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ARTESANATO I
ARTESANATO COM
FIBRA DE CANA-DE-
AÇÚCAR – UTILITÁRIOS E
DECORATIVOS
MODELAGENS SIMPLES, LIVRE E PINTURA, COM
MOLDE FIXO OU ESTRUTURADO E RECORTE VAZADO
CONTRATO
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024
SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo - 2019
IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
SUPERVISÃO GERAL
Claudete Morandi Romano
Chefe da Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP
RESPONSÁVEL TÉCNICA
Isabela Pennella
Técnica da Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer
EDIÇÃO DE VÍDEO
FOTOS E VÍDEOS
Felipe Bifulco
Paulo Sérgio da Silva
Analista de Suporte Técnico-Sistemas Pleno do
Fotógrafo
SENAR-AR/SP
DIAGRAMAÇÃO
AGRADECIMENTOS
Thais Junqueira Franco
Sindicato Rural de Bragança Paulista
Diagramadora do SENAR-AR/SP
Hiroshi Namekata - Produtor Rural
Bibliografia
ISBN 978-65-990550-0-3
CDD 745
Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................ 7
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................9
MOLDE Nº 1....................................................................................................................................................79
MOLDE N º2....................................................................................................................................................80
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................................81
Caso o QRCODE informado não funcionar, por favor, acessar o portal www.faespsenar.com.br
e baixar o arquivo da cartilha atualizada.
O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR, criado em 23 de
dezembro de 1991, pela Lei n.º 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
teve a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.
Nesta cartilha, são descritas algumas técnicas artesanais para a confecção de artefatos
utilitários e decorativos utilizando como matéria-prima a fibra de cana-de-açúcar.
Mesmo considerando as técnicas descritas e suas respectivas peças, pode-se obter objetos
diferenciados feitos com essa matéria-prima, variando de artesão para artesão, conforme
sua criatividade.
Trata, também, dos cuidados necessários para evitar acidentes e ainda informa sobre os
aspectos de preservação do meio ambiente e assuntos que possam interferir na melhoria
da qualidade dos artefatos produzidos.
No meio rural, a atividade artesanal faz parte do cotidiano das pessoas. São confeccionados
artefatos de utilidade doméstica e/ou para a lida rural, ou ainda objetos para decoração,
utilizando, muitas vezes, matéria-prima obtida na natureza. O artesanato rural proporciona
renda extra no orçamento familiar do homem do campo. É desenvolvido de forma sustentável,
com vistas à preservação ambiental, e permite a difusão cultural.
As peças artesanais possuem diversos elementos de arte. Ao ser confeccionado, cada novo
objeto é recriado, dependendo das condições do material a trabalhar e dos instrumentos
empregados. Cada nova forma surge como recriação, com o toque pessoal do artesão.
Foi descoberta na Índia, entre os séculos VI e IV a.C.. Em seguida, passou a ser utilizada
pelos gregos, que a descreviam como “canas que produzem mel sem abelhas”. A cana-de-
açúcar passou a ser cultivada e comercializada e seus derivados passaram a ser consumidos
como tempero raro e caro.
Atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, sendo responsável por 60% do
abastecimento mundial, e gera, todo ano, 140 milhões de toneladas de bagaço de cana. A
cana também é utilizada na produção de etanol. A indústria da cana-de-açúcar gera resíduos,
como bagaço e palha, que são reaproveitados na geração de energia.
Nas pequenas propriedades rurais, a cana-de açúcar está presente na produção artesanal
de cachaça e açúcar mascavo, e seu bagaço é utilizado na alimentação do gado.
Com o aumento da utilização da cana-de-açúcar a partir dos anos 2000, o resíduo produzido
passou a ser reaproveitado na produção de peças artesanais, utilitárias e decorativas,
produção de papel, entre outros usos, promovendo uma alternativa de renda sustentável,
ecologicamente correta, socialmente justa e culturalmente aceita.
Uma peça com identidade cultural marcante faz com que o consumidor se veja representado
nela, criando um laço afetivo, favorecendo sua comercialização.
A cultura é tudo o que representa uma comunidade: hábitos, usos, costumes, religiosidade,
etnias, ambiente, relevo, fauna e flora, história, construções antigas, folclore, comidas típicas,
personagens importantes, entre outros aspectos que identificam um povo.
A tradição cultural se forma quando todos esses elementos se mantêm vivos na comunidade
pela repetição.
Pesquise entre familiares quais os hábitos e costumes herdados dos antepassados e que
fazem parte da rotina atual.
Formas de se alimentar, vestir, falar, ordenar a casa, rituais religiosos, etc. são elementos que
fazem parte do modo de ser de cada indivíduo e que são herdados da família e passados
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 11
de geração para geração.
As tradições podem ser adaptadas de acordo com o momento atual, sem perder de foco
suas origens. Por exemplo, um costume relativo à alimentação pode ser adaptado, por
exemplo substituindo-se um ingrediente, mas a forma de fazer o alimento e de degustá-lo
segue a tradição.
Após identificar as tradições familiares, deve-se pesquisar suas origens, que caminhos
tomaram até chegar ao momento atual.
Pesquise entre moradores da comunidade quais as tradições culturais que de forma direta
e indireta influenciam seus hábitos e costumes familiares ou pessoais.
Outros aspectos que devem ser considerados são a forma como a comunidade foi constituída,
aspectos arquitetônicos relevantes, origem da cidade, festividades, formas de diversão,
gastronomia, personagens típicos da comunidade, manifestações religiosas, forma de falar,
entre outros.
• Água
• Agulha de costurar saco
• Bacia de 40 cm de diâmetro
• Bandeja de isopor 23 cm x 18 cm
• Base de madeira redonda de 50 cm de
diâmetro x 1 cm de altura
• Borracha
• Cano de PVC, de ½ polegada: 60 cm
(opcional: cabo de vassoura) • Jornais usados
A fibra de cana-de-açúcar pode ser obtida de três fontes: garapeiro, produtor rural e das
usinas.
A fibra de cana-de-açúcar do garapeiro deve ser obtida no mesmo dia da moagem, para
evitar a fermentação e o mofo.
A matéria-prima do produtor rural pode ser obtida na véspera do dia em que for usá-la,
pois as características da fibra serão mantidas por um dia. Deve ser utilizada triturada na
trituradeira de capim com peneira fina.
A fibra obtida em usina é de melhor qualidade quando for época de safra. A fibra obtida fora
de safra é escura, malcheirosa devido à fermentação e compactada, o que dificulta seu
manuseio.
A qualidade da fibra influencia no resultado do trabalho. Deve-se utilizar fibras limpas, sem
terra, secas, o que torna a massa mais clara.
14 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
V. PREPARAR A FIBRA DE CANA-DE-AÇÚCAR
Atenção: É ideal que a cana-de-açúcar de garapeiro esteja limpa e sem umidade, evitando
a fermentação, que causa mau cheiro.
Alerta ecológico: A casca da cana descartada pode ser utilizada como adubo para jardins.
1.3. Corte a polpa em pequenos pedaços 1.4. Forre o chão com tecido de algodão
(menores que 0,5 cm) ou TNT
1.5. Coloque a fibra picada sobre o tecido 1.7. Pegue um punhado de fibra seca, na
quantidade de uma mão cheia
1.6. Deixe secar ao sol pleno por 1 hora
1.11. Reserve
2.1. Forre o chão com tecido de algodão 2.2. Coloque a fibra picada sobre o tecido
ou TNT
2.3. Deixe secar ao sol pleno por 1 hora
2.6. Reserve
Após o preparo da fibra, pode-se armazená-la em saco de ráfia ou de estopa. Saco plástico
é inadequado para o armazenamento porque faz com que a fibra fique úmida e estrague.
3. I D E N T I F I Q U E , COM O
N O M E D A F I B R A E D ATA D E
ARMAZENAMENTO
• Água
• Bacia: 1 unidade
• Tecido voil 30 cm x 30 cm
Atenção: A terra pode ser coletada em barrancos, área de aração, área de escavação,
quintais, terra de formigueiro, beira de rio, etc. A coleta em locais diferentes permite a
obtenção de tons e cores variadas.
Alerta ecológico: Ao retirar terra de beira de rios, deve-se consultar a legislação ambiental
vigente.
1.2.6. Mexa continuamente sem levantar 1.2.7. Mexa até a mistura ficar transparente
fervura
Para assistir ao vídeo relativo a esse passo, é necessário conectar-se à internet e acessar
o link https://youtu.be/A7YnfwKFvlw
ou
Pelo celular, utilizando um aplicativo leitor de QRCODE:
1. Baixe um aplicativo leitor de QRCODE
2. Abra o aplicativo
3. Aponte a câmera para o código ao lado até enquadrar toda a imagem
4. Abra o link indicado
Em alguns modelos de celular, a câmera faz a leitura automática do código
qrcode, sem a necessidade de uso de aplicativo específico.
1.3.4. Coloque o pedaço de voil dentro do 1.3.5. Coloque a terra sobre o voil
vidro
1.4.5. Rasgue o papel em pedaços pequenos 1.4.6. Esprema com as mãos, retirando
toda a água
1.4.11. Passe pela peneira, friccionando a 1.4.12. Coloque o papel preparado numa
pasta de papel até passar pela rede bacia plástica
1.4.17. Coloque a peneira sobre a bacia 1.4.18. Coloque o papel triturado sobre a
peneira
1.13. Sove a massa até que solte da mão 1.14. Faça uma bola com a massa
1.16. Verifique se está no ponto correto A massa preparada pode ser reservada
por até 30 minutos. Após esse período,
O ponto correto é quando a massa se ocorre a acumulação de água, perdendo a
separar com uma certa liga, sem esfarelar. consistência.
• Água: 900 ml
• Bacia: 1 unidade
2.4. Misture os ingredientes secos numa bacia plástica: fibra de cana preparada e
papel preparado
2.10. Acrescente 1 copo americano de 2.11. Sove a massa até que solte da mão
vinagre
2.12. Reserve
A massa preparada pode ser reservada por até 30 minutos. Após esse período, ocorre a
acumulação de água, perdendo a consistência. Para utilizá-la após esse período, deve-se
fazer a recuperação da massa, descrita no passo 3.
A massa perde suas propriedades de modelagem após 30 minutos, pois se torna aguada.
3.1. Retire a água espremendo com as 3.2. Coloque massa sobre o tecido de
mãos sacaria
3.5. Acrescente cola branca 3.6. Sove até a massa desgrudar das
mãos
Para assistir ao vídeo relativo a esse passo, é necessário conectar-se à internet e acessar
o link https://youtu.be/WRdUK1ymCYU
ou
Pelo celular, utilizando um aplicativo leitor de QRCODE:
1. Baixe um aplicativo leitor de QRCODE
2. Abra o aplicativo
3. Aponte a câmera para o código ao lado até enquadrar toda a imagem
4. Abra o link indicado
Em alguns modelos de celular, a câmera faz a leitura automática do código
qrcode, sem a necessidade de uso de aplicativo específico.
É uma alternativa sustentável para embalagens, visto que pode ser utilizado como adubo
em várias culturas.
1. SEPARE OS MATERIAIS
• Colher: 1 unidade•
2. C O L O Q U E U M A F O L H A D E
PLÁSTICO SOBRE A MESA
17. CORTE A LIXA Nº 100 EM PEDAÇOS 18. LIXE AS BORDAS DA PEÇA COM
QUADRADOS PEQUENOS DE 4 CM LIXA Nº 100, RETIRANDO TODAS
X 4 CM, UTILIZANDO TESOURA AS REBARBAS
26. APLIQUE NOVA DEMÃO DE CERA 28. PASSE A FLANELA PARA LUSTRAR
EM TODA A PEÇA
1. SEPARE OS MATERIAIS
• Tesoura: 1 unidade
Atenção: O desenho dos recortes pode ser feito à mão livre, ou utilizando objetos. A escolha
depende do efeito desejado para a peça.
Para assistir ao vídeo relativo a esse passo, é necessário conectar-se à internet e acessar
o link https://youtu.be/9Syrx7pf5tk
ou
Pelo celular, utilizando um aplicativo leitor de QRCODE:
1. Baixe um aplicativo leitor de QRCODE
2. Abra o aplicativo
3. Aponte a câmera para o código ao lado até enquadrar toda a imagem
4. Abra o link indicado
Em alguns modelos de celular, a câmera faz a leitura automática do código
qrcode, sem a necessidade de uso de aplicativo específico.
23. DEIXE A PEÇA SECAR AO SOL 24. VAZE OS RECORTES COM A FACA
PLENO, DE 4 A 8 DIAS DE SERRA
Atenção: O tempo de secagem depende do clima e da temperatura. Considera-se a peça
seca quando está endurecida, sem nenhuma parte úmida ou mole.
28. LIXE A BORDA DA PEÇA COM LIXA 29. LIXE TODA A PEÇA COM LIXA Nº
Nº 120, RETIRANDO AS REBARBAS 120, RETIRANDO AS REBARBAS
30. RETIRE O PÓ COM PINCEL CHATO 31. COLOQUE UMA TIRA DE LIXA Nº
100 DENTRO DO VAZADO
Para assistir ao vídeo relativo a esse passo, é necessário conectar-se à internet e acessar
o link https://youtu.be/RsEmrP0wMWs
ou
Pelo celular, utilizando um aplicativo leitor de QRCODE:
1. Baixe um aplicativo leitor de QRCODE
2. Abra o aplicativo
3. Aponte a câmera para o código ao lado até enquadrar toda a imagem
4. Abra o link indicado
Em alguns modelos de celular, a câmera faz a leitura automática do código
qrcode, sem a necessidade de uso de aplicativo específico.
40.1. Passe a agulha pelo recorte, no 40.2. Deixe uma sobra de linha, na largura
início do desenho do vazado, para dar o arremate do início
da costura
40.3. Passe a linha por cima da sobra, 40.4. Enrole a linha por todo o espaço
prendendo-a
40.5. Faça o arremate, quando necessário
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o link https://youtu.be/QhOi2VF2gzg
ou
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3. Aponte a câmera para o código ao lado até enquadrar toda a imagem
4. Abra o link indicado
Em alguns modelos de celular, a câmera faz a leitura automática do código
qrcode, sem a necessidade de uso de aplicativo específico.
40.6. Passe a agulha por dentro de dez 40.7. Saia com a agulha um pouco à
fios, para dar arremate frente
40.9.1. Corte um pedaço de 15 cm de rami 40.9.2. Levante dois fios da parte de trás
da costura
40.9.6. Ajuste
41.1. Passe a trincha na cera em pasta 41.2. Aplique sobre a peça, com
movimentos circulares, nos dois lados
da peça
1. SEPARE OS MATERIAIS
• Terra
22. LIXE A BORDA COM LIXA Nº 100, 23. LIXE A PEÇA INTEIRA COM LIXA Nº
RETIRANDO AS REBARBAS 100
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o link https://youtu.be/lN-pAEWj1yE
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4. Abra o link indicado
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qrcode, sem a necessidade de uso de aplicativo específico.
26.5. Faça outros tons de tinta de terra, repetindo os passos 26.1. ao 26.3.
21.1. Passe a trincha na cera em pasta 21.2. Aplique a cera sobre a peça, com
movimentos circulares, nos dois lados
Podem ser criadas esculturas, bolas decoradas, bonecas, adornos, peças utilitárias,
decorativas e abstratas, entre outras, de acordo com a criatividade do artesão.
Para ilustrar essa técnica, são descritos os passos para a confecção de uma bola e uma
peça decorativa.
• Massa preparada
Atenção: Para a execução dessa técnica e para evitar desperdício de material, recomenda-
se aproveitar toda sobra de massa resultante da confecção das peças anteriores. Para tanto,
deve-se agregar as sobras à massa e repetir os passos 3. ao 3.6. das páginas 31 e 32.
1.2.6. Coloque a bola sobre folha amassada 1.2.7. Amasse, formando uma bola
Para assistir ao vídeo relativo a esse passo, é necessário conectar-se à internet e acessar
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ou
Pelo celular, utilizando um aplicativo leitor de QRCODE:
1. Baixe um aplicativo leitor de QRCODE
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4. Abra o link indicado
Em alguns modelos de celular, a câmera faz a leitura automática do código
qrcode, sem a necessidade de uso de aplicativo específico.
1.5. Deixe secar ao sol pleno, sobre o 1.6. Lixe a bola, retirando as rebarbas
plástico
Pode-se utilizar diversos elementos para decorar as peças: fio de sisal, rami, juta, cadarços
coloridos, cordão de fibra de bananeira, barbante, tecido de chita, sementes, tinta de terra etc.
Para ilustrar, são descritos os passos para a decoração com fio de rami.
1.8.1. Defina o local para aplicação do fio 1.8.2. Coloque a ponta do pincel na cola
de rami
1.8.3. Aplique cola no local definido para a 1.8.4. Coloque o fio de rami sobre a cola,
decoração formando o desenho desejado
1.8.5. Esconda as pontas do fio, à medida 1.8.6. Corte o fio ao final da aplicação
em que o desenho é formado
• Massa preparada
2.4. Coloque o molde sobre o papelão 2.5. Transfira o desenho para o papelão
2.9. Amacie os dois pedaços de papelão com as mãos, formando a curva da peça no
sentido do comprimento
2.12. Preencha o tubo de papelão com 2.13. Compacte o jornal dentro do molde,
jornal amassado, dando firmeza com o cabo de vassoura
2.14. Preencha com jornal amassado até obter o formato desejado para a peça
2.27. Levante o plástico dos dois lados 2.29. Alise a massa sobre a peça
2.42. Retire o pó com pincel chato 2.43. Faça um efeito sombreado com
tinta de terra
1. SEPARE O MATERIAL
• Borracha: 1 unidade
• Lápis: 1 unidade
• Plástico: 2 folhas
• Trincha: 1 unidade
Nesse processo deve-se pensar que a peça a ser elaborada contém apenas um elemento do
desenho elaborado como representativo da cultura da comunidade ou região. Esse elemento
é o que relaciona a cultura à peça e a diferencia das outras. Por exemplo, um vaso com um
elemento da cultura tem outro valor do que um vaso sem esse elemento.
A técnica utilizada deve ser escolhida entre a que melhor se enquadra para a execução da
peça projetada.
Para ilustrar essa técnica, são descritos os passos para a confecção de uma tijela, que pode
ter função decorativa ou utilitária.
3.1. Dobre uma folha de papel cartão ao 3.2. Coloque o molde nº 2 sobre o papel
meio cartão dobrado
3.7. Corte com estilete em cima do risco 3.8. Obtenha mais uma parte do molde
em papelão
3.12. Coloque fita crepe na abertura e no fundo da peça, evitando que o jornal saia
3.13. Aplique uma quantidade generosa 3.14. Aplique a massa sobre o molde em
de cola sobre o molde pequenas porções
3.16. Deixe secar ao sol pleno de 3 a 4 3.17. Corte a fita crepe da boca da peça
dias, sobre uma folha de plástico
3.24. Aplique cera na peça com pincel 3.26. Passe pano aflanelado em toda a
peça
3.25. Deixe secar
O controle de qualidade das peças artesanais é importante para que elas tenham boa
aceitação no mercado, preço justo e favoreçam a venda permanente. Um produto de boa
qualidade é sempre muito procurado pelo mercado. Peças de má qualidade são vendidas
apenas uma vez, ao passo que as peças de boa qualidade são sempre procuradas.
Trata-se da busca por imperfeições: rachaduras, excesso de cola, falhas de colagem dos fios,
lugares com impermeabilização falha, falta de nivelamento da massa, elementos decorativos
soltos, etc.
PROBLEMA SOLUÇÃO
• Reaplicar cola
Elementos decorativos soltos
• Refazer o acabamento
Para fazer o cadastro, o artesão passa por uma entrevista e o seu trabalho é avaliado por
uma Comissão Técnica que classifica o produto, a matéria-prima e a produção.
Caso não seja possível executar a técnica no local da entrevista, deve-se trazer peças
em três fases diferentes do processo de confecção, ou seja: uma no início, uma na fase
intermediária e uma na fase final. Contudo, o artesão deverá completar uma das fases na
presença da Comissão Técnica, preferencialmente.
O artesão que pretende comercializar seu produto por intermédio da Sutaco deve entregar
junto à Seção de Comercialização e Exportação um portfólio com fotos do trabalho
desenvolvido e uma lista de preços para análise.
CUSTOS VARIÁVEIS
Unidade de
medida Quantidade Preço Unitário de VALOR TOTAL
Material
(kg, gramas, litro, (1) Mercado (2) (3)=(1) x (2)
unidade)
Tinta frasco 3 R$ 0,50 R$ 1,50
Refil de cola quente unidade 2 R$ 0,50 R$ 1,00
Goma laca frasco 1 R$ 1,00 R$ 1,00
Pincel 1 unidade 1 R$ 0,50 R$ 0,50
TOTAL R$ 4,00
3.2. Considere o custo de transporte, embalagem, energia elétrica, gás, água, aluguel,
telefonia, impostos, etc. que devem ser somados ao custo inicial (obtido na coluna
3). Por exemplo:
CUSTOS FIXOS
3.3. Considere o valor do tempo gasto na confecção da peça. Apesar de ser difícil de
calcular, deve ser incluído no cálculo do custo, inclusive considerando a experiência
do artesão. Por exemplo:
3.3.1. Determine um valor que deseja receber por mês, por exemplo: R$ 1.000,00
3.3.3. Divida o valor obtido por 8 horas de trabalho diário: R$ 45,45 ÷ 8 = R$ 5,68
3.4. O custo da peça é o resultado da soma dos itens 3.1, 3.2, 3.3 = R$ 36,90 mais 50%
de margem de lucro = R$ 55,35
3.6. Pesquise no mercado o preço de produtos similares, para serem usados como
referência na determinação do preço final de venda, não esquecendo que ele deve
ser competitivo.
Comprar em grupo é uma forma de organização por meio da qual se pode adquirir produtos,
ferramentas e outros materiais para serem usados de maneira coletiva, facilitando o acesso
de todos os envolvidos na produção artesanal.