Elaboração
Fabricio C. Bardella RA 204870
Gabriel N. da Silva RA 206284
Guilherme H. D. Meira RA 205102
Lucas C. A. Galves RA 206473
Kphefciana G. S. Rossi RA 206579
Mariana de Oliveira RA 206269
Raphael Molina RA 206398
Ricardo Augusto RA 206023
Araçatuba
2019
2
RESUMO
O trabalho em questão não tem a intenção de projetar um pórtico, mas sim apresentar uma
pesquisa de campo sobre o tema e de demonstrar uma ideia geral sobre os passos para a
realização de tal projeto. Os exemplos citados e a ordem utilizada para explicação foram
baseados em diversos projetos de conclusão de curso sobre este assunto, além de livros
de autores renomados. Todas as definições, cálculos e orientações estão relacionados na
Norma Brasileira (NBR) 8400: 1984 - Cálculo de equipamento para levantamento e
movimentação de cargas.
3
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
2. DEFINIÇÃO DE PÓRTICO .................................................................................. 8
2.1 Componentes de um pórtico ............................................................................ 9
2.1.1 Viga principal ............................................................................................ 9
2.1.2 Vigas de fechamento ............................................................................... 10
2.1.3 Pernas ....................................................................................................... 10
2.1.4 Vigas de Ligação...................................................................................... 11
2.1.5 Talhas ....................................................................................................... 12
3. TIPOS DE PÓRTICOS ......................................................................................... 12
3.1. Pórtico rolante sobre trilhos .......................................................................... 12
3.1.1. Elementos Construtivos .......................................................................... 13
3.1.2. Pórtico rolante de viga simples ou univiga ........................................... 14
3.1.3. Pórtico rolante de viga dupla ................................................................. 15
3.1.4. Normas Técnicas ..................................................................................... 16
3.1.5. Mercado ................................................................................................... 16
3.1.6 O maior pórtico rolante do mundo ........................................................ 17
3.2. Pórtico sobre rodas ......................................................................................... 18
3.2.1. Guindaste Náutico (Pórtico para navios) .............................................. 19
3.2.2. Pórticos para containers sobre pneu ..................................................... 20
3.2.3. Pórtico móvel ........................................................................................... 21
3.2.4. Modelos de Pneus .................................................................................... 21
3.2.5. Normas Técnicas ..................................................................................... 22
4. SEMIPÓRTICOS .................................................................................................. 23
4.1. Semipórtico rolante ........................................................................................ 24
4.2. Semipórtico univiga ........................................................................................ 26
4.3. Semipórtico dupla viga .................................................................................. 28
4.4 Mercado ........................................................................................................... 29
5. Caminhos de rolamento......................................................................................... 30
6. CONSTRUÇÃO DE UM PÓRTICO ................................................................... 32
6.1. Definição dos parâmetros iniciais dos pórticos ............................................ 33
7
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÃO DE PÓRTICO
O pórtico rolante pode ser composto por uma ou duas vigas principais, o que
determina se o mesmo é univiga ou dupla viga, respectivamente, conforme a configuração
apresentada na Figura 1.
Segundo Almeida (2015), é na viga principal que estão as maiores solicitações
estruturais, pois ela suporta o peso de todos os mecanismos e acessórios, bem como a
carga a ser levantada. Essas vigas podem ser fabricadas de diferentes formas, podendo
ser com chapas soldadas ou laminadas, perfil I ou W, ou também sendo fabricado a partir
de duas chapas superiores e duas chapas laterais, sendo chamado de perfil fechado ou
viga caixão.
10
Segundo Sobue (2005), as vigas de fechamento (Figura 2), são utilizadas para ligar
as duas vigas principais, formando assim um quadro, proporcionando com isso maior
rigidez à torção ao pórtico.
2.1.3 Pernas
Nelas estão os esforços de compressão, além dos momentos fletores ocasionados pela
flexão das vigas quando solicitadas.
2.1.5 Talhas
3. TIPOS DE PÓRTICOS
Sua capacidade de carga vai de 0,5 toneladas até 20 toneladas. Sua estrutura
consiste em uma viga “caixão” única principal. A talha é suspensa pelos flanges inferiores
e as cabeceiras são fixadas em colunas de sustentação nas extremidades da viga principal.
3.1.5. Mercado
Tem como objetivo principal carregar grandes embarcações das indústrias, onde
são fabricados, até o mar ou quando há necessidade de tirá-los do mar para futuros reparos
e manutenções.
Esse modelo (Figura 15) especificamente suporta uma carga de até 1.500
toneladas.
20
Fabricado pela multinacional finlandesa Konecranes (Figura 16), que possui uma
unidade no Brasil, localizada em Cotia – São Paulo, são pórticos específicos para a
movimentação de containers, para serem retirados dos navios quando chegam dos portos
e serem colocados nos caminhões para seguirem seu destino.
Esses equipamentos são fabricados em aço e não recorrem a sistemas hidráulicos
na rotação das rodas do pórtico, na prevenção contra a oscilação ou micromovimentos.
Trata-se de uma grande vantagem que aumenta a confiabilidade, reduz o tempo de
inatividade, minimizando ainda os custos de manutenção e de peças sobressalentes,
especialmente nos portos submetidos às condições climáticas difíceis.
4. SEMIPÓRTICOS
sobre os trilhos fixados no solo, podendo ser utilizado tanto dentro como na área externa
de pavilhões. A Figura 06 exibe um exemplo de semipórtico com dupla viga e balanço
lateral.
Os semipórticos univiga (Figura 22) são constituídos por uma viga principal em
que uma de suas extremidades está fixada em uma ou duas pernas, sendo elas ligadas na
parte inferior da cabeceira de translação. A outra extremidade fica apoiada sobre um
caminho de rolamento que poderá ser instalado em colunas de concreto existentes,
colunas metálicas existentes ou colunas de fabricação do fabricante. Assim, o aparelho
27
diferencial trabalha por baixo da viga principal, e, da mesma forma que o de dupla viga,
neste sistema poderá trabalhar mais de um aparelho diferencial, auxiliando ou realizando
a mesma função do principal.
Os Semipórticos são geralmente utilizados em áreas nas quais existe apoio para
apenas um caminho de rolamento elevado, devendo a outra extremidade ser apoiada sobre
um trilho no piso, como mostrado na Figura 24.
sobre os trilhos fixados no solo, podendo ser utilizado tanto na área interna como na área
externa de pavilhões.
O semipórtico é mais utilizado nos casos em que o layout não demanda toda a área
da nave (uma extensa área central com passagens laterais mais estreitas) no processo de
fabricação, podendo utilizar um espaço mais restrito. No caso destes tipos de pórticos, há
de se pensar que ele não permite um giro de 360 graus, a não ser que esteja preso a uma
torre. Contudo, na maioria das vezes, neste projeto de pórtico, ele se encontra preso à
parede, tendo um alcance de apenas 180 graus. Por isso, dá-se o nome de semipórtico a
este modelo, muito utilizado em diversas indústrias.
O semipórtico leva esse nome porque faz referência aos portais monumentais. É
construído para a manipulação de cargas, que consiste em uma lateral apoiada sob um
trilho colocado no piso e a outra lateral sobre um caminho de rolamento.
4.4 Mercado
semipórticos tanto de dupla viga como univiga, a seguir há uma lista de algumas das
mesmas:
• CSM® - Engenharia de Movimentação (Santa Catarina)
• Climber ® (Osasco -SP)
• IASIN® (Curitiba – PR)
• Mectal® (São José do Rio Preto – SP)
• Grupo Ventowag® (Cachoeiro de Itapemirim- ES)
5. Caminhos de rolamento
ou o transtainer irá transladar, ou seja, é a estrutura que permite que esses equipamentos
façam seus movimentos horizontais, por meio de rodas fixadas em cabeceiras ou troles.
Consiste em um par de trilhos (ferroviários ou barras laminadas), que servem
como caminho para o deslocamento longitudinal do pórtico. Esse par de trilhos é
posicionado abaixo das rodas da cabeceira e deve ser cuidadosamente calculado para
resistir aos esforços existentes no trabalho deste equipamento.
Esse caminho pode ter diversas formas construtivas, caminhos de concreto e
trilho, em vigas I e outros. Essa estrutura é apoiada sobre pilares de sustentação ou no
caso dos pórticos, diretamente sobre o piso, como mostrado na
Figura 26.
as cargas dinâmicas provenientes dos pórticos rolantes. Devem atender aos limites de
flechas, resistências, instabilidades laterais e fadigas.
Além da norma NBR 8400, o projeto de um caminho de rolamento também recai
sobre a NBR 8800 (2008) - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios.
A fabricação é baseada em três fatores: vigas, trilhos e colunas (Figura 27)
O Trilho é quem recebe a carga das rodas dos pórticos. Os trilhos de rolamento
podem ser barras de aço quadradas ou trilhos ferroviários. São soldados ou parafusados
nas vigas de rolamento. As vigas podem ser fabricadas em perfil I ou caixão soldados.
Seu cálculo depende das reações de cargas verticais e horizontais do equipamento e a
distância entre seus pontos de apoio. Os apoios das vigas do caminho de rolamento pode
ser estruturas prediais de concreto, consoles (mísulas) metálicos ou colunas metálicas.
6. CONSTRUÇÃO DE UM PÓRTICO
33
Considerando nosso Exemplo: Com uma vida útil de 15 anos, 261 dias/ano, 4
ciclos/hora, trabalhando por 8 horas/dia, foram estimados que seriam 125.280 ciclos
executados pelo pórtico em sua vida. Sendo assim o pórtico é classificado como de classe
de utilização B.
pode ser ilustrada por diagramas que representam o número de ciclos para os quais uma
certa fração p da carga máxima (F/Fmax.) será igualada ou excedida ao longo da vida do
equipamento, caracterizando a severidade de serviço dele. Considera-se, na prática, 4
estados convencionais de carga, caracterizados pelo valor de p. Estes quatro estados de
carga são definidos na Tabela 3.
Tabela 3 - Estados de carga
É possível notar que a capacidade nominal não é suficiente para determinar qual
será a especificação do projeto. Há seis possibilidades de grupos, se o estado de carga ou
o número de ciclos aumentar, a estrutura deverá ser mais robusta, nesse caso é notório
que o grupo 6 possui peso, custo de projeto, custo de montagem maiores que o grupo 1.
Definido o estado de tensão e a classe de utilização do equipamento, utiliza-se a Tabela
4 para classificar a estrutura dos equipamentos e dos seus elementos, sendo assim a
classificação para o pórtico proposto é de que ele pertence ao grupo 4.
Definido o grupo ao qual pertence o pórtico, e com base na Tabela 5, será obtido
o coeficiente de majoração 𝑀𝑋=1,06.
Tabela 5 - Valores do coeficiente de majoração para equipamentos industriais
Utilizando os dados fornecidos pela tabela 1, foi calculado o valor da duração total
teórica da utilização, determinando assim a classe de funcionamento do pórtico.
𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 = 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 ∗ 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 (2)
125280 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 ∗ 890 𝑠
= 30.927 h
3600
6.4. Solicitações
solicitação atuante no pórtico a ser dimensionado estão descritas abaixo, conforme a NBR
8400. Para o correto dimensionamento do pórtico devem ser levados em consideração
alguns fatores como, solicitações principais exercidas sobre a estrutura, solicitações
devidas aos movimentos verticais e horizontais, solicitações devidas aos efeitos
climáticos e solicitações diversas. As solicitações principais são:
• As devidas ao peso próprio dos elementos, 𝑆𝑔
• As devidas à carga de serviço, 𝑆𝑙
Os elementos móveis são supostos na posição onde terão um efeito mais crítico
na estrutura do pórtico.
Relacionando os dados da Tabela 1, com os da Tabela 10, teremos como valor para
aceleração, Jop = 0,098 m/s².
Para determinação da solicitação devido aos movimentos horizontais, a norma
NBR 8400 determina que sejam feitos os seguintes cálculos: determinação da força e
inércia máxima.
43
O esforço devido à ação do vento em uma viga é uma força cujo componente na
direção do vento é dada pela relação:
𝐹𝑤1 = 𝐶. 𝐴. 𝑃𝑎 (6)
Onde:
• 𝐹𝑊1= Força do vento na primeira viga;
• 𝑃𝑎= Pressão aerodinâmica;
• 𝐴= Superfície exposta ao vento pela viga, isto é, a superfície da projeção dos
elementos constituintes da viga em um plano perpendicular à direção do vento;
• 𝐶= Coeficiente aerodinâmico, dado pela tabela 12.
45
Quando uma viga ou parte de uma viga é protegida contra o vento pela presença
de outra viga, determina-se o esforço do vento na viga protegida, aplicando-se ao esforço
calculado, conforme as prescrições anteriores, um coeficiente de redução 𝜙, cujos valores
são dados pela Tabela 13 e a Figura 29.
Tabela 13- Valores do coeficiente de redução ϕ
O esforço devido à ação do vento na viga protegida é uma força cujo componente
na direção do vento é dada pela relação:
𝐹_𝑤2 = 𝐹_𝑤1 . 𝜙 (7)
Utiliza-se a Fonte: NBR 8400para determinar a tensão admissível para cada caso
de solicitação.
Tabela 14- Tensões Admissíveis à Tração (ou Compressão) Simples
6.6. Outros
7. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS