego: 1 unidade chapa de raio x: 1 unidade

• Régua: 1 unidade • Troncos de café de vários diâmetros

2. FAÇA O PROJETO DA BASE DO PORTA-CHAVES NO PAPEL

O projeto consiste em um desenho detalhado da peça a ser confeccionada, onde são


descritas as medidas e a disposição de cada parte que a compõe. Permite antever possíveis
erros de cálculo e de execução.

O projeto descrito a seguir é utilizado como exemplo. Com o domínio da técnica, o artesão
é capaz de desenvolver seus próprios projetos, de acordo com sua criatividade.
altura

comprimento

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 53


2.1. Dobre ao meio uma folha de papel, 2.2. Desenhe metade do modelo do porta-
conforme as medidas do esquema chaves, de acordo com o esquema

2.3. Corte sobre o desenho, com o papel 3. ABRA O MOLDE


dobrado
4. COLOQUE SOBRE UMA TÁBUA DE
PINUS DE 30 CM

5. TRANSFIRA O DESENHO PARA A 6. CORTE, UTILIZANDO A SERRA


TÁBUA COM LÁPIS TICO-TICO

7. LIXE AS PARTES ÁSPERAS

54 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


8. LIMPE COM UM PANO SECO

9. MARQUE UM TRONCO DE CAFÉ COM DIÂMETRO DE ATÉ 3 CM, UTILIZANDO


UM LÁPIS COMO MEDIDA

10. CORTE PEDAÇOS DE TRONCOS 11. RETIRE AS REBARBAS COM


DE CAFÉ NOS LOCAIS ESTILETE
DEMARCADOS, UTILIZANDO A
SERRA TICO-TICO, ATÉ OBTER Precaução: Deve-se ter cuidado e atenção
10 PEDAÇOS ao manusear estilete, evitando ferimentos.

12. CORTE UM TRONCO DE CAFÉ AO


MEIO, COM DIÂMETRO DE 3 CM
APROXIMADAMENTE, UTILIZANDO
A SERRA TICO-TICO

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 55


13. MARQUE O TRONCO, UTILIZANDO UM LÁPIS COMO MEDIDA

14. SERRE NOS LOCAIS MARCADOS, 15. R E T I R E A S C A S C A S E A S


ATÉ OBTER 19 METADES DE REBARBAS COM ESTILETE
TRONCOS DE CAFÉ
Precaução: Deve-se ter cuidado e atenção
Atenção: A quantidade de pedaços de ao manusear estilete, evitando ferimentos.
troncos de café depende do diâmetro do
tronco.

16. C O R T E , C O M T E S O U R A D E 1 7 . M A R Q U E U M T R O N C O D E
PODA, PEDAÇOS DE GALHOS CAFÉ COM DIÂMETRO ENTRE
DE CAFÉ, VARIANDO ENTRE 2,5 1 CM E 1,5 CM , UTILIZAN D O
CM E 3,5 CM, COM DIÂMETRO UM LÁPIS COM O M EDIDA
APROXIMADO DE 0,5 CM

56 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


18. CORTE PEDAÇOS DE TRONCOS 19. R E T I R E A S C A S C A S E A S
DE CAFÉ NOS LOCAIS REBARBAS COM ESTILETE
DEMARCADOS, UTILIZANDO A
SERRA TICO-TICO

20. DISPONHA AS PEÇAS SEGUINDO 22. PA S S E C O L A B R A N C A P O R


O DESENHO DO PROJETO, COMO PARTES
UMA PRÉVIA

21. RETIRE AS PEÇAS

23. COLE AS PEÇAS 24. DEIXE SECAR

25. CERQUE A MADEIRA COM UMA


TIRA DE PLÁSTICO RESISTENTE
(GARRAFA PET, CHAPAS DE RAIO
X)

25.1. Corte uma tira de plástico resistente,


na largura da peça

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 57


25.2. Fixe o plástico com percevejos

Atenção: O plástico deve ser colocado na


altura da peça, garantindo a qualidade do
trabalho.

26. FAÇA A MASSA BASE DE PREENCHIMENTO

26.1. Misture 1/2 copo de cola branca, 3/4 de copo de serragem, 1 copo de gesso e
3/4 de copo de água

Atenção: A quantidade de cola depende da umidade do gesso e da serragem. Coloque


primeiro uma parte de cola e os demais ingredientes. Adicione as outras partes aos poucos,
até obter uma massa consistente. Se necessário, adicione mais cola.

26.2. Adicione uma colher de café de


ácido bórico

Precaução: Deve-se utilizar luvas, óculos e


máscara ao manusear ácido bórico, a fim de
evitar intoxicação por contato ou aspiração.

26.3. Misture

26.4. Deixe a massa descansar por 5


minutos, para que o ácido bórico possa
reagir, conferindo uma textura plástica

Atenção: Se a massa ficar muito endurecida, deve-se adicionar cola aos poucos até ficar
homogênea e maleável. Se a massa ficar muito mole, deve-se adicionar uma pitada de ácido
bórico e deixar reagir até plastificar a massa.

58 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


27. DIVIDA A MASSA EM TRÊS PARTES 28. A C O N D I C I O N E A S PA R T E S
DA MASSA EM SACOS
P L Á S T I C O S , PA R A M A N T E R
SUA TEXTURA

29. COLOQUE O PIGMENTO DA COR 30. SOVE ATÉ OBTER UMA MASSA
ESCOLHIDA EM UMA DAS PARTES HOMOGÊNEA

Atenção: Ao lavar o recipiente, jogar água na terra, pois se for jogado na pia, poderá causar
entupimento.

31. A C O N D I C I O N E E M S A C O
P L Á S T I C O PA R A M A N T E R A
TEXTURA DA MASSA

32. REPITA OS MESMOS PASSOS


PARA AS OUTRAS CORES

Atenção: Pode-se obter outras cores misturando as cores primárias vermelho, verde e azul.
Para clarear ou escurecer a massa, misture com pigmento branco ou preto.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 59


33. D E P O S I T E A M A S S A N O S 34. USE UM PALITO PARA INSERIR
E S PA Ç O S VA Z I O S D A B A S E , A MASSA NOS LOCAIS MAIS
COM AS MÃOS, MOLHANDO OS DIFÍCEIS
DEDOS DE VEZ EM QUANDO
PARA ALISAR A MASSA Atenção: Se sujar a madeira, limpe
imediatamente com pano molhado.

35. PASSE UM PANO ÚMIDO SOBRE 36. PASSE UM PINCEL MOLHADO


A P E Ç A PA R A R E T I R A R O S C O M Á G U A PA R A A L I S A R A
EXCESSOS MASSA E TAMPAR TODOS OS
ORIFÍCIOS

37. DEIXE SECAR À SOMBRA 38. GUARDE NA GELADEIRA PARA


USO FUTURO

60 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


39. RETIRE A LATERAL DE PLÁSTICO 40. LIXE A PEÇA

Atenção: Para que a peça fique harmoniosa


e com qualidade, é necessário que todas as
falhas sejam preenchidas com a massa, de
modo que fique nivelada.

41. COLOQUE OS SUPORTES 41.2. Faça mais uma dobra

41.1. Ache o meio da peça, dobrando o


molde de papel ao meio

41.3. Marque esses pontos com caneta 41.4. Faça outra dobra

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 61


41.5. Marque com caneta 41.6. Prenda o desenho sobre a peça
com fita crepe

41.7. Bata um prego nos ângulos 41.8. Posicione o suporte


formados

41.9. Fixe com pregos 41.10. Fixe o outro suporte seguindo os


passos descritos nos ítens 41.8. e 41.9.

42. PASSE CERA DE CARNAÚBA COM


UM PANO SECO, POR TODA A
PEÇA

43. DEIXE SECAR

44. LUSTRE COM UM PANO SECO

62 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


43. FAÇA OS FUROS PARA FIXAR OS 43.3. Marque os outros pontos onde
SUPORTES PARA AS CHAVES serão encaixados os ganchos

43.1. Meça 1 cm, de baixo para cima na


primeira e na última bolacha

43.2. Marque com caneta ou lápis

43.4. Coloque um limitador na broca, na 43.6. Parafuse os ganchos nos locais


profundidade de 1,5 cm demarcados

43.5. Fure nos locais marcados, utilizando


uma broca de espessura mais fina do que
o gancho

44. BORRIFE OU PINCELE A SOLUÇÃO 45. DEIXE A PEÇA DENTRO DE UM


DE ÁCIDO BÓRICO EM TODA A SACO PLÁSTICO FECHADO, AO
PEÇA ABRIGO DA LUZ, POR 3 DIAS

Precaução: Deve-se utilizar luvas, óculos e


máscara ao manusear ácido bórico, a fim de
evitar intoxicação por contato ou aspiração.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 63
XII. LIMPAR O LOCAL

Os materiais utilizados devem ser limpos


e guardados após o uso e o local deve ser
varrido, retirando-se os resíduos, colas,
restos de materiais e pó que ficaram sobre
as mesas, cadeiras e no chão

XIII. COMERCIALIZAR A PRODUÇÃO


1. CADASTRE-SE COMO ARTESÃO

No Estado de São Paulo, a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades


(SUTACO) é a responsável por cadastrar os artesãos.

A Carteira de Identificação de Artesão é emitida após avaliar, classificar e quantificar o


artesanato produzido. Àquele que é cadastrado é permitida a utilização de serviços de
emissão de nota fiscal, cursos de qualificação e requalificação profissional, divulgação, apoio
à comercialização, exportação, consulta à biblioteca especializada, acesso ao microcrédito,
com financiamento do Banco do Povo, com juros de 1% ao mês e orientação técnica e jurídica.

Para fazer o cadastro, o artesão passa por uma entrevista e o seu trabalho é avaliado por
uma Comissão Técnica que classifica o produto, a matéria-prima e a produção.

O Artesão deve comparecer pessoalmente à entrevista levando:

- Carteira de Identidade - original e cópia;

- CPF - original e cópia;

- Comprovante de residência: conta de luz, de telefone ou envelope dos Correios com


carimbo - cópia;

- 1 (uma) fotografia 2x2 colorida, atual e sem uso.

Após a entrevista, é feita a avaliação do artesanato e um teste de confecção na presença da


Comissão Técnica da Sutaco. Portanto, o artesão também deve levar, no mínimo, 3 (três)
trabalhos de técnicas diferentes que se queira cadastrar e o material necessário para se
confeccionar 1 (uma) peça de cada técnica para o teste.

Caso não seja possível executar a técnica no local da entrevista, deve-se trazer peças
em três fases diferentes do processo de confecção, ou seja: uma no início, uma na fase
intermediária e uma na fase final. Contudo, o artesão deverá completar uma das fases na
presença da Comissão Técnica, preferencialmente.

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O artesão que pretende comercializar seu produto por intermédio da Sutaco deve entregar
junto à Seção de Comercialização e Exportação um portfólio com fotos do trabalho
desenvolvido e uma lista de preços para análise.

2. PESQUISE SOBRE O MERCADO CONSUMIDOR

Se há intenção de comercializar as peças artesanais, o primeiro passo é pesquisar se há


mercado consumidor.

Dessa forma, o conceito de comercialização começa com a existência de consumidores e


suas necessidades. No caso do artesanato, essas necessidades podem ser de produtos
decorativos ou utilitários para casa, ou de produtos para uso pessoal ou uso diário na lida
rural.

3. DEFINA O CUSTO DE CADA PEÇA

3.1. Faça uma lista de todos os materiais e produtos utilizados exclusivamente na


confecção da peça e seu respectivo preço de mercado, compondo uma planilha como
mostrado abaixo:

CUSTOS VARIÁVEIS

Unidade de
medida Quantidade Preço Unitário de VALOR TOTAL
Material
(kg, gramas, litro, (1) Mercado (2) (3)=(1) x (2)
unidade)
Tinta frasco 3 R$ 0,50 R$ 1,50
Refil de cola quente unidade 2 R$ 0,50 R$ 1,00
Goma laca frasco 1 R$ 1,00 R$ 1,00
Pincel 1 unidade 1 R$ 0,50 R$ 0,50
TOTAL R$ 4,00

A soma total da coluna (3) é o custo total do material utilizado na peça.

3.2. Considere o custo de transporte, embalagem, energia elétrica, gás, água, aluguel,
telefonia, impostos, etc. que devem ser somados ao custo inicial (obtido na coluna
3). Por exemplo:

CUSTOS FIXOS

Energia elétrica R$ 0,50


Transporte R$ 4,00
TOTAL R$ 4,50

3.3. Considere o valor do tempo gasto na confecção da peça. Apesar de ser difícil de
calcular, deve ser incluído no cálculo do custo, inclusive considerando a experiência
do artesão. Por exemplo:

3.3.1. Determine um valor que deseja receber por mês, por exemplo: R$ 1.000,00

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 65


3.3.2. Divida este valor por 22 dias úteis: R$ 1.000,00 ÷ 22 = R$ 45,45

3.3.3. Divida o valor obtido por 8 horas de trabalho diário: R$ 45,45 ÷ 8 = R$ 5,68

3.3.4. Multiplique esse valor pelas horas trabalhadas para a produção da peça, por exemplo:
5 horas trabalhadas x R$ 5,68 = R$ 28,40

3.4. O custo da peça é o resultado da soma dos itens 3.1, 3.2, 3.3 = R$ 36,90 mais 50%
de margem de lucro = R$ 55,35

A porcentagem da margem de lucro pode variar, dependendo se o fornecimento de peças


é no atacado (menor margem de lucro) ou no varejo (maior margem de lucro).

3.5. Considere a qualidade da peça confeccionada em relação àquelas semelhantes


existentes no mercado.

3.6. Pesquise no mercado o preço de produtos similares, para serem usados como
referência na determinação do preço final de venda, não esquecendo que ele deve
ser competitivo.

4. ORGANIZE-SE EM GRUPOS COMUNITÁRIOS

A organização comunitária tem um papel importante na confecção e comercialização das


peças. Os artesãos podem se organizar em grupos de compra, de venda ou de produção,
podendo chegar até a formação de associações ou cooperativas.

Comprar em grupo é uma forma de organização por meio da qual se pode adquirir produtos,
ferramentas e outros materiais para serem usados de maneira coletiva, facilitando o acesso
de todos os envolvidos na produção artesanal.

Quando a compra é coletiva, a quantidade necessária aumenta; consequentemente, o custo


pode ser negociado, e o transporte da mercadoria adquirida tem custo reduzido.

O grupo de venda parte do mesmo princípio associativo, no qual as pessoas se organizam


para vender sua produção, de forma a conseguir o melhor preço de mercado possível e
formas de escoamento da produção.

A maior conquista desses grupos é quando conseguem eliminar o “atravessador”, fazendo


com que a produção artesanal chegue ao consumidor com preços mais acessíveis.

Organizando-se, os artesãos podem obter melhor acesso a cursos de aprimoramento,


podem atribuir uma marca que dê identidade aos seus produtos, além de, cada vez mais,
melhorar a qualidade dos artefatos.

5. DEFINA AS ESTRATÉGIAS DE VENDA

Os pontos de venda devem ser estrategicamente planejados levando-se em conta o perfil


do público, a localidade, a disposição dos produtos a serem comercializados e a época do
ano em função da matéria-prima.

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