Você está na página 1de 26

ÍNDICE

1. OBJECTIVOS......................................................................................................................2
2. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................4
3.1. Trocadores de calor......................................................................................................4
3.2.1. Trocador de calor casco e tubo.............................................................................5
3.2.2. Métodos para análise de trocadores de calor.........................................................6
3.2.3. Percentual de perdas térmicas.............................................................................10
4. MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................11
4.1. Equipamentos utilizados..................................................................................................11
4.2. Procedimento experimental....................................................................................13
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................................14
5.1. Efetividades (ε ) e perdas percentuais (%P) dos escoamentos co-corrente e contracorrente
...............................................................................................................................................19
6. CONCLUSÕES..................................................................................................................20
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................21
8. ANEXOS...........................................................................................................................22
8.1. Tabelas............................................................................................................................22
8.2. Imagens......................................................................................................................23

1
1. OBJECTIVOS

Objectivos gerais

 Familiarizar-se com a unidade de Serviço do Trocador de Calor WL 110.


 Verificar a conservação de energia no trocador de calor.

Objectivos específicos

 Determinar os fluxos de calor medidos em concorrente e contra-corrente.


 Determinar a efectividade térmica no trocador de calor para os dois tipos de
fluxos.
 Traçar o perfil de temperatura em concorrente e contra-corrente.

2
2. INTRODUÇÃO

A transferência de calor é a energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura.


Se dois corpos com temperaturas diferentes forem colocados em contacto, ocorrerá uma
troca de calor do corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura, até
que haja um equilíbrio entre eles. O equipamento usado para implementar essa troca é
chamado trocador de calor[ CITATION Inc08 \l 2070 ].

O trocador de calor foi projetado com o objectivo de trocar calor entre fluidos, segundo
as leis da termodinâmica e, proporcionar o reaproveitamento da energia térmica
presente nos fluidos quentes [ CITATION Inc08 \l 2070 ]. São amplamente utilizados nos
mais diversos ramos da indústria, sendo também comuns nas aplicações domésticas,
pelo que, é de fundamental importância que se tenha um controle e monitoramento
robusto alinhado a esses equipamentos.

Quando um trocador de calor opera de modo confiável contribui para o aperfeiçoamento


dos índices globais de eficiência energética de uma planta industrial [ CITATION Kel15 \l
2070 ].

Dentre os variados tipos de trocadores de calor, o de interesse para a referente prática é


o de casco e tubos que consiste em um tubo externo também chamado de casco
composto por um feixe de tubos [ CITATION Inc08 \l 2070 ]. Pretende-se verificar o
comportamento de transferência de calor neste modelo de trocador de calor e partir daí
determinarem-se os parâmetros necessários para que a troca de calor seja eficiente.

3
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Trocadores de calor

Trocadores de calor são equipamentos que permitem um fluxo de energia


térmica entre dois ou mais fluidos a diferentes temperaturas. Esses equipamentos
possuem uma grande variedade de aplicações, dentre elas: aquecimento e
resfriamento de correntes, condicionamento de ar, produção de potência e
recuperação de calor em processos [ CITATION Kak02 \l 2070 ].
Os trocadores de calor podem ser classificados de acordo com os critérios a
seguir:
 Recuperadores/ regeneradores.
 Processo de transferência: contacto directo e indirecto.
 Geometria de construção: tubos, placas e superfícies estendidas.
 Mecanismo de transferência de calor: uma fase e duas fases.
 Configuração do escoamento: paralelo, contracorrente e cruzado.

Em se tratando da geometria de construção, os mais usados são os trocadores do


tipo tubular, cujo principal representante é o casco e tubo. Formas específicas
desse trocador diferem pelo número de passes no casco e no tubo. Na sua forma
mais simples tem-se uma passagem no casco e uma no tubo. Geralmente são
instaladas chicanas para aumentar a transferência de calor, induzindo a
turbulência e um componente de velocidade no escoamento cruzado. Na figura
seguir tem-se o esquema do tipo de trocador de calor casco e tubo [ CITATION
Kak02 \l 2070 ].

Figura 1. Esquema de trocador casco e tubo.

Fonte: Schenkel (2015), adaptado de Kakaç (2002).

4
A taxa de calor em trocadores pode ser determinada através das seguintes
equações:
q=mq x Cpq x ( T q , e −T q , s ) (3.1)

q=m f x Cp f x ( T f , e −T f , s ) (3.2)

q=m q x Lq (3.3)

q=mf x L f (3.4)

Onde os índices q e f, referem-se aos fluidos quente e frio, e e s representam


entrada e saída (também representado por E e A). As vazões são definidas como
m, Cp é o calor específico, L é o calor latente e T as temperaturas.

Sendo a entalpia específica ( Ḣ) igual ao calor específico dada segundo às


variações de temperatura, isto é:
Ḣ=Cpx T s (3.5)

Ḣ=Cpx T e (3.6)

E a quantidade de calor pode ser dada por:

q=m . ∆ Ḣ (3.7)
Podendo o m variar consoante à fonte (quente ou fria).

3.2.1. Trocador de calor casco e tubo

Neste tipo de trocador de calor passa um fluido nos tubos externos e outro
fluido no casco, podendo ser um fluido quente nos tubos internos e um frio
no casco ou vice e versa, podendo assim resfriar ou esquentar um dos
fluidos. A troca de calor ocorrerá através da parede do tubo interno por
convecção e condução[ CITATION Inc08 \l 2070 ].

5
Ao longo da operação de trocadores de calor, as superfícies estão sujeitas à
deposição de impurezas dos fluidos, à formação de ferrugem ou a outras
reações eentre o fluido e o material que compões a parede, o que pode
aumentar significamente a resistência á transferência de calor entre
fluidos[ CITATION Inc08 \l 2070 ].

Os trocadores de calor casco e tubo podem ter dentre os vários tipos de


escoamentos, os co-correntes e contracorrentes. Em um trocador de calor
com escoamento co-corrente, inicialmente a diferença de temperaturas ∆ T é
grande, mas diminui com o aumento de x (comprimento do trocador),
aproximando-se assintoticamente de zero. Nesse tipo de trocador de calor, a
temperatura de saída do fluido frio nunca pode ser superior à do fluido
quente na saída[ CITATION Inc08 \l 2070 ].

O trocador de calor com o escoamento contracorrente, ao contrário do


trocador em co-corrente proporciona a transferência de calor entre as
parcelas mais quentes dos dois fluidos em uma extremidade, assim como
entre as parcelas mais frias na outra extremidade. Por este motivo, a variação
na diferença de temperaturas ∆ T =T q−T f , em relação a x não é em posição
alguma tão elevada quanto na região de entrada de um trocador de calor com
o escoamento co-corrente. Neste tipo de escoamento, a temperatura de saída
do fluido frio é maior do que a temperatura de saída do fluido
quente[ CITATION Inc08 \l 2070 ].

3.2.2. Métodos para análise de trocadores de calor

Existem dois métodos para análise de trocadores de calor: média logarítmica


das diferenças de temperatura (MLDT) e o método da efetividade-Nut. O
método MLDT é utilizado quando as temperaturas dos fluidos na entrada são
conhecidas e as temperaturas de saída ou são esfecificadas ou podem ser
determinadas pelas equações de balanço de enrgia. Quando as temperaturas
não são conhecidas, é preferível utilizar o método da efetividade-NUT.

6
A MLDT para o escoamento co-corrente e contracorrente é obtida por meio
da equação 8, que serve para escoamento co-corrente e a equação 9 que
serve para escoamento contracorrente:

( T sq−T sf )−( T eq −T ef )
MLDT =
T sq−T sf
ln ( T eq−T ef )
(3.8)

( T sq−T ef )−( T eq −T sf )
MLDT =
T sq−T ef
ln ( T eq−T sf )
(3.9)

Usando-se essa temperatura, o fluxo de calor é dado por:


q=U∗A t∗∆ T ln
Qw 1+Q w 2
Sendo q= , sendo Qw1 quantidade de calor da fonte quente e Qw2
2
quantidade de calor da fonte fria (kW). A t é a área total de troca térmica (m 2)
e ∆ T ln MLTD (ºC ou K)[ CITATION Ale20 \l 2070 ].

Tendo-se em consideração as equações e correlações existentes na literatura,


o coeficiente global de troca térmica pode ser dado por[ CITATION Ale20 \l
2070 ]:

1 1 1
= + + Resistência do metal
U est h f hq
(3.10)
Onde, h f e h q são os coeficientes de película do lado frio e quente,
respectivamente.
Para a transferência de calor num trocado casco e tubo, a correlação de Ditus
Boelter é a escolhida[ CITATION Ale20 \l 2070 ]:

7
0,8 0,4
h De G De Cpμ
k
=0,023
μ ( )( ) k
(3.11)

Onde:
G- fluxo mássico do fluido entre dois tubos=(m/A G), sendo m a vazão
mássica total (kg/s) de AG área total de fluxo no casco, que corresponde a
0,01601 m2 ou área total de fluxo no tubo, que corresponde a 0,0009806 m2.
De- diâmetro externo dos tubos internos, sendo este de 0,0127 m.
k- condutividade térmica do fluido, na temperatura média (W/(m.K)).
μ-viscosidade do fluido, na temperatura média (N.s/m2).
Cp-calor específico do fluido, na temperatura média (Kj/(kg.K).

Para definir a efetividade de um trocador de calor, é importante, em primeiro


lugar, determinar a taxa de transferência de calor máxima possível, qmáx. essa
taxa de transferência de calor poderia, em princípio, ser alcançada em um
trocador de calor contracorrente com comprimento infinito. Em tal trocador,
o fluido com menor capacidade calorífica iria apresentar a máxima diferença
de temperatura possível, (Tq,e-Tf,e). A capacidade calorífica pode ser definida
como uma grandeza física que determina a relação entre a quantidade de
calor fornecida a um fluido e a variação de temperatura observada no
mesmo. Assim, as capacidades caloríficas dos fluidos quente e frio podem
ser representadas pelas equações[ CITATION Kel15 \l 2070 ]:

C q=C pq x mq (3.12)

C f =C pf x mf (3.13)

Dessa forma, efetividade pode ser definida como a razão entre a taxa de
transferência de calor real e a taxa de transferência de calor máxima, tal
como apresentado a seguir[ CITATION Kel15 \l 2070 ].

8
q trocado C q x ( T q , e −T q ,s ) C f x ( T f ,s−T f ,e )
ε= = =
qmáx C min x ( T q ,e −T f ,e ) C min x ( T q ,e −T f , e )
(3.14)

Para o método NUT é válido que, para qualquer trocador de calor, a


efectividade é uma função de NUT, das capacidades caloríficas dos fluidos e
da geometria do trocador de calor[ CITATION Kel15 \l 2070 ].

c min
(
ε =f NUT ,
c max )
, Geometria (3.15)

A razão Cmin/Cmax, pode ser igual à Cf / Cq ou Cq/Cf , dependendo das


magnitudes relativas das taxas de capacidades caloríficas dos fluidos quente
e frio. O número de unidades de transferência (NUT) é um parâetros
adimensional amplamente utilizado na análise de trocadores de calor, sendo
definido de acordo com a equação a seguir[ CITATION Kel15 \l 2070 ].

UxA
NUT = (3.16)
Cmin

Onde U representa o coeficiente global de troca térmica, A é a área de troca


de calor e Cmin representa a menor capacidade calorífica entre os fluidos
quentes e frio.

Várias expressões foram desenvolvidas para medir a efetividade térmica


considerando diferentes configurações de trocadores e condições particulares
de processo. Para um trocador de calor do tipo (1-n), isto é, um passe no
casco e n passes nos tubos, a efetividade pode ser calculada em função de
Cmin/Cmax e NUT.
2
ε=
2
C min
√ ( )
( )
− NUT 1+
2 C max
C min C
1+
C max √
+ 1+ min x
Cmax
1+e
( )
1−e
− NUT
√1+
C min
( )
C max
2
(3.17)

9
Quando a capacidade térmica do fluyido quente for menor que a do frio, a

Cmin
razão será representada por R. Já, quando a capacidade térmica do
Cmax
fluido frio for menor, a razão será identificada como r. assim, tem-se que:

Cq
R= (3.18)
Cf
Cf
r= (3.19)
Cq

Para o caso de evaporadores e condensadores, ou seja, em trocadores onde


há mudança de fase, R e r são iguais a zero, pois como não há variação de
temperatura, Cmax tende a infinito. Nesse caso, para qualquer configuração de
escoamento, o cálculo da efectividade dá-se através da equação a seguir.

ε =1−e−NUT (3.20)

3.2.3. Percentual de perdas térmicas


Devido a troca de calor com o ambiente e, considerando que na maioria dos
casos, a diferença de temperatura entre o fluido quente e o ambiente é bem
maior que a diferença entre o fluido frio e o ambiente, define-se [ CITATION
Ale20 \l 2070 ]:

 Quantidade de calor prático (qp) como a quantidade de calor que o


fluido frio recebe do fluido quente (qf).
 Quantidade de calor teórico (qt) como a quantidade de calor que o
fluido quente transfereria ao fluido frio se não houvesse perdas para o
ambiente (qq).

Logo, o percentual de perdas térmicas é definido como:

qf
%P= 1− ( ) qq
x 100 (3.21)

10
4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1. Equipamentos utilizados

a) Unidade de refrigeração da água.

Fig. 4.1. Disposição da unidade de refrigeração da água.

6 7
1 2 3 4 5

Fonte: autores (2020)

Legenda:

 Interruptor principal (1).


 Botão de emergência (2).

11
 Unidade de controlo de temperatura (3).
 Indicador de temperatura (4).
 Interruptor da bomba (5).
 Controlador de fluxo (6).
 Ligação para mangueira de ação rápida (7).
 Refrigerador (8).
 Tanque de armazenamento de água (9).

b) Unidade de Serviço do Trocador de Calor WL 110

Fig. 4.2. Disposição da unidade de Serviço do Trocador de Calor

2 5 4

3 7
1 8
22 21 6

19
12

14 16
13
20 15 18 17

Fonte: autores (2020)

Legenda:

 Interruptor principal (1).


 Potenciômetro (5) para velocidade do misturador (acessório).
 Pressostato para válvula de abastecimento de água fria (4).

12
 Indicador de pouca água do tanque (5).
 Chaves oscilantes para misturador (8, acessório), aquecedor (2) e bomba (6).
 Controlador de temperatura (3).
 Indicador de vazão (18) no circuito de água fria ou água quente.
 Conector para cartão de aquisição de dados de PC (9).
 2x conectores de água fria com acoplamentos de mangueira de ação rápida (10).
 2x conectores de água quente com acoplamentos de mangueira de ação rápida
(11).
 Indicadores de temperatura para o circuito de água fria e de água quente:
temperatura de entrada (13), temperatura no trocador de calor (12) e temperatura
de saída (15).
 Mudança no display do circuito de água fria / água quente (14).
 Válvula de controle para vazão de água fria (17).
 Válvula de controle para vazão de água quente (16).
 Dreno do tanque, alimentação e drenagem de água fria (19).
 Base (20) com bandeja coletora (21).
 Trocador de calor de casco e tubo (22).

4.2. Procedimento experimental


O trocador foi utilizado na configuração co-corrente e contra corrente.Verificou-
se o nível da água no tanque e se testou. Ligou-se o interruptor principal.
Definiu-se a temperatura desejada para a água quente no controlador de
temperatura e, por fim, ligou-se o aquecedor.
a) O aquecimento de uma temperatura ambiente de 20 a 60 ºC requer
aproximadamente 20 minutos. Durante o aquecimento, começou-se com o
procedimento de sangramento.
b) Ajustou-se o fluxo paralelo ou o contra-corrente conectando as mangueiras ao
aparelho de base. Trocaram-se apenas as mangueiras de água fria! Caso
contrário, existiria o perigo de queimaduras! – Definiu-se um alto fluxo de água
fria com válvula de controle de fluxo.
c) Deixou-se a água escorrer até que não houve mais bolhas visíveis. – Ligou-se a
bomba. – Usou-se a válvula de controle de fluxo para definir alta vazão de água
quente. Deixou-se a água escorrer brevemente. – Abriu-se cuidadosamente a

13
válvula de purga para fluxo de água quente e se deixou a água escorrer por um
curto período de tempo. Tomou-se cuidado quando o sistema estive quente dado
ao perigo de queimaduras quando a água emergia.
d) O fluxo de água quente manteve sua direção nos dois modos. – Definiram-se as
vazões desejadas nas válvulas de controle de vazão. - Após controlar as vazões,
aguardou-se até que o equilíbrio térmico foi alcançado, que consistia no caso de
quando as temperaturas oscilam menos de 1 ºC por minuto. Para isso, bastou-se
observar as duas temperaturas de saída nos termômetros T 3 e T6. Se o equilíbrio
térmico não fosse alcançado, o fluxo de calor através do trocador de calor não
seria determinado corretamente. - Quando a estabilidade térmica foi
parcialmente atingida, fizeram-se as leituras de temperatura e os valores
registrados foram inseridos nas tabelas.
e) Repetiram-se os dois procedimentos anteriores com vazões diferentes, três
vezes.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram feitas medições de temperaturas ao longo das trocas térmicas mediante as vazões
volumétricas de 0,5; 1,5; 2,5 e 2,7. Devido às irregularidades do equipamento, pois ela
não foi arrefecida até 0ºC, teve que se fazer quatro medições num intervalo de 30
segundos e, por fim, determinar a média de todos os valores medidos. A seguir são
apresentados os valores medidos e determinados das trocas térmicas nos escoamentos
paralelos e contracorrentes.

Os fluxos de calor, a efetividade e as perdas percentuais foram determinados pelas


equações 3.7, 3.14 e 3.21, respectivamente, no EXCEL, e as entalpias foram calculadas
no programa denominado CATT3.

a) Escoamento em paralelo ou co-corrente


A seguir têm-se as tabelas dos valores medidos e dos fluxos de calor
determinados nas fontes quentes e frias.

Tabela1. Valores medidos do fluxo concorrente.

V1 (l/min) V2 (l/min) T1 (ºC) T3 (ºC) T4 (ºC) T6 (ºC)


0,55 0,5 61,1 55,875 18,2 33,925
1,5 1,525 61,225 53,5 13,525 23,05
2,5 2,5 60,975 54,275 16,05 23,85
2,65 2,55 61,075 54,825 18,05 25,775

14
Vazão(kg/s H1A H1E
T1A (ºC) T1E (ºC) qq (kW) ε
) (kJ/kg) (kJ/kg)
0,00917 55,875 233,9 61,100 255,8 -0,201 0,122
0,0250 53,500 224,0 61,225 256,3 -0,808 0,162
0,0417 54,275 227,2 60,975 255,3 -1,171 0,149
0,0442 54,825 229,5 61,075 255,7 -1,157 0,145
Tabela2. Cálculo do fluxo de calor da efetividade no meio quente.

Tabela3. Cálculo do fluxo de calor e da efetividade no meio frio.

H2A H2E
Vazão(kg/s) T2A (ºC) T2E (ºC) qf (kW) ε
(kJ/kg) (kJ/kg)
0,00833 33,925 142,3 18,200 76,49 0,548 0,368
0,0254 23,050 96,8 13,525 56,89 1,0143 0,200
0,0417 23,850 100,1 16,050 67,48 1,359 0,174
0,0425 25,775 108,2 18,050 75,86 1,374 0,180

Consoante os valores medidos de temperaturas no escoamento paralelo e tendo em


conta as vazões, obtiveram-se os perfis de temperaturas apresentados a seguir.

Gráfico 1. Perfil de temperatura para a vazão de 0,5 L/min

15
Perfil de temperatura
70
60
50
Fonte quente
Temperatura
40 Fonte fria
30
20
10
0
1 2

Gráfico 2. Perfil de temperatura para a vazão de 1,5 L/min

Perfil de temperatura
70
60
50
Fonte quente
Temperatura

40 Fonte fria
30
20
10
0
1 2

Gráfico 3. Perfil de temperatura para a vazão de 2,5 L/min

Perfil de temperatura
70
60
50
Fonte quente
Temperatura

40 Fonte fria
30
20
10
0
1 2

Gráfico 4. Perfil de temperatura para a vazão de 2,7 L/min

16
Perfil de temperatura
70
60
50 Fonte quente

Temperatura
40 Fonte fria
30
20
10
0
1 2

Esperava-se um perfil exponencial neste tipo de escoamento, tendo-se em conta o


sentido de entrada das temperaturas, porém, ainda assim se verifica um decréscimo da
temperatura por parte da fonte quente e um acréscimo de temperatura por parte da fonte
fria, significando que houve o aquecimento do fluido como pretendido. Pode-se atribuir
esse défice às irregularidades tanto no arrefecimento quanto aquecimento do trocador de
calor pelo facto de se não ter calibrado no intervalo de 0º a 100ºC.

Ao longo das medições e dos cálculos, verificaram-se que os valores dos fluxos
volumétricos medidos no meio quente não condizia totalmente com os fluxos
volumétricos medidos no meio frio, pois ao longo das medições houve algumas
oscilações que interferiram no equilíbrio térmico do processo. Como consequência, os
fluxos caloríficos calculados em ambos os meios foram diferentes, significando assim
que houve alguma perda ao longo do processo. Para estes casos, torna-se necessário o
cálculo da perda percentual (3.21), bem como do fluxo calorífico médio dado por:

(−qq + qf )
q m= (5.1)
2
Os valores determinados encontram-se na tabela a seguir.

Tabela4. Cálculo do fluxo de calor médio e perda percentual.

q q (kW) q f (kW) q m (kW) %P


-0,20075 0,54841667 0,17383333 37,31839
-0,8075 1,01437917 0,10343958 22,56197
-1,17083333 1,35916667 0,09416667 21,60854
-1,15716667 1,37445 0,10864167 21,87772

b) Fluxo em contracorrente

17
Tal como no escoamento paralelo, foram medidas temperaturas mediante as mesmas
vazões para posteriormente fazer-se a comparação. Porém, notou-se que quando se
iniciaram as medições, as vazões já não permaneciam nos valores previstos, isto é, 0,5;
1,5;2,5 e 2,7 e as temperaturas de entrada das fontes quentes e frias foram ligeiramente
inferiores que as do escoamento paralelo. Quanto aos procedimentos seguintes foram
similares aos do co-corrente, isto é, fizeram-se quatro medições de 30 em 30 segundos e
por fim, calcularam-se as suas médias. As tabelas a seguir apresentam os valores
medidos bem como a determinação dos fluxos de calor e das efetividades de ambos os
meios.

Tabela5. Valores medidos do fluxo contracorrente.

V1 (l/min) V2 (l/min) T1 (ºC) T3 (ºC) T4 (ºC) T6 (ºC)


0,4 0,4 59,95 54,875 15,325 35,4
1,4 1,55 59,475 50,725 10,35 20,6
2,55 2,5 59,375 52,575 14,75 22,825
2,7 2,65 59,35 52,9 15,95 23,725

Tabela6. Cálculo do fluxo de calor e da efetividade no meio quente.

H1A H1E
Vazão(kg/s) T1A (ºC) T1E (ºC) qq(kW) ε
(kJ/kg) (kJ/kg)
0,00667 54,875 229,8 59,950 251,0 -0,141 0,114
0,0233 50,725 212,4 59,475 249,0 -0,854 0,178
0,0425 52,575 220,1 59,375 248,6 -1,211 0,152
0,0450 52,900 221,5 59,350 248,5 -1,215 0,149

Tabela7. Cálculo do fluxo de calor e da efetividade no meio frio.

H2A H2E
Vazão(kg/s) T2A (ºC) T2E (ºC) qf (kW) ε
(kJ/kg) (kJ/kg)
0,00667 35,400 148,40 15,325 64,44 0,560 0,451
0,0258 20,600 86,55 10,350 43,56 1,111 0,209
0,0417 22,825 95,86 14,750 62,03 1,410 0,181
0,0442 23,725 99,62 15,950 67,06 1,438 0,180

18
Tal como no escoamento paralelo, notou-se que ao longo das medições e dos cálculos,
os valores dos fluxos volumétricos medidos no meio quente não condizia totalmente
com os fluxos volumétricos medidos no meio frio. Como consequência, os fluxos
caloríficos calculados em ambos os meios foram diferentes, tornando-se difícil a
aplicação das trocas térmicas (calores cedidos e recebidos) significando que houve
perdas ao longo do processo. Sendo assim, calcularam-se, igualmente, as perdas
percentuais e os fluxos caloríficos médios (5.1), apresentados na tabela abaixo.

Tabela8. Cálculo do fluxo de calor médio e perda percentual.

q q (kW) q f (kW) q m (kW) %P


-0,141 0,700 0,279 59,505
-0,854 0,209 -0,322 12,450
-1,211 0,181 -0,515 11,500
-1,215 0,180 -0,518 11,478

Foram feitos igualmente feitos gráficos dos perfis de temperaturas, apresentadas a


seguir.

Gráfico 5. Perfil de temperatura para a vazão de 0,5 L/min

Perfil de temperatura
70
60
50
F.qentrada, F.f.saída
Temperatura

40 F.qsaída, F.fentrada
30
20
10
0
1 2

Gráfico 6. Perfil de temperatura para a vazão de 1,5 L/min

19
Perfil de temperatura
70
60
50
F.qentrada, F.fsaída

Temperatura
40 F.q.saída, F.fentrada
30
20
10
0
1 2

Gráfico 7. Perfil de temperatura para a vazão de 2,5 L/min

Perfil de temperatura
70
60
50
F.qentrada, F.fsaída
Temperatura

40 F.qsaída, F.fentrada
30
20
10
0
1 2

Gráfico 8. Perfil de temperatura para a vazão de 2,7 L/min

Perfil de temperatura
70
60
50
F.qentrada, F.fsaída
Temperatura

40 F.qsaída, F.fentrada
30
20
10
0
1 2

No escoamento contracorrente verifica-se o perfil de temperaturas semelhante ao da


literatura, porém não se esperava um declínio linear como apresentado no gráfico acima.
Porém, como nos gráficos do escoamento co-corrente, consegue-se verificar o

20
aquecimento e o arrefecimento por parte das fontes quente e fria, respectivamente,
significando que houve a troca térmica entre ambas as fontes. Consegue-se ver o
declínio irregular das temperaturas na primeira vazão (0,5 L/min) em relação ao das
demais vazões, por se tratar de uma primeira medição e, por naquele instante, as
condições de operação estarem mais oscilantes que nas vazões posteriores. As
condições de operação influenciaram também nos comportamentos do perfil, assim
como influenciaram nos resultados obtidos, pois com o tempo notou-se o arrefecimento
acelerado do sistema, o que perturbou o sistema, oscilando assim os valores medidos
das temperaturas e vazões.

5.1. Efetividades (ε) e perdas percentuais (%P) dos escoamentos co-corrente e


contracorrente

Após às apresentações dos valores calculados das efetividades e das perdas percentuais
nos dois tipos de escoamento, verificou-se o seguinte:

 Para fonte quente: a efetividade da fonte quente do escoamento co-corrente


relativamente ao escoamento contracorrente foi maior somente no fluxo de 0,5
L/min e menor nas vazões posteriores. Significando que excepto na primeira
vazão, o arrefecimento do fluido quente foi mais eficiente no escoamento
contracorrente. É de se salientar que por se tratar de um mesmo fluido, as
efetividades de ambos escoamentos não se diferem tanto.
 Para fonte fria: tal como se esperava, e sendo objectivo da prática o aquecimento
do fluido do lado frio, a efetividade do meio frio no escoamento contracorrente é
maior em quase todos os pontos (no último ponto ambas as efetividades são
iguais pelo facto de neste ponto ocorrer uma estabilidade parcial nas trocas
térmicas) em relação ao escoamento paralelo, comprovando a teoria de que neste
tipo de escoamento a distribuição da temperatura é mais equilibrada tornando a
transferência de calor mais eficiente [ CITATION Inc08 \l 2070 ].

Logo, apesar de certas irregularidades do equipamento, conseguiu-se cumprir com o


objectivo comparativo dos dois tipos de escoamento.

 Perdas percentuais: para ambos os escoamentos se verificaram dissipações de


calor na fonte fria significativas nas primeiras e segundas vazões, sendo a perda
no escoamento contracorrente mais acentuada na primeira vazão (59,505%) e no
escoamento paralelo mais acentuada na segunda vazão (22,562%), por falhas

21
operacionais do equipamento. Quanto às análises feitas nas vazões restantes,
foram verificados que as perdas percentuais no escoamento contracorrente foram
menos significativas que as do escoamento paralelo, pois pelo facto de neste tipo
de escoamento entrarem simultaneamente fluido quente e aquecido e, do mesmo
modo, saírem fluido arrefecido e frio, torna mínima a dissipação de calor da
fonte fria para o ambiente.

6. CONCLUSÕES

Ao fim da prática e tendo em conta os resultados obtidos, verificou-se o


cumprimento dos objectivos pretendidos, pois com as comparações das efetividades
dos escoamentos paralelo e contracorrente na fonte fria, notou-se maior eficiência
no tipo de escoamento contracorrente nas primeiras, segundas e terceiras vazões,
respectivamente, como esperado, sendo a única irregularidade verificada na quarta
vazão por motivos já referidos anteriormente.

22
As perdas percentuais calculadas para se compreender e medir as dissipações
caloríficas em ambos escoamentos, demonstrou mais uma vez a eficiência do
escoamento contracorrente, sendo a única irregularidade na primeira vazão do
escoamento contracorrente, que se esperava ser menor que a do paralelo, como
houve com as restantes vazões, por motivos operacionais do equipamento.

Os perfis de temperatura para ambos os escoamentos se diferenciaram daqueles


apresentados na literatura, em especial o do escoamento paralelo, devido às
condições de operação que não foram devidamente preparadas. Porém, conseguiu se
verificar a troca térmica entre os meios quente e frio, comprovando-se, deste modo,
que houve o equilíbrio térmico do sistema.

Portanto, como concluído na prática e confirmado nos cálculos, para uma


transferência de calor eficiente, o equipamento precisará ser calibrado,
antecipadamente, até 0ºC, de modos que ao longo das medições a temperatura
mantenha-se no intervalo de 0-100ºC, sem tantas oscilações das vazões como foi
recorrente na prática realizada.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALEXANDRA PETRY, D. G. Trocador de calor casco e tubo. Universidade do Sul


de Santa Katarina. Brasil. 2020.
INCROPERA, A. A. Fundamentos de transferência de calor e de massa. 6ª. ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2008.
KAKAÇ, S.; LIU, H. Heat Exchanger: Selection, Rating and Thermal Design. 2nd. ed.
New York, EUA: CRC Press, 2002.

23
SCHENKEL, K. A. Monitoramento da efetividade térmica do trocadores de calor, Porto
Alegre, Brasil, 15 Julho 2015.

8. ANEXOS

24
8.1. Tabelas

8.2. Imagens

25
Trocador de calor de casco e tubo.

Refrigeração da água.

26

Você também pode gostar