Você está na página 1de 104

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ARTESANATO COM
CABAÇA - UTILITÁRIOS
E DECORATIVOS
MODELAGEM, PINTURA E CORTE

“O SENAR-AR/SP está permanentemente


empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

JOSÉ CANDEO SERGIO ANTONIO EXPRESSÃO


Vice-Presidente Diretor 2º Secretário

EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO MARIA LÚCIA FERREIRA


Vice-Presidente Diretor 3º Secretário

MARCIO ANTONIO VASSOLER LUIZ SUTTI


Vice-Presidente Diretor 1º Tesoureiro

TIRSO DE SALLES MEIRELLES PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI


Vice-Presidente Diretor 2º Tesoureiro

ADRIANA MENEZES DA SILVA WALTER BATISTA SILVA


Diretor 1º Secretário Diretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL


ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONSELHO ADMINISTRATIVO

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

DANIEL KLÜPPEL CARRARA SUSSUMO HONDO


Representante da Administração Central Representante do Segmento das Classes Produtoras

ISAAC LEITE CYRO FERREIRA PENNA JUNIOR


Presidente da FETAESP Representante do Segmento das Classes Produtoras

MÁRIO ANTONIO DE MORAES BIRAL


Superintendente

SÉRGIO PERRONE RIBEIRO


Coordenador Geral Administrativo e Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ARTESANATO COM CABAÇA -


UTILITÁRIOS E DECORATIVOS

MODELAGEM, PINTURA E CORTE

Gledys Maria Galvão de Souza Martins

SENAR-AR/SP
São Paulo - 2017
IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

SUPERVISÃO GERAL
Claudete Morandi Romano
Chefe da Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP

RESPONSÁVEL TÉCNICA
Isabela Pennella
Técnica da Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer

AUTORA
Gledys Maria Galvão de Souza Martins
Artesã

COLABORAÇÃO TÉCNICA FOTOS


Geral e, em especial, no aprimoramento da caixa Ana Paula Polastri
para cortes
Margarethe de Fátima Toricelli DIAGRAMAÇÃO
Artesã Thais Junqueira Franco
Diagramadora do SENAR-AR/SP
No projeto inicial da caixa para cortes
Francisco Coelho Paim Neto AGRADECIMENTOS
Engenheiro Agrônomo Sindicato Rural de Tietê

REVISÃO GRAMATICAL
André Pomorski Lorente

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Carolina Malange Alves CRB-8/7281

Martins, Gledys Maria Galvão de Souza


Artesanato com cabaça – utilitários e decorativos :
modelagem, pintura e corte / Gledys Maria Galvão de Souza
Martins. – São Paulo : SENAR-AR/SP, 2017.
102 p. : il. color. ; 30 cm

Bibliografia
ISBN 978-85-99965-91-7

1. Artesanato 2. Trabalhos em cabaça I. Martins, Gledys Maria Galvão


de Souza II. Título

CDD 745.5

Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.

4 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO..............................................................................................................................................7

INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................9

CONFECÇÃO DE ARTEFATOS UTILITÁRIOS E DECORATIVOS COM CABAÇA........................................ 9

I. PREPARAR O LOCAL DE TRABALHO...................................................................................................... 10

II. REUNIR MATERIAL.................................................................................................................................... 11

III. COLETAR A CABAÇA................................................................................................................................ 12

IV. PREPARAR A CABAÇA............................................................................................................................. 13

V. ARMAZENAR A CABAÇA PREPARADA................................................................................................... 15

VI. EXECUTAR A TÉCNICA DA MODELAGEM E PINTURA......................................................................... 16

VII. EXECUTAR A TÉCNICA DE CORTE........................................................................................................ 45

VIII. LIMPAR O LOCAL................................................................................................................................... 98

XII. COMERCIALIZAR A PRODUÇÃO............................................................................................................ 99

BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................................102

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 5


APRESENTAÇÃO

O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR, criado em 23 de
dezembro de 1991, pela Lei n.º 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
teve a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São


Paulo – FAESP, o SENAR-AR/SP tem como objetivo organizar, administrar e executar, em
todo o Estado de São Paulo, o ensino de Formação Profissional e de Promoção Social
Rurais dos pequenos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares que atuam na
produção primária de origem animal e vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio
e na prestação de serviços rurais.

A Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP, com o intuito


de contribuir para a melhoria da qualidade das atividades desenvolvidas, apresenta esta
cartilha relacionada à linha de ação Artesanato.

As atividades da linha de ação Artesanato da Promoção Social do SENAR/AR-SP têm


por finalidade a produção artesanal de objetos úteis, artísticos e decorativos, utilizando
matéria-prima disponível na região. O Artesanato rural deve contribuir para a preservação e
divulgação das expressões culturais regionais. Pode ou não ter fim comercial, estimulando
a organização de grupos.

As atividades relacionadas a esta área têm caráter educativo e preventivo e apresentam


informações básicas sobre a extração e coleta da matéria-prima, respeitando a legislação
ambiental, buscando a produção artesanal com sustentabilidade.

As cartilhas são recursos instrucionais de extrema relevância para o processo de Promoção


Social e, seguindo metodologia própria, constituem um reforço para o conhecimento
adquirido pela família rural nas atividades promovidas pelo SENAR-AR/SP em todo o
Estado.

Fábio de Salles Meirelles


Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

“Plante, Cultive e Colha a Paz”

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 7


INTRODUÇÃO

Nesta cartilha, são descritas algumas técnicas artesanais para a confecção de artefatos
utilitários e decorativos utilizando como matéria-prima a cabaça.

Mesmo considerando as técnicas descritas e suas respectivas peças, pode-se obter objetos
diferenciados feitos com essa matéria-prima, variando de artesão para artesão, conforme
sua criatividade.

Contém informações sobre o preparo do local, a coleta, o preparo e o armazenamento da


cabaça, execução das técnicas e acabamento, além de noções de comercialização.

Trata, também, dos cuidados necessários para evitar acidentes e ainda informa sobre os
aspectos de preservação do meio ambiente e assuntos que possam interferir na melhoria
da qualidade dos artefatos produzidos.

CONFECÇÃO DE ARTEFATOS UTILITÁRIOS E


DECORATIVOS COM CABAÇA

No meio rural, a atividade artesanal faz parte do cotidiano das pessoas. São confeccionados
artefatos de utilidade doméstica e/ou para a lida rural, ou ainda objetos para decoração,
utilizando, muitas vezes, matéria-prima obtida na natureza. O artesanato rural proporciona
renda extra no orçamento familiar do homem do campo. É desenvolvido de forma sustentável,
com vistas à preservação ambiental, e permite a difusão cultural. Com o advento da atividade
de Turismo Rural, o artesanato rural ganhou destaque na confecção de peças, promovendo
a cultura e a tradição locais.

As peças artesanais possuem diversos elementos de arte. Ao ser confeccionado, cada novo
objeto é recriado, dependendo das condições do material a trabalhar e dos instrumentos
empregados. Cada nova forma surge como recriação, com o toque pessoal do artesão.

Nesta cartilha, a matéria prima é a cabaça, muito comum de se encontrar no meio rural e
que pode ser aproveitada para o artesanato rural.

Cabaça (do árabe kara bassasa, “abóbora lustrosa”) é a designação popular dos frutos das
plantas dos gêneros Lagenaria e Cucurbita. É também conhecida como porongo ou poranga,
cuia, jamaru etc.

A cabaça foi uma das primeiras plantas cultivadas no mundo, não apenas para uso na
alimentação, mas para ser utilizada como um recipiente de água. A cabaça pode ter sido
levada da África para a Ásia, Europa e Américas no curso da migração humana, ou por
sementes que flutuaram através dos oceanos dentro da cabaça. Provou-se que estava no
Novo Mundo antes da chegada de Cristóvão Colombo, em 1492.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 9


Os índios têm uma grande influência no uso da cabaça, como recipiente para água, cuia
para servir ou guardar alimentos preparados, pequenas taças de uso ritual e na confecção
de alguns instrumentos sonoros: a cabacinha com quatro furos; a buzina, a qual completa o
gomo de taquara; o cinto de algodão, sob a forma de sininhos sem badalos que se chocam
uns contra os outros, usado na cintura por corredores, amarrado abaixo do joelho ou socado
contra o chão pelos cantores.

Em casas ribeirinhas, indígenas e quilombolas do Brasil, os frutos dos cabaceiros, das cuieiras
e dos porongos costumam ser partidos em vários formatos, esvaziados do miolo, polidos
e, quem sabe, até tingidos e decorados com incisões de exímia precisão, para servir como
baldes, coiós, bacias, copos, tigelas; ou como cuias de tomar água, tacacá, chibé e mingau,
no Norte, ou chimarrão e tereré, no Sul e no Centro-Oeste. Desses mesmos frutos que são
transformados em objetos para comer e beber, também se fazem instrumentos de trabalho
de pescadores, seringueiros e produtores de farinha de mandioca, que partem suas bandas
de cuia para levá-las aos rios, às florestas e casas de forno.

No Nordeste, das mesmas cabaças que armazenam e transportam água pelo sertão, cortam-
se cuias que são usadas nas feiras como unidade de medida para pesar, comprar e vender
itens como farinha e tapioca, além de líquidos. Nelas também se guardam as sementes do
replantio, a nata pra fazer manteiga, mel e até peças de roupa.

No Sul e no Centro Oeste do Brasil, é o fruto do porongo objeto de cuidados especiais e a


grande atração das rodas de chimarrão e de tereré. Na forma do número oito, cortados na
parte de cima, furados e polidos com cera, prontos pra receber a erva mate com água morna
ou fria, deles se fazem cuias que passam de mão em mão, sempre à direita, como manda
o antigo ritual de sociabilidade dos mateadores.

Nesta cartilha são descritas as técnicas da modelagem, pintura e corte como base para
transformar as cabaças em peças decorativas e utilitárias, com formatos de animais, pessoas,
santos e o que mais a criatividade permitir.

Vale ressaltar que, mesmo considerando uma idêntica técnica, é comum existirem maneiras
diferenciadas de se confeccionar as peças, as quais variam de artesão para artesão, podendo
conduzir ao mesmo resultado, com o mesmo nível de qualidade. Além disso, cada pessoa
deve explorar, ao máximo, a sua criatividade.

I. PREPARAR O LOCAL DE TRABALHO

Para o desenvolvimento desse tipo de


artesanato o local deve ser amplo, coberto,
protegido do vento e da chuva, e com boa
ventilação.

Deve haver apoio (mesa, bancada ou


cavalete com tábua de madeira) e cadeiras
para a execução das técnicas.

10 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


II. REUNIR MATERIAL

Para este artesanato é utilizada a cabaça, bem como os seguintes utensílios e ferramentas:

• Allen sem cabeça 5/16

• Arco de serra

• Azulejo liso 20 cm x 20 cm

• Bandeja de isopor

• Barra de ferro de mecânico 5/16, 80 cm


de comprimento

• Broca para madeira 5/16

• Cano PVC de 3 cm de diâmetro x 20 cm


de comprimento

• Colher de sopa • Pincel chato nº 12

• Cortador em formato de folha ou coração • Pincel chato nº 18

• Cortador redondo de 2 cm • Pincel chato nº 8

• Cortador redondo de 3 cm • Pincel nº 0

• Cortador redondo nº 5 • Porca borboleta

• Faca lisa com ponta pequena • Prolongador 5/16

• Furadeira • Rolinho de espuma 40 mm x 16 mm

• Gancho triângulo • Rolinho de PVC de 2 cm de diâmetro x


20 de comprimento
• Kit serra copos 8 peças
• Serra manual
• Máscara
• Tesoura de unha, com ponta
• Microrretífica
• Trincha de 1 1/2
• Óculos de segurança
• Vibramatt VB3

Precaução: Mantenha facas, tesouras e facões guardados em locais adequados e fora do


alcance das crianças e dos animais, evitando acidentes com ferimentos graves.

Atenção: As ferramentas devem ser limpas e guardadas após o uso, evitando que enferrugem
ou oxidem.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 11


III. COLETAR A CABAÇA

1. PREPARE-SE PARA A ATIVIDADE, GARANTINDO


A SEGURANÇA

A cabaça é fruto de planta rasteira, da família das


curcubitáceas. É encontrada em local onde se escondem
alguns animais peçonhentos como: cobras e aranhas.
Além disso, a atividade envolve risco, pois se manuseia
tesoura de poda.

Para evitar acidentes com animais peçonhentos e com


ferramentas, observe cuidadosamente o local e utilize os
EPIs: boné ou chapéu, luvas, botas de cano alto, calça
comprida, camisa de mangas compridas.

2. COLETE A CABAÇA

2.1. Corte no engaço, utilizando tesoura 2.2. Deixe secar ao sol até obter a cor
de poda marrom

12 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


IV. PREPARAR A CABAÇA

1. LIMPE A CABAÇA FECHADA

Pode ser feita somente a limpeza da parte externa da cabaça, caso a peça a ser confeccionada
necessite dela fechada.

1.1. Coloque água em uma bacia, em 1.2. Mergulhe a cabaça na água


quantidade suficiente para cobrir a
cabaça

1.3. Coloque um peso sobre a cabaça 1.5. Raspe a parte externa com a parte
para que fique submersa lisa de uma faca

1.4. Deixe de molho por meia hora

1.6. Lave com o lado áspero da bucha


para retirar o resto da sujeira

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 13


1.7. Deixe secar ao sol 1.9. Aplique inseticida anti-cupim, caso
haja furos
1.8. Verifique se há furos na cabaça
1.10. Espere 24 horas para começar a
trabalhar com a cabaça

2. LIMPE A CABAÇA CORTADA

Caso haja necessidade de cortar a cabaça, deve-se limpar a parte interna.

2.1. Retire as sementes e a parte interna 2.2. Deixe de molho em água limpa por
da cabaça meia hora

2.3. Retire a película interna com as mãos 2.4. Raspe o excesso com colher

2.5. Limpe a parte externa conforme


descrito nos passos 1.1. a 1.10.

14 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.6. Deixe secar ao sol por 2 dias 2.7. Aplique inseticida

2.8. Espere 24 horas para começar a


trabalhar com a cabaça

V. ARMAZENAR A CABAÇA PREPARADA

O armazenamento correto mantém a qualidade da cabaça, evitando perda de material por


emboloramento ou ataque de roedores.

1. GUARDE AS CABAÇAS LIMPAS E BEM SECAS EM LOCAL SUSPENSO E AREJADO

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 15


VI. EXECUTAR A TÉCNICA
DA MODELAGEM E PINTURA
Essa técnica consiste em transformar a cabaça
em figuras de animais, pessoas, santos,
bonecas, baseando-se no que a sua forma
sugere.

Nenhuma cabaça é igual a outra e todas


possuem formatos e tamanhos diferentes.
Suas formas sugerem todo tipo de arte.

Para ilustrar essa técnica, são descritos os


passos para a confecção de uma coruja e de
um São Francisco.

1. CONFECCIONE A CORUJA

1.1. Separe o material


• C
abaça em formato de pêra ou redonda, de
15 cm altura: 1 unidade
• C
ano PVC de 3 cm de diâmetro x 20 cm de
comprimento: 1 unidade
• Cola branca rótulo azul: 1 frasco

• C
ortador em formato de folha ou coração: • Porcelana fria (biscuit) branco: 100 g
1 unidade
• Porcelana fria (biscuit) laranja: 100 g
• Cortador redondo de 2 cm: 1 unidade
• P
orcelana fria (biscuit) marrom chocolate:
• Cortador redondo de 3 cm: 1 unidade 100 g
• Cortador redondo de 5 cm: 1 unidade • Porcelana fria (biscuit) preta: 100 g
• Faca lisa com ponta: 1 unidade • T
inta PVA ou tinta acrílica chocolate: 1
frasco
• Palito de dente: 1 unidade
• Verniz spray: 1 frasco
• Pincel nº 0: 1 unidade

1.2. Conheça sobre porcelana fria (biscuit)

A porcelana fria (biscuit) é a massa de modelar que pode ser adquirida em lojas de artesanato
ou pode ser produzida a partir da mistura de amido de milho, cola branca para porcelana
fria, conservantes como limão ou vinagre e vaselina. Este tipo de massa não precisa ser
aquecida para que mantenha seu formato final de modelagem e seca em contato com o ar.

O biscuit é uma massa de fácil modelagem que aceita tingimento e pintura com vários tipos
de tintas e corantes.

16 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


PORCELANA FRIA CASEIRA
Materiais Passos
• Amido de milho: 2 xícaras 1. Coloque o amido de milho, a cola, a vaselina líquida e o suco
de chá de limão ou vinagre em uma panela antiaderente
• Cola branca especial 2. Mexa até dissolver o amido de milho por completo
para Biscuit: 2 xícaras de 3. Leve ao fogo brando, mexendo com colher de pau, até que a
chá massa fique consistente e se desprenda da panela
• Colher de pau 4. Passe creme hidratante sobre uma superfície de pedra ou
• Creme para as mãos mármore
(não gorduroso): 1 colher 5. Passe hidratante nas mãos
de sopa
6. Sove a massa sobre a pedra até ficar lisa
• Saco plástico
7. Acrescente um pouco tinta PVA ou de tingir tecidos na cor
• Suco de limão ou vinagre desejada, com auxílio de um palito
branco: 1 colher de sopa
8. Sove até obter uma cor uniforme
• Tinta PVA ou de tingir
tecidos 9. Modele a massa como um rolo, evitando a formação de bolhas
• Va s e l i n a l í q u i d a : 2 10. Coloque em um saco plástico untado com creme hidratante
colheres de sopa 11. Seque a massa com pano limpo, caso forme bolhas de água
12. Armazene em um novo saco bem vedado

1.3. Faça os olhos da coruja

1.3.1. Passe creme hidratante 1.3.2. Unte uma superfície 1.3.3. Amasse a porcelana
nas mãos de vidro ou pedra com creme fria branca para retirar o ar
hidratante

1.3.4. Abra a massa com o cano de PVC 1.3.5. Corte dois pedaços com o cortador
de 5 cm

Atenção: A massa de biscuit encolhe um pouco ao secar; portanto, ao modelá-la, deve-se


levar isso em consideração para que o trabalho fique proporcional e harmonioso.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 17


1.3.6. Coloque cola em uma 1.3.7. Molhe a ponta de um 1.3.8. Passe pouca cola
superfície ou recipiente palito de dente na cola branca na superfície de um
dos círculos, com o palito de
dente

1.3.9. Posicione no local 1.3.10. Alise com as mãos 1.3.11. Cole o outro círculo
definido para o olho para colar branco junto ao primeiro

1.3.12. Amasse a massa marrom para retirar 1.3.13. Faça duas bolinhas de mesmo
o ar tamanho com a massa marrom

1.3.14. Achate as bolinhas com a palma das 1.3.15. Passe cola branca na superfície de
mãos, formando 2 círculos de 3 cm um dos círculos

Pode-se utilizar o cortador redondo de 3 cm para obter um círculo perfeito.

18 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


1.3.16. Posicione no centro de um dos 1.3.17. Alise com as mãos para colar
círculos brancos

1.3.18. Cole o outro círculo marrom sobre 1.3.19. Amasse um pedaço de massa preta
o branco para retirar o ar

1.3.20. Faça duas bolinhas de mesmo 1.3.21. Achate as bolinhas com o dedo
tamanho, com a massa preta
Pode-se utilizar o cortador redondo nº 2 para
obter um círculo perfeito.

1.3.22. Passe cola em um dos lados das 1.3.23. Cole sobre o círculo marrom
duas bolinhas
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 19
1.3.24. Achate a massa com a palma da 1.3.25. Cole a outra bolinha sobre o outro
mão olho, achatando-a

1.4. Faça o bico da coruja

1.4.1. Amasse um pedaço pequeno da 1.4.2. Faça uma bolinha


massa laranja para retirar o ar

1.4.3. Dê formato de coxinha 1.4.4. Achate a lateral com 1.4.5. Passe cola na base
o dedo

1.4.6. Cole entre os olhos 1.4.7. Achate com o dedo

20 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


1.5. Faça as orelhas da coruja

1.5.1. Amasse um pedaço de massa marrom


para retirar o ar

1.5.2. Faça duas bolinhas de mesmo 1.5.3. Modele as bolinhas dando o formato
tamanho com a massa marrom de coxinhas

1.5.4. Achate com as mãos dando formato 1.5.5. Passe cola com palito de dente na
de um triângulo base da orelha

1.5.6. Cole as orelhas sobre os olhos, na mesma direção, achatando a base

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 21


1.6. Faça as asas da coruja

1.6.1. Amasse um pedaço de massa preta 1.6.2. Unte uma superfície de vidro ou pedra
para retirar o ar com creme hidratante

1.6.3. Abra a massa com o cano de PVC 1.6.4. Corte dois pedaços com o cortador
de folha ou de coração

1.6.5. Passe cola em um dos lados, com 1.6.6. Cole, nas laterais, no local definido
palito de dente para as asas

1.6.7. Cole a outra asa na mesma altura e


direção da primeira

22 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


1.6.8. Faça riscos com a ponta da faca ou com palito de dente

1.7. Faça os pés da coruja

1.7.1. Amasse um pedaço de massa laranja 1.7.2. Faça duas bolinhas de mesmo
para retirar o ar tamanho

1.7.3. Dê o formato de coxinha 1.7.4. Achate a lateral das duas coxinhas

1.7.5. Cole-as na base da coruja 1.7.6. Faça dois cortes com a ponta da faca

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 23


1.8. Verifique se a coruja está estável 1.9. Cole uma bolinha laranja no melhor
sobre uma superfície plana local para dar estabilidade, se necessário

1.10. Aperte a peça contra uma superfície


plana, deixando-a estável

1.11. Pinte o olho

1.11.1. Molhe a ponta do cabo do pincel na 1.11.2. Faça pontos com tinta branca na
tinta branca parte preta do olho

1.12. Pinte as penas no corpo

1.12.1. Molhe o pincel nº 0 na tinta marrom 1.12.2. Desenhe pequenas meia-luas,


chocolate cobrindo a barriga da coruja

24 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


1.12.3. Passe verniz spray

1.12.4. Deixe secar

2. CONFECCIONE O BONECO DE SÃO FRANCISCO

2.1. Separe o material

• Bandeja de isopor: 2 unidades

• Barbante de 8 fios: 1 rolo pequeno

• Blush rosa: 1 unidade

• Bola de isopor de 35 mm: 1 unidade

• Cabaça em formato de gota, de 15 cm de


comprimento: 1 unidade

• Cola branca rótulo azul: 1 frasco • Rolinho de PVC de 2 cm de diâmetro x


20 de comprimento
• Cortador redondo de 3 cm: 1 unidade
• Tesoura de unha, com ponta: 1 unidade
• Faca lisa com ponta: 1 unidade
• Tinta PVA ou acrílica branca: 1 frasco
• Lápis redondo: 1 unidade
• Tinta PVA ou acrílica dourado: 1 frasco
• Palito de churrasco: 1 unidade
• Tinta PVA ou acrílica ferrugem: 1 frasco
• Palito de dente: 1 unidade
• Tinta PVA ou acrílica laranja: 1 frasco
• Pincel nº 0: 1 unidade
• Tinta PVA ou acrílica marrom chocolate:
• Porcelana fria (biscuit) bege: 100 g 1 frasco
• Porcelana fria (biscuit) branca: 100 g • Tinta PVA ou acrílica preta: 1 frasco
• Porcelana fria (biscuit) marrom: 200 g • Tinta PVA ou acrílica rosa antigo: 1 frasco
• Rolinho de espuma 40 mm x 16 mm: 1 • Verniz spray: 1 frasco
unidade

2.2. Pinte toda a cabaça com tinta 2.3. Deixe secar


marrom, utilizando o rolinho de espuma
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 25
2.4. Faça os pés do boneco

2.4.1. Passe creme hidratante nas mãos 2.4.2. Amasse a massa bege com as mãos
para retirar o ar

2.4.3. Faça duas bolinhas do mesmo 2.4.4. Dê o formato de coxinha com a lateral
tamanho da mão

2.4.5. Achate a ponta da coxinha com os 2.4.6. Dê o formato dos dedos dos pés com
dedos a parte sem corte da lâmina da faca

2.5. Faça o chinelo do boneco

2.5.1. Passe creme hidratante nas mãos 2.5.2. Amasse um pedaço de massa marrom
para retirar o ar

26 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.5.3. Faça duas bolinhas do mesmo 2.5.4. Modele duas coxinhas do tamanho
tamanho de massa marrom do pé

2.5.5. Achate com o dedo 2.5.6. Passe cola na sola 2.5.7. Cole os pés sobre a
dos pés sola do chinelo

2.5.8. Modele um rolinho de massa marrom 2.5.9. Corte dois pedaços

2.5.10. Passe cola em um dos rolinhos 2.5.11. Cole a tira do chinelo sobre o peito
do pé
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 27
2.5.12. Faça cortes sobre a tira com a ponta 2.5.13. Repita os passos 2.5.10. a 2.5.12.
da faca para fazer o outro pé

2.6. Coloque os pés no boneco

2.6.1. Passe cola na parte de trás dos pés 2.6.2. Coloque a cabaça sobre os pés

2.6.3. Verifique a estabilidade da peça

2.6.4. Cole uma bolinha de massa marrom 2.6.5. Aperte a peça contra a base, achatando
para dar apoio, se necessário os pés e o apoio para dar estabilidade

28 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.7. Faça os braços do boneco

2.7.1. Amasse um pedaço de massa marrom 2.7.2. Faça duas bolinhas de mesmo
para retirar o ar tamanho com a massa marrom

2.7.3. Faça dois rolinhos de massa marrom de mesmo tamanho

2.7.4. Posicione os braços na altura dos


ombros, na mesma direção

2.7.5. Verifique se o tamanho do braço está


proporcional ao corpo

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 29


2.7.6. Achate as pontas de cada braço, 2.7.7. Passe o cabo do pincel em um pouco
pressionando a massa contra os ombros de creme hidratante

2.7.8. Insira o cabo do pincel na outra


extremidade de cada braço, dando o
formato da manga

2.8. Faça as mãos do boneco

2.8.1. Amasse um pedaço de massa bege 2.8.2. Faça duas bolinhas de mesmo
para retirar o ar tamanho, de massa bege

2.8.3. Modele duas coxinhas de massa bege 2.8.4. Achate-as com o dedo

30 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.9. Cole as mãos nos braços do boneco

2.9.1. Passe cola nas pontas 2.9.2. Cole por dentro das mangas

2.10. Coloque os braços no boneco

2.10.1. Passe cola na parte chata do braço 2.10.2. Posicione o braço no ombro

2.10.3. Aperte para colar

2.10.4. Cole o outro braço na mesma


direção, seguindo os passos 2.10.1. a
2.10.3.

2.10.5. Marque a dobra do cotovelo com a 2.10.6. Passe cola em uma das mãos
faca, dando movimento aos braços

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 31


2.10.7. Cole uma mão sobre a outra

2.11. Faça a pala da roupa do boneco

2.11.1. Amasse um pouco de massa marrom 2.11.2. Passe creme hidratante sobre uma
para retirar o ar superfície de vidro ou pedra

2.11.3. Estique a massa com o rolinho de 2.11.4. Corte um círculo com o cortador
PVC redondo de 3 cm

2.11.5. Passe cola na ponta da cabaça 2.11.6. Coloque o centro do círculo sobre
a cola

32 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.11.7. Aperte o centro da pala 2.11.8. Ajuste o círculo no corpo

2.12. Faça a cabeça do boneco

2.12.1. Amasse um pouco de massa bege 2.12.2. Abra a massa com os dedos
para retirar o ar

2.12.3. Encaixe a bola de isopor 2.12.4. Puxe a massa até cobrir a bolinha

2.12.5. Retire o excesso de massa 2.12.6. Alise a massa com as mãos, até
cobrir toda a bolinha
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 33
2.12.7. Role a bolinha sobre uma superfície 2.12.8. Fure as bolhas com palito, se
untada de hidratante, deixando-a lisa necessário

2.12.9. Alise com o dedo, fechando o furo 2.12.10. Deixe secar

2.13. Faça o pescoço

2.13.1. Amasse um pedaço de massa 2.13.2. Faça uma bolinha com a massa
marrom para retirar o ar marrom

2.13.3. Achate com os dedos 2.14. Passe cola em um dos lados

34 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.15. Cole sobre a pala 2.16. Passe cola sobre o pescoço

2.17. Cole a cabeça 2.18. Deixe secar

2.19. Faça o cabelo do boneco

2.19.1. Faça um rolinho com a massa 2.19.2. Achate com os dedos


marrom, do tamanho da circunferência da
cabeça

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 35


2.19.3. Meça a quantidade necessária para 2.19.4. Corte
uma volta em torno da cabeça

2.19.5. Passe cola em um dos lados 2.19.6. Cole em volta da cabeça

2.19.7. Faça riscos com palito de dente em 2.19.8. Passe blush na ponta de um dedo
toda a sua extensão

2.19.9. Espalhe sobre as bochechas

36 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.20. Faça a barba do boneco

2.20.1. Faça um rolinho com a massa 2.20.3. Meça o contorno do rosto


marrom, do tamanho suficiente para a barba

2.20.2. Achate com os dedos

2.20.4. Corte a sobra 2.20.5. Passe cola em um dos lados

2.20.6. Cole no local da barba 2.20.7. Faça riscos com palito de dente em
toda a sua extensão

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 37


2.21. Faça o bigode

2.21.1. Faça uma bolinha de massa marrom 2.21.2. Faça um rolinho

2.21.3. Meça no rosto 2.21.4. Corte a sobra

2.21.5. Passe cola em um dos lados do 2.21.6. Cole no rosto


bigode

2.21.7. Faça riscos com palito de dente em


toda a sua extensão

38 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.22. Pinte o rosto

2.22.1. Molhe a parte chata do lápis na tinta 2.22.2. Carimbe no local para os olhos
branca

2.22.3. Deixe secar 2.22.4. Mergulhe a parte achatada do palito


de churrasco na tinta ferrugem

2.22.5. Desenhe uma bolinha da cor 2.22.6. Deixe secar


ferrugem dentro da bolinha branca

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 39


2.22.7. Faça uma bolinha preta dentro da 2.22.8. Deixe secar
bolinha ferrugem

2.22.9. Faça um ponto branco dentro de 2.22.10. Desenhe a sobrancelha na cor


cada bolinha preta, dando a direção do olhar ferrugem com pincel nº 0

2.23. Faça o nariz

2.23.1. Faça uma microbolinha de massa 2.23.2. Coloque um pingo de cola no rosto,
bege no local do nariz

2.23.3. Cole a microbolinha no local do nariz 2.23.4. Desenhe a boca com pincel nº 0, na
cor rosa antigo

40 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.24. Pinte os detalhes da roupa

2.24.1. Pinte o contorno da gola com tinta 2.24.2. Pinte o contorno das mangas com
dourada, utilizando pincel nº 0 tinta dourada, utilizando pincel nº 0

2.24.3. Faça riscos com tinta dourada por 2.25. Amarre o barbante na cintura
toda a roupa, dando a impressão de gasta

2.26. Corte as sobras

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 41


2.27. Pinte o terço

2.27.1. Molhe a ponta do cabo do pincel na


tinta dourada

2.27.2. Faça pingos na roupa, formando 2.27.3. Desenhe a cruz com pincel nº 0
um terço

2.28. Faça a pomba

2.28.1. Amasse um pedaço pequeno de 2.28.2. Faça uma bolinha com a massa
massa branca para retirar o ar branca

2.28.3. Modele em formato de coxinha 2.28.4. Achate a ponta, virando-a para cima

42 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.28.5. Modele a cabeça 2.28.6. Modele o bico

2.28.7. Faça cortes com tesoura, dando 2.28.8. Faça duas bolinhas brancas para
formato de penas da cauda modelar as asas

2.28.9. Modele em formato de coxinha 2.28.10. Achate com os dedos

2.28.11. Passe cola nas laterais para colar 2.28.12. Cole uma asa de cada lado
a asa

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 43


2.28.13. Corte as pontas com tesoura, 2.28.14. Faça dois pingos pretos com palito
dando formato de penas de dente no local dos olhos

2.28.15. Pinte o bico com tinta laranja 2.29. Passe cola na base do pombo

2.30. Cole a pomba sobre as mãos 2.32. Cole-as sobre os ombros, cabeça e
onde mais desejar
2.31. Repita os passos 2.28. a 2.28.15.
para fazer outras pombas 2.33. Passe verniz spray

2.34. Deixe secar

44 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


VII. EXECUTAR A TÉCNICA DE CORTE

As técnicas de corte das cabaças permitem dar diversos usos às peças criadas, de acordo
com a figura que cada formato sugere.

As cabaças podem ser cortadas com arco de serra, microrretífica ou serra tico-tico,
dependendo do trabalho a ser feito e do tamanho da cabaça.

1. PREPARE A CAIXA PARA OS CORTES

1.1. Separe o material

• Allen sem cabeça: 2 unidades

• Areia seca: 20 kg

• Arco de serra: 1 unidade

• Barra de ferro de construção de 50 cm


comprimento x 5/16 mm: 1 unidade

• Barra de ferro de construção de 80 cm de


comprimento x 5 mm: 1 unidade

• Bastão de madeira de 50 cm: 1 unidade • Lápis preto: 1 unidade

• Broca 5/16 mm: 1 unidade • Lima arredondada pequena: 3 unidades

• Broca 5mm: 1 unidade • Luva descartável: 1 par

• Caixa de MDF ou compensado com 60 • Luvas de segurança: 1 par


cm de comprimento x 30 cm de altura x
30 cm de largura (1 cm de espessura): 1 • Máscara: 1 unidade
unidade
• M i n i s s e r r a c i r c u l a r c o m d i s c o
• Extensão elétrica de 3 metros: 1 unidade (microrretífica): 1 unidade

• Fita métrica ou régua grande de madeira: • Óculos de proteção: 1 unidade


1 unidade
• Parafuso 10 cm rosca inteira: 2 unidades
• Furadeira mandril: 1 unidade
• Porca borboleta 5/16: 4 unidades
• Kit serra copos (12,7 mm, 10,2 mm, 89
• Prolongador 5/16: 2 unidades
mm, 76 mm, 64 mm, 51 mm, 44 mm, 38
mm): 1 unidade de cada medida • Serrinha manual: 1 unidade
• Lâmina para arco de serra 12”: 2 unidades • Vibra Stop (vibramatt) VB3: 2 unidades

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 45


1.2. Marque 10 cm de altura na caixa a
partir da base, por toda a sua volta
10 cm

1.3. Trace ao redor da caixa na marca

1.4. Fure um dos lados menores da caixa

1.4.1. Posicione a serra copo de 12,7 cm no


lado menor da caixa, sobre a linha traçada

1.4.2. Marque o centro da serra copo com


lápis para facilitar no momento de serrar

1.4.3. Encoste a broca da furadeira no ponto 1.4.4. Verifique se a serra copo está rente
marcado com o lápis à linha traçada
46 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
1.4.5. Perfure suavemente, sem forçar, pois 1.4.6. Perfure o outro lado menor da caixa,
pode travar com o esforço seguindo os passos 1.4.1. ao 1.4.6.

1.5. Fure os demais lados da caixa

10 cm

1.5.1. Marque os pontos centrais das serras 1.5.2. Mantenha uma distância de 10 cm
copo menores, sobre a linha traçada, dos cantos da caixa
seguindo a ordem de tamanho

1.5.3. Perfure, seguindo os passos 1.4.3. ao


1.4.5., trocando a serra copo da furadeira
conforme o tamanho necessário

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 47


1.6. Retire as rebarbas dos orifícios com 1.7. Enrole a lixa em um pedaço redondo
lixa nº 100 de cabo de vassoura

1.8. Lixe os orifícios menores

1,5
cm
15
cm

1.9. Marque o ponto central de cada 1.10. Marque 1,5 cm de distância da parte
lateral menor da caixa superior da caixa, de cada lado menor

1.11. Perfure no ponto marcado, em cada 1.12. Transpasse a barra de ferro de 80


uma das laterais cm pelos orifícios feitos, verificando se
os furos são adequados

48 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


17 cm

1,5 cm

1.13. Marque 17 cm, a partir do canto, nas 1.16. Transpasse a barra de ferro de 50
laterais maiores da caixa cm

1.14. Marque 1,5 cm a partir da parte A barra de ferro de 50 cm deve passar por
superior da caixa, nas duas laterais baixo da barra de 80 cm
maiores

1.15. Perfure nos locais marcados

1.17. Despeje a areia na caixa de madeira 1.18. Espalhe com as mãos, mantendo o
nível da areia rente às perfurações

10 cm
1,5 cm

1.19. Marque 10 cm, a partir dos cantos, 1.20. Marque 1,5 cm a partir da parte
das laterais opostas às que foram superior
perfuradas

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 49


1.21. Perfure nos locais marcados 1.22. Coloque um Vibra Matt no orifício,
de dentro para fora

1.23. Parafuse a borboleta por fora da 1.24. Coloque um Vibra Matt no outro
caixa orifício, de dentro para fora

1.25. Parafuse a borboleta por fora da


caixa

2. CONFECCIONE O BALÃO

O corte para a confecção do balão é feito


separando-se a parte mais fina da parte
mais arredondada da cabaça.

50 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.1. Separe o material

• Arco de serra: 1 unidade

• Cabaça em formato redondo com bico,


com 20 cm de comprimento: 1 unidade

• Colher de sopa: 1 unidade

• Faca pequena com ponta ou buril: 1


unidade

• Fio encerado: 1 rolo

• Lápis preto: 1 unidade • Tinta PVA ou acrílica amarelo: 1 frasco

• Linha de náilon nº 0,35: 1 rolo • Tinta PVA ou acrílica azul: 1 frasco

• Lixa nº 100: 1 unidade • Tinta PVA ou acrílica laranja: 1 frasco

• Microrretífica: 1 conjunto • Tinta PVA ou acrílica lilás: 1 frasco

• Palito de churrasco: 1 unidade • Tinta PVA ou acrílica marrom chocolate:


1 frasco
• Pincel chato nº 12: 1 unidade
• Tinta PVA ou acrílica preta: 1 frasco
• Pincel nº 0: 1 unidade
• Tinta PVA ou acrílica verde: 1 frasco
• Rolinho de espuma 40 mm x 16 mm: 1
unidade • Tinta PVA ou acrílica vermelho: 1 frasco

• Tinta base PVA branca: 1 frasco • Verniz spray: 1 frasco

2.2. Corte a cabaça

2.2.1. Desenhe a área de corte que irá 2.2.2. Divida a cabaça em 4 partes
separar a ponta da cabaça da parte redonda

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 51


2.2.3. Marque 4 pontos antes e depois da 2.2.4. Encaixe a cabaça na caixa, deixando
demarcação do corte a parte demarcada para fora

2.2.5. Fure com buril ou ponta de faca nos 2.2.6. Posicione o arco de serra sobre a
locais marcados demarcação com lápis

2.2.7. Corte sobre a marcação, sem imprimir


muita força para não estragar a cabaça

2.2.8. Fure a parte de cima da cabaça com 2.3. Limpe a cabaça por dentro e por
a ponta de uma chave phillips ou buril fora conforme os passos descritos no
capítulo “IV. PREPARAR A CABAÇA”,
páginas 13 e 14
Atenção: O corte também pode ser feito utilizando a microrretífica, deixando o corte mais liso.

52 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.4. Lixe levemente as áreas cortadas

Precaução: Deve-se utilizar máscara e óculos para evitar que o pó expelido durante o
processo de limpeza e corte seja aspirado.

Precaução: Deve-se ter cuidado e atenção ao manusear a chave phillips ou buril, evitando
ferimentos nas mãos.

2.5. Passe duas demãos de tinta PVA 2.6. Deixe secar


branca, com rolinho de espuma

2.7. Desenhe formas geométricas sobre


a cabaça, dando a ideia de uma colcha
de retalhos

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 53


2.8. Pinte cada quadrado de uma cor diferente, começando pelas bordas

2.9. Deixe secar 2.10. Faça desenhos diferentes em cada


quadrado, como retalhos

Atenção: Pode-se desenhar flores, pássaros, caracóis, sol, círculos, pontos, seguindo a
criatividade.

2.11. Deixe secar 2.12. Desenhe pontos de alinhavo com


tinta preta na borda de cada quadrado,
com pincel nº 0

54 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.13. Pinte o cesto na cor marrom 2.14. Deixe secar

2.15. Corte 50 cm de linha de náilon 2.16. Passe o fio pelo orifício da parte de
cima da cabaça

2.17. Amarre um pedaço de palito no fio de náilon da parte de dentro da cabaça, para
que prenda o fio

2.18. Faça um laço na outra ponta do fio 2.19. Corte 4 pedaços de 20 cm de fio
encerado

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 55


2.20. Amarre um pedaço em cada furo

2.21. Corte as sobras 2.22. Queime as pontas com isqueiro,


para que o fio não desfie
Precaução: Deve-se manter os dedos afastados da chama, evitando queimaduras.

2.23. Amarre o fio no furo do cesto, na 2.24. Amarre os demais fios, deixando-os
altura desejada na mesma altura

2.25. Corte as rebarbas 2.26. Queime as pontas com isqueiro

56 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.27. Passe verniz spray

2.28. Deixe secar

3. CONFECCIONE O PORTA-TOALHA

O corte para a confecção do porta-toalha é feito


de modo longitudinal para que a peça possa ficar
acomodada na parede.

3.1. Separe o material

• Arco de serra: 1 unidade

• Argola de madeira de 10 cm de diâmetro: 1


unidade

• Broca 5mm: 1 unidade

• Cabaça de 20 cm de altura, em formato de


8: 1 unidade

• Cola branca rótulo azul: 1 frasco • Pincel nº 0: 1 unidade

• Furadeira: 1 unidade • Porcelana fria (biscuit) branca: 100 g

• Lápis redondo: 1 unidade • Porcelana fria (biscuit) laranja: 200 g

• Lixa nº 100: 1 unidade • Porcelana fria (biscuit) marrom: 100 g

• Microrretífica: 1 conjunto • Porcelana fria (biscuit) preta: 100 g

• Palito de churrasco: 1 unidade • Porcelana fria (biscuit) rosa: 100 g

• Pincel chato nº 18: 1 unidade • Rolinho de espuma 40 mm x 16 mm: 1


unidade
• Pincel chato nº 8: 1 unidade

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 57


• Rolinho de PVC de 2 cm de diâmetro x 20 de comprimento

• Tinta PVA ou acrílica branca: 1 frasco

• Tinta PVA ou acrílica preta: 1 frasco

3.2.Corte a cabaça

3.2.1. Marque as áreas de corte na cabaça,


com lápis

3.2.2. Fure as extremidades

3.2.2.1. Encaixe uma das extremidades da 3.2.2.2. Fure com furadeira


cabaça no orifício da caixa

3.2.2.3. Encaixe a outra extremidade da


cabaça

3.2.2.4. Fure com furadeira

58 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.2.3. Passe a barra de ferro de 80 cm pelo
orifício da caixa

3.2.4. Transpasse a barra de ferro pela


cabaça

3.2.5. Encaixe a barra de ferro na outra


extremidade da caixa

3.2.6. Prenda a cabaça nos suportes de 3.2.6.1. Coloque prolongadores e allens


pressão Vibra Matt, de modo a ficar firme sem cabeça, caso necessário

3.2.7. Corte a cabaça no local demarcado, utilizando arco de serra, serra manual ou
microrretífica

3.2.8. Retire a cabaça da barra de ferro e


dos suportes

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 59


3.2.9. Corte as extremidades da cabaça

3.2.10. Coloque uma das extremidades da


cabaça no orifício mais adequado da caixa

3.2.11. Corte no local demarcado, utilizando arco de serra, serra manual ou microrretífica

3.2.12. Repita os passos 3.2.10. e 3.2.11. para cortar a outra extremidade

3.3. Limpe a cabaça por dentro e por 3.5. Lixe levemente a cabaça na área
fora conforme os passos descritos no cortada
capítulo “IV . PREPARAR A CABAÇA”,
página 13 e 14

3.4. Deixe secar

60 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.6. Pinte a cabaça por dentro com tinta 3.7. Pinte a cabaça por fora, com tinta
PVA branca, utilizando pincel base PVA branca, utilizando rolinho de
espuma

3.8. Deixe secar

3.9. Faça as orelhas

3.9.1. Amasse um pedaço de massa branca 3.9.2. Faça duas bolinhas de mesmo
para retirar o ar tamanho de massa branca

3.9.3. Modele-as dando formato de coxinhas 3.9.4. Achate com os dedos, dando formato
de mesmo tamanho para a orelha

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 61


3.9.5. Amasse um pedaço de 3.9.6. Faça duas bolinhas 3.9.7. Faça duas coxinhas
massa bege para retirar o ar de mesmo tamanho com as com a massa bege de mesmo
mãos tamanho, menores que as
feitas com a massa branca

3.9.8. Achate com os dedos, modelando no mesmo formato feito com a massa branca

3.9.9. Passe cola na massa bege, com o 3.9.10. Cole sobre a massa branca
palito

3.9.11. Aperte a ponta 3.9.12. Passe cola nas laterais das orelhas

62 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.9.13. Cole as 2 orelhas na cabeça da
vaca, na mesma direção

3.10. Faça os chifres

3.10.1. Amasse um pedaço de massa 3.10.2. Faça duas bolinhas de mesmo


marrom para retirar o ar tamanho com a massa marrom

3.10.3. Faça duas gotas finas com a massa marrom, deixando um dos lados com ponta

3.10.4. Modele deixando-as curvas 3.10.5. Passe cola na base

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 63


3.10.6. Cole sobre as orelhas

3.11. Faça a franja

3.11.1. Amasse um pedaço de massa preta 3.11.2. Modele 4 coxinhas de mesmo


para retirar o ar tamanho

3.11.3. Passe cola nas bases 3.11.4. Cole sobre a cabeça, entre os
chifres, como uma franja

3.11.5. Achate a parte mais larga

64 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.12. Faça o focinho

3.12.1. Amasse um pedaço de massa bege 3.12.2. Faça uma bolinha


para retirar o ar

3.12.3. Faça um rolinho com a massa bege 3.12.4. Curve o rolinho levemente

3.12.5. Passe cola na parte de trás 3.12.6. Cole no local demarcado para o
focinho

3.12.7. Achate levemente, deixando com


o mesmo tamanho da distância entre os
chifres

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 65


3.12.8. Passe blush com o dedo

3.12.9. Faça as narinas

3.12.9.1. Marque as narinas com o cabo 3.12.9.2. Afunde o cabo do pincel, alargando
do pincel as narinas

3.12.9.3. Empurre o cabo para cima, dando


formato às narinas

3.12.10. Faça a boca

3.12.10.1. Marque a boca com o cabo do 3.12.10.2. Puxe para baixo, dando formato
pincel à boca

66 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.13. Faça a tijela

3.13.1. Amasse um pedaço de massa 3.13.2. Faça uma bolinha com a massa
laranja para tirar o ar laranja

3.13.3. Faça um furo no meio com o cabo do pincel, modelando a tigela

3.13.4. Coloque cola no fundo da tijela

3.13.5. Cole um pedaço de massa branca 3.13.6. Modele gotas com a massa branca

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 67


3.13.7. Cole as gotas na panela

3.13.8. Passe cola na lateral da panela 3.13.9. Cole na barriga

3.14. Faça a colher de pau

3.14.1. Amasse um pedaço 3.14.2. Faça uma bolinha 3.14.3. Faça um rolinho
de massa marrom para retirar com as mãos deixando uma das pontas
o ar arredondada

3.14.4. Achate a bolinha 3.14.5. Passe cola no cabo 3.14.6. Cole na barriga
formando a colher da colher

68 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.15. Faça os braços

3.15.1. Amasse um pedaço de massa 3.15.2. Faça duas bolinhas de massa


branca para retirar o ar branca de mesmo tamanho

3.15.3. Faça dois rolinhos de mesmo


tamanho com a massa branca, deixando
um dos lados mais fino

3.15.4. Marque o punho com a parte sem 3.15.5. Faça um corte no meio da mão,
corte da lâmina da faca formando a pata

3.15.6. Passe cola na ponta dos braços 3.16. Cole os dois braços nos ombros,
deixando-os na mesma direção

3.17. Achate a massa na altura dos


ombros

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 69


3.18. Dê movimento aos braços

3.18.1. Segure o ombro 3.18.3. Passe cola na pata

3.18.2. Vire o braço

3.18.4. Cole a pata na tijela 3.18.5. Cole a outra pata sobre a colher

3.19. Faça o úbere (teta)

3.19.1. Amasse um pedaço de massa rosa


para retirar o ar

3.19.2. Faça uma bolinha com a massa rosa 3.19.3. Achate com a palma da mão

3.19.4. Alise, arredondando a parte de cima

70 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.19.5. Passe cola na parte chata 3.19.6. Cole na barriga, centralizando

3.19.7. Passe blush com o dedo 3.19.8. Faça 4 coxinhas de mesmo tamanho
com a massa rosa

3.19.9. Faça cavidades com o cabo do 3.19.10. Coloque um pingo de cola nas
pincel cavidades

3.19.11. Cole as coxinhas nas cavidades, formando o úbere (teta)

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 71


3.20. Desenhe manchas com a tinta PVA
preta, por todo o corpo, rosto e orelhas,
com pincel chato nº 8

3.21. Deixe secar

3.22. Desenhe os olhos

3.22.1. Molhe o cabo do lápis na tinta preta 3.22.3. Desenhe cílios com pincel nº 0

3.22.2. Carimbe no local definido para os 3.22.4. Deixe secar


olhos

3.22.5. Mergulhe a ponta do cabo do pincel


na tinta branca

3.22.6. Desenhe pequenas bolas dentro da


parte preta

3.22.7. Deixe secar

3.23. Coloque a argola de madeira

3.23.1. Faça um rolo com a massa branca 3.23.3. Passe cola

3.23.2. Achate

72 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.23.4. Cole em volta da argola 3.23.5. Cole na base da cabaça, pelo lado
de dentro

3.24. Coloque o gancho para pendurar

3.24.1. Faça uma bolinha de massa preta 3.24.2. Passe cola na cabaça, no local onde
será fixado o gancho

3.24.3. Coloque o gancho 3.24.4. Coloque cola sobre o gancho

3.24.5. Cole a bolinha de massa preta sobre


o gancho

3.25. Passe verniz

3.26. Deixe secar

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 73


4. FAÇA O CACHEPÔ

O corte para cachepô é feito parcialmente,


na parte maior da cabaça.

4.1. Selecione o material

• Buril: 1 unidade

• Cabaça de 50 cm com pescoço: 1 unidade

• Cola branca rótulo azul: 1 frasco

• Lápis redondo: 1 unidade

• Lixa nº 100: 1 unidade

• Máscara: 1 unidade

• Óculos de proteção: 1 unidade

• Palha da costa: 1 pacote

• Pincel nº 0: 1 unidade

• Porcelana fria (biscuit) branca: 200 g

• Porcelana fria (biscuit) laranja: 300 g • Tinta PVA ou acrílica branca: 1 frasco

• Porcelana fria (biscuit) preta: 300 g • Tinta PVA ou acrílica preta: 1 frasco

• Porcelana fria (biscuit) vermelha: 200 g • Trincha de 1 ½: 1 unidade

• Rolinho de espuma 40 mm x 16 mm: 1 • Verniz spray: 1 frasco


unidade

4.2. Corte a cabaça

4.2.1. Marque com lápis a área a ser cortada

74 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


4.2.2. Fure as extremidades

4.2.2.1. Encaixe uma das extremidades da 4.2.2.2. Fure com furadeira


cabaça no orifício da caixa

4.2.2.3. Encaixe a outra extremidade da 4.2.2.4. Fure com furadeira


cabaça

4.2.3. Passe a barra de ferro de 80 cm pelo


orifício da caixa

4.2.4. Transpasse a barra de ferro pela


cabaça

4.2.5. Encaixe a barra de ferro na outra


extremidade da caixa

4.2.6. Prenda a cabaça nos suportes de 4.2.7. Coloque a barra de ferro de 50 cm


pressão Vibra Matt, de modo a ficar firme pelos orifícios laterais, transformando-a em
base de apoio

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 75


4.2.8. Corte a cabaça na linha demarcada, com arco de serra, serra manual ou microrretífica

4.2.9. Solte os suportes de pressão 4.2.10. Prenda a outra extremidade da


cabaça nos suportes de pressão

4.2.11. Dê continuidade ao corte 4.3. Limpe a cabaça por dentro e por


fora conforme os passos descritos no
capítulo “IV . PREPARAR A CABAÇA”,
páginas 13 e 14

4.4. Deixe secar

4.5. Lixe levemente a cabaça na área


cortada

76 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


4.6. Pinte a cabaça por dentro com tinta
PVA preta, utilizando pincel nº 18 ou
trincha de 1 1/2

4.7. Pinte a cabaça por fora, com tinta 4.9. Molhe o lápis na tinta PVA branca
PVA preta, utilizando rolinho de espuma

4.8. Deixe secar

4.10. Faça pintas por toda a barriga

4.11. Deixe secar

4.12. Faça os olhos

4.12.1. Amasse um pedaço de massa 4.12.2. Faça duas bolas de mesmo tamanho
branca para retirar o ar com a massa branca

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 77


4.12.3. Passe cola em cada bola 4.12.4. Cole uma à outra

4.12.5. Deixe secar

4.12.6. Passe cola nas bolas brancas 4.12.7. Cole-as na cabeça no local desejado
coladas
4.12.8. Deixe secar

4.13. Faça o bico

4.13.1. Faça uma coxinha de massa laranja 4.13.2. Achate a base

78 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


4.13.3. Passe cola na base do bico 4.13.4. Cole o bico entre os olhos

4.13.5. Modele o bico

4.14. Faça a crista da galinha

4.14.1. Amasse um pedaço 4.14.2. Faça 3 bolinhas de 4.14.3. Modele 3 coxinhas de


de massa vermelha para mesmo tamanho de massa massa vermelha
retirar o ar vermelha

4.14.4. Passe cola na lateral de uma coxinha 4.14.5. Cole a primeira coxinha sobre a
cabeça, entre os olhos
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 79
4.14.6. Aperte na base 4.14.7. Cole a segunda coxinha sobre a
primeira

4.14.8. Aperte na base 4.14.9. Cole a terceira coxinha sobre a


segunda

4.14.10. Aperte na base

4.14.11. Deixe secar

4.15. Faça a barbela da galinha

4.15.1 Modele 2 coxinhas de massa 4.15.2. Cole as duas coxinhas pela lateral
vermelha, menores do que a feita
anteriormente 4.15.3. Deixe secar

80 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


4.15.4. Passe cola na base das duas 4.15.5. Cole-as abaixo do bico
coxinhas coladas
4.16. Faça os pés da galinha

4.16.1. Amasse um pedaço de massa 4.16.2. Modele 6 bolinhas de mesmo


laranja para retirar o ar tamanho de massa laranja

4.16.3. Modele 6 coxinhas de mesmo 4.16.4. Passe cola nas laterais das 3
tamanho de massa laranja coxinhas

4.16.5. Cole a parte lateral de 3 coxinhas, 4.16.6. Cole a parte lateral das outras 3
formando um pé coxinhas, formando o outro pé
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 81
4.16.7. Posicione os pés abaixo da galinha 4.16.9. Passe cola na parte dos pés que
será colada
4.16.8. Verifique a estabilidade da peça

4.16.10. Cole os pés de maneira que a peça 4.16.11. Aperte, achatando a base
fique estável

4.16.12. Faça riscos nos dedos com a faca 4.16.13. Passe creme hidratante na sola
das patas para que elas não grudem na
superfície enquanto secam

4.17. Faça as asas

4.17.1. Amasse um pedaço de massa preta


para retirar o ar

82 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


4.17.2. Faça 8 bolinhas de mesmo tamanho 4.17.3. Faça 8 coxinhas de mesmo tamanho
de massa preta com a massa preta

4.17.4. Passe cola nas laterais de 3 coxinhas 4.17.5. Cole-as pelas laterais

4.17.6. Deixe secar 4.18. Passe cola na base das 3 coxinhas


coladas

4.19. Cole-as na lateral da galinha, 4.20. Achate com os dedos


formando uma asa
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 83
4.21. Cole 3 coxinhas pretas juntas, do lado oposto, na mesma direção, formando a
outra asa

4.22. Cole 2 coxinhas pretas juntas, na


parte de trás, formando o rabo

4.23. Achate com os dedos

4.24. Pinte os olhos

4.24.1. Molhe o lápis na tinta preta 4.24.2. Faça uma bolinha em cada olho

4.24.3. Deixe secar

4.24.4. Faça um traço sobre cada olho, com 4.24.5. Faça duas bolinhas brancas dentro
a tinta preta e pincel nº 0 das pretas, com palito de churrasco

84 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


4.25. Faça um laço no pescoço com palha 4.26. Passe verniz spray
da costa
4.27. Deixe secar

5. CONFECCIONE A BONECA CAIPIRA

O corte para a boneca é feito com serra copo, sendo um dos


cortes para dar a base estável para a peça e outros dois para
a passagem do barbante que irá formar as pernas.

5.1. Separe o material

• Cabaça de 15 cm com dois gomos: 1 unidade

• Cestinha de palha: 1 unidade

• Chapeuzinho de palha: 1 unidade

• Cola branca rótulo azul: 1 frasco

• Cordão de algodão nº 8: 30 cm

• Faca de ponta sem serra pequena: 1


unidade

• Fitilho de cetim vermelho de 3 mm: 20 cm

• Flores do campo: 1 maço

• Furadeira: 1 unidade

• Lápis redondo: 1 unidade


Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 85
• Lixa nº 100: 1 unidade • Retalhos de chita

• Microrretífica: 1 conjunto • Rolinho de espuma 40 mm x 16 mm: 1


unidade
• Palito de churrasco: 1 unidade
• Serra manual: 1 unidade
• Pincel chato n° 18: 1 unidade
• Tesoura de unha com ponta: 1 unidade
• Pincel nº 0: 1 unidade
• Tinta PVA ou acrílica bege: 1 frasco
• Porcelana fria (biscuit) bege: 100 g
• Tinta PVA ou acrílica preta: 1 frasco
• Porcelana fria (biscuit) marrom: 300 g
• Verniz spray: 1 frasco

5.2. Corte a cabaça

5.2.1. Marque a área de corte na parte de 5.2.2. Desenhe dois círculos pequenos
baixo da cabaça, fazendo um círculo com sobre a linha da base, no local definido para
um lápis as pernas da boneca

5.2.3. Coloque a área a ser cortada da 5.2.5. Fure o centro de cada orifício menor,
cabaça em um dos orifícios da caixa, de com buril ou ponta de faca
dentro para fora

5.2.4. Corte na área demarcada, utilizando


arco de serra, serra manual ou microrretífica

86 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


5.2.6. Fure com a furadeira, deixando cada 5.3. Limpe a cabaça por dentro e por
buraco com 1 cm aproximadamente fora conforme os passos descritos no
capítulo “IV . PREPARAR A CABAÇA”,
página 13 e 14

5.4. Deixe secar

5.5. Lixe levemente a cabaça na área


cortada

5.6. Pinte a cabaça com tinta base PVA 5.8. Pinte a parte de cima com tinta base
branca, utilizando rolinho de pintura PVA bege, utilizando pincel chato nº 18

5.7. Deixe secar 5.9. Deixe secar

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 87


5.10. Corte pequenos quadrados de chita 5.11. Passe cola sobre a cabaça
com estampas variadas

5.12. Cole os pedaços de chita sobre a 5.13. Preencha todos os espaços


cabaça, variando as estampas, partindo
do desenho do decote 5.14. Passe cola sobre o tecido

5.15. Deixe secar

88 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


5.16. Faça os braços

5.16.1. Amasse um pedaço de massa bege 5.16.2. Faça dois rolinhos de mesmo
para retirar o ar tamanho com massa bege

5.16.3. Modele os pulsos com os dedos 5.16.4. Achate formando as mãos

5.17. Passe cola na ponta dos braços 5.18. Cole a ponta dos braços nos ombros

5.19. Deixe-os na mesma direção

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 89


5.20. Faça cortes com a faca, modelando 5.21. Corte dois pedaços de chita
a dobra dos braços
5.22. Cole um pedaço sobre cada ombro,
formando uma manga

5.23. Passe cola sobre os ombros 5.24. Cole os pedaços de chita, formando
as mangas do vestido

5.25. Passe cola sobre as mangas 5.26. Corte tiras de chita

5.27. Passe cola sobre o decote

90 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


5.28. Cole as tiras sobre o colo, formando o decote

5.29. Deixe secar

5.30. Faça duas bolinhas de massa 5.31. Cole sobre o decote como dois
laranja botões

5.32. Desenhe os botões com a ponta 5.34. Modele um pedaço de massa


do palito marrom com as mãos

5.33. Faça o cabelo da boneca

5.35. Passe cola em um dos lados

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 91


5.36. Cole sobre a cabeça 5.37. Ajuste sobre a cabeça com o cabo
do pincel

5.38. Faça a franja com a ponta da faca

5.39. Faça as tranças

5.39.1. Faça dois rolinhos compridos de


massa marrom

5.39.2. Dobre ao meio 5.39.5. Passe cola nas pontas das tranças

5.39.3. Torça

5.39.4. Aperte as pontas

92 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


5.39.6. Cole as tranças sobre a cabeça 5.39.7. Deixe secar

5.39.8. Passe cola na base do chapéu 5.39.9. Cole sobre a cabeça

5.40. Finalize o rosto

5.40.1. Molhe o lápis na tinta branca 5.40.2. Faça dois círculos brancos para os
olhos

5.40.3. Deixe secar

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 93


5.40.4. Faça uma microbolinha de massa 5.40.5. Cole-a no rosto, no local para o nariz
bege

5.40.6. Faça dois círculos azuis, dentro dos 5.40.8. Faça a sobrancelha com o pincel
brancos, com o lápis nº 0

5.40.7. Deixe secar

5.40.9. Desenhe sardas com a ponta do 5.40.10. Desenhe um círculo preto sobre os
palito azuis, com o palito de churrasco

5.40.11. Deixe secar

94 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


5.40.12. Faça pingos brancos nos olhos, 5.40.13. Faça os cílios com o pincel nº 0
com o palito de churrasco, dando a direção
do olhar

5.40.14. Faça a boca com o pincel nº 0 5.41. Passe o cordão de algodão por
dentro dos dois buracos na parte da
frente do corpo

5.42. Verifique a altura das pernas

5.43. Corte na altura desejada

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 95


5.44. Faça os sapatos da boneca

5.44.1. Faça dois rolinhos 5.44.2. Faça marcas da sola 5.44.3. Modele a entrada do
grossos de massa marrom com a ponta da faca sapato com o lápis

5.45. Coloque cola na entrada dos 5.46. Cole as pontas dos cordões em
sapatos cada sapato, com ajuda do palito de
churrasco

5.47. Cole um laço de fita em cada sapato 5.48. Faça uma bolinha de massa bege

96 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


5.49. Fixe a bolinha no fundo da cesta 5.50. Fixe as flores na bolinha

5.51. Amasse um pedaço de massa bege 5.52. Coloque cola branca na massa bege

5.53. Cole a massa bege na barriga da 5.54. Coloque cola branca sobre a massa
boneca bege

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 97


5.55. Coloque cola branca na palma das 5.56. Cole o cesto de flores
mãos da boneca
5.56. Passe verniz spray

5.57. Deixe secar

VIII. LIMPAR O LOCAL

Os materiais utilizados devem ser limpos


e guardados após o uso e o local deve ser
varrido, retirando-se os resíduos, colas,
restos de materiais e pó que ficaram sobre
as mesas, cadeiras e no chão.

98 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


IX. COMERCIALIZAR A PRODUÇÃO

1. CADASTRE-SE COMO ARTESÃO

No Estado de São Paulo, a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades


(SUTACO) é a responsável por cadastrar os artesãos.

A Carteira de Identificação de Artesão é emitida após avaliar, classificar e quantificar o


artesanato produzido. Àquele que é cadastrado é permitida a utilização de serviços de
emissão de nota fiscal, cursos de qualificação e requalificação profissional, divulgação, apoio
à comercialização, exportação, consulta à biblioteca especializada, acesso ao microcrédito,
com financiamento do Banco do Povo, com juros de 1% ao mês e orientação técnica e jurídica.

Para fazer o cadastro, o artesão passa por uma entrevista e o seu trabalho é avaliado por
uma Comissão Técnica que classifica o produto, a matéria-prima e a produção.

O Artesão deve comparecer pessoalmente à entrevista levando:

- Carteira de Identidade - original e cópia;

- CPF - original e cópia;

- Comprovante de residência: conta de luz, de telefone ou envelope dos Correios com


carimbo - cópia;

- 1 (uma) fotografia 2x2 colorida, atual e sem uso.

Após a entrevista, é feita a avaliação do artesanato e um teste de confecção na presença da


Comissão Técnica da Sutaco. Portanto, o artesão também deve levar, no mínimo, 3 (três)
trabalhos de técnicas diferentes que se queira cadastrar e o material necessário para se
confeccionar 1 (uma) peça de cada técnica para o teste.

Caso não seja possível executar a técnica no local da entrevista, deve-se trazer peças
em três fases diferentes do processo de confecção, ou seja: uma no início, uma na fase
intermediária e uma na fase final. Contudo, o artesão deverá completar uma das fases na
presença da Comissão Técnica, preferencialmente.

O artesão que pretende comercializar seu produto por intermédio da Sutaco deve entregar
junto à Seção de Comercialização e Exportação um portfólio com fotos do trabalho
desenvolvido e uma lista de preços para análise.

2. PESQUISE SOBRE O MERCADO CONSUMIDOR

Se há intenção de comercializar as peças artesanais, o primeiro passo é pesquisar se há


mercado consumidor.

Dessa forma, o conceito de comercialização começa com a existência de consumidores e


suas necessidades. No caso do artesanato, essas necessidades podem ser de produtos

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 99


decorativos ou utilitários para casa, ou de produtos para uso pessoal ou uso diário na lida
rural.

3. DEFINA O CUSTO DE CADA PEÇA

3.1. Faça uma lista de todos os materiais e produtos utilizados exclusivamente na


confecção da peça e seu respectivo preço de mercado, compondo uma planilha como
mostrado abaixo:

CUSTOS VARIÁVEIS

Unidade de
medida Quantidade Preço Unitário de VALOR TOTAL
Material
(kg, gramas, litro, (1) Mercado (2) (3)=(1) x (2)
unidade)
Tinta frasco 3 R$ 0,50 R$ 1,50
Refil de cola quente unidade 2 R$ 0,50 R$ 1,00
Goma laca frasco 1 R$ 1,00 R$ 1,00
Pincel 1 unidade 1 R$ 0,50 R$ 0,50
TOTAL R$ 4,00

A soma total da coluna (3) é o custo total do material utilizado na peça.

3.2. Considere o custo de transporte, embalagem, energia elétrica, gás, água, aluguel,
telefonia, impostos, etc. que devem ser somados ao custo inicial (obtido na coluna
3). Por exemplo:

CUSTOS FIXOS

Energia elétrica R$ 0,50


Transporte R$ 4,00
TOTAL R$ 4,50

3.3. Considere o valor do tempo gasto na confecção da peça. Apesar de ser difícil de
calcular, deve ser incluído no cálculo do custo, inclusive considerando a experiência
do artesão. Por exemplo:

3.3.1. Determine um valor que deseja receber por mês, por exemplo: R$ 1.000,00

3.3.2. Divida este valor por 22 dias úteis: R$ 1.000,00 ÷ 22 = R$ 45,45

3.3.3. Divida o valor obtido por 8 horas de trabalho diário: R$ 45,45 ÷ 8 = R$ 5,68

3.3.4. Multiplique esse valor pelas horas trabalhadas para a produção da peça, por exemplo:
5 horas trabalhadas x R$ 5,68 = R$ 28,40

100 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3.4. O custo da peça é o resultado da soma dos itens 3.1, 3.2, 3.3 = R$ 36,90 mais 50%
de margem de lucro = R$ 55,35

A porcentagem da margem de lucro pode variar, dependendo se o fornecimento de peças


é no atacado (menor margem de lucro) ou no varejo (maior margem de lucro).

3.5. Considere a qualidade da peça confeccionada em relação àquelas semelhantes


existentes no mercado.

3.6. Pesquise no mercado o preço de produtos similares, para serem usados como
referência na determinação do preço final de venda, não esquecendo que ele deve
ser competitivo.

4. ORGANIZE-SE EM GRUPOS COMUNITÁRIOS

A organização comunitária tem um papel importante na confecção e comercialização das


peças. Os artesãos podem se organizar em grupos de compra, de venda ou de produção,
podendo chegar até a formação de associações ou cooperativas.

Comprar em grupo é uma forma de organização por meio da qual se pode adquirir produtos,
ferramentas e outros materiais para serem usados de maneira coletiva, facilitando o acesso
de todos os envolvidos na produção artesanal.

Quando a compra é coletiva, a quantidade necessária aumenta; consequentemente, o custo


pode ser negociado, e o transporte da mercadoria adquirida tem custo reduzido.

O grupo de venda parte do mesmo princípio associativo, no qual as pessoas se organizam


para vender sua produção, de forma a conseguir o melhor preço de mercado possível e
formas de escoamento da produção.

A maior conquista desses grupos é quando conseguem eliminar o “atravessador”, fazendo


com que a produção artesanal chegue ao consumidor com preços mais acessíveis.

Organizando-se, os artesãos podem obter melhor acesso a cursos de aprimoramento,


podem atribuir uma marca que dê identidade aos seus produtos, além de, cada vez mais,
melhorar a qualidade dos artefatos.

5. DEFINA AS ESTRATÉGIAS DE VENDA

Os pontos de venda devem ser estrategicamente planejados levando-se em conta o perfil


do público, a localidade, a disposição dos produtos a serem comercializados e a época do
ano em função da matéria-prima.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 101
BIBLIOGRAFIA

AGRO NEWS 20-11-10 - PRODUÇÃO DE ARTESANATO EM CABAÇAS. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=PTCt6HcRkZQ>. Acesso em: 25 abr. 2017.

A CABAÇA, o fruto da diversidade brasileira. In: Blog do Jeffcelophane. Disponível


em: <https://jeffcelophane.wordpress.com/2011/01/20/a-cabaca-o-fruto-da-diversidade-
brasileira/>. Acesso em: 25 abr. 2017.

CRAFTSTYLISH.COM. Como fazer artesanato em cabaça passo a passo. Disponível


em: <http://artesanatobrasil.net/como-fazer-artesanato-em-cabaca-passo-a-passo/>.
Acesso em: 25 abr. 2017.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. ADMINISTRAÇÃO CENTRAL.


Atividades da promoção social. 3. ed. atual. Brasília: SENAR, 2005. 52 p.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. ADMINISTRAÇÃO CENTRAL.


Elaboração de conteúdos programáticos das atividades da promoção social. 3. ed.
atual. Brasília: SENAR, 2005. 44 p.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. ADMINISTRAÇÃO CENTRAL.


Produção de cartilhas para a formação profissional rural e promoção social. 3. ed.
Brasília: SENAR, 2005. 80 p.

SÍTIO & ARTES. Cabaça, cultivo a arte. Disponível em: <https://sitioearte.wordpress.


com/cabaca-cultivo-aarte>. Acesso em: 25 abr. 2017.

WIKIPEDIA. Biscuit. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Biscuit>. Acesso em:


25 abr. 2017.

102 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


SENAR-AR/SP
Rua Barão de Itapetininga, 224
CEP: 01042-907 - São Paulo/SP
www.faespsenar.com.br

Você também pode gostar