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Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO - SUBESTAÇÕES

SUBESTAÇÃO DE FALAGUEIRA 400/150/60 kV

Instalação Eléctrica Geral AT/BT

PROCESSO DE CONCURSO
Obras 57.04/05 CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS –CTG
Setembro.2002

INSTALAÇÃO ELÉCTRICA GERAL

CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS

ELEMENTOS TÉCNICOS CONSTITUINTES:

Condições Técnicas Referência Versão Data Observações

ESTRUTURAS METÁLICAS F-CTEM (B) 99.01.28 Em anexo (*)

REDE DE TERRAS F-CTRT (C) 00.09.14 Em anexo (*)

LIGADORES DE A.T. F-CTLG (D) 99.03.05 Em anexo (*)

CABOS NÚS DE A.T. F-CTCLA (A) 99.02.22 Em anexo (*)

ACESSÓRIOS DE CADEIAS F-CTACI (A) 99.03.09 Em anexo (*)

COLUNAS ISOLANTES F-CTSI (B) 99.03.15 Em anexo (*)

TUBOS DE ALUMÍNIO F-CTTLA (A) 99.02.22 Em anexo (*)

CABOS ISOLADOS DE B.T. F-CTCB (C) 99.03.05 Em anexo (*)

TRANSFORMADOR SERVIÇOS F-CTGTSA (B) 01.08.22 Em anexo (*)


AUXILIARES
F-CTPTB011 (A) 00.04.17 Em anexo (*)

PLACAS SINALÉTICAS F-CTPS (A) 99.11.26 Em anexo (*)

PINTURAS F-CTPI (A) 99.02.26 Em anexo (*)

(*) apenas incluído no processo em “CD”

F-CTG-IEG REV. B 2001.03.19 2/2


Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO

Estruturas Metálicas

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

F-CTEM REV. B 99.01.28 Janeiro/99


ESTRUTURAS METÁLICAS

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

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PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

ESTRUTURAS METÁLICAS

ÍNDICE

Pág.

1 - MONTAGEM DE ESTRUTURAS METÁLICAS

1.1 - Operações Preliminares.............................................................................................. 4

1.2 - Condições de Montagem.................. .......................................................................... 4

1.3 - Diversos................................. ................................................................................... 4

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1 - MONTAGEM DE ESTRUTURAS METÁLICAS

1.1 - Operações Preliminares

O instalador deverá cumprir todas as regras de disciplina,segurança, higiene e saúde relativas ao


estaleiro e constantes no Plano de Segurança e Saúde.

No transporte, descarga e arrumação das estruturas metálicas em obra deverão ser tomadas todas
as precauções mediante a utilização de meios de transporte adequados de modo a evitar a sua
deterioração, nomeadamente no revestimento de zinco; é interdita a descarga, por arremesso, de
ferro sobre ferro devendo ser utilizados estrôpos não metálicos. Sempre que se detectem peças
deterioradas por deficiência nas operações descritas o instalador procederá à sua substituição.

As estruturas, os atados de perfis e os sacos com parafusaria deverão ser colocados sobre madeiras
de modo a evitar o contacto com o terreno e a separá-los entre eles.

Deverá ser feito o controlo visual das estruturas de modo a permitir que qualquer peça empenada,
dobrada, com deficiências ao nível da furação, graminhado, corte e soldaduras bem como com
deterioração ou má qualidade da zincagem seja retirada e substituída.

O instalador em colaboração com a Fiscalização REN verificará a conformidade do tipo, dimensões


e quantidades das estruturas e parafusaria (dimensões, tipo de material e classes de resistência) de
acordo com os respectivos projectos aprovados.

1.2 - Condições de Montagem

A REN fornecerá ao instalador as diversas cotas e eixos coordenados para um correcto alinhamento
e nivelamento das estruturas metálicas.

O instalador deverá possuir dispositivos de elevação e outras máquinas e ferramentas adequadas às


montagens de estruturas devendo ter particular cuidado em não sujeitar as diferentes partes da
estrutura ou o seu conjunto a esforços excessivos que possam provocar deformações permanentes
em qualquer dos seus elementos ou deteriorar a zincagem.

Antes do assentamento das estruturas metálicas nos respectivos maciços deverá o instalador colocar
um produto isolante, tipo Fleetkote, na base das estruturas.

Quando fôr necessária a abertura de furos ou acertos de cortes de peças em obra deverá o
instalador solicita previamente a autorização da REN; em caso afirmativo o instalador deverá retocar
a zona adaptada com uma tinta à base de zinco.

O aperto da parafusaria deverá ser efectuado com chaves dinamométricas cumprindo-se os


respectivos binários de aperto segundo as normas das diversas classes.

1.3 - Diversos

Terminados os trabalhos o instalador procederá a todas as limpezas e remoção dos desperdicios


resultantes das montagens e o transporte para local apropriado.

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PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

ESTRUTURAS METÁLICAS

ÍNDICE

1. - OBJECTIVO .....................................................................................................................................7

2. - NORMAS E DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL .............................................................................7

2.1 - Materiais ......................................................................................................................................7


2.1.1 - Aços Laminados ....................................................................................................................... 7
2.1.2 - Zinco para galvanização............................................................................................................. 7
2.1.3 - Parafusaria ............................................................................................................................... 7

2.2 - Processos .....................................................................................................................................8


2.2.1 - Corte e furação......................................................................................................................... 8
2.2.2 - Soldadura.................................................................................................................................. 8
2.2.3 - Galvanização............................................................................................................................. 8

3. - GARANTIA .......................................................................................................................................8

3.1 ........................................................................................................................................................8

3.2 ........................................................................................................................................................8

3.3 ........................................................................................................................................................8

4. - REQUISITOS TÉCNICOS ...............................................................................................................9

4.1 - Matérias primas ...........................................................................................................................9


4.1.1 - Aços Laminados ....................................................................................................................... 9
4.1.2 - Zinco para galvanização............................................................................................................. 9
4.1.3 - Garantia da qualidade ................................................................................................................ 9

4.2 - Processos ...................................................................................................................................10


4.2.1 - Corte e furação....................................................................................................................... 10
4.2.2 - Soldadura................................................................................................................................ 12
4.2.3 - Galvanização........................................................................................................................... 15

4.3 - Chapas de suporte para conjuntos sinaléticos ..........................................................................19

4.4 - Parafusaria..................................................................................................................................20
4.4.1 - Aço........................................................................................................................................ 20
4.4.2 - Zinco...................................................................................................................................... 20
4.4.3 - Dimensões.............................................................................................................................. 20
4.4.4 - Revestimento .......................................................................................................................... 21

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5. - QUALIDADE E ENSAIOS .............................................................................................................22

5.1 - Sistema da qualidade ..................................................................................................................22


5.1.1 ................................................................................................................................................ 22
5.1.2 ................................................................................................................................................ 22
5.1.3 ................................................................................................................................................ 22
5.1.4 ................................................................................................................................................ 22

5.2 - Classificação dos ensaios ...........................................................................................................22


5.2.1 ................................................................................................................................................ 22
5.2.2 ................................................................................................................................................ 22
5.2.3 ................................................................................................................................................ 23
5.2.4 ................................................................................................................................................ 23

5.3 - Ensaios de protótipos ................................................................................................................23


5.3.1 ................................................................................................................................................ 23
5.3.2 ................................................................................................................................................ 23
5.3.3 ................................................................................................................................................ 23
5.3.4 ................................................................................................................................................ 23
5.3.5 ................................................................................................................................................ 23
5.3.6 ................................................................................................................................................ 24

5.4 Ensaios de recepção de matérias primas .....................................................................................24


5.4.1 Perfilados e chapas.................................................................................................................... 24
5.4.2 Lingotes de zinco....................................................................................................................... 24
5.4.3 Parafusos porcas e anilhas ......................................................................................................... 24

5.5 Ensaios em curso de fabrico ........................................................................................................25

5.6 Ensaios de recepção e inspecções finais .....................................................................................26


5.6.1 Amostragem ............................................................................................................................. 26
5.6.2 Recepção dos elementos estruturais............................................................................................ 27
5.6.3 Recepção dos parafusos, porcas e anilhas ................................................................................... 27
5.6.4 Outros ensaios e observações..................................................................................................... 27

5.7 Critérios de aceitação ..................................................................................................................29


5.7.1 Relativamente aos ensaios.......................................................................................................... 29
5.7.2 Relativamente ao processo de garantia da qualidade .................................................................... 29
5.7.3 Embalagem............................................................................................................................... 30

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1. - OBJECTIVO

O presente documento destina-se a especificar as características técnicas de todos os elementos


estruturais a que deve obedecer o fabrico de estruturas metálicas destinadas a Subestações da Rede de
Transporte e Interligação.

2. - NORMAS E DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL

2.1 - Materiais

2.1.1 - Aços Laminados

- Norma Portuguesa NP EN 10025 - Aços de construção de uso geral. Normas de qualidade;

- Norma Europeia EN 1029 - Revestimentos de galvanização em produtos de aço;

- Norma ISO 657 - P14 - Tubos de aço. Dimensões e características.

2.1.2 - Zinco para galvanização

- Norma Europeia EN 1029 - Revestimentos de galvanização em produtos de aço;

- Norma NP 1256 - Zinco em lingotes;

- Norma ISO 752 - Zinco em lingotes.

2.1.3 - Parafusaria

- Norma Europeia EN 20898-1 e -2 - Características mecânicas de parafusos e porcas de aço;

- Norma Europeia EN 1029 - Revestimentos de galvanização em produtos de aço;

- Norma ISO 3506 - Parafusos em aço inox;

- Norma ISO 4759-1 e 3 - Tolerâncias para parafusos, porcas e anilhas de aço;

- Norma ISO 7091 - Anilhas planas de aço;

- Norma DIN 126 - Anilhas planas de aço da classe 8.8;

- Norma DIN 127 - Anilhas de mola de aço;

- Norma DIN 267 - Parafusos e porcas - Condições técnicas de fornecimento;

- Norma DIN 434 - Anilhas sutadas de aço;

- Norma DIN 931 - Parafusos para construções de aço da classe 8.8 e da classe 10.9;

- Norma DIN 933 - Parafusos para construções em aço da classe 8.8 e da classe 10.9;

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- Norma DIN 934 - Porcas para construções em aço da classe 8.8 e da classe 10.9;

- Norma DIN 7989 - Anilhas para construções em aço;

- Norma DIN 7990 - Parafusos e porcas sextavadas para construções em aço. Dimensões;

- Norma DIN 6916 - Anilhas planas de aço da classe 10.9.

2.2 - Processos

2.2.1 - Corte e furação

- Pré-Norma Europeia ENV 1993 - Eurocode 3 - Projecto de estruturas metálicas. Parte 1.1
Regulamento Geral e Regulamento para Edifícios.

2.2.2 - Soldadura

- Pré-Norma Europeia ENV 1993 - Eurocode 3 - Projecto de estruturas metálicas. Parte 1.1
Regulamento Geral e Regulamento para Edifícios;

- Especificação Técnica Geral sobre a execução de soldaduras. EDP/DOET-ETQL-305-ES 870 049.C.

2.2.3 - Galvanização

- Norma Europeia EN 1029 - Revestimentos de galvanização em produtos de aço;

- Norma AFNOR NF A 91-460 - Revestimentos de sherardisação em produtos de aço;

- Norma ASTM 123 - Ensaios de aderência do revestimento;

-.Norma BS 729 - Ensaios de uniformidade do revestimento.

3. - GARANTIA

3.1
O período de garantia deverá ser no mínimo de 3 anos a contar da data final da montagem das
estruturas.

3.2
Durante o período de garantia as estruturas deverão ser capazes de assegurar o perfeito
funcionamento industrial nas condições de utilização constantes desta especificação técnica.

3.3
A garantia terá de cobrir nomeadamente, todos os custos da eventual reposição devido a defeitos de
fabrico ou inadequada qualidade das matérias primas utilizadas. Aquela reposição deverá ser feita no
mais curto espaço de tempo possível.

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4. - REQUISITOS TÉCNICOS

4.1 - Matérias primas

4.1.1 - Aços Laminados

4.1.1.1
Os tipos de aço mais utilizados, com aptidão para o corte e furação, a soldadura e a galvanização,
devem ter as seguintes características químicas e mecânicas garantidas:

- Características mecânicas
Análise de Vasamento
Tipos de (%) Tensão de cedência Tensão Extensão
aço (N/mm²) de rotura após
(N/mm²) rotura (%)
C Mn P S Si e≤16mm 16<e≤40mm e≤63mm 3≤e≤40m
max max max max min min m min
Fe360B 0,17 - 0,05 0,05 0,15 a 235 225 360/470 26
0,35
Fe430B 0,21 - 0,05 0,05 0,15 a 275 265 430/540 22
0,35
Fe510C 0,20 1,60 0,04 0,04 0,15 a 355 345 510/610 22
0,35
e = espessura

4.1.1.2
Estes aços devem ser desoxigenados (calmados) e, após a sua laminagem, sob a forma de perfilados e
chapas, devem ser sujeitos a um tratamento de normalização.

4.1.1.3
As tolerâncias dimensionais das secções dos perfilados e chapas devem respeitar a Norma
Portuguesa NP EN 10025.

4.1.2 - Zinco para galvanização

O zinco a utilizar deve ser de 1ª fusão, com um grau de pureza mínimo de 99.95% de zinco.

4.1.3 - Garantia da qualidade

Todos os fornecimentos de materiais devem ser acompanhados dos respectivos certificados de


qualidade. A REN, se assim o entender, poderá exigir ao fabricante a realização de ensaios por uma
entidade certificadora independente.

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4.2 - Processos

4.2.1 - Corte e furação

4.2.1.1 - Preparação do material

4.2.1.1.1
Os perfilados e chapas a utilizar devem estar desempenados. A sua desempenagem, se necessária, só
poderá ser efectuada antes do início do processo, por pressão mecânica gradual e não por choque.

4.2.1.1.2
Os elementos estruturais não podem ser obtidos através da soldadura topo a topo de perfilados mais
curtos.

4.2.1.2 - Dobragem

Os elementos estruturais cujos materiais sofrem deformações superiores a 20° são obrigatoriamente
forjados a quente. A tolerância dos desvios de deformação é de ± 1% (desvio de 1mm numa extensão
de 100 mm). Os elementos fissurados ou recuperados com soldadura serão rejeitados.

4.2.1.3 - Corte

4.2.1.3.1
As pontas dos elementos estruturais devem ter uma superfície de corte perfeita, não apresentar
rebarbas e permitir o ajustamento correcto das abas dos elementos a ligar e a colocação sem
dificuldade dos parafusos. Por este motivo, as pontas dos perfilados devem ser cortadas no início do
processo de fabrico.

4.2.1.3.2
A tolerância máxima dos comprimentos dos elementos (cantoneiras, chapas) é de ± 1,5 mm.

4.2.1.4 - Furação

4.2.1.4.1
A traçagem e execução dos furos devem permitir a montagem precisa dos elementos a ligar por meio
de parafusos e a intermutabilidade dos elementos homólogos do mesmo tipo de estruturas metálicas.

4.2.1.4.2
Os diâmetros dos furos e as suas distâncias às margens dos perfilados e entre si são definidos nos
Elementos de Traçagem, em anexo (anexo I e II).

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4.2.1.4.3
As tolerâncias máximas nas furações existentes na mesma aba da cantoneira são as seguintes:

Distâncias (mm)

Do centro de cada furo à aresta central (graminhado) e aos adjacentes (situados em 1


±1
ou 2 linhas de graminhado)
Do centro de cada furo extremo ao topo adjacente da cantoneira (margem) ±1
Do centro de cada furo ao topo mais distante da cantoneira ±1,5
Entre os centros de furos não adjacentes, incluindo os extremos ±1,5
Entre os centros de furos adjacentes, incluindo os extremos 1
De descentramento dos furos das chapas em relação ao seu centro teórico até 1

4.2.1.4.4
Os furos deverão ser executados com broca ou punção, não sendo permitida a utilização de laser,
oxicorte nem o enchimento de furos errados.

4.2.1.4.5
O diâmetro de um furo executado com punção deve ser sensivelmente constante em toda a espessura
do material. Os elementos em que os furos apresentem diferenças entre os diâmetros de saída e
entrada do punção no material superiores a 1/10 da espessura deste, num máximo de 1,2 mm, serão
rejeitados.

4.2.1.4.6
A furação dos elementos estruturais em aço Fe360B, Fe430B e Fe510C, de espessura superior
respectivamente a 10, 12 e 14mm, não pode ser feita com punção numa só operação, quando os furos
forem de diâmetro superior a 25mm. Neste caso deverá ser utilizada broca ou punção e mandril. A
utilização de mandril obriga à abertura prévia de um furo com um punção de diâmetro inferior 4mm
relativamente ao diâmetro pretendido.

4.2.1.5 - Identificação

4.2.1.5.1
Os elementos estruturais devem ser marcados a frio com a sua identificação, devendo esta englobar a
sigla do fabricante, o tipo da estrutura e a referência própria do elemento.

4.2.1.5.2 - Localização e composição

a) A marcação será colocada sobre a face externa do elemento, numa das suas extremidades e à
distância de 150 mm do último furo (lado centro do elemento). Se se tratar de uma chapa ou
cobrejunta a marca é colocada num local que seja visível após a montagem.
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b) A sigla de identificação do fabricante deve ter 3 letras, no máximo. As referências do tipo da
estrutura e dos elementos são definidos pela REN.

4.2.1.5.3
Quando se tratar do fornecimento de estruturas metálicas de tipos já anteriormente utilizados pela
REN, as marcas a adoptar deverão ter composição e localização idênticas às anteriormente usadas.

4.2.1.5.4 - Marcação

a) A marcação por impressão a frio é efectuada à prensa, em caracteres de 13mm para as letras
e algarismos principais e de 10mm para os índices e asteriscos.

b) A profundidade média das impressões não deve ser inferior a 0,5mm, nem superior a 1mm.

c) Qualquer que seja a espessura dos elementos a sua deformação posterior em resultado da
marcação não deve exceder 2mm.

4.2.2 - Soldadura

4.2.2.1 - Preparação de Juntas

4.2.2.1.1
Na preparação das juntas para a execução das soldaduras serão admissíveis os seguintes processos
de corte:

a) Corte a maçarico

Será permitido o corte a acetileno ou propano para aços carbono ou de baixa liga, sendo no entanto
preferível a utilização do propano. As superfícies de corte deverão ser sempre esmeriladas, excepto
quando se seguir uma operação de maquinagem;

b) Corte por plasma

O corte por plasma pode ser usado para os aços inox e ligas não ferrosas. As superfícies de corte
deverão ser sempre rectificadas por esmerilamento, excepto quando se seguir uma operação de
maquinagem;

c) Maquinagem

A maquinagem é obrigatória na preparação de juntas de tubos de pequeno diâmetro e tubos para


serem soldados a topo assim como para chapas de aço. Nos casos em que não é obrigatória a
maquinagem, será contudo o processo preferido para os aços inox ou ligas não ferrosas;

d) Corte por tesoura

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Na preparação das juntas de chapas compridas e de pequena espessura, a serem soldadas topo a topo,
poderá ser usado o processo de corte por tesoura mecânica, seguido da remoção, por esmerilamento,
da camada superficial endurecida;

e) Outros processos de corte poderão ainda ser usados desde que submetidos à REN para
análise e aprovação.

4.2.2.1.2 - Controlo dos chanfros

Na execução das soldaduras mais importantes os chanfros deverão ser controlados nas variáveis mais
importantes para assegurar uma correcta ligação soldada. Esse controlo deverá incluir, entre outros, a
forma do chanfro e o estado de sanidade e limpeza das superfícies.
4.2.2.2 - Processos de Soldadura

Serão aceitáveis os seguintes processos de soldadura ou combinação deles:

a) Arco eléctrico manual com eléctrodos revestidos;

b) M.A.G. (metal árgon gás);

c) T.I.G. (tungsten inerte gás), manual ou mecanizado com fio de metal de adição;

d) M.I.G. (metal inerte gás);

e) Outros processos de soldadura poderão ainda ser usados desde que submetidos à REN para
análise e aprovação.

4.2.2.3 - Procedimentos de Soldadura

4.2.2.3.1
A execução das soldaduras não deverá iniciar-se sem que sejam aprovados os resultados dos ensaios
de qualificação dos respectivos procedimentos.

4.2.2.3.2 - Aprovação dos procedimentos de soldadura

A aprovação dos procedimentos de soldadura deverá ser precedida da apresentação à REN de um


conjunto de documentos inerentes a cada processo para aprovação preliminar. Esses documentos
deverão incluir, no mínimo, informações referentes a:

a) Nº de código do procedimento;

b) Materiais base, espessuras e posições de soldadura;

c) Configuração da junta e método de preparação;


d) Processos de soldadura envolvidos;

e) Parâmetros dos processos;

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f) Consumíveis (p.e. eléctrodos, arames, fluxos, gases).

4.2.2.3.3 - Aprovação final e certificada dos procedimentos de soldadura

Os procedimentos de soldadura aprovados deverão ser acompanhados do respectivo certificado, em


formato normalizado. Os certificados deverão ter um número de código para fácil identificação e
incluir todos os elementos referentes às variáveis do processo, a data da aprovação e a assinatura da
entidade inspectora reconhecida pela REN.

4.2.2.4 - Qualificação de soldadores e operadores de soldadura

4.2.2.4.1
Os soldadores e operadores de soldadura que executem trabalhos em construção soldada para a REN
devem possuir a experiência e qualificação adequadas; no mínimo os soldadores devem possuir um
certificado de soldadura. Tal certificado será reconhecido como válido se tiver sido passado por uma
entidade certificadora independente.

4.2.2.4.2
A REN, se entender, pode aceitar e revalidar anteriores qualificações de soldadores sem exigir novos
ensaios, sempre que os anteriores tenham sido presenciados e certificados por uma entidade
independente.

4.2.2.4.3
A REN reserva-se o direito de exigir um controlo, por métodos apropriados, a todas as soldaduras
efectuadas por um soldador, quando se verifique que este não está qualificado para o trabalho em
questão, não possui a necessária experiência profissional ou tenha originado um acentuado número de
rejeições.

4.2.2.4.4
Todo o soldador, deverá ser portador de um punção em aço, com o seu código, que utilizará para
identificar o seu trabalho. O código do soldador deve estar claramente indicado nos certificados.

4.2.2.5 - Consumíveis de soldadura

4.2.2.5.1 - Certificados da Qualidade e extensão de ensaios

Todos os consumíveis de soldadura a serem utilizados nesta especificação devem ser provenientes de
fornecedores autorizados e aprovados. A sua qualidade, assim como a consistência das suas
propriedades, deve ser garantida por uma entidade certificadora independente. Para aços carbono e
aços carbono-manganês a REN, se assim o entender, pode aceitar o certificado anual do fabricante ou
o certificado mais recente, sem exigir a extensão de ensaios.

4.2.2.5.2 - Eléctrodos para soldadura por arco eléctrico

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As estruturas metálicas em aço carbono ou aço de liga, serão soldadas com eléctrodos de baixo teor
de hidrogénio. Estes eléctrodos deverão ser estufados antes da sua utilização, fornecidos em
recipientes estanques e mantidos em estufas portáteis durante o trabalho de soldadura.

4.2.2.5.3 - Fios para soldadura electro-gás

O fio deverá ser preferencialmente revestido a cobre. No entanto, outros tipos de fio não são
excluídos desde que as necessárias precauções sejam tomadas no seu empacotamento e
armazenagem, a fim de evitar inclusões de escória durante a soldadura.

4.2.2.5.4 - Armazenagem e manuseamento dos consumíveis de soldadura

Os consumíveis de soldadura (eléctrodos e fios) devem ser armazenados em local apropriado onde,
com a necessária facilidade, se possa efectuar a verificação da humidade e temperatura. O
manuseamento de consumíveis deve estar sujeito a um procedimento interno bem definido por forma a
assegurar a inexistência de possíveis trocas de eléctrodos e fios, ou que estes sejam armazenados
indevidamente nas oficinas.

4.2.3 - Galvanização

A galvanização (zincagem por imersão a quente) tem por objectivo a aplicação de um revestimento de
zinco nas superfícies dos elementos estruturais, para os proteger da corrosão. Este processo deve
obedecer aos requisitos descritos nos parágrafos seguintes.

4.2.3.1 - Galvanização das bases

As bases serão galvanizadas até ao limite de 150 mm acima do furo de terra.

4.2.3.2 - Espessura do revestimento

A espessura do revestimento deve ser uniforme em toda a superfície de cada elemento estrutural,
constituído por várias camadas de liga ferro-zinco, cada vez mais ricas em zinco à medida que se
aproximam da superfície exterior, essencialmente de zinco puro, deve ter os seguintes valores
mínimos:

AÇO MEDIÇÃO PONTUAL MÉDIA DE MEDIÇÕES PONTUAIS


MÍNIMA MÍNIMA

Espessura (mm) Massa (g/m2) Espessura Massa (g/m2) Espessura (µm)


(µm)

e > 6mm 575 80 630 90


3mm ≤ e ≤ 6mm 505 70 575 80

4.2.3.3 - Aderência do revestimento

O revestimento de zinco deve ter a aderência ao metal base, suficiente para não escamar ou lascar
nas condições normais de manuseamento, transporte, montagem e uso dos elementos estruturais.

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4.2.3.4 - Aparência do revestimento

O revestimento de zinco não deve apresentar defeitos na aparência, tais como:

a) Bolhas, devidas à expansão de hidrogénio e humidade;

b) Rugosidades, devidas à composição ou estado da superfície do aço, à decapagem excessiva, à


temperatura do banho demasiado elevada ou ao tempo de imersão muito longo;

c) Granulosidades e escorrimentos, devidos à drenagem de orifícios, rebordos e costuras, à


temperatura do banho demasiado baixa ou à velocidade de extracção muito grande;

d) Áreas sem revestimento (manchas negras), devidas à deficiente preparação das superfícies,
aos defeitos de laminagem do aço, a peças em contacto durante a zincagem ou ao excesso de
alumínio;

e) Inclusões de zinco duro, captadas durante a imersão;

f) Inclusões de cinzas, captadas durante a imersão ou extracção;

g) Inclusões de fluxo;

h) Revestimento cinzento, sem camada exterior de zinco puro, devido à composição do aço ou ao
arrefecimento lento após a galvanização;

I) Manchas de ferrugem, devidas à não eliminação total do ácido de decapagem ou ao


armazenamento em contacto com material enferrujado;

j) Corrosão branca, devida ao armazenamento em condições húmidas, sem arejamento.

4.2.3.5 - Processos de galvanização

A galvanização (zincagem por imersão a quente), obedecendo aos requisitos anteriores, pode
processar-se por 2 vias, a seca e a húmida.

O processo de galvanização a seco, que será tratado nesta especificação, inclui as seguintes
operações:

a) Desengorduramento;

b) Lavagem;

c) Decapagem;

d) Lavagem;

e) Fluxagem;

f) Secagem e aquecimento;

g) Zincagem (galvanização propriamente dita);


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h) Arrefecimento.

Cada uma destas operações deve ser executada correctamente, para não prejudicar a operação
seguinte e atingir-se assim o objectivo final da galvanização, acima indicado.

4.2.3.5.1 - Desengorduramento

O desengorduramento, tendo por objectivo a eliminação das substâncias gordurosas, tais como óleos
lubrificantes e de corte, das superfícies dos elementos estruturais, processa-se através da imersão
destes num tanque com uma solução aquosa alcalina, nas seguintes condições:

a) Concentração da solução alcalina: 30-65 g/l, variável com o tipo de produto alcalino utilizado;

b) Temperatura do banho: 70-80 ºC;

c) Tempo de imersão: 10-30 minuto.

A manutenção da concentração da solução é conseguida através do controle e correcção da sua


alcalinidade, feito regularmente (p.e., periodicidade semanal), seguindo uma norma específica para
cada tipo de produto. A substituição do banho deverá processar-se quando a quantidade de produto
consumido nas sucessivas adições for igual à necessária para a formação de um banho novo.

4.2.3.5.2 - Lavagem de desengorduramento

A lavagem, tendo por objectivo a limpeza dos vestígios do desengorduramento aderentes às superfícies
dos elementos estruturais, processa-se mergulhando estes uma ou duas vezes num tanque com água
corrente, à temperatura ambiente ou aquecida a 60/70ºC, conforme o tipo de produto de
desengorduramento. A substituição da água deve processar-se regularmente (p.e., periodicidade
semanal).

4.2.3.5.3 - Decapagem

A decapagem, tendo por objectivo a eliminação dos ácidos, a calamina da laminagem e outras
impurezas das superfícies dos elementos estruturais, processa-se através da imersão destes numa
solução aquosa ácida (clorídrica ou sulfúrica), podendo a primeira ser antecedida de decapagem
mecânica quando houver calamina de laminagem, tintas, escórias da soldadura, etc., dificilmente
removíveis pelo aço clorídrico. No caso da decapagem clorídrica, o processo obedece às seguintes
condições:

a) Ácido Clorídrico: 20-22º Bé;

b) Concentração da solução: 100-170 g/l;

c) Densidade da solução: 1,16-1,18;


d) Temperatura da solução: ambiente;

e) Tempo de imersão: variável com a concentração do banho, as dimensões dos elementos


estruturais e o estado de limpeza das suas superfícies.

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Havendo três ou mais banhos de ácido, as suas concentrações variam entre 100 e 170 g/l e os teores
máximos admissíveis de ferro são 90 g/l.

A manutenção destas condições em cada banho, que se deve processar regularmente (p.e.,
periodicidade semanal), é conseguida com base em controles e correcções dos seguintes parâmetros:

a) Concentração, determinada através da análise química;

b) Densidade, com um densímetro;

c) Teor de ferro, pela análise do gráfico em anexo (anexo III).

A substituição dos banhos processa-se quando o teor em ferro atingir o valor de 9 g/l.

4.2.3.5.4 - Lavagem de decapagem

A lavagem, tendo por objectivo a limpeza das impurezas da decapagem aderentes às superfícies dos
elementos estruturais, processa-se mergulhando-os, uma ou duas vezes, num tanque de água corrente,
à temperatura ambiente. A substituição da água deve processar-se regularmente (p.e., periodicidade
diária).

4.2.3.5.5 - Fluxagem

A fluxagem, tendo por objectivo a eliminação de óxidos, ferro, sais e humidade persistentes nas
superfícies dos elementos estruturais, processa-se através da sua imersão numa solução aquosa de
cloretos duplos de zinco e amónia (fluxo), a frio ou a quente, nas seguintes condições:

a) Concentração de fluxo: 30-60%, conforme o tipo de produto;

b) Densidade:20-25º Bé;

c) Temperatura: 50-70ºC ou ambiente;

d) PH: 4,5-5,5;

e) Tempo de imersão: 2 a 3 minutos.

A manutenção do banho ao longo do tempo, em condições próximas das acima indicadas, deve
processar-se regularmente (p.e., periodicidade semanal), através do controle e correcção da
concentração, densidade e teor de ferro.

A concentração é determinada através de análise química, a densidade por densímetro e o teor em


ferro.
O ferro, responsável pela formação de zinco duro na tina, deve ser eliminado continuamente através
de filtração, decantação e adição de água oxigenada. Neste caso, por cada 1,2 g/l de ferro deve ser
adicionado no banho de fluxo 1cm3/l de água oxigenada. O teor de ferro deve ser limitado a 4 g/l.

A substituição do banho de fluxo não é prevista.

4.2.3.5.6 - Secagem e aquecimento

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A secagem, destinada à eliminação da água da solução fluxante, e o aquecimento, destinado a elevar a
temperatura para uma maior aproximação da temperatura dos elementos estruturais à do zinco (para
evitar choques térmicos), processa-se numa estufa aquecida a 150ºC, durante 15 a 20 minutos.

4.2.3.5.7 - Zincagem

A zincagem processa-se através da imersão dos elementos estruturais num banho de zinco fundido,
nas seguintes condições:

a) Temperatura do banho de zinco: 440-460ºC;

b) Tempo de imersão: 1 a 2 minuto;

c) Velocidade máxima de extracção dos elementos estruturais do banho: 1,5m/minuto;

d) Adição de 0,02%de alumínio, no máximo;

e) Limpeza das cinzas, à superfície do banho antes de cada imersão e extracção;

f) Remoção do zinco duro depositado no fundo da tina, antes de atingir 30cm de altura;

g) Remoção de todos os excessos de zinco nas superfícies dos elementos estruturais, antes da sua
solidificação.

4.2.3.5.8 - Arrefecimento

O arrefecimento dos elementos estruturais galvanizados deve ser facilitado, para impedir a
transformação do zinco puro da superfície exterior do revestimento em liga zinco-ferro, menos
resistente à corrosão. Para o efeito, os elementos estruturais devem ser armazenados devidamente
espaçados e em locais bem arejados. Elementos estruturais com grandes secções e com grande
inércia térmica, poderão ter que ser arrefecidos forçadamente, por imersão em água.

4.2.3.6 - Reparações de Defeitos

A reparação de áreas sem revestimento de zinco, resultantes de má preparação de superfícies e da


remoção de alguns defeitos referidos em 3.2.3.3., só é permitida se as mesmas não excederem 0,5%
da área da superfície total e cada uma não exceder 1cm2.

Esta reparação pode ser feita recorrendo a uma tinta rica em zinco ou a uma vareta de liga de zinco.
A espessura mínima do revestimento reparado é de 100µm.

4.3 - CHAPAS DE SUPORTE PARA CONJUNTOS SINALÉTICOS

As chapas de suporte em aço galvanizado são do tipo St 37.2 ou outro com características
equivalentes com espessura de 3 mm, galvanizada por imersão a quente e com uma espessura pontual
mínima de 50mm.

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4.4 - Parafusaria

4.4.1 - Aço

Os tipos de aço a utilizar na


fabricação de parafusos e porcas têm as seguintes características:

4.4.1.1 - Características mecânicas:

Valores mínimos

Ref.ª Tipos T cedência T convenc. 0,2 T rotura Extensão após rotura


(N/mm²) (N/mm²) (N/mm²) (%)
1 4,6 240 - 400 22
2 5,6 300 - 500 20
3 6,8 480 - 600 8
4 8,8 - 640 800 12
5 10,9 - 940 1040 9
6 Inox - 450 700 0,4d

4.4.1.2 - Características químicas

Nos tipos de aço com aptidão para a galvanização (ref.ªs 1 a 5), os teores de silício e fósforo devem
respeitar os seguintes limites: Si=0,15 a 0,35% e P≤0,05%.

4.4.2 - Zinco

O zinco a utilizar na galvanização, com um grau de pureza mínimo de 99,95%, deve ser de 1ª fusão.

4.4.3 - Dimensões

4.4.3.1
Será utilizada parafusaria, segundo normalização métrica, com as seguintes dimensões:
(em mm)

Dimensão M10 M12 M16 M20 M22 M24 M27 M30 M36 M39

Compriment
18,0 19,5 23,0 26,0 28,0 29,5 32,5 35,0 40,0 43,0
o roscado
Entre quinas 18,7 20,8 26,1 32,9 35,0 39,5 45,2 50,8 60,7 66,4
2 8 7 5 3 5 0 5 9 4
Altura 7 8 10 13 14 15 17 19 23 25
cabeça
Altura porca 8 10 13 16 18 19 22 24 29 31
Entre faces 17 19 24 30 32 36 41 46 55 60

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4.4.3.2
Os parafusos e porcas do mesmo tipo devem ser absolutamente intermutáveis. Para o efeito, as
tolerâncias dos parafusos e porcas antes da galvanização devem respeitar as Normas ISO 4759/1 e 3,
respectivamente, para o grau de acabamento C.

4.4.3.3
Os comprimentos dos parafusos, compreendidos entre 20mm e 200mm e escalonados de 5mm em
5mm, serão indicados nas encomendas, caso a caso.

4.4.4 - Revestimento

4.4.4.1
Os parafusos e porcas de dimensões M12 e superior serão totalmente galvanizados por imersão em
zinco fundido, incluindo nas zonas roscadas.

4.4.4.2
As porcas deverão poder roscar-se à mão nos respectivos parafusos, após a galvanização, sem que
haja necessidade de corrigir as roscas.

4.4.4.3
A compensação das sobreespessuras resultantes do zinco de revestimento das roscas, tanto dos
parafusos como das porcas, será obtida através do aumento em 0,2mm da folga entre os diâmetros
destes.

Para o efeito deverá ser utilizada a seguinte técnica:

a) Os parafusos, antes da galvanização (em preto), são roscados com o diâmetro nominal;

b) As porcas, antes da galvanização, serão roscadas com um diâmetro de 0,55mm acima do


nominal;

c) As porcas, após a galvanização, serão passadas com um macho de diâmetro 0,35mm acima do
nominal, para remover os excessos de espessura sem destruir a camada de zinco.

4.4.4.4
O revestimento de zinco deve ser aderente e uniforme e ter as seguintes massas e espessuras:

Valores mínimos
Diâmetro dos
Medição pontual Média das medições pontuais
parafusos
d Massa Espessura Massa Espessura
(mm) (g/m²) (µm) (g/m²) (µm)
d ≥ 20 325 45 395 55
10 < d < 20 250 35 325 45

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4.4.4.5
A sherardização só será aceite pela REN, por escrito, em casos excepcionais.

4.4.4.6
As cabeças dos parafusos e porcas devem apresentar marcas estampadas identificadoras do
respectivo fabricante.

A identificação das classes superiores, respectivamente a 4.6 e 4 (Norma EN 20898-1 e 2), também
deve ser estampada nas cabeças dos parafusos e porcas.

5. - QUALIDADE E ENSAIOS

5.1 - Sistema da qualidade

5.1.1
O fabricante deverá explicitar qual é o seu sistema de garantia da qualidade e se o mesmo está em
conformidade com as exigências das normas ISO.
5.1.2
Deverá ainda apresentar juntamente com a proposta, o seu plano de inspecção e ensaios (PIE),
devendo este incluir todas as observações ensaios e medições que efectuar, na recepção das
matérias-primas, durante o processo de fabrico, na recepção e ensaios finais, de forma a evidenciar
que as estruturas e os seus componentes estão em conformidade com as especificações e se
comportarão correctamente em serviço.
5.1.3
Deverão ser efectuados os ensaios e as inspecções especificados no PIE do fabricante depois de ter
sido aprovado pela REN e que passará a ser documento contratual.
5.1.4
O fabricante registará os resultados de todas as inspecções e ensaios, determinando o seu arquivo. Os
protocolos de todos os ensaios e das inspecções serão disponibilizados por escrito ao cliente.

5.2 - Classificação dos ensaios

5.2.1
As estruturas devem cumprir as prescrições relativas aos ensaios, que se dividem em:

- ensaios de protótipo com o objectivo de confirmar através de montagem que os elementos


projectados se interligam correctamente.
- ensaios em curso de fabrico e de inspecção e recepção finais de um fornecimento com o objectivo
de verificar a conformidade de um lote ou lotes de estruturas com a especificação técnica.

5.2.2
Os ensaios de protótipo, por se tratar de ensaios de natureza, uma vez realizados não precisam de ser
repetidos a não ser que ocorram mudanças nas matérias primas, na concepção ou no processo de
fabrico.

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5.2.3
Os ensaios em curso de fabrico, deverão realizar-se nas várias fases de fabrico das estruturas para
demonstrar a conformidade dos componentes com a especificação técnica.
5.2.4
Os ensaios de recepção e inspecção finais realizam-se após ter sido concluído o fabrico e devem
verificar a conformidade das suas características com a especificação técnica, objecto do
fornecimento.

5.3 - Ensaios de protótipos

5.3.1
Para a realização dos ensaios de protótipos deverão ser fornecidos os seguintes elementos:
Desenhos de montagem das estruturas objecto de ensaio, incluindo desenhos de pormenor de secções
específicas das estruturas (p.e. ligação cabeça/suporte de viga);

Certificados dos tipos de aços utilizados, incluindo nomeadamente a composição química e dureza;

Lista de formação das estruturas.

5.3.2
O ensaio do protótipo deve ter em conta que:

A montagem deve ser feita na horizontal, nivelada e alinhada tendo todos os parafusos apertados;

Os parafusos utilizados no ensaio devem ser os indicados no desenho (p.e. comprimentos, diâmetros e
anilhas);

As estruturas das subestações devem ser montadas na totalidade.

5.3.3
A REN reserva-se o direito de assistir à montagem, ainda que parcial, do protótipo.

5.3.4
Observações e ensaios a efectuar.

Análise visual que inclui:


• Referência das peças:
• Alinhamento do protótipo;
• Acabamentos dos cortes em chapas e cantoneiras (p.e. rebarbas);
• Posicionamento dos elementos montados (p.e. cantoneiras a “beber água”);

Análise dimensional que inclui:

• Controlo das dimensões dos perfis e chapas (p.e. espessuras, abas);


• Dimensões dos parafusos porcas e anilhas.

5.3.5
Para confirmação dos tipos de aço deverá ser recolhido um provete de cada tipo de aço e efectuar a
medição da sua dureza e composição química.
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5.3.6
O fabricante deverá elaborar um relatório final dos ensaios efectuados que deverá incluir:

• Desenhos de montagem actualizados que tenham sido objecto de correcção;


• Desenhos individuais das peças alteradas;
• Registo de ocorrências durante a montagem, não conformidades e acções correctivas:
• Relatórios dos resultados dos ensaios realizados da dureza e composição química dos materiais e
outros que eventualmente tenham sido efectuados.

5.4 Ensaios de recepção de matérias primas

Os ensaios de recepção das diversas matérias primas deverão constar de Planos de Inspecção e
Ensaio (PIE), incluídos no Sistema de Garantia da Qualidade (SGQ) do fabricante.

5.4.1 Perfilados e chapas

Identificação dos lotes de matéria prima aprovisionada e apresentação do respectivo certificado.


Em cada lote recepcionado pelo fabricante, este terá de realizar ensaios sobre a composição química e
de dureza. Para isso escolherá pelo menos dois provetes, um provete de uma chapa e outro de um
perfilado.

5.4.2 Lingotes de zinco

Identificação do lote ou lotes aprovisionados e apresentação do respectivo certificado.


Em cada lote recepcionado pelo fabricante, este terá de realizar ensaios sobre a composição química.
Para isso escolherá pelo menos um provete do lote.
5.4.3 Parafusos porcas e anilhas

5.4.3.1 Critérios de amostragem

Sendo (n) o nº de peças do lote, as amostras são:

• Para n ≤ 1000 são 6 parafusos de amostra;


• Para n > 1000 e ≤ 20 000 são 6 + 0.3 n/1000 parafusos de amostra;
• Para n >20 000 são 8 + 0.3 n/1000 parafusos de amostra.

5.4.3.2 Parafusos

Em cada lote de parafusos a recepcionar terão de ser efectuados os seguintes ensaios:

• Controlo dimensional sobre o total da amostra;

• Ensaios químicos
- Ensaio da uniformidade do revestimento, (“PREECE”) sobre 1/3 da amostra;
- Ensaio de peso do zinco sobre 1/3 da amostra.
• Ensaios físicos
- Ensaio de martelamento sobre 1/3 da amostra;
- Ensaio de tracção sobre 1/3 da amostra.

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Os ensaios químicos poderão ser efectuados de acordo com a norma DIN 729 e os ensaios mecânicos
de acordo com a norma DIN 267.

Os parafusos sujeitos ao ensaio de martelamento são os que saem do ensaio da uniformidade do


revestimento.
5.4.3.3 Porcas

Em cada lote de porcas a recepcionar terão de ser efectuados os seguintes ensaios:

• Controlo dimensional sobre o total da amostra;


• Ensaios químicos
- Ensaio da uniformidade do revestimento, (“PREECE”) sobre 1/3 da amostra;
- Ensaio de peso do zinco sobre 1/3 da amostra.
• Ensaio físico
- Ensaio de esmagamento sobre 1/3 da amostra.

Os ensaios químicos poderão ser efectuados de acordo com a norma DIN 729.

As porcas sujeitas ao ensaio de esmagamento são as que saem do ensaio da uniformidade do


revestimento.

Para o ensaio de esmagamento, a porca é apoiada, por uma das faces normais ao furo, sobre um
corpo resistente de ferro e martelada até que a sua espessura fique reduzida a 10%. Não poderá
produzir-se qualquer fenda.

5.4.3.4 Anilhas

Em cada lote de anilhas a recepcionar terão de ser efectuados os seguintes:

• Controlo dimensional sobre a totalidade da amostra;


• Ensaios químicos
- Ensaio da uniformidade do revestimento, (“PREECE”) sobre 1/3 da amostra;
- Ensaio de peso do zinco sobre 1/3 da amostra.
• Ensaio físico
- Ensaio de dobragem a frio sobre 1/3 da amostra.

Os ensaios químicos poderão ser efectuados de acordo com a norma DIN 729.

As anilhas que são sujeitas ao ensaio de dobragem são as que saem do ensaio da uniformidade do
revestimento.

Para o ensaio de dobragem a anilha é apertada entre as mordentes de um torno de bancada segundo
um dos seus diâmetros. Rebate-se com um martelo a metade livre até que fique em esquadria com a
parte apertada no torno, de seguida, a anilha é novamente direita. A anilha deverá suportar estas duas
operações sem partir.

5.5 Ensaios em curso de fabrico

Deverão ser realizados os ensaios indicados no PIE do fabricante e aprovado pela REN abrangendo
as várias fases de fabrico, nomeadamente corte, furação, quinagem soldadura e galvanização de

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acordo com a metodologia, amostragem e critérios de aceitação indicados naquele plano de inspecção
e ensaios.

Em particular deverão ser tidos em conta os elementos referidos nos pontos 3.2.1, 3.2.2 e 3.2.3 da
presente especificação.

5.6 Ensaios de recepção e inspecções finais

Os ensaios finais deverão estar indicados no Sistema de Garantia da Qualidade, (SGO), do fabricante.
Os ensaios finais fazem parte da inspecção final e são levados a cabo para que o fabricante garanta
que o produto possui todas as características especificadas.

5.6.1 Amostragem

As estruturas metálicas são constituídas por lotes e os parafusos respectivos são embalados em sacos
.

Para a realização dos ensaios de recepção finais deverão ser respeitados os seguintes critérios de
amostragem:

Critério de amostragem:

Amostragem de estruturas:

Quantidade de estruturas do Quantidade da amostra


mesmo tipo

1-5 1

6 - 10 2

> 10 3

Amostragem de lotes:

Quantidade de lotes Quantidade da amostra

1 - 10 2

11 - 20 3

> 20 4

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Amostragem de sacos para quantificação dos parafusos:

Quantidade de sacos Quantidade da amostra

1 - 10 1

11 - 20 2

> 20 3

Amostragem de parafusos, porcas e anilhas por saco:

Quantidade de parafusos porcas


e anilhas por medida
(M 16, M 20,.......) Quantidade da amostra

1 - 100 4

101 - 200 5

> 200 6

5.6.2 Recepção dos elementos estruturais

Na recepção deverão ser presentes as listas de estruturas a recepcionar, a lista de formação das
mesmas e os certificados de conformidade passados pelos fabricantes dos aços, garantindo que estes
possuem características concordantes com as especificadas, com indicação de todos os ensaios
efectuados e respectivos resultados.

5.6.3 Recepção dos parafusos, porcas e anilhas

Na recepção deverão ser presentes a listagem dos parafusos porcas e anilhas a recepcionar e os
certificados de conformidade passados pelos fabricantes dos aços, garantindo que estes possuem
características concordantes com as especificadas, com indicação de todos os ensaios efectuados e
respectivos resultados.

5.6.4 Outros ensaios e observações

Nas amostras seleccionadas deverão ser realizados os seguintes ensaios e observações:

a) Análise visual da armazenagem das estruturas e parafusos;

As estruturas a recepcionar terão de estar devidamente identificadas como sendo estruturas para a
REN e separadas dos restantes materiais.

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b) Quantificação dos lotes e das embalagens dos parafusos, porcas e anilhas;

Deverá ser verificado se as quantidades dos lotes e das embalagens de parafusos estão de acordo
com a norma de embalagem. Nas embalagens dos parafusos porcas e anilhas deverão ser
confirmadas as quantidades e se estas estão de acordo com a etiqueta respectiva.

c) Verificação das referências de todos os elementos constituintes do lote;

Deverão ser observadas as referências de todos os elementos, confirmando se as mesmas estão de


acordo com a norma de embalagem.

d) Controlo dimensional dos perfis e chapas;

Deverão ser confirmadas as dimensões das abas e espessuras dos perfis (p.e. cantoneiras, perfis H e
em I) assim como a espessura das chapas

e) Controlo dimensional das distâncias entre furos, graminhados e diâmetro das furações;

Deverão ser efectuadas as medidas acima referidas e confirmar se aquelas estão de acordo com os
anexos I e II e com o referido no ponto 3.2.1.4.3 da presente especificação.

f) Controlo dimensional da espessura do zinco nos perfilados e chapas;

A medição da espessura do zinco é feita pelo método magnético e deve respeitar o referido no ponto
3.2.3.1 da presente especificação.

g) Controlo dimensional dos parafusos, porcas e anilhas e jogo parafuso porca;

Deverão ser verificadas as dimensões dos parafusos, porcas e anilhas e confirmar se estão de acordo
com o referido nos pontos 3.3.3.1 e 3.3.3.2 da presente especificação.

h) Controlo dimensional da espessura do zinco nos parafusos, porcas e anilhas;

A medição da espessura do zinco é feita pelo método magnético e deverá estar de acordo com o
referido no ponto 3.3.4.4 da presente especificação.

i) Verificação da classe dos parafusos;

Deverão ser verificadas as marcações da classe dos parafusos e se estas estão de acordo com o
referido no ponto 3.3.4.6 da presente especificação e com a norma de embalagem.

j) Ensaios de aderência e uniformidade do revestimento;

Deverão ser realizados ensaios para verificação da aderência do revestimento a um perfil e a uma
chapa, por tipo de estrutura e para verificação da uniformidade do revestimento a um parafuso, de
cada tipo.

Como ensaio de aderência dos perfis e chapas deverá ser usado o martelo basculante de acordo com
a norma ASTM 123 e para verificação da uniformidade e do peso do revestimento os ensaios de
acordo com a norma DIN 729.

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5.7 Critérios de aceitação

5.7.1 Relativamente aos ensaios

As estruturas só serão aceites quando completas e prontas para serem montadas em condições de
segurança.

Para as estruturas do mesmo tipo objecto de recepção, se for detectada uma não conformidade numa
amostra, duplica-se esta, e:

• Se não for detectada mais nenhuma não conformidade aceita-se o lote com a substituição da peça
não conforme;
• Se for detectada mais alguma não conformidade, rejeita-se o lote.

e se faltar um certificado de pelo menos uma matéria prima (aço e zinco).

As estruturas do mesmo tipo objecto de recepção, serão rejeitadas se:

• Faltar 1 certificado de pelo menos uma matéria prima (aço, zinco e parafusos);
• Faltar 1 lote;
• Faltar 1 atado;
• Faltar 1 elemento;
• Existir 1 dimensão incorrecta de um elemento;
• Faltar 1 embalagem de parafusos, porcas ou anilhas.

Se existir num elemento estrutural (p.e. perfil, chapa, parafuso) uma não conformidade do tipo:

a) Falta de aderência;
b) Espessura de zinco inferior ao mínimo;
c) Referência incorrecta;
d) Nº de parafusos, porcas e anilhas, na embalagem, inferior ao indicado.

Serão verificadas, para o caso das alíneas a), b) e c), todos os elementos do mesmo tipo, nos atados de
todos os lotes da estrutura, objecto da amostra e na falta de um parafuso, alínea d), serão verificados
todas as embalagens com parafusos, porcas e anilhas, do mesmo tipo e classe, da estrutura objecto de
amostra.

Se então voltar a ser encontrada alguma das não conformidades do tipo a), b) e c) serão rejeitadas
todas as estruturas do mesmo tipo objecto de recepção. No caso dos parafusos, porcas e anilhas se se
detectarem faltas, na nova amostra, superiores a 1% do total da mesma classe e tipo, serão igualmente
rejeitadas todas as estruturas do mesmo tipo, objecto da amostra.

5.7.2 Relativamente ao processo de garantia da qualidade

Após a realização dos ensaios de recepção deverá o fabricante elaborar um relatório de


acompanhamento dos ensaios no qual é feita a apreciação dos resultados obtidos e ainda:

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a) Evidenciar a conformidade, através de uma garantia explicita, dos diversos componentes (aço,
lingotes de zinco e parafusaria) com a correspondente especificação, incluindo a menção da
normalização aplicável;

b) Evidenciar a garantia de que as estruturas foram fabricadas (ensaios em curso de fabrico) em


conformidade com a presente especificação técnica e a normalização aplicável tendo sido efectuados
todos os ensaios do PIE aprovado;

c) Fornecer os autos de recepção e listagem das estruturas.

5.7.3 Embalagem

5.7.3.1
As estruturas metálicas para subestações serão embaladas de modo a que não haja deterioração da
sua estrutura ou do seu revestimento durante as movimentações e transportes.

5.7.3.2

Os parafusos, porcas e anilhas devem ser expedidos em embalagens (sacos ou baldes) não retornáveis,
bastante resistentes, com o peso aproximado de 20 kg e identificados com uma etiqueta indelével com a
indicação do seu conteúdo (quantidade, tipo e classe).

5.7.3.3
No transporte das estruturas metálicas da fábrica para o estaleiro da obra, a entrega será sempre
acompanhada da correspondente norma de embalagem.

5.7.3.4
Toda e qualquer entrega em estaleiro terá de ser acompanhada do respectivo auto de entrega, que
deverá descriminar os materiais por tipos e quantidades.

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Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO

REDE DE TERRAS

CONDIÇÕES TÉCNICAS - CT

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REDE DE TERRAS

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

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PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICA DE MONTAGEM

REDE DE TERRAS

ÍNDICE

Pág.

PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICA DE MONTAGEM 7

1. MONTAGEM DA REDE DE TERRAS 7

1.1 - Introdução 7

1.2 - Concepção 7

1.3 - Ligações à rede de terra 8

1.4 - Barra de Terra nas Estruturas Metálicas 8

1.5 - Protecções anti-corrosão 9

1.6 - Ligação da rede de terra das zonas de 400, 220, 150 e 60 kV 9

2. MATERIAIS 9

2.1 - Cabo de guarda 9

2.2 - Cabo e barra de cobre 9

2.3 - Acessórios para a rede de terras 9

2.4 - Acessórios para amarração dos cabos de guarda 9

3. TAREFAS DO ADJUDICATÁRIO 10

4. DOCUMENTAÇÃO 11

4.1 - Documentação a Fornecer pela REN 11

4.2 - Documentação a Fornecer pelo Adjudicatário 11

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CABOS EM LIGA DE ALUMÍNIO 13

SECTOR 1 - CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS 13

1.1 - Objectivo 13

1.2 - Aceitação 13
1.2.1 - Ensaios de Aceitação 13
1.2.2 - Sanção 13

1.3 - Verificação à Chegada 14

1.4 - Experiência de Fabrico 14

1.5 - Amostras 15

1.6 - Normas 15

1.7 - Materiais Defeituosos 15

1.8 - Requisitos Complementares dos Cabos 15

1.8.1 - Objectivo 15
1.8.2 - Bobinas 16
1.8.3 - Marcação nas bobinas 16
1.8.4 - Tolerância nos comprimentos 17

1.9 - Plano de Entrega 17

1.9.1 - Objectivo 17
1.9.2 - Quantidades Estimada e Final 17
1.9.3 - Comprimento por Bobina 17

SECTOR 2 - CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS 18

2.1 - Especificação Técnica dos Cabos em Liga de Alumínio 18


2.1.1 - Objectivo 18
2.1.2 - Características dos cabos 18

2.2 - Ensaios dos Cabos 19


2.2.1 - Objectivo 19
2.2.2 - Ensaios 19
2.2.3 - Procedimento de Ensaio 20

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CABO E BARRA DE COBRE 22

1.1 - Normas 22

1.2 - Características Gerais dos Materiais 22

1.3 - Características dos Cabos de Cobre 23

1.3.1 - Secção e composição dos cabos: 23


1.3.2 - Sentido de cablagem 24
1.3.3 - Comprimentos de entrega 24

1.4 - Inspecção e Ensaios para Cabos 24

1.4.1 - Inspecção 24
1.4.2 - Ensaios 24
1.4.3 - Embalagem para cabos 25
1.4.4 - Marcação nas bobinas 26

1.5 - Características das Barras de Cobre 27

1.5.1 - Dimensões 27
1.5.2 - Comprimento de entrega 27
1.5.3 - Ensaios 27
1.5.4 - Embalagem para barras 28
1.5.5 - Marcação das embalagens 28

ACESSÓRIOS PARA A REDE DE TERRAS 29

1 - Ligadores de Cruzamento Cabo/Cabo Tipo "C" 29

2 - Ligadores de Interligação Cabo/Barra Tipo "H" 29

3 - Ligadores de Fixação de Cabo Tipo "T1" 30

4 - Ligadores de Interligação Cabo/Cabo Tipo "T2", "T3", "T3-A" e "T4" 30

5 - Ligadores de Fixação de Barra às Estruturas Tipo "B1" e "B2" 30

6 - Ligadores de União Cruzamento de Barra (cruzetas) Tipo "U1" e "U2" 30

7 - Ligadores Terminais de Cabos de Cobre Tipo "TE1", "TE2" e "TE3" 31

ACESSÓRIOS PARA AMARRAÇÃO DOS CABOS DE GUARDA 32

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1 - INTRODUÇÃO 32

2 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO 32

3 - CARACTERÍSTICAS GERAIS 32

4 - MATERIAIS A EMPREGAR 33

5 - CARACTERISTICAS MECÂNICAS 33

5.1 - Resistência à rotura 33

5 2 - Resistência ao deslizamento 33

6 - CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS 33

6.1 - Resistência às correntes de curto-circuito (cadeias consideradas sem shunts) 33

6.2 - Resistência às ondas de choque e a tensão à frequência industrial (50 Hz) 34

6.3 - Radio-interferências (RIV) e efeito de coroa (sobre cadeias completas) 34

7 - DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA 34

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PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICA DE MONTAGEM

1. MONTAGEM DA REDE DE TERRAS

1.1 - Introdução

A qualidade do circuito de terra e das diversas ligações a esta, é um factor primordial para assegurar a
segurança das pessoas e da exploração de uma instalação eléctrica.

O circuito de terra foi concebido para garantir a colocação à terra de todas as massas metálicas e das
diversas ferragens e limitar a tensão de passo e de contacto a um valor inofensivo.

O circuito de terra servirá igualmente para evitar que o neutro da rede possa ser levado a um potencial
elevado em relação à massa, nomeadamente em caso de perturbações de rede.

A secção dos condutores de circuito de terra foi calculada em função do valor máximo da corrente de
curto-circuito da rede e da duração deste curto-circuito.

1.2 - Concepção

A rede de terras da subestação é constituída por uma rede de terra aérea e uma rede terra
subterrânea.

A rede de terra aérea é constituída por cabos de guarda Guinea apoiados nas cabeças dos pórticos da
subestação.

A rede de terra subterrânea (rede geral de terra) foi concebida em malha rectangular, cobrindo toda a
superfície das instalações e é constituída por cabo de cobre de 120 ou 150 mm² de secção colocado no
solo a uma profundidade de 90 cm (disposição longitudinal) e 70 cm (disposição transversal).

A fim de facilitar as diversas ligações à terra, as malhas ficarão dispostas de maneira que as ligações
aos diversos equipamentos e instalações sejam executadas da forma mais simples.

As ligações entre cabos de terra estão realizadas por ligadores de compressão tipo (C's).

Nos esquemas do traçado da rede de terras é apresentada a forma como será constituída a rede de
terras.

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1.3 - Ligações à rede de terra

As ligações das diversas massas metálicas à rede geral de terra serão realizadas em cabo de cobre de
120 ou 150 mm², de forma que em caso de corte de um circuito de ligação, nenhuma peça metálica
fique isolada da terra.
As ligações dos cabos às estruturas metálicas far-se-ão acima do solo, sem descontinuidade da malha,
por fixação de dois cabos sobre a estrutura utilizando ligadores apropriados.

A partir deste ligador será derivada uma ligação em antena, constituído por uma barra de cobre de
40x5 ou 50x5 mm² fixada sobre a estrutura metálica (por ligador apropriado) que permitirá a ligação
entre a malha de terra e a aparelhagem suportada. Algumas caixas e armários serão ligados à terra, a
partir desta ligação, em barra 25x3 mm2.

A actividade da rede de terras compreende a ligação à terra de todas as partes metálicas,


nomeadamente:

- as estruturas metálicas através de ligadores de transição cabo/barra;


- a faca de terra de cada polo de seccionador;
- os carris de assentamento do transformador de potência;
- as tubagens do sistema de extinção de incêndios;
- descarregadores de sobretensões e contadores de descarga;
- as caixas BT dos transformadores de medição;
- as bases das cadeias de amarração e suspensão;
- todo o aparelho ou parte do aparelho em que a colocação à terra é imposta pelos regulamentos em
vigor e/ou indicada nos planos de montagem;
- os cabos de guarda;
- as hastes de descarga;
- os prumos da vedação exterior;
- os armários e caixas de reagrupamento instalados no parque AT, bem como no interior dos edifícios;
- outras massas metálicas não especificadas.

1.4 - Barra de Terra nas Estruturas Metálicas

Colocação à terra dos pórticos e suportes e de todo o material que neles se coloque ou fixe - caixas,
armários, etc.

A barra de cobre será fixada às estruturas por acessórios apropriados. Nas uniões e derivações serão
também utilizados acessórios adequados.

Os diversos pórticos previstos terão em todas as suas travessas, uma barra de cobre contínua. Esta
barra será ligada à terra, por meio de barra idêntica fixada a um dos montantes do pórtico.

As estruturas metálicas, conforme desenhos tipo, estão previstas com orifícios dispostos de forma que
permitam o aparafusamento dos acessórios das barras de terra aí apoiadas.

Qualquer orifício complementar eventual (que deve ser evitado) será a cargo do Adjudicatário.

Este deverá também retocar imediatamente a galvanização afectada com uma tinta à base de zinco

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1.5 - Protecções anti-corrosão

As várias ligações serão concebidas de forma que não exista contacto entre metais diferentes
susceptíveis de provocar corrosão electrolítica.

1.6 - Ligação da rede de terra das zonas de 400, 220, 150 e 60 kV

A instalação está equipada com uma única rede de terras que abrange as zonas dos diferentes níveis
de tensão.

2. MATERIAIS

2.1 - Cabo de guarda

O cabo de guarda a instalar é do tipo GUINEA, conforme o indicado nas Condições Técnicas
“Cabos em Liga de Alumínio”.

2.2 - Cabo e barra de cobre

O cabo e a barra de cobre a instalar será de acordo com o indicado nas Condições Técnicas “Cabo
e Barra de Cobre”.

2.3 - Acessórios para a rede de terras

Os acessórios para a rede de terras serão conforme o indicado nas Condições Técnicas
“Ligadores para a Rede de Terras”.

2.4 - Acessórios para amarração dos cabos de guarda

Os acessórios para amarração dos cabos de guarda serão conforme o indicado nas Condições
Técnicas “Acessórios de Cadeias de Amarração”.

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3. TAREFAS DO ADJUDICATÁRIO

3.1 - Compete ao Adjudicatário a execução da rede de terras aérea e subterrânea conforme descrito nas CT
e no projecto de construção civil.

3.2 - Os fornecimentos e a execução devem ser realizadas em conformidade com as disposições legais,
prescrições e regras de segurança em vigor, segundo as melhores regras da técnica e segundo o
indicado no Caderno de Encargos.

O Adjudicatário utilizará o seu próprio material de manutenção e de montagem (incluindo prensas e


matrizes, tanto para o cabo de cobre como para o cabo de alumínio). Deve estar equipado também
com ferramentas modernas e adequadas que permitam uma boa execução.

3.3 - A lista do material a fornecer pelo Adjudicatário será enumerativa e não limitativa.
Este deverá prever todos os fornecimentos necessários - excepto os que forem fornecidos pela REN
que são expressamente mencionadas.

O Adjudicatário deve submeter à aprovação da REN lista de fornecedores dos equipamentos por si
adquiridos.

Todos os equipamentos fornecidos pelo Adjudicatário devem obter a aprovação da REN antes da sua
utilização.

Todos os equipamentos fornecidos pelo Adjudicatário devem ser acompanhados de certificados de


ensaios, de acordo com procedimentos aprovados e normas em vigor.

A REN reserva-se o direito de assistir aos ensaios que achar conveniente.

3.4 - A instalação será entregue à REN pronta a ser submetida a verificações que serão realizados pela
REN em colaboração com o Adjudicatário.

3.5 - O Adjudicatário removerá das instalações da REN, e tratará de acordo com a legislação vigente, todos
os desperdícios, lixos e materiais sobrantes.

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4. DOCUMENTAÇÃO

4.1 - Documentação a Fornecer pela REN

REN colocará à disposição do Adjudicatário, toda a documentação e planos base necesários à


realização das suas actividades.

A documentação fornecida, tem como objectivo permitir ao Adjudicatário tomar conhecimento de


forma clara sobre a instalação pretendida e as principais características dos equipamentos a instalar.

4.2 - Documentação a Fornecer pelo Adjudicatário

O Adjudicatário deverá actualizar os desenhos fornecidos pela REN e que sofram qualquer alteração
no decorrer da realização dos trabalhos.

Desenhos, esquemas e listas relativos à realização das suas actividades.

Documentação completa de todos os equipamentos fornecidos.

Certificados de ensaios dos equipamentos fornecidos.

Planos de Inspecção e Ensaios e documentação dos ensaios efectuados em obra.

O Adjudicatário deve identificar todos os desenhos, esquemas e listas, por si efectuados, com legenda
cujo formato a REN indicará e com numeração também fornecida pela REN.

O Adjudicatário deverá enviar à REN listas com os nomes e formatos dos desenhos e esquemas, aos
quais a REN atribuirá os números que o Adjudicatário deverá inscrever no local respectivo.

De cada desenho ou listagem deverão ser fornecidas

- 3 cópias normais

- Disket 3”1/2 com os desenhos em Autocad 12-DWG.

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PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

REDE DE TERRAS

CONTEÚDO

• Cabo em liga de alumínio (cabo de guarda)

• Cabo e barra de cobre

• Acessórios para a rede de terras

• Acessórios para a amarração dos cabos de guarda

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

CABOS EM LIGA DE ALUMÍNIO

SECTOR 1 - CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS

1.1 - Objectivo

Esta secção define as Condições Técnicas Gerais a serem consideradas para o fornecimento de
cabos de liga de alumínio.

Além das Cláusulas constantes dos números seguintes integra este volume a Especificação
Técnica dos Cabos.

1.2 - Aceitação

1.2.1 - Ensaios de Aceitação

A aceitação do fornecimento de equipamento inclui:

- verificação de cabos ou acessórios após fabrico;

- execução de ensaios de rotina e ensaios em amostras;

poderá haver eventualmente repetição dos ensaios tipo a pedido da REN.

1.2.2 - Sanção

O fornecimento de todo o equipamento pode ser recusado se não cumprir os ensaios de


aceitação.

No caso de um resultado de um dos ensaios, em amostra não ser satisfatório, um novo ensaio
será conduzido sob as seguintes condições:

- Os ensaios especiais serão repetidos em novo conjunto de amostras com um comprimento


duplo da amostra inicial e serão escolhidos de todos os comprimentos de extrusão.

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No caso dos resultados obtidos nos ensaios na segunda série de amostras ser satisfatório, o cabo
será aceite excluindo as partes dos comprimentos de extrusão que não forneceram bons
resultados durante os ensaios nas amostras.

No caso destes ensaios também se mostrarem insatisfatórios, o fabrico deve ser recusado.

No caso de um ensaio individual numa peça de cabo (bobina) não fornecerem resultados
satisfatórios essa peça de cabo será recusada.

No caso de resultados não satisfatórios em mais do que uma parte do mesmo comprimento de
extrusão este será recusado.

1.3 - Verificação à Chegada

Não obstante a aprovação provisória conduzida pelos Agentes de Aprovação, as mercadorias


serão verificadas nos nossos armazéns ou locais de destino de forma a que possa ser efectuada
uma inspecção a fim de verificar se houve perca ou dano durante o transporte.

No caso de haver mercadorias em falta ou qualquer dano nas mesmas, o fornecedor


providenciará, a despeito de responsabilidade do segurador, a substituição das mercadorias
como estabelecido na cláusula 1.5.

1.4 - Experiência de Fabrico

As propostas serão estudadas quando apresentadas por fabricantes que provem ter uma
experiência própria mínima de 3 anos no fabrico deste tipo de cabo e acessórios para níveis de
tensão semelhantes.

A prova de tal experiência será fornecida pelos fornecedores através (da apresentação9 de
listagem do equipamento já fabricado para tensões similares ou acima da requerida e a referência
terá de ser feita para cada cabo específico relativamente a:

- características (incluindo a tensão nominal e a máxima tensão de serviço);

- data de fabrico;

- comprador;

- data da instalação;

- comprimento do cabo fornecido;

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- tipos e quantidades dos acessórios.

1.5 - Amostras

A REN não estipula que as amostras serão enviadas com as propostas. Contudo, a REN reserva
o direito de requerer o envio de amostras de equipamento mencionadas pelo fornecedor durante
o período de estudo das propostas.

1.6 - Normas

O equipamento proposto, materiais usados e fabrico estarão de acordo com a última edição das
normas relevantes, especificadas nos documentos de proposta ou de acordo com as
correspondentes normas aceites internacionalmente que a REN possa considerar serem iguais ou
superiores às normas especificadas. Em todo o caso o empreiteiro deve informar a REN,
precisamente, de quais as normas de conformidade do equipamento, materiais ou fabrico.

Relativamente a todo o equipamento eléctrico, a menos que especificado noutro lado ou a menos
da aprovação de outra norma como estabelecido acima, todo o equipamento será conforme as
normas CEI correntes ou, onde tais normas não existam, a uma das normas ASA, BS e
VDE+DIN, como opção do concorrente ou a outras normas, que assegurem qualidade igual ou
mais elevada. Para as normas não escritas em português, o concorrente fornecerá cópias da
tradução inglesa.

Quando não existirem normas, como o caso de patentes de materiais especiais, todos esses
materiais e fabrico deverão ser da melhor qualidade, detalhe completo dos materiais e ensaios de
controlo de qualidade a que sejam sujeitos, deverão ser submetidos à REN na altura da
proposta.

1.7 - Materiais Defeituosos

Para aplicação das cláusulas 1.3, 1.4, 1.5 e 1.8 assim como para as Responsabilidades
Garantidas, quando forem encontradas mercadorias defeituosas durante os ensaios de fabrico ou
durante inspecções no destino, a correspondente substituição será o comprimento completo da
bobina ou o conjunto completo de acessórios.

1.8 - Requisitos Complementares dos Cabos

1.8.1 - Objectivo

Nesta secção estão listados requisitos complementares que o fornecimento deve cumprir.

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1.8.2 - Bobinas

Os cabos devem ser embalados em bobinas não retornáveis e construídas com madeira de boa
qualidade. Não serão aceites na recepção bobinas em mau estado.

As bobinas devem conter aproximadamente 1 000 metros de cabo, correctamente enrolado em


madeira sólida com um diâmetro mínimo no núcleo de 700 mm.

Cada bobina deve possuir 2 abas circulares com um mínimo de 90 mm de espessura.

O diâmetro das abas deve ser suficiente para conter 1 000 metros de cabo, deixando uma
margem no mínimo de 75 mm após a última camada de cabo, e não deve exceder 1 200 metros.

O eixo da bobina deve possuir um orifício com cerca de 90 mm de diâmetro.

As superfícies das abas, em redor dos orifícios, devem ser reforçados com peças de ferro.

A largura de casa bobina, medida entre as superfícies internas das abas, não deve exceder 1 000
mm.

Cada bobina deve possuir protecção contra a intempérie (plástico ou outro, sobre o cabo) e
acções agressivas no transporte e cargas (ripas de madeira pregadas às abas, aglomerado ou
cartão canelado forte).

As camadas de cabo devem ser enroladas por forma a evitar fricções inconvenientes e as pontas
devidamente protegidas para garante da cableagem.

A primeira camada dos cabos deve ser fixada à aba para evitar desenrolamentos perniciosos
durante as acções de transporte e cargas.

1.8.3 - Marcação nas bobinas

Cada bobina de cabo completo deve indicar de forma durável:


- número de bobina

- tipo de cabo

- comprimento de cabo

- peso líquido

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- tara

- identificação da encomenda da REN

- nome do fabricante

- destino

- direcção de rolamento aconselhada, em ambas as abas.

1.8.4 - Tolerância nos comprimentos

A tolerância por bobina e no total é de ± 1%.

Em situações excepcionais, e após acordo da REN, pode a tolerância por bobina ser de + 5%.

1.9 - Plano de Entrega

1.9.1 - Objectivo

Nas Condições Especiais do Contrato são detalhadas as respectivas datas para entrega nas
Subestações de Canelas, Chafariz e Recarei.

1.9.2 - Quantidades Estimada e Final

Os comprimentos totais de cabo e as quantidades totais de acessórios mencionadas no mapa de


preços são estimados.

Os valores final e correctos a ser fornecidos pelo empreiteiro serão afixados pela REN na data
de adjudicação do contrato ou numa data posterior a acordar com o fabricante.

Em qualquer caso, assume-se que estes valores finais não variarão em mais do que ± 10%
relativamente aos agora mencionados.

1.9.3 - Comprimento por Bobina

Os comprimentos por bobina serão definitivamente fixados pela REN na altura de acordo com o
que está estabelecido na cláusula 1.15.2 destas C.T.

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SECTOR 2 - CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

2.1 - Especificação Técnica dos Cabos em Liga de Alumínio

2.1.1 - Objectivo

Esta secção descreve as especificações técnicas que devem cumprir os cabos a fornecer.

São aplicáveis as normas NFC 34-125 e NFC 34-120.

2.1.2 - Características dos cabos

D - CABO "GUINEA"

1. Designação - ACSR 130 (CEI 1089)

2. Composição - Total: 12 fios de alumínio de 2,92mm∅ + 7 fios de 2,92mm∅


Por camada: (1+6) fios de aço e 12 de alumínio .

3. Tipo de aço (Segundo Publicação CEI 888) - Regular stell

4. CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS

4.1 - Diâmetro do cabo: 14,6 mm


4.2 - Diâmetro da alma do aço: 8.76 mm
4.3 - Diâmetro do alumínio: 5.84 mm
4.4 - Peso do aço: 0.366 Kg/m
4.5 - Peso do alumínio: 0.222 Kg/m
4.6 - Peso do cabo sem massa neutra: 0.588 Kg/m
4.7 - Peso da massa neutra: de 8.16 a 11,65 g/m (9,905 v.m.)
4.8 - Secção real do cabo: 127,24 mm2
4.9 - Secção nominal do cabo: 130 mm2
4.10 - Secção do aço: 46.88 mm2
4.11 - Secção do alumínio: 80,36 mm2

5. CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS

5.1 - Carga mínima de rotura: 6646 daN


5.2 - Módulo de elasticidade final: 104.5x103 Mpa
5.3 - Coeficiente de dilatação térmica linear: 15,3x10-6/0C

6. CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS

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6.1 - Resistência Eléctrica Linear em C.C. e a 20 0C: 0.3594 Ω/Km

2.2 - Ensaios dos Cabos

2.2.1 - Objectivo

Nesta secção listam-se os ensaios e condições de ensaio a que os cabos são sujeitos a fim de
serem aceites.

Os fabricantes devem indicar outros ensaios propostos para o cabo, nomeadamente Ensaios
Tipo.

2.2.2 - Ensaios

2.2.2.1 - Ensaios tipo

2.2.2.1.1 - A oferta deve incluir como documentos bastante detalhados o Ensaio Tipo nos cabos a
serem fornecidos, nomeadamente condições de ensaio e resultados.

O fabricante fornecerá os certificados respectivos a pedido da REN.

2.2.2.1.2 - A REN reserva o direito de pedir, a qualquer momento, e a suas próprias expensas, que
um ou mais Ensaios Tipo seja repetido completa ou parcialmente.

2.2.2.1.3 - Os ensaios efectuados ou a efectuar deverão estar de acordo, com a NF C34-125.

2.2.2.2 - Ensaios de Recepção

2.2.2.2.1 - Ensaios efectuados antes da cableagem

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- Aspecto exterior 
- Diâmetro nominal e tolerâncias f Pelo menos sobre
- Tensão de ruptura por tracção  30% das bobinas

- Alongamento mínimo depois da ruptura 


- Resistência às dobragens alternadas Pelo menos sobre
f
- Resistência eléctrica 10% das bobinas
- Carga de ruptura total (estimada) 

2.2.2.2.2 - Ensaios para cabo acabado

- Verificação do aspecto exterior

- Verificação do sentido de cableagem

- Verificação da massa do cabo e da massa de lubrificação

- Controle da carga de ruptura

- Verificação da composição dos cabos.

2.2.3 - Procedimento de Ensaio

2.2.3.1 - Os ensaios de fábrica referidos nestas especificações ou propostos pelo fabricante serão
efectuados a expensas do fabricante.

2.2.3.2 - A REN reserva o direito de inspeccionar o cabo durante o fabrico, excepto quando os
procedimentos são de natureza confidencial.

2.2.3.3 - Alguns ensaios podem ser efectuados para informação da REN, a seu próprio pedido.

2.2.3.4 - Em situação de dúvida ou não clareza de definições, as condições para condução de tais
ensaios, e os seus resultados, deverão estar de acordo com as Publicações CEI 540 e 502 se
aplicáveis.

2.2.3.5 - As datas de realização dos ensaios devem ser acordadas entre a REN e o fabricante a fim
de evitar o máximo de deslocações para esse fim, e devem ser confirmados pelo fabricante
pelo menos 30 dias antes da execução.

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2.2.3.6 - A REN reserva-se o direito de ser substituída ou acompanhada por alguém, na altura da
recepção do equipamento e para esse fim.

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

CABO E BARRA DE COBRE

1.1 - Normas

As características dos fios, dos cabos e das barras de cobre devem cumprir o disposto na última
edição das normas:

- Portuguesas I-787 e 788;

- Americana ASTM - E8;

- DINE 40.500 (parte 3)

Os ensaios devem ser conduzidos como especificado nas normas antes mencionadas ou de
acordo com outras aceites pela EDP de grau de exigência igual ou superior àquela.

Todas as normas a utilizar deverão ser as últimas publicadas à data das propostas.

Em caso de discordância entre as normas referidas e o presente Caderno de encargos, prevalece


este último.

1.2 - Características Gerais dos Materiais

1.2.1 - As características tecnológicas do cobre devem respeitar o disposto na norma portuguesa I -


787.

O cobre deverá ser comercialmente puro, com uma componente mínima de cobre 99,9%,
endurecido devido ao estiramento sofrido.

O Adjudicatário deverá fornecer certificado de Análise comprovante daquela percentagem.

Resistividade - o valor máximo da resistividade, à temperatura de 20ºC, é de 0,017 758 ohm.


mm2/m.

Densidade - a densidade do cobre, à temperatura de 20ºC, é de 8,94 kg/dm3.

Coeficiente de dilatação linear - o valor adoptado para o coeficiente de dilatação linear do fio de
cobre é de 17 x 10-6ºC-1.

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Coeficiente de temperatura, a massa constante da resistência - à temperatura de 20ºC, o
coeficiente de temperatura à massa constante da resistência eléctrica do fio de cobre é de 0.003
93ºC-1.

Aspecto exterior- A superfície exterior dos fios de cobre deve ser lisa e não apresentar
asperezas, escamas, estrias, rebarbas, inclusões ou quaisquer outros defeitos semelhantes. Deve
estar limpa e livre de qualquer vestígio de óxidos, sulturetos ou outros materiais estranhos,
nomeadamente produtos anímicos usados na decapagem.

1.3 - Características dos Cabos de Cobre

As características dos cabos de cobre deverão satisfazer à NP 1 - 788.

1.3.1 - Secção e composição dos cabos:

SECÇÃO NOMINAL DO CABO

120 mm2 150 mm2

Secção real -------------------------------------- 116,2 mm2 145,8 mm2


------
14 mm 15,7 mm
Diâmetro do cabo -------------------------------
----- 0,193 /km 0,124 /km

Resistência máxima ------------------------------ 4602 kg 5770 kg


----
1062 kg/km 1331 kg/km
Força de rotura mínima --------------------------
---- 37 37

Massa aproximada ------------------------------ 2,00 mm 2,24 mm


-----
44,5 kg/mm2 44 kg/mm2
Número de fios ----------------------------------
-----

Diâmetro dos fios --------------------------------


----

Força de rotura mínima dos fios de cobre---------

F-CT RT REV.C 14/09/00 23/34


1.3.2 - Sentido de cablagem

Os fios de cobre devem ser dispostos em camadas concêntricas, desenvolvendo-se alternada e


sucessivamente em sentidos contrários.

Os fios de última camada devem ser enrolados sempre à direita (sentido de cablagem z), devendo
os fios das diversos camadas ser igual e firmemente cableados sobre as camadas subjacentes.

1.3.3 - Comprimentos de entrega

Os cabos devem ser entregues em bobinas com os comprimentos pedidos nas encomendas,
admitindo-se, em relação a estes, uma tolerância de 5%.

Em cada bobina não é permitido incluir mais do que um comprimento de cabo.

1.4 - Inspecção e Ensaios para Cabos

1.4.1 - Inspecção

Aos representantes da EDP devidamente credenciados devem ser dadas todas as facilidades
durante o fabrico para verificação do respectivo pelas especificações.

O Adjudicatário terá de fazer prova que durante o fabrico todos os materiais são testados, por
forma a satisfazer completamente a qualidade exigida pelas especificações e normas aplicáveis.

1.4.2 - Ensaios

Os ensaios devem ser efectuados à temperatura compreendida entre 10 e 30ºC, salvo indicação
contrária na especificação de cada um dos ensaios.

a) Ensaios dimensionais

Verificação dos diâmetros nominais dos fios constituintes

O diâmetro dos fios é medido com limites de erro 0,01 mm através de um aparelho
adequado, tomando-se como valor do diâmetro a média de duas leituras feitas em duas
direcções ortogonais numa mesma secção recta do fio.

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A medição deve incidir sobre um mínimo de cinco fios de alma.

Relação de enrolamentos

A relação de enrolamentos deverá estar compreendida entre o valor máximo de 14 e mínimo


de 10.

b) Ensaios eléctricos

Medição da resistência linear

A resistência linear dos cabos deve ser medida com a amostra à temperatura de 20 + 10ºC
entre dois pontos distantes, em regra, de 1 m. Na medição da temperatura da amostra a
ensaiar deve ter-se em conta o aquecimento desta por efeitos de Joule.

c) Ensaios mecânicos

Os ensaios mecânicos a proceder são os seguintes:

- ensaio de tracção;

- limite de elasticidade convencional;

- ensaio de dobragens alternadas.

Módulos de elasticidade E = 10 500 kg/mm2

Os ensaios devem decorrer nos 10 dias seguintes após comunicação do Adjudicatário de


que o material se encontra pronto para ensaios.

No caso de ausência do recepcionário, após aquele período, o Adjudicatário efectuará os


ensaios e fornecerá 3 cópias dos resultados à REN, que aceitará ou não o material de
acordo com os mesmos.

As datas para ensaios devem ter em conta as datas limites de entrega.

Os relatórios dos ensaios devem ser fornecidos à REN em triplicado.

1.4.3 - Embalagem para cabos

Os cabos devem ser entregues em bobinas de madeira de boa qualidade, não sendo aceites na
recepção bobinas em mau estado.

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As bobinas devem conter aproximadamente 1 500 metros de cabo, correctamente enrolado em
madeira sólida com um diâmetro adequado.

As bobinas devem possuir 2 abas circulares com um diâmetro suficiente para impedir quaisquer
riscos de contacto do condutor com o solo durante as operações normais de transporte e
desenrolamento.

O eixo de bobina deve possuir um orifício com cerca de 90 mm de diâmetro. Este orifício deverá
ser reforçado com peças de ferro.

A largura de cada bobina, medida entre as superfícies internas das abas não deverá exceder 1
000 mm.

Para consolidação da embalagem, o condutor deve ser protegido por meio de ripas pregadas na
beriteira das rodas das bobinas e com afastamento máximo de 10 cm entre cada uma delas,
devendo existir, internamente, uma protecção do cabo contra a intempérie (como por exemplo,
folhas de plástico maleável).

A primeira camada dos cabos deve ser fixada à aba para evitar desenrolamentos perniciosos
durante as acções de transporte e carga.

Os cabos nas bobinas devem apresentar-se isentos de sujidade, partículas e demais depósitos
estranhos, devendo, ainda, estar livres de quaisquer excessos de óleo.

1.4.4 - Marcação nas bobinas

As bobinas de cabo devem ter uma etiqueta onde constem, de forma legível e durável as
seguintes indicações:

- nome de fabricante;

- material do cabo;

- secção nominal;

- comprimento do cabo;

- peso líquido e tara;

- marca com sigla REN;

- mês e ano de fabrico;

- número da bobina;

- identificação da encomenda da REN;

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- subestação da REN de destino;

- direcção de enrolamento aconselhada, em ambas as abas.

1.5 - Características das Barras de Cobre

1.5.1 - Dimensões

As barras deverão ter as seguintes dimensões:

- barra cobre 50 mm x 5 mm
- barra cobre 40 mm x 5 mm
- barra cobre 25 mm x 3 mm
- barra cobre 25 mm x 5 mm

1.5.2 - Comprimento de entrega

As barras devem ter (5 ou 3) metros de comprimento conforme especificado na consulta e serem


entregues em atados com cerca de 50 a 60 barras.

1.5.3 - Ensaios

Para a realização dos ensaios das barras de cobre deve seguir-se as normas Americanas ASTM-
E (que define os provetes) e a norma DIN 40 500 parte 3 para os ensaios eléctricos e
mecânicos.

Para a realização dos ensaios é válido o anteriormente especificado para os cabos.

Os ensaios a realizar são os seguintes:

- ensaios eléctricos - determinação da resistência linear


- ensaios mecânicos - determinação da tensão de rotura
- determinação de alongamento
- determinação da dureza.

Módulo de elasticidade E = 10 500 kg/mm2.

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1.5.4 - Embalagem para barras

Os atados de barras devidamente protegidos contra as intempéries (por exemplo com folhas de
plástico maleável) serão embalados em caixas ou grades de madeiras em bom estado.

As barras em atados devem apresentar-se isentos de sujidade, partículas e demais depósitos


estranhos, devendo, ainda, estar livres de quaisquer excessos de óleo.

1.5.5 - Marcação das embalagens

As caixas ou grades devem ter uma etiqueta onde constem, de forma legível e durável as
seguintes indicações:

- nome do fabricante:

- material da barra;

- comprimento das barras;

- número de barras;

- peso líquido e tara;

- marca com sigla REN;

- mês e ano de fabrico ;

- identificação da encomenda REN;

- subestação de destino.

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

ACESSÓRIOS PARA A REDE DE TERRAS

1 - Ligadores de Cruzamento Cabo/Cabo Tipo "C"

Os ligadores de cruzamento ou tipo "C" para interligar cabos de cobre cruzados ou justapostos,
serão em cobre electrolítico duro e deverão ter as dimensões adequadas para permitir o aperto de
dois cabos de cobre nas seguintes dimensões:

1.1 - Ligadores tipo "C1" para abraçar dois cabos de cobre c/150 mm2 de secção. Des. Nº GE/SB
25560-folha 1.

1.2 - Ligadores do tipo "C2" para abraçar dois cabos de cobre c/120 mm2 de secção. Des. Nº
GE/SB 25560-folha 2.

1.3 - Ligadores tipo "C3" para abraçar dois cabos de cobre, tendo um deles 150 mm2 e o segundo 35
mm2. Des. Nº GE/SB 225560-folha 3.

1.4 - Ligadores tipo "C4" para abraçar dois cabos de cobre, tendo um deles 120 mm2 e o segundo 35
mm2. Des. nº GE/SB 25560-folha 4.

2 - Ligadores de Interligação Cabo/Barra Tipo "H"

Estes ligadores serão em cobre electrolítico duro ou em bronze e destinam-se a fazer a interligação
entre dois cabos de cobre com 150 ou 120 mm2 de secção a uma barra de cobre de (50x5) mm ou
(40x5) mm. Este conjunto será fixado por meio de parafusos em aço inox a uma estrutura metálica
galvanizada, pelo que, cada ligador será fornecido com uma chapa bimetálica (cobre/alumínio) para
intercalar entre o ligador e a estrutura. Des. nº GE/SB 25560-folha 5.

O ligador "H-A" deverá possuir uma alheta de modo a permitir a ligação à terra das pinças em caso
de trabalhos. Des. GE/SB 25560-folha 6.

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3 - Ligadores de Fixação de Cabo Tipo "T1"

Estes ligadores serão em cobre electrolítico duro ou em bronze e destinam-se a fixar cabos de terra
de 120 ou 150 mm2 às estruturas metálicas.

O ligador será fixado à estrutura metálica galvanizada, por meio de um parafuso em aço inox, sendo
fornecida uma anilha bimetálica (cobre/alumínio) para intercalar entre o ligador e a estrutura. Des.
GE/SB 25560-folha 7.

4 - Ligadores de Interligação Cabo/Cabo Tipo "T2", "T3", "T3-A" e "T4"

Estes ligadores serão em cobre electrolítico duro ou em bronze e destinam-se a fazer a interligação
entre dois cabos de cobre com 120 ou 150 mm2 de rede de terra enterrada à rede de terra
superficial.

Este conjunto será fixado por meio de um parafuso em aço inox sendo fornecida uma anilha
bimetálica (cobre/alumínio) para intercalar entre o ligador e a estrutura.

O ligador "T3-A" deverá possuir uma alheta de modo a permitir a ligação à terra dos painéis em
caso de trabalhos. Des. GE/SB 25560-folhas 8, 9, 10 e 11.

5 - Ligadores de Fixação de Barra às Estruturas Tipo "B1" e "B2"

Estes ligadores serão em cobre electrolítico duro ou em bronze e destinam-se a fixar as barras de
cobre as estruturas metálicas, "B1", fixam barras de 50 x5 mm e "B2" fixam barras de 40 x5 mm.

O suporte será fixado à estrutura metálica galvanizada, por meio de um parafuso em aço inox, sendo
fornecida uma anilha bimetálica (cobre/alumínio) para intercalar entre o ligador e a estrutura. Des.
GE/SB 25560-folhas 12 e 13.

6 - Ligadores de União Cruzamento de Barra (cruzetas) Tipo "U1" e "U2"

Estes ligadores serão em cobre electrolítico duro ou em bronze e destinam-se a fazer a união ou
cruzamento de barras de cobre de 40x5 mm ou 50x5 mm sobre as estruturas metálicas. Des.
GE/SB 25560-folhas 14 e 15.

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7 - Ligadores Terminais de Cabos de Cobre Tipo "TE1", "TE2" e "TE3"

Estes ligadores terminais de cabo serão em cabo electrolítico duro ou em latão e destinam-se a fazer
ligações à terra de caixas de reagrupamento, quadros e vedações de recintos de equipamentos de
AT. Des. GE/SB 25560-FOLHAS 16, 17 e 18.

NOTA:

Todos os ligadores descritos deverão permitir a passagem da corrente curto-circuito de 31,5 ou 40


kA durante 1 s e 100 kA de crista, conforme as suas dimensões sem sofrerem deformação.

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

ACESSÓRIOS PARA AMARRAÇÃO DOS CABOS DE GUARDA

1 - INTRODUÇÃO

A presente especificação aplica-se aos acessórios para cadeias de isolado-res (amarração ou suspensão) e
amarrações de cabos de guarda, a empregar em subestações de alta tensão.

2 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO

Os acessórios serão adequados para instalação exterior, situação exposta, ao ar livre, sem qualquer
protecção especial e nas condições ambientais próprias do clima português.

Serão definidas caso a caso, em função da instalação a que se destinem, as seguintes condições
específicas:

- tensões nominais;
- intensidades e durações de correntes de curto-circuito;
- tipo ou grau de poluição da atmosfera.

3 - CARACTERÍSTICAS GERAIS

O fabrico dos acessórios, com materiais de primeira qualidade, deverá ser suficientemente cuidado, por
forma a evitar a existência de arestas vivas ou pontas, susceptíveis de provocar eflúvios e perturbações
radio-eléctricas.

As peças em contacto com os cabos condutores serão devidamente maquinadas, por forma a não os ferir.

Todos os acessórios devem ser acompanhados dos elementos necessários à sua montagem (eixos,
cavilhas, porcas, anilhas, golpilhas, pinças, etc...) devendo a concepção do acessório procurar minimizar o
número de peças empregues e facilitar a respectiva montagem.

Os acessórios deverão ainda ser concebidos de forma a apresentar grandes superficies de contacto entre
elementos contíguos com vista a diminuir a resistência eléctrica oferecida ao escoamento das correntes de
curto--circuito.

Todas as hastes de descarga deverão ser extensíveis e de tipo amovível.

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4 - MATERIAIS A EMPREGAR

Os materiais a empregar no fabrico dos acessórios deverão possuir caracte-rísticas mecânicas e eléctricas
adequadas às funções a desempenhar, devendo ainda apresentar uma grande estabilidade e elevada
resistência a corrosão atmosférica ou electrolítica.

As golpilhas serão de aço inox, A4 18/12 MO, segundo a norma DIN 4404, ou em liga de alumínio
especial.

Todas as peças ferrosas à excepção das de aço inox serão galvanizadas a quente. A galvanização será
efectuada em conformidade com as prescrições das normas ASTM, nomeadamente, A 153-73 e A
239-73.

5 - CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS

5.1 - Resistência à rotura

Todas as peças constituintes dos acessórios, deverão resistir mecânica e electromecânicamente a um


esforço não inferior a 150 kN quando destinadas às tensões de 60, 150 e 220 KV e a 300 KN quando
destinadas às tensões de 400 KV.

5 2 - Resistência ao deslizamento

As pinças de amarração dos condutores e dos cabos de guarda deverão poder suportar os cabos sem
deslizamento, supondo um esforço de tracção nestes cabos não inferior a 95% da carga de rotura teórica
dos condutores.

6 - CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS

Todos os acessórios deverão ser concebidos e dimensionados por forma a apresentar uma resistência
eléctrica de contacto o mais reduzida possível.

Nas cadeias de isoladores deverão utilizar-se tranças ou cabos de cobre estanhado de secção adequada,
com a finalidade de "shuntar'' os acessórios, que apresentam um contacto natural insuficiente para o
escoamento das correntes de curto-circuito.

6.1 - Resistência às correntes de curto-circuito (cadeias consideradas sem shunts)

Todos os acessórios constituintes das cadeias de isoladores, deverão ser dimensionados para poderem
suportar a intensidade e durações das correntes de curto-circuito especificadas para a instalação.

Os acessórios de protecção (hastes) tal como os seus suportes de fixação deverão ser concebidos e
dimensionados duma maneira particularmente robusta, por forma a assegurar uma protecção eficaz das
cadeias contra os efeitos dos arcos de potência.

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6.2 - Resistência às ondas de choque e a tensão à frequência industrial (50 Hz)

As tensões suportáveis a onda de choque normalizada 1,2/50 ms, a seco e as tensões suportáveis à
frequência industrial durante 1 minuto, sob chuva, serão as seguintes:

TENSÕES TENSÕES DE ENSAIO


NOMINAIS (kV)
(kV)
à onda de choque a 50 Hz, 1 minuto sob chuva
(valor de crista) (valor eficaz)

60 325 140
150 750 325
220 950 395
400 1425 ----

6.3 - Radio-interferências (RIV) e efeito de coroa (sobre cadeias completas)

Todos os acessórios serão concebidos e fabricados por forma a que a tensão à qual se possa observar
visualmente o desaparecimento de eflúvios eléctricos na escuridão e em condições atmosféricas normais,
não seja inferior a 1,15 Un/Ö3 kV, 50 Hz, entre fase e terra.

A tensão de radio-interferência para uma frequência aproximada de 1 MHZ (RIV), não deverá ser
superior a 500 mv para uma cadeia de suspensão ou de amarração, sob uma tensão aplicada de 1,15
Un/Ö3 kV, 50 Hz.

Estas características referem-se a cadeias completas, cada isolador terá uma gama RIV inferior a 30 mv
sob 10 kV a 50 Hz ou 1200 mv sob 20 kV.

7 - DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

Deverá ser considerada a obrigatoriedade de envio à REN, todas as indicações respeitantes às


dimensões principais, pesos características eléctricas e mecânicas dos diferentes acessórios, bem como
os planos de conjunto dos equipamentos propostos (desenhos das cadeias completas com indicação de
todos os acessórios).

O fabricante deverá ainda especificar as características e tipo de prensas hidráulicas e respectivas


matrizes a utilizar na compressão das pinças de amarração.

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Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO

Ligadores de Alta Tensão

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

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LIGADORES DE ALTA TENSÃO

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

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PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

LIGADORES DE ALTA TENSÃO

ÍNDICE

Pág.

1 - MONTAGEM E LIGAÇÃO LIGADORES DE ALTA TENSÃO

1.1 - Condições de fornecimento .....................................................................…................ 4

1.2 - Identificação dos ligadores de alta tensão ..................................................................... 4

1.3 - Condições de montagem ..............................................................................…........... 4

1.4 - Documentação ............................................................................................................ 5

ANEXOS

Mapa de Ligadores de Alta Tensão (identificação de ligadores em subestações da REN)

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1 - MONTAGEM E LIGAÇÃO DE LIGADORES DE ALTA TENSÃO

1.1 - Condições de fornecimento

Devem ser fornecidos todos os ligadores que permitam fazer as ligações de todos os tubos e
cabos de alumínio entre si e aos diversos equipamentos de A.T.

Os ligadores que serão instalados na subestação terão as características a seguir indicadas:

- constituição em liga de alumínio ou cobre.

- parafusos em aço inox.

Não é permitida a aplicação de ligadores de alumínio ou cobre em contacto com materiais


diferentes, caso seja necessário devem utilizar-se ligadores com lâminas bimetálicas.

Os pontos de ligação terão fixações sempre independentes.

A fixação e ligações serão por parafusos aplicados com chaves dinanométricas.

O Adjudicatário deverá estar equipado com um número suficiente de chaves dinamométricas, que
satisfaça as necessidades do trabalho.

1.2 - Identificação de Ligadores de Alta tensão

A montagem dos ligadores deve ser feita seguindo rigorosamente o plano de montagem de cada
painel e as referências dos ligadores, devem ser iguais às dos planos, caso contrário deve-se
seleccionar cuidadosamente os ligadores.

Os ligadores devem ter inscrito de forma bem visivel a sua referenciação e esta deve estar de
acordo com a codificação da REN.

Em anexo segue o Mapa de ligadores com a listagem completa de todos os ligadores codificados.

1.3 - Condições de montagem

O Adjudicatário deverá montar na extremidade dos cabos constituintes de cada ligação flexível,
os ligadores previstos para cada aplicação. Se o comprimento da ligação o exigir, serão colocados
espaçadores que garantam o afastamento dos cabos que constituem os feixes.

Os diversos ligadores serão aplicados pelo Adjudicatário nos pontos de ligação indicados nos
planos dos paineis. As aplicações de cada ligador devem ser discriminadas em tabela apresentada
em anexo aos planos.

Nos apertos mecanicos entre ligadores e aparelhagem, utilizar apenas parafusos de aço inox,
classe A4.

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Antes da montagem, as zonas de contacto da aparelhagem e dos ligadores, devem ser limpas ou
desengorduradas e deve aplicar-se massa de contacto do tipo Z1.

Os apertos binários deverão ser sempre indicados pelo fabricante dos ligadores. Em caso de não
existirem indicações, aplicar os valores das tabelas técnicas, para os parafusos em causa.

Todo o aperto executado sem chave dinamométrica dará lugar à inutilização do ligador, sendo da
responsabilidade do Adjudicatário a sua substituição.

As ligações rígidas em tubo, não poderão exercer sobre os seus apoios, outros esforços que não
sejam os devidos apenas ao seu peso próprio.

Antes da entrada em serviço, devem ser reapertados todos os ligadores com os respectivos
binários, com especial atenção às ligações ligador/cabo.

1.4 - Documentação

Deverá ser considerada a obrigatoriedade de envio à REN, para além da documentação


referida nas CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS (CTE), todas as indicações respeitantes
às dimensões principais, pesos características eléctricas e mecânicas dos diferentes ligadores,
bem como os respectivos planos.

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PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

LIGADORES DE ALTA TENSÃO

ÍNDICE

Pág.

1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7

2 - NORMAS ......................................................................................................................... 7

3 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO............................................................................................. 7

4 - MATERIAIS E LIGAS A EMPREGAR ........................................................................... 7

4.1 - Ligadores homogéneos de alumínio ..................................................................... 8

4.2 - Ligadores bimetálicos alumínio-cobre .................................................................. 8

4.3 - Parafusaria .......................................................................................................... 8

4.4 - Identificação ....................................................................................................... 8

4.5 - Tipos de ligadores interditos ............................................................................... 8

5 - DIMENSÕES E CARACTERÍSTICAS PARTICULARES .............................................. 9

6 - ENSAIOS ......................................................................................................................... 9

6.1- Condições Gerais ................................................................................................. 9

6.2 - Analise de metais e ligas ...................................................................................... 9

6.3 - Ensaios mecânicos de ligadores para cabos ......................................................... 9

6.4 - Ensaios mecânicos de ligadores para tubos ........................................................ 11

6.5 - Ensaio de aquecimento ...................................................................................... 11

6.6 - Ensaio de corrosão ............................................................................................ 13

6.7 - Ensaios de tipo .................................................................................................. 14

6.8 - Ensaios de recepção .......................................................................................... 14

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

1 - INTRODUÇÃO

A presente especificação aplica-se aos ligadores e respectivos acessórios, a empregar em subestações


de alta tensão.

2 - NORMAS

Todas as características dos ligadores, nomeadamente as referentes à resistência mecânica e eléctrica


das ligações, à qualidade dos contactos e à durabilidade mecânica dos condutores ligados, deverão
estar em conformidade com a norma NF C 66-800.

Serão também aplicáveis as publicações referidas na norma citada no seu anexo III.

Apresente especificação sobrepõe-se e substitui-se á norma referida em todos os casos de divergência.

3 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO

Os ligadores serão adequados para instalação exterior, situação exposta, ao ar livre sem qualquer
protecção especial e nas condições ambientais próprias do clima Português.

As tensões e intensidade de correntes nominais as intensidade e duração das correntes de curto-circuito


e as características de tubos e cabos a considerar são a definir caso a caso.

Em todos os casos o dimensionamento dos ligadores deve garantir que o seu aquecimento devido a
passagem da corrente não ultrapasse 85° C em regime permanente e 200° C em regime de
curto-circuito.

4 - MATERIAIS E LlGAS A EMPREGAR

Os metais e ligas a empregar no fabrico de ligadores devem ser de grande estabilidade, elevada
resistência à corrosão atmosférica ou electrolitica, muito baixa resistividade eléctrica, e de
características mecânicas compatíveis com as solicitações a que deverão responder.

A textura destes materiais deve ser perfeitamente homogénea, não apresentando falhas, fissuras ou
quaisquer outros defeitos.

Não e admissível o emprego de ligas de 2ª fusão.

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4.1- Ligadores homogéneos de liga de alumínio

Os ligadores destinados a elementos em liga de alumínio (tubos, cabos, bornes, etc.) devem ser
compostos exclusivamente por peças das seguintes ligas:

- AS7G tratado termicamente (estado Y23) ou não tratado (estado Y20), para as partes
submetidas a esforços mecânicos elevados;

- AGS para alguns ligadores com uniões de compressão;

- A5 para as laminas ou cabos de juntas flexíveis.

4.2 - Ligadores bimetálicos alumínio-cobre

A parte destes ligadores destinada a receber o condutor de liga de alumínio obedecerá ao


indicado em 4.1.
A parte destinada a receber o condutor de cobre devera ser de um dos tipos seguintes:

- cobre electrolítico;

- bronze B1;

- cupro-alumínio.

As duas partes do ligador serão ligadas por meio de uma junta plana constituída por duas-folhas,
unidas por laminagem a frio, uma de alumínio e outra de cobre.

A parafusaria de fixação desta junta será de aço inox, protegida por forma a evitar a corrosão
dos contactos, e incluíra anilhas elásticas.

A zona da junta bimetálica será protegida por pintura ou verniz resistente à intempérie e às
variações de temperatura.

4.3 - Parafusaria

Toda a parafusaria será em aço inox A4 18/12 MO, em conformidade com a norma DIN 4404.

4.4 - Identificação

Em todos os ligadores deverá ser inscrita a marca do fabricante e a designação ou referencia


identificadora do ligador, (código REN).

4.5 - Tipos de ligadores interditos

Não são admissíveis ligadores que não possam, ser desmontados após instalados (a excepção
das uniões de compressão), nem ligadores com uniões por aperto cónico.

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5 - DIMENSÕES E CARACTERÍSTICAS PARTICULARES

Planos de pormenor referentes a cada instalação indicarão a forma, função, dimensões das ligações e
sua fixação para os diversos ligadores a considerar.

Todos os ligadores destinados ao suporte de tubos de barramento deverão permitir um deslocamento


angular, num plano vertical, não inferior a + 6° em relação à horizontal.

6 - ENSAIOS

6.1 - Condições gerais

Todos os ensaios serão efectuados sobre ligadores novos e completos, equipados com troços de
condutores do tipo e características daqueles a que os ligadores se destinam. O comprimento dos
troços de condutor a empregar não deveram ser inferiores a 100 vezes o respectivo diâmetro,
com um mínimo de 1 m.

Os condutores devem ser novos e não poderão ser usados em mais que um ensaio.

6.2 - Analise de metais e ligas

Esta analise será efectuada em laboratório aprovado pela REN.

A composição dos metais e ligas deverá estar de acordo com o indicado em 4, não podendo as
taxas de impurezas ultrapassar os valores previstos nas normas respectivas.

6.3 - Ensaios mecânicos de ligadores para cabos

Serão efectuados ensaios de tracção estática e ensaios de flexão estática, em conformidade com
as disposições de ensaio e valores indicados nos quadros I e II.

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QUADRO I - Ensaio de tracção estática

VALOR EM % DA
TIPO DE LIGADOR PONTOS DE APLICAÇÃO DA FORÇA CARGA NOMINAL DE
ROTURA DO CABO

União terminal 50%


(limitado a 15*103 daN)
F F

F
União com derivação 10%

Placa-Cabo 10%
F F

QUADRO II - Ensaio de flexão estática

DISPOSIÇÕES DE MONTAGEM

F1
F2 F1
F2
F1
F2
F’2
F’2
F’1
F’1 F’2
F’1
125 mm
125 mm
125 mm

1º Ensaio: F1 = F’1 = F2 = F’2 = 400 daN 2º Ensaio: F1 = F’1 = F2 = F’2 ≥ 800 daN

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Nos ensaios de tracção a força será aplicada progressivamente até atingir o valor especificado
pelo Quadro I. Uma vez atingido este valor manter-se-á a aplicação do esforço durante um
minuto (1 min.), não devendo ocorrer rotura do ligador ou do cabo nem arranque deste.

O esforço será aplicado por uma máquina de tracção a cujas maxilas será fixado a extremidade
livre do cabo mediante dispositivo de amarração adequado.

Nos ensaios de flexão as deformações registadas para a força de 400 daN deverá manter-se
estritamente dentro do domínio elástico, enquanto as deformações correspondentes a força de
800 daN não deverão ser acompanhadas de quaisquer vestígios de rotura.

6.4 - Ensaios mecânicos de ligadores para tubos

Relativamente aos ligadores para tubos consideram-se três possibilidades de "modo de


funcionamento" (encastramento, apoio fixo e apoio móvel) a que correspondem diferentes
esquematizações de montagem para efeitos de ensaio, conforme se indica no Quadro III.

Em qualquer das montagens de ensaio o tubo deverá estar na horizontal, sendo o ligador
montado na mesma posição em que irá funcionar quando em serviço Nos ensaios
correspondentes às situações de apoio simples a montagem incluirá um outro apoio simples às
distancias indicadas no Quadro IV.

São igualmente indicados no Quadro IV os valores das forças estáticas ou alternadas a aplicar
nos ensaios.

6.5 - Ensaio de aquecimento

As intensidades de corrente a utilizar nos ensaios de aquecimento serão as intensidades


permanentes máximas admitidas pelos ligadores.

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QUADRO III - Ensaios mecânicos de ligadores para tubos

Encrastamento F1
B
F2

Apoio Fixo F3
B B
F2

= =

Apoio móvel T1 T2

F2

QUADRO IV - Parâmetros dos ensaios mecânicos de ligadores para tubos

Diâmetro dos tubos Exterior 250 200 180 140 120

Interior 238 188 168 124/130 110/104

F1 estática (daN) 550 350 280 200 130

F1 alternada (daN) 800 800 800 500 450

F2 (daN) 450 350 250 200 120

shunt 4000 A 70 - - - -
T1 e T2 (daN)
shunt 3150 A - 60 60 50 50
(valor máximo)
shunt 2000 A - - - 40 40

B (m) 2,5 2,0 2,0 1,5 1,5

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A montagem a utilizar para ensaio coincidirá com a real em instalação, devendo empregar-se
troços de cabo ou de tubo de comprimento não inferior a 100 vezes o diâmetro, com um minimo
de 2 m.

As placas de ligação serão aparafusadas a chapas de alumínio com um comprimento não inferior
a 500 mm e com as seguintes dimensões transversais (mm):

- ligadores para 3150 A e 4000 A : 125 x 40

- ligadores para 2000 A : 125 x 16

- ligadores para 800 A e 1250 A : 80 x 16

Os termopares a instalar, para medida das temperaturas, deverão respeitar as seguintes


condições:

- em cabos a temperatura de referência deve ser medida junto a alma central a uma
distância do ligador não inferior a 50 vezes o diâmetro do cabo;

- em tubos a temperatura será medida na parte superior a uma distância do ligador não
inferior a 1 m;

- no corpo do ligador a temperatura deverá ser medida no maior número de pontos


possível (nomeadamente nos pontos mais susceptíveis a aquecimento);

- nas partes maciças o contacto térmico deverá ser estabelecido enfiando a extremidade
num furo de diâmetro a medida deste e com 3 a 5 mm de profundidade.

A atmosfera do laboratório embora não devendo ser confinada não deverá apresentar correntes
de ar de velocidade superior a 1 cm/s.

A duração do ensaio será a suficiente para que as indicações de temperatura fornecidas pelos
termopares estabilizem não devendo em caso algum ser inferior a 1 hora.

Durante o ensaio nenhum ponto do ligador deverá atingir temperaturas superiores à temperatura
de referência dos condutores ligados.

6.6 - Ensaio de corrosão

Este ensaio apenas será efectuado para os ligadores bimetálicos,

Os ligadores a ensaiar serão colocados numa atmosfera de nevoeiro salino e temperatura


estabilizada a 20° C ± 2° C durante duas semanas. O nevoeiro salino será obtido por
pulverização de uma solução aquosa de cloreto de sódio e cloreto de magnésio na relação de 30
gr do primeiro e 6 gr do segundo por litro de água destilada.

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As peças a ensaiar não deverão ter contacto com as gotas da solução salina e a solução
proveniente da condensão do referido ''nevoeiro" não deverá ser reutilizada.

Após o ensaio, nem o ligador nem os troços dos condutores apertados pelo mesmo deverão
apresentar quaisquer zonas corroídas.

6.7 - Ensaios de tipo

Os ensaios de tipo a que serão submetidos os ligadores são indicados na normas - NF C 66-800
e igualmente referidos neste documento:

- verificação de dimensões;

- ensaio de tração;

- ensaio de flexão;

- ensaio de envelhecimento;

- ensaio de corrosão (só para ligadores bimetálicos);

- ensaio de perturbações radioeléctricas;

- análise de metais e ligas.

O número de ligadores a submeter aos ensaios de tipo é determinado do seguinte modo:

- 3 ligadores a submeter aos ensaios de tracção e de aquecimento, servindo igualmente


para a analise de metais;

- no caso dos ligadores bimetálicos serão submetidas ao ensaio de corrosão 3 unidades


distintas das exteriores.

6.8 - Ensaios de recepção

O número de ligadores a submeter ao ensaio de recepção é de 1% do total do fornecimento com


um mínimo de 2 unidades por lote (100 ou mais ligadores do mesmo modelo).

Será efectuada a analise de metais e ligas em 2 peças por lote.

Caso não se encontrem nas condições prescritas 2 ou mais peças de um lote este é recusado. Se
apenas uma das unidades não satisfaz os ensaios de recepção, estes são repetidos sobre uma
amostra dupla da primeira. Verificando-se completa satisfação dos ensaios o lote é aceite, caso
contrário será recusado em definitivo.

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Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO

Cabos em Liga de Alumínio

CONDIÇÕES TÉCNICAS-CT

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CONDIÇÕES TÉCNICAS

Cabos em Liga de Alumínio

ÍNDICE

Pág.

SECTOR 1 - CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS ........................................................................................................................ 3


1.1 - OBJECTIVO ...................................................................................................................................................................................3
1.2 - A CEITAÇÃO .................................................................................................................................................................................3
1.2.1 - Ensaios de Aceitação ...................................................................................................................................................... 3
1.2.2 - Sanção................................................................................................................................................................................ 3
1.3 - VERIFICAÇÃO À CHEGADA ........................................................................................................................................................4
1.4 - EXPERIÊNCIA DE FABRICO ........................................................................................................................................................4
1.5 - A MOSTRAS ...................................................................................................................................................................................5
1.6 - NORMAS........................................................................................................................................................................................5
1.7 - M ATERIAIS DEFEITUOSOS.........................................................................................................................................................5
1.8 - REQUISITOS COMPLEMENTARES DOS CABOS ........................................................................................................................6
1.8.1 - Objectivo............................................................................................................................................................................ 6
1.8.2 - Bobinas .............................................................................................................................................................................. 6
1.8.3 - Marcação nas bobinas.................................................................................................................................................... 7
1.8.4 - Tolerância nos comprimentos........................................................................................................................................ 7
1.9 - PLANO DE ENTREGA ...................................................................................................................................................................7
1.9.1 - Objectivo............................................................................................................................................................................ 7
1.9.2 - Quantidades Estimada e Final...................................................................................................................................... 8
1.9.3 - Comprimento por Bobina............................................................................................................................................... 8
SECTOR 2 - CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS .................................................................................................................. 9
2.1 - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS CABOS HOMOGÉNEOS EM LIGA DE A LUMÍNIO ...............................................................9
2.1.1 - Objectivo............................................................................................................................................................................ 9
2.1.2 - Características dos cabos.............................................................................................................................................. 9
2.2 - ENSAIOS DOS CABOS..................................................................................................................................................................13
2.2.1 - Objectivo..........................................................................................................................................................................13
2.2.2 - Ensaios.............................................................................................................................................................................13
2.2.3 - Procedimento de Ensaio...............................................................................................................................................14

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CONDIÇÕES TÉCNICAS

SECTOR 1 - CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS

1.1 - Objectivo

Esta secção define as Condições Técnicas Gerais a serem consideradas para o fornecimento de
cabos de liga de alumínio para as Subestações.

Além das Cláusulas constantes dos números seguintes integra este volume a Especificação Técnica
dos Cabos.

1.2 - Aceitação

1.2.1 - Ensaios de Aceitação

A aceitação do fornecimento de equipamento inclui:

- verificação de cabos ou acessórios após fabrico;

- execução de ensaios de rotina e ensaios em amostras;

poderá haver eventualmente repetição dos ensaios tipo a pedido da REN.

1.2.2 - Sanção

O fornecimento de todo o equipamento pode ser recusado se não cumprir os ensaios de aceitação.

No caso de um resultado de um dos ensaios, em amostra não ser satisfatório, um novo ensaio será
conduzido sob as seguintes condições:

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- Os ensaios especiais serão repetidos em novo conjunto de amostras com um comprimento
duplo da amostra inicial e serão escolhidos de todos os comprimentos de extrusão.

No caso dos resultados obtidos nos ensaios na segunda série de amostras ser satisfatório, o cabo
será aceite excluindo as partes dos comprimentos de extrusão que não forneceram bons resultados
durante os ensaios nas amostras.

No caso destes ensaios também se mostrarem insatisfatórios, o fabrico deve ser recusado.

No caso de um ensaio individual numa peça de cabo (bobina) não fornecerem resultados
satisfatórios essa peça de cabo será recusada.

No caso de resultados não satisfatórios em mais do que uma parte do mesmo comprimento de
extrusão este será recusado.

1.3 - Verificação à Chegada

Não obstante a aprovação provisória conduzida pelos Agentes de Aprovação, as mercadorias


serão verificadas nos nossos armazéns ou locais de destino de forma a que possa ser efectuada
uma inspecção a fim de verificar se houve perca ou dano durante o transporte.

No caso de haver mercadorias em falta ou qualquer dano nas mesmas, o fornecedor


providenciará, a despeito de responsabilidade do segurador, a substituição das mercadorias como
estabelecido na cláusula 1.5.

1.4 - Experiência de Fabrico

As propostas serão estudadas quando apresentadas por fabricantes que provem ter uma
experiência própria mínima de 3 anos no fabrico deste tipo de cabo e acessórios para níveis de
tensão semelhantes.

A prova de tal experiência será fornecida pelos fornecedores através (da apresentação9 de
listagem do equipamento já fabricado para tensões similares ou acima da requerida e a referência
terá de ser feita para cada cabo específico relativamente a:

- características (incluindo a tensão nominal e a máxima tensão de serviço);

- data de fabrico;

- comprador;
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- data da instalação;

- comprimento do cabo fornecido;

- tipos e quantidades dos acessórios.

1.5 - Amostras

A REN não estipula que as amostras serão enviadas com as propostas. Contudo, a REN reserva o
direito de requerer o envio de amostras de equipamento mencionadas pelo fornecedor durante o
período de estudo das propostas.

1.6 - Normas

O equipamento proposto, materiais usados e fabrico estarão de acordo com a última edição das
normas relevantes, especificadas nos documentos de proposta ou de acordo com as
correspondentes normas aceites internacionalmente que a REN possa considerar serem iguais ou
superiores às normas especificadas. Em todo o caso o empreiteiro deve informar a REN,
precisamente, de quais as normas de conformidade do equipamento, materiais ou fabrico.

Relativamente a todo o equipamento eléctrico, a menos que especificado noutro lado ou a menos
da aprovação de outra norma como estabelecido acima, todo o equipamento será conforme as
normas CEI correntes ou, onde tais normas não existam, a uma das normas ASA, BS e
VDE+DIN, como opção do concorrente ou a outras normas, que assegurem qualidade igual ou
mais elevada. Para as normas não escritas em português, o concorrente fornecerá cópias da
tradução inglesa.

Quando não existirem normas, como o caso de patentes de materiais especiais, todos esses
materiais e fabrico deverão ser da melhor qualidade, detalhe completo dos materiais e ensaios de
controlo de qualidade a que sejam sujeitos, deverão ser submetidos à REN na altura da proposta.

1.7 - Materiais Defeituosos

Para aplicação das cláusulas 1.3, 1.4, 1.5 e 1.8 assim como para as Responsabilidades
Garantidas, quando forem encontradas mercadorias defeituosas durante os ensaios de fabrico ou
durante inspecções no destino, a correspondente substituição será o comprimento completo da
bobina ou o conjunto completo de acessórios.

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1.8 - Requisitos Complementares dos Cabos

1.8.1 - Objectivo

Nesta secção estão listados requisitos complementares que o fornecimento deve cumprir.

1.8.2 - Bobinas

Os cabos devem ser embalados em bobinas não retornáveis e construídas com madeira de boa
qualidade. Não serão aceites na recepção bobinas em mau estado.

As bobinas devem conter aproximadamente 1 000 metros de cabo, correctamente enrolado em


madeira sólida com um diâmetro mínimo no núcleo de 700 mm.

Cada bobina deve possuir 2 abas circulares com um mínimo de 90 mm de espessura.

O diâmetro das abas deve ser suficiente para conter 1 000 metros de cabo, deixando uma margem
no mínimo de 75 mm após a última camada de cabo, e não deve exceder 1 200 metros.

O eixo da bobina deve possuir um orifício com cerca de 90 mm de diâmetro.

As superfícies das abas, em redor dos orifícios, devem ser reforçados com peças de ferro.

A largura de casa bobina, medida entre as superfícies internas das abas, não deve exceder 1 000
mm.

Cada bobina deve possuir protecção contra a intempérie (plástico ou outro, sobre o cabo) e
acções agressivas no transporte e cargas (ripas de madeira pregadas às abas, aglomerado ou
cartão canelado forte).

As camadas de cabo devem ser enroladas por forma a evitar fricções inconvenientes e as pontas
devidamente protegidas para garante da cableagem.

A primeira camada dos cabos deve ser fixada à aba para evitar desenrolamentos perniciosos
durante as acções de transporte e cargas.

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1.8.3 - Marcação nas bobinas

Cada bobina de cabo completo deve indicar de forma durável:

- número de bobina

- tipo de cabo

- comprimento de cabo

- peso líquido

- tara

- identificação da encomenda da REN

- nome do fabricante

- destino

- direcção de rolamento aconselhada, em ambas as abas.

1.8.4 - Tolerância nos comprimentos

A tolerância por bobina e no total é de ± 1%.

Em situações excepcionais, e após acordo da REN, pode a tolerância por bobina ser de + 5%.

1.9 - Plano de Entrega

1.9.1 - Objectivo

Nas Condições Especiais do Contrato são detalhadas as respectivas datas para entrega nas
Subestações de Canelas, Chafariz e Recarei.

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1.9.2 - Quantidades Estimada e Final

Os comprimentos totais de cabo e as quantidades totais de acessórios mencionadas no mapa de


preços são estimados.

Os valores final e correctos a ser fornecidos pelo empreiteiro serão afixados pela REN na data de
adjudicação do contrato ou numa data posterior a acordar com o fabricante.

Em qualquer caso, assume-se que estes valores finais não variarão em mais do que ± 10%
relativamente aos agora mencionados.

1.9.3 - Comprimento por Bobina

Os comprimentos por bobina serão definitivamente fixados pela REN na altura de acordo com o
que está estabelecido na cláusula 1.15.2 destas C.T.

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SECTOR 2 - CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

2.1 - Especificação Técnica dos Cabos Homogéneos em Liga de Alumínio

2.1.1 - Objectivo

Esta secção descreve as especificações técnicas que devem cumprir os cabos a fornecer.

São aplicáveis as normas NFC 34-125 e NFC 34-120.

2.1.2 - Características dos cabos

A - CABO "ASTER 1144"

1. Secção nominal - 1443,51 mm²

2. Composição - 91 x 4,00 mm

3. Características dos fios: (NF C34-125)

4. Sentido de cableagem da camada exterior:à esquerda.

NOTA: Os fios podem ser cablados quer seguindo a parte central da letra Z (à direita) quer se-
guindo a parte central da letra S (à esquerda), mas duas camadas sucessivas são sempre
cableadas em sentido inverso.

5. Diâmetro exterior do cabo: 44 mm

6. Carga de ruptura nominal do cabo: 36260 da N

7. Resistência eléctrica a 20°C: 0,0292 Ω/km

8. Massa do cabo: 3164 kg/km

9. Lubrificação do Cabo: através de uma massa neutra, quimicamente estável com as seguintes
características:
- peso específico: 0,902 g/cm3

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- ponto de gota: 200°C.

O cabo será lubrificado em todas as camadas exceptuando a última.

10. Cabo fornecido sem soldaduras

11. Módulo de elasticidade: 5250 kgf/mm²

12. Coeficiente de dilatação: 23 x 10-6 ok-1

13. Intensidade admissível em regime permanente: 2000 A

14. Aquecimento sob intensidade permanente: ∆ t = 58°C

15. Aquecimento sob corrente de curto-circuito de 40 kA (1 seg): ∆ t = 22°C.

B - CABO "ASTER 851"

1. Secção nominal - 850,66 mm²

2. Composição - 91 x 3,45 mm

3. Características dos fios: (NF C34-125)

4. Sentido de cableagem da camada exterior:à esquerda.

NOTA: Os fios podem ser cablados quer seguindo a parte central da letra Z (à direita) quer se-
guindo a parte central da letra S (à esquerda), mas duas camadas sucessivas são sempre
cableadas em sentido inverso.

5. Diâmetro exterior do cabo: 37,95 mm

6. Carga de ruptura nominal do cabo: 27390 da N

7. Resistência eléctrica a 20°C: 0,0391 Ω/km

8. Massa do cabo: 2354 kg/km

9. Lubrificação do Cabo: através de uma massa neutra, quimicamente es- tável com as seguintes
características:
- peso específico: 0,902 g/cm3
- ponto de gota: 200°C.

O cabo será lubrificado em todas as camadas exceptuando a última.

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10. Cabo fornecido sem soldaduras

11. Módulo de elasticidade: 5250 kgf/mm²

12. Coeficiente de dilatação: 23 x 10-6 ok-1

13. Intensidade admissível em regime permanente:1550 A

14. Aquecimento sob intensidade permanente: ∆ t = 50°C

15. Aquecimento sob corrente de curto-circuito de 40 kA (1 seg): ∆ t = 40°C.

C - CABO "ASTER 570"

1. Secção nominal - 570,22 mm²

2. Composição - 61 x 3,45 mm

3. Características dos fios: (NF C34-125)

4. Sentido de cableagem da camada exterior:à esquerda.

NOTA: Os fios podem ser cablados quer seguindo a parte central da letra Z (à direita) quer se-
guindo a parte central da letra S (à esquerda), mas duas camadas sucessivas são sempre
cableadas em sentido inverso.

5. Diâmetro exterior do cabo: 31,05 mm

6. Carga de ruptura nominal do cabo: 18360 da N

7. Resistência eléctrica a 20°C: 0,0583 Ω/km

8. Massa do cabo: 1574 kg/km

9. Lubrificação do Cabo: através de uma massa neutra, quimicamente es- tável com as seguintes
características:
- peso específico: 0,902 g/cm3
- ponto de gota: 200°C.

O cabo será lubrificado em todas as camadas exceptuando a última.

10. Cabo fornecido sem soldaduras

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11. Módulo de elasticidade: 5400 kgf/mm²

12. Coeficiente de dilatação: 23 x 10-6 ok-1

13. Intensidade admissível em regime permanente:1250 A

14. Aquecimento sob intensidade permanente: ∆ t = 53°C

15. Aquecimento sob corrente de curto-circuito de 40 kA (1 seg): ∆ t = 97°C.

16. Aquecimento sob corrente de curto-circuito de 31,5 kA (1 seg): ∆ t = 58°C.

D - CABO "GUINEA"

1. Designação - ACSR 130 (CEI 1089)

2. Composição - Total: 12 fios de alumínio de 2,92mm∅ + 7 fios de 2,92mm∅


Por camada: (1+6) fios de aço e 12 de alumínio .

3. Tipo de aço (Segundo Publicação CEI 888) - Regular stell

4. CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS

4.1 - Diâmetro do cabo: 14,6 mm


4.2 - Diâmetro da alma do aço: 8.76 mm
4.3 - Diâmetro do aluminio: 5.84 mm
4.4 - Peso do aço: 0.366 Kg/m
4.5 - Peso do alumínio: 0.222 Kg/m
4.6 - Peso do cabo sem massa neutra: 0.588 Kg/m
4.7 - Peso da massa neutra: de 8.16 a 11,65 g/m (9,905 v.m.)
4.8 - Secção real do cabo: 127,24 mm2
4.9 - Secção nominal do cabo: 130 mm2
4.10 - Secção do aço: 46.88 mm2
4.11 - Secção do alumínio: 80,36 mm2

5. CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS

5.1 - Carga mínima de rotura: 6646 daN


5.2 - Módulo de elasticidade final: 104.5x103 Mpa
5.3 - Coeficiente de dilatação térmica linear: 15,3x10-6/0C

6. CARACTERISTICAS ELÉCTRICAS

6.1 - Resistência Eléctrica Linear em C.C. e a 20 0C: 0.3594 Ω/Km


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2.2 - Ensaios dos Cabos

2.2.1 - Objectivo

Nesta secção listam-se os ensaios e condições de ensaio a que os cabos são sujeitos a fim de
serem aceites.

Os fabricantes devem indicar outros ensaios propostos para o cabo, nomeadamente Ensaios Tipo.

2.2.2 - Ensaios

2.2.2.1 - Ensaios tipo

2.2.2.1.1 - A oferta deve incluir como documentos bastante detalhados o Ensaio Tipo nos cabos a
serem fornecidos, nomeadamente condições de ensaio e resultados.

O fabricante fornecerá os certificados respectivos a pedido da REN.

2.2.2.1.2 - A REN reserva o direito de pedir, a qualquer momento, e a suas próprias expensas, que um
ou mais Ensaios Tipo seja repetido completa ou parcialmente.

2.2.2.1.3 - Os ensaios efectuados ou a efectuar deverão estar de acordo, com a NF C34-125.

2.2.2.2 - Ensaios de Recepção

2.2.2.2.1 - Ensaios efectuados antes da cableagem

- Aspecto exterior 
- Diâmetro nominal e tolerâncias f Pelo menos sobre
- Tensão de ruptura por tracção  30% das bobinas

- Alongamento mínimo depois da ruptura 


- Resistência às dobragens alternadas Pelo menos sobre
f
- Resistência eléctrica 10% das bobinas
- Carga de ruptura total (estimada) 

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2.2.2.2.2 - Ensaios para cabo acabado

- Verificação do aspecto exterior

- Verificação do sentido de cableagem

- Verificação da massa do cabo e da massa de lubrificação

- Controle da carga de ruptura

- Verificação da composição dos cabos.

2.2.3 - Procedimento de Ensaio

2.2.3.1 - Os ensaios de fábrica referidos nestas especificações ou propostos pelo fabricante serão
efectuados a expensas do fabricante.

2.2.3.2 - A REN reserva o direito de inspeccionar o cabo durante o fabrico, excepto quando os
procedimentos são de natureza confidencial.

2.2.3.3 - Alguns ensaios podem ser efectuados para informação da REN, a seu próprio pedido.

2.2.3.4 - Em situação de dúvida ou não clareza de definições, as condições para condução de tais
ensaios, e os seus resultados, deverão estar de acordo com as Publicações CEI 540 e 502 se
aplicáveis.

2.2.3.5 - As datas de realização dos ensaios devem ser acordadas entre a REN e o fabricante a fim de
evitar o máximo de deslocações para esse fim, e devem ser confirmados pelo fabricante pelo
menos 30 dias antes da execução.

2.2.3.6 - A REN reserva-se o direito de ser substituída ou acompanhada por alguém, na altura da
recepção do equipamento e para esse fim.

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Direcção de Equipamento e Sistemas

DEPARTAMENTO SUBESTAÇÕES

Acessórios de cadeias de isoladores

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

REN-003
F CTACI REV. A 99.03.09 1/6
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

ACESSÓRIOS DE CADEIAS DE ISOLADORES

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 3

2. CONDIÇÕES DE SERVIÇO 3

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS 3

4. MATERIAIS A EMPREGAR 4

5. CARACTERISTICAS MECÂNICAS 4

5.1 Resistência à rotura 4

5.2 Resistência ao deslizamento 4

6. CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS 5

6.1 Resistência às correntes de curto-circuito (cadeias consideradas sem shunts) 5

6.2 Resistência às ondas de choque e a tensão à frequência industrial (50 Hz) 5

6.3 Radio-interferências (RIV) e efeito de coroa (sobre cadeias completas) 6

7. CONDIÇÕES DE SERVIÇO 6

8. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA 6

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

1. INTRODUÇÃO

A presente especificação aplica-se aos acessórios para cadeias de isoladores (amarração ou suspensão) e
amarrações de cabos de guarda, a empregar em subestações de alta tensão.

2. CONDIÇÕES DE SERVIÇO

Os acessórios serão adequados para instalação exterior, situação exposta, ao ar livre, sem qualquer
protecção especial e nas condições ambientais próprias do clima português.

Serão definidas caso a caso, em função da instalação a que se destinem, as seguintes condições específicas:

- tensões nominais;
- intensidades e durações de correntes de curto-circuito;
- tipo ou grau de poluição da atmosfera.

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS

O fabrico dos acessórios, com materiais de primeira qualidade, deverá ser suficientemente cuidado, por
forma a evitar a existência de arestas vivas ou pontas, susceptíveis de provocar eflúvios e perturbações
radio-eléctricas.

As peças em contacto com os cabos condutores serão devidamente maquinadas, por forma a não os ferir.

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Todos os acessórios devem ser acompanhados dos elementos necessários à sua montagem (eixos, cavilhas,
porcas, anilhas, golpilhas, pinças, etc...) devendo a concepção do acessório procurar minimizar o número
de peças empregues e facilitar a respectiva montagem.

Os acessórios deverão ainda ser concebidos de forma a apresentar grandes superficies de contacto entre
elementos contíguos com vista a diminuir a resistência eléctrica oferecida ao escoamento das correntes de
curto--circuito.

Todas as hastes de descarga deverão ser extensíveis e de tipo amovível.

4. MATERIAIS A EMPREGAR

Os materiais a empregar no fabrico dos acessórios deverão possuir caracte-rísticas mecânicas e eléctricas
adequadas às funções a desempenhar, devendo ainda apresentar uma grande estabilidade e elevada
resistência a corrosão atmosférica ou electrolítica.

As golpilhas serão de aço inox, A4 18/12 MO, segundo a norma DIN 4404, ou em liga de alumínio
especial.

Todas as peças ferrosas à excepção das de aço inox serão galvanizadas a quente. A galvanização será
efectuada em conformidade com as prescrições das normas ASTM, nomeadamente, A 153-73 e A
239-73.

5. CARACTERISTICAS MECÂNICAS

5.1 Resistência à rotura

Todas as peças constituintes dos acessórios, deverão resistir mecânica e electromecânicamente a um


esforço não inferior a 150 kN quando destinadas às tensões de 60, 150 e 220 KV e a 300 KN quando
destinadas a tensões de 400 KV.

5.2 Resistência ao deslizamento

As pinças de amarração dos condutores e dos cabos de guarda deverão poder suportar os cabos sem
deslizamento, supondo um esforço de tracção nestes cabos não inferior a 95% da carga de rotura teórica
dos condutores.

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6. CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS

Todos os acessórios deverão ser concebidos e dimensionados por forma a apresentar uma resistência
eléctrica de contacto o mais reduzida possí-vel.

Nas cadeias de isoladores deverão utilizar-se tranças ou cabos de cobre estanhado de secção adequada,
com a finalidade de "shuntar'' os acessórios, que apresentam um contacto natural insuficiente para o
escoamento das correntes de curto-circuito.

6.1 Resistência às correntes de curto-circuito (cadeias consideradas sem shunts)

Todos os acessórios constituintes das cadeias de isoladores, deverão ser dimensionados para poderem
suportar as intensidades e durações das correntes de curto-circuito especifícadas para a instalação.

Os acessórios de protecção (hastes) tal como os seus suportes de fixação deverão ser concebidos e
dimensionados duma maneira particularmente robusta, por forma a assegurar uma protecção eficaz das
cadeias contra os efeitos dos arcos de potência.

6.2 Resistência às ondas de choque e a tensão à frequência industrial (50 Hz)

As tensões suportáveis a onda de choque normalizada 1,2/50 ms, a seco e as tensões suportáveis à
frequência industrial durante 1 minuto, sob chuva, serão as seguintes:

TENSÕES TENSÕES DE ENSAIO


NOMINAIS (kV)
(kV)
à onda de choque a 50 Hz, 1 minuto sob chuva
(valor de crista) (valor eficaz)

60 325 140
150 750 325
220 950 395
400 1425 ----

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6.3 Radio-interferências (RIV) e efeito de coroa (sobre cadeias completas)

Todos os acessórios serão concebidos e fabricados por forma a que a tensão à qual se possa observar
visualmente o desaparecimento de eflúvios eléctricos na escuridão e em condições atmosféricas normais,
não seja inferior a 1,15 Un/Ö3 kV, 50 Hz, entre fase e terra.

A tensão de radio-interferência para uma frequência aproximada de 1 MHZ (RIV), não deverá ser superior
a 500 mv para uma cadeia de suspensão ou de amarração, sob uma tensão aplicada de 1,15 Un/Ö3 kV,
50 Hz.

Estas características referem-se a cadeias completas, cada isolador terá uma gama RIV inferior a 30 mv
sob 10 kV a 50 Hz ou 1200 mv sob 20 kV.

7. CONDIÇÕES DE SERVIÇO

Todas as instalações estão situadas a uma altitude inferior a 1000 metros, com limites extremos de
temperatura de +40 °C e -5 °C e com grau de poluição muito forte.

O valor da corrente de curto circuito a considerar é de 40 kA durante 1 segundo, pelo que todo o material
será de Norma 20, correspondente à Publicação CEI 120.

8. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

Deverá ser considerada a obrigatoriedade de envio à REN, todas as indicações respeitantes às dimensões
principais, pesos características eléctricas e mecânicas dos diferentes acessórios, bem como os planos de
conjunto dos equipamentos propostos (desenhos das cadeias completas com indicação de todos os
acessórios).

O fabricante deverá ainda especificar as características e tipo de prensas hidráulicas e respectivas matrizes
a utilizar na compressão das pinças de amarração.

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Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO

Suportes Isolantes

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

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SUPORTES ISOLANTES

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

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PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

SUPORTES ISULANTES

ÍNDICE

Pág.

1 - MONTAGEM DE SUPORTES ISOLANTES

1.1 - Operações Preliminares.............................................................................................. 4

1.2 - Condições de Montagem.................. ........................................................................... 4

1.3 - Limpeza dos isoladores .......... ..................................................................................... 4

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1 - MONTAGEM DE SUPORTES ISOLANTES

1.1 - Operações Preliminares

O instalador deverá cumprir todas as regras de disciplina,segurança, higiene e saúde relativas ao


estaleiro e constantes no Plano de Segurança e Saúde.

1.2 - Condições de Montagem

O Adjudicatário deverá formar as colunas isolantes a partir dos diversos elementos, deverá montá-
las e regulá-las sobre as suas estruturas metálicas de suporte.

O Adjudicatário deverá prever os meios auxiliares de montagem, adequados às necessidades e


operações dos diversos isoladores.

1.3 - Limpeza dos isoladores

Antes da entrada em serviço da instalação, o Adjudicatário deverá proceder à limpeza de todos os


isoladores de AT instalados na subestação, para ampliação, sejam eles montados pelo presente
Adjudicatário ou não.

Esta operação não poderá ser realizada, utilizando meios abrasivos, para evitar riscar o vidrado das
porcelanas.

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PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

SUPORTES ISOLANTES

ÍNDICE

Pág.

1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3

2 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO ................................................................................................... 3

3 - NORMAS ................................................................................................................................. 3

4 - TENSÕES NOMINAIS E NÍVEIS DE ISOLAMENTO ........................................................ 4

5 - LINHA DE FUGA .................................................................................................................... 4

6 - CARGAS DE ROTURA .......................................................................................................... 5

7 - PARTICULARIDADES DE CONSTRUÇÃO ........................................................................ 5

8 - PROTECÇÃO DAS PARTES METÁLICAS ......................................................................... 6

9 - ENSAIOS .................................................................................................................................. 7

9.1 - Ensaios de tipo (CEI 168, artºs 7 a 22) .................................................................................... 7

9.2 - Ensaios sobre amostras (CEI 168, artºs 7 a 14 e 23 a 29) ......................................................... 7

9.3 - Ensaios individuais (CEI 168 artºs 7 a 22 e 30 a 34) ..................................................................7

10 - QUESTIONÁRIOS ................................................................................................................ 8

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CONDIÇÕES TÉCNICAS

1 - INTRODUÇÃO

Constitui objecto deste documento a definição das Condições Técnicas respeitantes a suportes isolantes
a instalar em subestações de alta tensão.

Pertence ao âmbito das CONDIÇÕES ESPECIAIS (CE) a definição ou modificação de quaisquer


condições específicas, nomeadamente, extensão de fornecimento, localização da instalação e
respectivas condições ambientais (altitude, temperaturas, poluição, etc.) e características dimensionais
ou outras consideradas de pormenorização.

2 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO

Os suportes isolantes serão adequados para instalação exterior, situação exposta, ao ar livre, sem
qualquer protecção especial e nas condições ambientais próprias do clima português.

O tipo ou grau de poluição da atmosfera a considerar é indicado nas CE.

3 - NORMAS

As normas a seguir indicadas cobrem todos os tipos de isoladores de cerâmica ou vidro para tensões
superiores a 1000 V habitualmente empregues em instalações da REN.

A aplicabilidade de cada uma delas ao presente concurso decorrerá naturalmente da extensão de


fornecimento definida nas CTE.

◊ CEI 168- (1988) - Ensaios de suportes isolantes de e MOD 1-(1982) interior e exterior, de
cerâmica ou vidro, destinados a instalações de tensão nominal superior a 1000 V.

◊ CEI 273 - (1990) - Dimensões dos suportes isolantes e elementos de suportes isolantes de
interior e exterior destinados a instalações de tensão nominal superior a 1000 V.

◊ CEI 437- (1973) -Ensaios de perturbações radioeléctricas de isoladores para alta tensão.

◊ CEI 506- (1975) - Ensaio ao choque de manobra de isoladores de alta tensão (redes de
tensão mais elevada >= 300 kV).

◊ CEI 507- (1991) -Ensaios sob poluição artificial de isoladores para alta tensão destinados a
redes de corrente alternada.

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◊ CEI 591- (1978)-Regras de constituição de amostras e de aceitação de um fornecimento
quando aplicada a análise estatística aos ensaios mecânicos e electromecânicos de isoladores
de cerâmica ou vidro destinados a linhas aéreas de tensão nominal superior a 1000 V.

4 - TENSÕES NOMINAIS E NÍVEIS DE ISOLAMENTO

As tensões nominais e níveis de isolamento a considerar são as indicadas no quadro seguinte:

TENSÕES DE ENSAIO (kV) TENSÕES NOMINAIS (kv)


400 220 150 60
50 Hz, 1min. (valor eficaz) *** 395 325 140
Onda de Choque Atmosférico (v. crista) 1425 950 750 325
Sobretensão de Manobra (v. crista) 1050 *** *** ***

5 - LINHA DE FUGA

O comprimento unitário da linha de fuga dos isoladores, expresso em cm/kV (valor eficaz da tensão
composta) não deverá ser inferior a:

a) locais de nível de poluição ligeiro/médio .......................................................... 2,0 cm/kV

b) locais de nível de poluição forte ......................................................................2,5 cm/kV

c) locais de nível de poluição muito forte ............................................................ 3,1 cm/kV

Na determinação do limite mínimo do comprimento total da linha de fuga deverá empregar-se o valor da
tensão mais elevada da rede, indicado no quadro seguinte:

Tensão Nominal (kV) 400 220 150 60


Tensão mais elevada (kV) 420 245 170 72,5

As instalações com nível de poluição forte obedecerão a regras a definir caso a caso, e a indicar nas
CE.

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6 - CARGAS DE ROTURA

As cargas de rotura a especificar para ensaios (flexão e torsão) respeitarão o estipulado no artº 4 da
publicação CEI 273 (1979) quanto a classes de resistência mecânica, bem como os valores indicados
nos quadros da secção III da mesma, em função da extensão do fornecimento.

As flechas apresentadas pelos suportes isolantes em função dos esforços aplicados no ensaio de flexão
deverão ser detalhadas na proposta.

7 - PARTICULARIDADES DE CONSTRUÇÃO

A porcelana será densa, homogénea, não porosa, e isenta de imperfeições susceptíveis de provocar
alterações das propriedades eléctricas ou mecânicas.

À excepção das partes metálicas todas as superfícies serão vidradas. O material cerâmico fundido a
empregar deverá ser corado de castanho e o processo empregue deverá garantir que a camada vidrada
seja uniforme, dura e impermeável à humidade.

As funções a prever nas ferragens da base e do topo dos suportes isolantes respeitarão as indicações da
publicação CEI 273, ou serão precisadas nas CE.

Nos casos em que os suportes isolantes sejam constítuidos por 2 ou mais colunas elementares, estas
deverão ser adequadamente etiquetadas por forma a identificar claramente o tipo de suporte a que se
destinam e qual a sua posição no mesmo.

8 - PROTECÇÃO DAS PARTES METÁLICAS

Os metais empregados para pequenas peças, como por exemplo a parafusaria, deverão ser estáveis e
inalteráveis por natureza ou devido a tratamento. Em particular, as peças em aço inoxidável deverão ser
cuidadosamente protegidas, seja por galvanização a quente, termoionização, cadmiagem, etc., enten-
dendo-se que o procedimento adoptado deverá ser tal que as peças tratadas satisfaçam aos controlos
de recepção adiante definidos.

Esta protecção será executada após fabrico e duma maneira particularmente cuidada para as partes
torneadas, de forma a que elas possam ser montadas facilmente e sem folgas ou com folgas diminutas
(caso da galvanização).

O controlo de recepção será efectuado sobre 1% do número de peças do mesmo modelo que
compreendem o fornecimento (ou no mínimo sobre 2 peças). As peças seleccionadas serão submetidas,
a cargo do Construtor, aos controlos seguintes executados por entidades a acordar com a REN:

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⇒ Controlo de aspecto:

as peças deverão apresentar um aspecto uniforme e estarem isentas de manchas,


queimaduras, irregularidades e partes desnudadas;

⇒ Controlo de aderência do depósito:

segundo a norma AFNOR A.91.102 ou equivalente;

⇒ Controlo de continuidade do depósito e de porosidade:

efectuado por meios químicos (ferrocianeto, ensaio BAUMANN) ou por meios mecânicos
(cortes e micrografias).

Os relatórios emitidos pela entidade de controlo serão enviados à REN.

Se todas as peças satisfizerem as condições prescritas o lote será aceite. Caso alguma das condições
não tenha sido satisfeita o lote poderá ser definitivamente rejeitado.

9 - ENSAIOS

Os ensaios a considerar, indicam-se nas alíneas seguintes referenciando-se as publicações CEI


aplicáveis à definição das condições em que os mesmos devem ser realizados.

9.1 -Ensaios de tipo (CEI 168, artºs 7 a 22; CEI 437; CEI 507)

⇒ Ensaio à onda de choque atmosférico, 1.2/50 ms, polaridades positiva e negativa, a seco;

⇒ Ensaio à frequência industrial, sob chuva;

⇒ Ensaio à onda de choque de manobra, sob chuva;

⇒ Ensaio de robustez mecânica;

⇒ Ensaio de perturbações radioeléctricas;

⇒ Ensaio sob poluição artificial.

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9.2 -Ensaios sobre amostras (CEI 168, artºs 7 a 14 e 23 a 29)

Verificação de dimensões;

⇒ Ensaio de resistência a variações bruscas de temperatura;

⇒ Ensaio de robustez mecânica;

⇒ Ensaio de perfuração (apenas para isoladores da classe B);

⇒ Verificação de ausência de porosidade;

⇒ Verificação da qualidade de galvanização.

9.3 -Ensaios individuais (CEI 168 artºs 7 a 22 e 30 a 34)

⇒ Ensaio individual de choque térmico (apenas para isoladores de vidro);

⇒ Exame do aspecto exterior;

⇒ Ensaio mecânico de rotina;

⇒ Ensaio eléctrico de rotina.

10 - QUESTIONÁRIOS

O concorrente deverá preencher os questionários anexos, remetendo juntamente com a proposta um


questionário por cada tipo de isolador proposto.

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Direcção de Equipamento e Sistemas

DEPARTAMENTO SUBESTAÇÕES

Suportes Isolantes

QUESTIONÁRIO

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SUPORTES ISOLANTES

= QUESTIONÁRIO =

1. Tipo

2. Altura (mm)

3. Cargas de Rotura

flexão (daN)

torsão (daN.m)

tracção (daN)

compressão (daN)

momento flector à cabeça (daN.m)

4. Carga permanente admissível à flexão (daN)

5. Carga máxima admissível à flexão em curta duração (daN)


(curto-circuito)
6. Linha de fuga

total (mm)

protegida a 45o (mm)

protegida a 90o (mm)

7. Comprimento de arco seco

sem aneis (mm)

com aneis (mm)

8. Tensões de ensaio ao choque 1,2/50 µs 50% 0%

onda positiva (kV)

onda negativa (kV)

9. Resistência ao choque 1,2/50 µs


(garantia CEI) - 0%

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onda positiva (kV)

onda negativa (kV)

10. Tensão de ensaio à onda de manobra

11. Tensões de ensaio a 50 Hz

contornamento a seco (kV)

contornamento sob chuva (kV)

resistência a seco (kV)

resistência sob chuva (kV)

12. Nível de resistência a 50 Hz (garantia CEI)

a seco (kV)

sob chuva (kV)

13. Fixações

cabeça

base

14. Número de colunas elementares

15. Pesos

Pesos separados dos diversos elementos (kg)

Peso líquido (kg)

16. Cor

17. Protecção contra corrosão

tipo

espessura (µ)

18. Flecha em função de carga de flexão (daN) (mm)

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Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO

TUBOS DE ALUMÍNIO

CONDIÇÕES TÉCNICAS - CT

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TUBOS EM LIGA DE ALUMÍNIO

CONDIÇÕES TÉCNICAS

PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

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PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICA DE MONTAGEM

TUBOS EM LIGA DE ALUMÍNIO

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ÍNDICE

Pág.

1. MONTAGEM DE TUBOS DE ALUMÍNIO............................................................................................................................. 5


1.1 - OPERAÇÕES PRELIMINARES....................................................................................................................................................5
1.2 - CONDIÇÕES DE MONTAGEM ...................................................................................................................................................5
1.3 - DIVERSOS....................................................................................................................................................................................6
2. DOCUMENTAÇÃO .................................................................................................................................................................... 6
2.1 - DOCUMENTAÇÃO A FORNECER PELO INSTALADOR ..........................................................................................................6

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1. MONTAGEM DE TUBOS DE ALUMÍNIO

1.1 - Operações Preliminares

O instalador deverá cumprir as regras de disciplina, segurança, higiene e saúde relativas ao


estaleiro e constantes no Plano de Segurança e Saúde.

Os tubos chegarão à obra em atados, sobre camião. A descarga arrumação e manutenção será
por conta do instalador.

No transporte, descarga e arrumação dos tubos em obra deverão ser tomadas todas as
precauções, devendo ser utilizados para o efeito meios de manuseamento e transporte
adequados de modo a evitar a sua deterioração. Sempre que se detectem tubos deteriorados
por deficiência nas operações descritas o instalador procederá à sua substituição.

À chegada à obra os tubos serão submetidos a controlo visual de modo a detectar eventuais
defeitos. O instalador, em colaboração com a Fiscalização da REN, verificará a conformidade
dos tubos com o previsto na encomenda.

Estes tubos terão um tratamento de regularização da superfície exterior a cargo do Instalador.

1.2 - Condições de montagem

REN colocará à disposição do instalador, a documentação e planos base necesários à realização


das suas actividades.

A documentação fornecida, tem como objectivo permitir ao instalador tomar conhecimento de


forma clara sobre a instalação pretendida e as principais características dos equipamentos a
instalar.

O instalador deverá possuir dispositivos de elevação e ferramentas adequadas às tarefas a


executar.

Considerando os grandes comprimentos dos tubos a montar, o instalador deverá tomar todas as
precauções para evitar solicitações mecânicas extraordinárias aquando da sua elevação e
colocação no local.

O instalador deverá corrigir os comprimentos dos tubos postos à sua disposição, de acordo com
as distâncias reais existentes entre os diversos equipamentos de AT que os suportarão.

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O instalador deverá regularizar a superfície exterior dos vários tubos a serem montados, tendo
em vista a eliminação de qualquer depósito de sujidade, oxido ou impureza eventualmente
existente.

Para evitar eventuais vibrações provocadas pelo vento, o instalador deverá colocar um ou dois
cabos do tipo Zambeze no interior dos tubos de barramentos.

Nas extremidades livres dos diversos tubos serão colocados tampões anti-eflúvios.

1.3 - Diversos

A instalação será entregue à REN pronta a ser submetida a verificações que serão realizadas pela
REN em colaboração com o instalador.

O instalador removerá das instalações da REN, e tratará de acordo com a legislação vigente,
todos os desperdícios, lixos e materiais sobrantes.

2. DOCUMENTAÇÃO

2.1 - Documentação a Fornecer pelo Instalador

O instalador deverá actualizar os desenhos fornecidos pela REN e que sofram qualquer alteração
no decorrer da realização dos trabalhos.

Desenhos, relativos à realização das suas actividades.

Certificados de inspecção e calibração dos equipamentos utilizados na montagem.

Planos de Inspecção e Ensaios e documentação dos ensaios efectuados em obra.

O instalador deve identificar todos os desenhos por si efectuados, com legenda cujo formato a
REN indicará e com numeração também fornecida pela REN.

O instalador deverá enviar à REN listas com os nomes e formatos dos desenhos, aos quais a
REN atribuirá os números que o instalador deverá inscrever no local respectivo.

De cada desenho deverão ser fornecidas

- 3 cópias normais

- Disket 3”1/2 com os desenhos em Autocad 12-DWG.

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PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

TUBOS EM LIGA DE ALUMÍNIO

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ÍNDICE

Pág.

1. MONTAGEM DE TUBOS DE ALUMÍNIO............................................................................................................................. 5


1.1 - OPERAÇÕES PRELIMINARES....................................................................................................................................................5
1.2 - CONDIÇÕES DE MONTAGEM ...................................................................................................................................................5
1.3 - DIVERSOS....................................................................................................................................................................................6
2. DOCUMENTAÇÃO .................................................................................................................................................................... 6
2.1 - DOCUMENTAÇÃO A FORNECER PELO INSTALADOR ..........................................................................................................6
1 - OBJECTO ................................................................................................................................................................................... 9

2 - ÂMBITO DO FORNECIMENTO ............................................................................................................................................ 9

3 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DA INSTALAÇÃO ........................................................................................................... 9


3.1 - ZONA DOS 400 KV.....................................................................................................................................................................9
3.2 - ZONA DOS 220 KV.....................................................................................................................................................................9
3.3 - ZONA DOS 150 KV...................................................................................................................................................................10
3.4 - ZONA DOS 60 KV.....................................................................................................................................................................10
3.5 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO ........................................................................................................................................................10
3.6 - TUBOS .......................................................................................................................................................................................10
4 - LIGAS DE ALUMÍNIO UTILIZADAS ..................................................................................................................................11

5 - CARACTERÍSTICAS DOS TUBOS ....................................................................................................................................12

6 - NORMAS E ENSAIOS............................................................................................................................................................12

7 - QUESTIONÁRIO .....................................................................................................................................................................13

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1 - OBJECTO

Esta especificação define as Condições Técnicas a considerar para o fornecimento de tubos em


liga de alumínio destinados às instalações de 400, 220, 150 e 60 kV da REN - Rede Eléctrica
Nacional.

2 - ÂMBITO DO FORNECIMENTO

As quantidades, os comprimentos e os diâmetros exterior/interior dos tubos, são os indicados no


anexo I e mapas de preços das Condições Especiais.

3 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DA INSTALAÇÃO

3.1 - Zona dos 400 kV

Jogos de barras: B1, B2 e B3 ..................................................................................... In = 4000 A

Painel interbarras ...................................................................................................... In = 3150 A

Painéis de linha ......................................................................................................... In = 2000 A

Painéis do transformador .......................................................................................... In = 2000 A

3.2 - Zona dos 220 kV

Jogos de barras: B1, B2 e B3 ..................................................................................... In = 3150 A

Painéis de linha ........................................................................................................ In = 2000 A

Painéis de transformador .......................................................................................... In = 2000 A

Painel interbarras ..................................................................................................... In = 2000 A

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3.3 - Zona dos 150 kV

Jogos de barras ........................................................................................................ In = 3150 A

Painéis ..................................................................................................................... In = 2000 A

3.4 - Zona dos 60 kV

Jogos de barras ........................................................................................................ In = 3150 A

Painéis ...................................................................................................................... In = 1250 A

3.5 - Condições de serviço

Os tubos serão instalados no exterior, numa atmosfera de poluição média, e em serviço poderão
suportar as seguintes condições:

• tensões mais elevadas 420/245/170/72,5 kV

• corrente de curto-circuito (durante 1 seg.) 420 kV e


220 kV 40 kA

• corrente de curto-circuito (durante 1 seg.) restantes


tensões
31,5 kA

• temperatura dos tubos em regime nominal


90°C

• temperatura dos tubos em regime de curto-circuito


200°C

3.6 - Tubos

Os tubos para utilização nos barramentos e travessias, são em liga de alumínio com os diâmetros
externo/interno a seguir especificados:

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400 kV

• Barramentos ....................................................................................................... 250/234 mm

• Painel interbarras ................................................................................................ 140/124 mm

• Restantes painéis ................................................................................................... 140/130 mm

220 kV

• Barramentos ......................................................................................................... 200/188 mm

• Painel interbarras ................................................................................................ 120/100 mm

• Restantes Painéis .................................................................................................. 120/110 mm

150 kV

• Barramentos ......................................................................................................... 120/100 mm

• Painéis 80/70 mm

60 kV

• Barramentos ........................................................................................................ 120/100 mm

• Painéis 80/70 mm

4 - LIGAS DE ALUMÍNIO UTILIZADAS

As ligas de alumínio utilizadas no fabrico dos tubos serão:

- E Al Mg Si, segundo norma DIN 1725.

F-CT TLA REV. A 99.02.22 11/15


5 - CARACTERÍSTICAS DOS TUBOS

A fim de obter um contacto perfeito entre o tubo de alumínio e o ligador de alta tensão, as
superfícies de contacto dos tubos devem ser uniformes.

Os tubos terão as características seguintes:

- perfil exterior: redondo

- perfil interior: redondo

- composição segundo a norma DIN 1725

- características mecânicas segundo as normas DIN 40501

- características eléctricas segundo as normas DIN 40501

- tolerâncias segundo a norma DIN 9107

O construtor deve fornecer todos os elementos técnicos necessários a uma boa e correcta
montagem dos tubos.

6 - NORMAS E ENSAIOS

Este documento estabelece as regras respeitantes à construção dos tubos em liga de alumínio para
as ligações em alta tensão da subestação.

Os tubos devem obedecer às regras das normas DIN ou VSM aplicáveis.

O construtor deve indicar a referência de todas as normas utilizadas na construção dos tubos.

Os tubos serão submetidos aos ensaios mencionados nas normas de referência a precisar pelo
construtor e compreenderão no mínimo os ensaios seguintes:

• recepção em fábrica: - concordância métrica


- controlo de flecha
- exame do aspecto exterior

• ensaios de tipo: - ensaio de têmpera


- ensaio de revenido
- ensaio de resistência à flexão alternada

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- controlo de liga
- comportamento sob corrente nominal
- comportamento ao aquecimento

A recepção será efectuada de acordo com a norma DIN 50049

Todos os ensaios são a cargo do fornecedor.

7 - QUESTIONÁRIO

O construtor deve preencher o questionário seguinte para cada um dos tipos de tubo:

• Liga (símbolo DIN 1725)..........................................


• Composição química:
- Si ........................................................................
(%):

- Fe .......................................................................
(%):

- Cu .......................................................................
(%):

- Mn ......................................................................
(%):

- Mg ..................................................................... (%):

- Cr .......................................................................
(%):

- Zn ...................................................................... (%):

- Ti ....................................................................... (%):

- outros ................................................................ (%):

• Características físicas:
- peso específico ............................................. (g.cm-3):

- módulo de elasticidade ............................... (N.mm-2):

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- coeficiente de dilatação térmica
linear (20-100°C) ...........................................(K -1):

- condutibilidade térmica ........................ (W.cm- 1.K-1):

- condutibilidade eléctrica
específica (20°C) ............................. (W.W--1.mm-2):

- resistividade eléctrica
específica(20°C)....................................(W.mm-2.m):

- intervalo de fusão ................................................(°C):

• Características tecnológicas:
- estado
........................................................................:

- raio mínimo de dobragem ................................ (mm) :

- resiliência........................................................(J.cm-2)
:

- limite de fadiga para 107 alternâncias

- esforços alternados .............. (N.mm-2) :

- flexões alternadas ................ (N.mm-2) :

- tracções repetidas ................ (N.mm-2) :

• Características mecânicas:
- carga de rotura ............................................ (N.mm-2)
:

- limite de elasticidade .................................... (N.mm-2)


:

- alongamento .........................................................(%)
:

- dureza Brinell ....................................................(HB) :

• Pesos dos tubos.......................................... (kg.m-1) :


• Pesos dos tubos ......................................... (kg.m-1) :

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• Corrente nominal admissível em regime
nominal (Norma DIN 43670) .............................A) :

• Corrente máxima admissível em regime de


curto-circuito (Norma VDE 0103.5.74) ...........(A) :

F-CT TLA REV. A 99.02.22 15/15


Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO

Cabos Eléctricos de Baixa Tensão

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)


F-CTCB REV. C 99.03.05 MARÇO/99
CABOS ELÉCTRICOS DE BAIXA TENSÃO

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

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PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

CABOS ELÉCTRICOS DE TENSÃO NOMINAL 0,6/1 kV

ÍNDICE

Pág.

1 - MONTAGEM E LIGAÇÃO DE CABOS B.T.

1.1 - Colocação dos cabos ......................................................…............................. 4

1.2 - Identificação dos cabos e condutores .................................................................. 4

1.3 - Ligações da blindagem à terra ............................................................................ 5

1.4 - Diversos ..................................................................…................................. 5

1.5 - Acessórios de montagem .................................................................................... 6

ANEXOS

Des. GE/SB 24945 - Identificação de Cabos e Condutores em subestações da REN

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1 - MONTAGEM E LIGAÇÃO DE CABOS B.T.

1.1 - Colocação dos cabos

Todos os cabos isolados serão instalados em caleiras, em percursos horizontais ao longo do


parque exterior da subestação, fixados às estruturas de suporte de seccionadores e
transformadores de medição, aos espaldares junto aos transformadores de potência ou
serão apoiados no solo no interior dos edifícios - sob chão falso.

A passagem dos cabos deve ser realizada sempre em conformidade com as listas de
aplicação de cabos de cada painel e, os aparelhos no parque exterior identificados
provisóriamente, também em conformidade com as listas de aplicações.

Antes da passagem dos cabos no exterior, serão identificadas e limpas as caleiras. Nos
edifícios técnicos deverá ser traçado com rigor a passagem dos cabos, em relação à
posição dos armários dos sistemas de comando e controlo e protecção.

Os cabos deverão ser cortados com comprimentos ligeiramente em excesso, mas não tanto
que fiquem sobras. Os cabos dos serviços auxiliares de maiores secções deverão ficar com
um comprimento ligeiramente maior, para se necessário, fazer pontas novas ao longo do
tempo.

Os cabos deverão ser fixados em calhas perfuradas, por braçadeiras constituídas em


material inalterável, sempre que o seu percurso seja vertical, nomeadamente nas estruturas
metálicas ou espaldares mencionados anteriormente.

As pontas dos cabos, serão munidas de bucins, nas passagens ao interior de qualquer
armário de reagrupamento da aparelhagem de alta tensão ou transformadores.

Todos os cabos terão a sua blindagem ligada à terra em ambos as extremidades. Adiante
descreve-se a forma de ligação pretendida.

Os troços de cabo que passam fora das caleiras deverão ser protegidos mecanicamente
segundo as suas caractrísticas, os traçados serão identificados com faixas próprias e
sinalizados nas plantas das caleiras e/ou drenagens, para localização em futuras obras.

Quando um troço de caleira tiver no seu interior todos os cabos previstos, este deve ser
imediatamente coberto com as respectivas tampas. Estas tampas, têm dimensões
aproximadas a 400 x 250 x 50 mm com peso unitário de cerca de 10 kg.

Após a conclusão de todos os trabalhos, as caleiras deverão ter todas as suas tampas
colocadas nos lugares previstos.

1.2 - Identificação dos cabos e condutores

Antes do lançamento do cabo na caleira a 1ª ponta deve ser logo identificada


provisóriamente com o nº do painel e respectivo cabo, sendo a 2ª ponta identificada após o
cabo ser cortado. Não é permitida a passagem de cabos sem identificação provisória.

F-CTCB REV. C 99.03.05 4/23


Todos os cabos deverão ser identificados nas duas extremidades, por etiquetas idênticas às
instaladas na fase inicial. Essas etiquetas indicarão o número do cabo, o tipo de cabo, a
função, e a sua origem ou destino.

Esta identificação deverá ser instalada em sítios rectilíneos do cabo.

Todos os condutores utilizados deverão ser identificados nas extremidades. Essa


identificação, feita por mangas numeradas em material plástico, deverá indicar o número do
borne onde é ligado.

Em anexo, é apresentado um desenho representativo da forma de identificação de cabos e


condutores pretendida (Des. GE/SB 24945)

1.3 - Ligações da blindagem à terra

A colocação à terra da blindagem ou écran contra perturbações electromagnéticas será


realizada por soldadura de um condutor de cobre FV com isolamento amarelo/verde sobre
o écran em cobre. A secção do condutor é no mínimo de 6 mm².

As extremidades serão fixas mecânicamente, quer por bucins no parque exterior, quer por
barras metálicas, nos quadros dos edifícios técnicos.

Após as operações preliminares de preparação do cabo, é necessário seguir os seguintes


procedimentos:

- retirar a bainha exterior de protecção em policloreto de vinilo e desnudar


cerca de 20 a 30 mm de blindagem;

- limpar a parte de blindagem desnudada com desperdício de algodão


embebido em solvente e limpar novamente com outro seco;

- escovar energicamente a blindagem na zona prevista para a soldadura;

- estanhar a blindagem de cobre na zona prevista para a soldadura.

A liga utilizada para a soldadura deverá ser constituída de forma habitualmente usada para
ligações eléctricas (60% de estanho e 40% de chumbo). Deve-se utilizar fio oco preen-
chido com resina autodecapante.

As soldaduras e estanhagens na blindagem em cobre devem ser rápidas de forma a evitar


riscos de fusão de isolamento dos condutores. A potência do ferro de soldar deve ser
adaptada ao tipo de trabalho e não deve ser inferior a 200 W. A utilização de maçaricos é
proibida.

1.4 - Diversos

As pontas dos cabos serão cuidadosamente tratadas e receberão uma manga que cobrirá
convenientemente as diversas camadas que constituem o cabo.

As bobines dos cabos deverão ser manuseadas com equipamento apropriado e os cabos
desenrolados no sentido indicado nas bobines.

F-CTCB REV. C 99.03.05 5/23


Os condutores não utilizados dos cabos, não deverão ser cortados à face da ponta, mas
deixados livres, com comprimento suficiente para permitir a sua eventual ligação posterior.
Estes condutores serão agrupados em feixe, independentemente do seu número e serão
fixados no interior do armário ou caixa onde é ligado o cabo respectivo.

Após o lançamento dos diversos cabos, o Adjudicatário deverá enrolar novamente nas
respectivas bobinas todas as pontas não utilizadas. No caso de pontas de reduzido
comprimento, estas devem ser retiradas das bobines por forma a libertar a bobine do cabo
para respectiva devolução.

Deverá ser feito o registo da quantidade de cabo realmente utilizado, nas várias aplicações,
que será entregue à REN.

1.5 - Acessórios de montagem

O Adjudicatário deverá prever e fornecer todos os acessórios necessários à boa execução


dos trabalhos de colocação, ligação e identificação da totalidade dos cabos a instalar na
subestação, nomeadamente (sem carácter limitativo):

- placas de identificação dos cabos;

- braçadeiras para a sua fixação;

- mangas para protecção das suas pontas

- mangas para identificação dos condutores

- ponteiras metálicas para os condutores multifilares dos cabos de comando,


sinalização e medida;

- terminais concêntricos para cabos de potência;

- bucins

- parafusaria diversa;

- condutor FV 1x6 mm² para ligação à terra das blindagens dos cabos isolados,
com isolamento verde amarelo.

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PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

CABOS ELÉCTRICOS DE TENSÃO NOMINAL 0,6/1 kV

ÍNDICE

Pág.

1 - DOMÍNIO DE APLICAÇÃO ......................................................................................... 9

2 - CONSTITUIÇÃO E CARACTERÍSTICAS ................................................................... 9

2.1 - Alma condutora ................................................................................................ 9

2.2 - Isolamento ...................................................................................................... 10

2.3 - Baínha de revestimento interno ....................................................................... 10

2.4 - Blindagem ...................................................................................................... 10

2.5 - Baínha exterior de protecção .......................................................................... 11

3 - CARACTERÍSTICAS DO CABO ACABADO ............................................................ 11

3.1 - Ensaio de tensão ............................................................................................ 11

3.2 - Resistência do isolamento ............................................................................... 11

3.3 - Ensaio de enrolamento .................................................................................... 12

3.4 - Medida da impedância de transferência .......................................................... 13

3.5 - Ensaio de resistência de propagação da chama ................................................ 13

3.6 - Identificação ................................................................................................... 13

3.7 - Marcação ........................................................................................................ 14

3.8 - Designação ..................................................................................................... 14

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4 - ENSAIOS RECEPÇÃO ............................................................................................... 14

4.1 - Classificação dos ensaios ................................................................................ 14

4.2 - Recepção ........................................................................................................ 14

4.2.1 - Ensaios ............................................................................................... 14

4.2.2 - Sanções .............................................................................................. 15

5 - DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ............................................................................ 15

ANEXOS

QUADRO I - Constituição dos cabos seleccionados

QUADRO II - Almas cableadas para cabos monocondutores e multicondutores - classe 2

QUADRO III - Espessuras nominais das baínhas de revestimento

QUADRO IV - Classificação dos ensaios

QUADRO V - Prescrições para os ensaios eléctricos de tipo

QUADRO VI - Prescrições para as características mecânicas dos materiais isolantes (antes e após
envelhecimento)

QUADRO VII - Prescrições para as características particulares das misturas a base de PVC para
isolamentos e baínhas dos condutores

ESQUEMA I - Medida da impedância de transferencia

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1 - DOMÍNIO DE APLICAÇÃO

A presente especificação aplica-se a cabos rígidos com almas condutoras em cobre, de


isolamento sintético extrudido, de tensão nominal U0/U = 0,6/1 kV, munidos com uma
blindagem de protecção contra as perturbações electromagnéticas e não propagadores de
incêndio. Estes cabos são destinados a subestações da Rede de Produção, Transporte e
Interligação da REN, tendo as seguintes utilizações:

• Instalações fixas de sinalização, comando e medida.

• Instalações fixas de alimentação dos serviços auxiliares.

Esta especificação formula as regras de constituição daqueles cabos e fixa as condições de


ensaio a que eles devem satisfazer.

2 - CONSTITUIÇÃO E CARACTERÍSTICAS

2.1 - Alma Condutora

A alma condutora deve ser cableada e de cobre nú, recozido.

As suas características devem satisfazer em todos os pontos as especificações da


Publicação 228 da CEI, classe 2.

A secção recta das almas condutoras deverá ser:

• circular, para cabos monocondutores e para cabos multicondutores de secções


inferiores a 25 mm2;

• circular ou sectorial, para cabos multicondutores de secções iguais ou superiores a 25


mm2.

A resistência a 20°C de cada alma condutora não deve ultrapassar o valor máximo
especificado no quadro II, anexo a esta especificação.

O número de fios das almas condutoras deve ser pelo menos igual ao número mínimo
especificado no quadro II. Todos os fios de uma mesma alma condutora devem ter o
mesmo diâmetro nominal.

O quadro I, anexo a esta especificação fixa a constituição dos cabos escolhidos no que diz
respeito ao número de condutores e suas secções.

F-CTCB REV. C 99.03.05 9/23


2.2 - Isolamento

O isolamento dos condutores deve ser extrudido, realizado em policloreto de vinilo


(designado abreviadamente por PVC/A na Publicação 502 da CEI) e deverá poder
destacar-se com facilidade da alma condutora.

As características do isolamento em PVC dos condutores devem ser conformes:

• Aos valores indicados no quadro II para a espessura nominal do isolamento.

• Aos valores indicados nos quadros V, VI e VII.

Os métodos de ensaio utilizados para a verificação das caracteristicas são os prescritos


pela Publicação 540 da CEI.

A espessura dum eventual separador ou duma camada semicondutora disposta sobre a


alma do condutor ou sobre o seu isolamento não se considera compreendida na espessura
total do isolamento.

2.3 - Baínha do revestimento interno

Sobre o conjunto cableado dos condutores isolados dos cabos multicondutores é aplicada
uma baínha de enchimento e regularização de PVC. O revestimento interno deverá ser
extrudido.

As características da baínha de revestimento interno devem ser conformes:

• Aos valores indicados no quadro III para a espessura nominal da baínha.

• Aos valores indicados nos quadros V, VI e VII.

Os métodos de ensaio utilizados para a verificação daquelas características são os


prescritos pela Publicação 540 da CEI.

2.4 - Blindagem

Sobre a baínha de revestimento interno será aplicada uma blindagem em cobre nú.

Esta blindagem será constituída por um tubo contínuo ondulado, ou por uma trança ou
ainda por uma ou varias fitas aplicadas helicoidalmente.

No caso de se utilizar uma trança em cobre, devera ser garantido um factor de cobertura
não inferior a 0,60.

F-CTCB REV. C 99.03.05 10/23


No caso da blindagem ser constituída por fita(s) de cobre, deverá verificar-se uma
sobreposição dos dois bordos da(s) fita(s) não inferior a 5 mm.

Em todos os casos, a resistência eléctrica em corrente contínua da blindagem deverá ser


inferior a 4 mΩ /m a 20°C.

2.5 - Baínha exterior de protecção

O cabo será coberto por uma baínha em PVC de cor preta.

As características da baínha exterior de protecção devem ser conformes:

• Aos valores indicados no quadro III para a espessura nominal da baínha.

• Aos valores indicados nos quadros V, VI e VII.

Os métodos de ensaio utilizados são os prescritos pela Publicação 540 da CEI.

Para a determinação das espessuras nominais dos revestimentos de protecção utiliza-se o


método de calculo do diâmetro fictício, tal como descrito na Publicação 502 da CEI.

3 - CARACTERÍSTICAS DO CABO ACABADO

3.1 - Ensaio de tensão

O ensaio de tensão ou de verificação da rigidez dieléctrica é efectuado de acordo com as


prescrições da Publicação 502 da CEI, a seguir resumidas:

• Temperatura ambiente - 20 ± 50 0C

• A tensão e aplicada durante 5 min sucessivamente entre cada condutor isolado


e todos os outros condutores e revestimentos metálicos (blindagem).

• O valor eficaz da tensão aplicada, a 50 Hz, é de 3,5 kV.

Em nenhum caso se deverá produzir uma perfuração do isolamento.

3.2 - Resistência do isolamento

A medida da resistência de isolamento e efectuada de acordo com as prescrições da


Publicação 502 da CEI, a seguir resumidas:

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• Este ensaio é efectuado sobre uma amostra de pelo menos 5 m de condutor.

Os condutores isolados são separados do cabo e submersos em água durante pelo menos
l hora à temperatura de 200°C ± 1°C.

A tensão de ensaio continua deve ser compreendida entre 80 V e 500 V e ser aplicada
durante um intervalo de tempo suficiente, compreendido entre 1 min e 5 min, a fim de se
obter uma leitura estável.

A resistividade transversal deve ser calculada, a partir do valor medido para a resistência
de isolamento, pela fórmula seguinte:
2 ⋅ π ⋅ l. R
ρ=
D
log e
d
Onde:

ρ = resistividade transversal, em Ω.cm


R = resistência de isolamento medida, em Ω
l = comprimento do cabo, em cm
D = diâmetro exterior do isolamento, em mm
d = diâmetro interior do isolamento, em mm

O ensaio deve ser repetido para uma temperatura da água igual à temperatura máxima
assignada para o condutor (70°C).

Os valores calculados não devem ser inferiores aos indicados no quadro V, em anexo.

3.3 - Ensaio de enrolamento

Sobre o cabo completo realiza-se um ensaio de enrolamento de acordo com as


prescrições da Publicação 502 da CEI, a seguir resumidas:

• A amostra de cabo é enrolada em torno de um cilindro de ensaio, a temperatura


ambiente, sobre pelo menos uma volta completa.

• O diâmetro do cilindro deve ser igual a 7D, sendo D o diâmetro exterior real do
cabo.

• Desenrola-se em seguida a amostra de cabo e repete-se a operação, mas


enrolando em sentido contrario.

• Este ciclo de operações deve ser efectuado três vezes, após o que, o cabo
ainda enrolado é colocado numa estufa de ar quente à temperatura máxima
especificada para a alma do cabo durante 24 horas.

• Após o arrefecimento do cabo e com este ainda enrolado aplica-se a tensão de


ensaio como especificado em 3.1.
F-CTCB REV. C 99.03.05 12/23
Não se deverá produzir qualquer perfuração do isolamento e a superfície exterior do
cabo não devera apresentar sinais de fissuras.

Após este ensaio deve ser efectuada a medida da resistência da blindagem. O cabo é em
seguida despojado da sua baínha exterior e a blindagem é observada. Não deverá
apresentar nem fracturas nem fissuras.

A baínha interior não deve ser visível.

3.4 - Medida da impedância de transferência

A fim de verificar o grau de protecção garantido pela blindagem em cobre, deverá ser
efectuada uma medida da impedância de transferencia sobre o cabo acabado. No
esquema 1, em anexo, representam-se as ligações a efectuar para a realização deste
ensaio.

O valor da impedância de transferência é dado por:


V
Zt =
10. I
e é medida entre 1 kHz e 1 MHz.

A curva da impedância de transferência medida em função da frequência deve ser


inferior a 4 ohms e deve ser constantemente decrescente a partir de 100 kHz.

3.5 - Ensaio de resistência à propagação da chama

O método de ensaio e as prescrições devem ser conformes ao disposto na Publicação


332-1 da CEI.

3.6 - Identificação

Os condutores isolados que constituem os cabos que são objecto da presente


especificação serão identificados por:

• Coloração (cabos até 5 condutores).

• Numeração (cabos de mais de 5 condutores).

As cores de identificação dos condutores devem ser as seguintes:

• Cabos monocondutores - preta.

• Cabos de 2 condutores - azul clara e preta.

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• Cabos de 4 condutores - azul clara, preta, preta e castanha.

Os condutores isolados dos cabos com mais de 5 condutores devem ser de cor preta e
numerados sequencialmente de 1 a n (em que n e o número total de condutores).

Aquela numeração deve ser inscrita de uma forma continua, indelével e terem legível ao
longo do isolamento dos condutores, a intervalos regulares não ultrapassando os 200
mm.

3.7 - Marcação

As marcas de identificação do fabricante e do tipo de cabo devem ser feitas na baínha


exterior de acordo com a secção 5 da Norma NP-917

3.8 - Designação

Os cabos satisfazendo as prescrições da presente especificação deverão adoptar o


sistema de designação dos condutores isolados e cabos eléctricos estipulado pela
NP-665 (1972) e MOD. nº 1 a NP-665 (1984).

4 - ENSAIOS. RECEPÇÃO

4.1 - Classificação dos ensaios

Os ensaios aplicáveis sobre os cabos objecto desta especificação encontram-se


descriminados na Publicação 502 da CEI e classificam-se em:

• Ensaios de tipo (eléctricos e não eléctricos), que são obrigatoriamente


efectuados pelo fabricante antes da comercialização geral dum tipo de cabo a
fim de verificar que as suas características de serviço são satisfatórias e
convenientes para a utilização pretendida.

• Ensaios especiais, que são efectuados pelo fabricante sobre amostras de cabo
completo de modo a verificar que o produto acabado responde as
especificações da sua concepção.

• Ensaios individuais, (ou de rotina), que são efectuados pelo fabricante sobre
todos os comprimentos de cabo acabado e que se destinam a evidenciar que o
condutor e o isolamento estão em bom estado.

O quadro IV indica a repartição dos ensaios.

4.2 - Recepção

4.2.1 - Ensaios
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O procedimento de recepção de um fornecimento comporta:

• A inspecção dos cabos acabados.

• A inspecção dos resultados dos ensaios individuais e a repetição eventual de


alguns deles.

• A execução da totalidade ou de uma parte dos ensaios mencionados no quadro


IV como ensaios de recepção.

A recepção pode ainda comportar a repetição de alguns ensaios de tipo, a fim de se


verificar que a qualidade da fabricação se mantêm ao longo do tempo.

4.2.2 - Sanções

Todo o fornecimento não tendo satisfeito ao conjunto de ensaios efectuados por ocasião
da sua recepção pode ser recusado.

O fabricante conserva o direito de dispor dos cabos recusados, mas obriga-se a não os
enviar em caso algum para qualquer departamento da REN.

5 - DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Publicações da CEI:

CEI 228 (1978) - Conductors of insulated cables

CEI 332-1 (1979) - Tests on electric cables under fire conditions

CEI 502 (1983) - Extruded solid dielectric insulated power cables for rated voltages from 1 kV
up to 30kV

CEI 540 (1982) - Test methods for insulations and sheaths of electric cables and cords
(elastomeric and thermoplastic compounds)

Normas Portuguesas:

NP-917 (1972) - Características gerais e ensaios dos condutores e cabos, isolados

Mod. 1 a NP-917 (1984)

NP-665 (1972) - Canalizações eléctricas. Símbolos e designações simbólicas dos condutores e


cabos, isolados.

Mod. 1 a NP-665 (1984)


F-CTCB REV. C 99.03.05 15/23
QUADRO I

Constituição dos cabos seleccionados

Secção Número de Condutores


Nominal mm2

1,5 - - 4 7 14 19 24 30 37

2,5 - 2 4 7 14 19 24 30 37

4 - 2 4 7 14 19

6 - 2 4 7 14

10 - 2 4 7

16 - 2

25 - 2

95 1

150 1

185 1

240 1

3*25+16 3-1

3*35+16 3-1

3*70+35 3-1

3*95+50 3-1

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QUADRO II

Almas cableadas para cabos monocondutores e multicondutores

Secção Número mínimo de fios de alma Resistência Espessura nominal do


Nominal máxima da isolamento
alma
mm2 Alma circular Alma sectorial Ω/Km mm

1,5 7 - 12,10 0,8

2,5 7 - 0,8

4 7 - 4,61 1,0

6 7 - 3,08 1,0

10 7 - 1,83 1,o

16 7 - 1,15 1,0

25 7 6 0,727 1,2

35 7 6 0,524 1,2

50 19 6 0,387 1,4

70 19 12 0,268 1,4

95 19 15 0,193 1,6

150 37 18 0,124 1,8

185 37 30 0,099 2,0

240 61 34 0,075 2,2

F-CTCB REV. C 99.03.05 17/23


QUADRO III

Espessuras nominais das baínhas de revestimento

Diâmetro fictício Espessura da Diâmetro fictício Espessura da


Df baínha interior D baínha exterior

mm mm mm mm

Df ≤ 25 1,0 D ≤ 25 1,8

25 < Df ≤ 35 1,2 25 < D ≤ 30 2,0

35 < Df ≤ 45 1,4 30 < D ≤ 35 2,2

45 < Df ≤ 60 1,6 35 < D ≤ 41 2,4

60 < Df ≤ 80 1,8 41 < D ≤ 47 2,6

80 < Df 2,0 47 < D ≤ 53 2,8

53 < D ≤ 59 3,0

59 < D ≤ 64 3,2

64 < D ≤ 70 3,4

Df - Diâmetro fictício sobre o conjunto cableado de condutores

D - Diâmetro fictício sob a baínha exterior

F-CTCB REV. C 99.03.05 18/23


QUADRO IV

Classificação dos ensaios

Categoria do ensaio
Natureza do ensaio
Tipo Amostra Rotina Recepç
ão
Constituição das almas X
condutoras
Espessura do isolamento X X
Dimensionais Espessura da baínha exterior X X
Dimensões da blindagem X
Espessura da baínha exterior X X
Diâmetro exterior X
Tensão de rotura e alongamento à X
rotura antes do envelhecimento
Mecânicos Tensão de rotura e alongamento à X X
e rotura após o envelhecimento
Térmicos Pressão a temperatura elevada X
do isolamento Resistência a baixa temperatura X
da Choques mecânicos a frio X
baínha Choques térmicos X
Enrolamento (cabo completo) X X
Resistência à propagação chama X
Resistência dos condutores X X
Eléctricos Resistência do enrolamento X X
sobre cabo Constante de isolamento X
completo Ensaio de tensão X X
Continuidade da blindagem X(1) X(2)
Verificação da constituição X X X
Outros Identificação e marcação X X X
Absorção de água X

(1) - Medida de impedância de transferência (traçado da curva)

(2) - Medida da resistência eléctrica da blindagem

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QUADRO V

Prescrições para os ensaios eléctricos de tipo

Propriedade fundamental do composto Termoplástico

0 Designação da mistura isolante PVC

o
00 Temperatura nominal da alma do C 70
condutor

1 Resistividade transversal Ω cm
1a - a 20o C 1013
1b - a 70o C 1010

2 Constantes de isolamento (Ki) MΩ Km


2a - a 20o C 36,7
2b - a 70o C 0,037

F-CTCB REV. C 99.03.05 20/23


QUADRO VI

Prescrições para as características mecânicas dos materiais isolantes


(antes e após envelhecimento)

Propriedade fundamental do composto Termoplástico

Designação da mistura isolante PVC

Emprego de mistura Isolamento Baínha

o
Temperatura nominal máxima da alma do C 70 80
condutor

1 Sem envelhecimento
(publicação 540 da CEI, artigo 5)

1.1 Resistência à tracção mínima N/mm2 12,5 12,5

1.2 Alongamento à rotura mínimo % 150 150

2 Após envelhecimento em estufa de ar


(publicação 540 da CEI, artigo 6)

o
2.0 Tratamento - temperatura C 100± 2 100± 2
- duração dias 7 7

2.1 Resistência à tracção:

2.1a - valor mínimo após envelhecimento N/mm2 12,5 12,5


2.1b - variação máxima % ± 25 ± 25

2.2 Alongamento à rotura:

2.2a - valor mínimo após envelhecimento % 150 150


2.2b - variação máxima % ± 25 ± 25

F-CTCB REV. C 99.03.05 21/23


QUADRO VII
Prescrições para as características particulares das misturas à base de PVC para
isolamento e baínhas dos condutores

Designação da mistura isolante PVC PVC

1. Ensaio de pressão a temperatura elevada


(Publicação 540 da CEI, artigo 8)

o
1.1 Temperatura de ensaio C 80± 2 80± 2

1.2 Duração sob carga horas de acordo de acordo


c/ CEI 540 c/ CEI 540
1.3 Profundidade máxima admissível da marca % (8.1.5) (8.1.5)

2. Comportamento a baixa temperatura 50 50


(Publicação 540 da CEI, artigo 9)

2.1 Ensaios efectuados sem envelhecimento


prévio:
- enrolamento a frio para diâmetros de
cabo 12,5 mm
o
- temperatura de ensaio C

2.2 Alongamento a frio em alteres de ensaio -15 ± 2 -15 ± 2


o
- temperatura de ensaio C

2.3 Choques mecânicos a frio -15 ± 2 -15 ± 2


o
- temperatura de ensaio C

3. Ensaio de choques térmicos - -15 ± 2


(publicação 540 da CEI, artigo 10)
o
3.1 - temperatura de ensaio C
3.2 - duração do ensaio horas
-15 ± 3 -15 ± 3
4. Absorção de água 1 1
(Publicação 540 da CEI, artigo 19)
Método eléctrico:
o
4.1 - temperatura C
4.2 - duração dias
70 -
10 -
F-CTCB REV. C 99.03.05 22/23
ESQUEMA I

Medida da impedância de transferência

Todos os
condutores ligados
entre si

50 Ω Medida de V (1)
10 m
Blindagem

30 cm 5 Ω Medida de I (1)
A ajustar para se obter a
corrente máxima

Gerador 1kHz - 1Mhz (as saidas do gerador devem ser isoladas da massa)

O valor da impedância de transferência é dado, de acordo com o esquema anterior, por:

V
Zt =
10 × I
e é medida entre 1 Khz e 1 MHz.

F-CTCB REV. C 99.03.05 23/23


Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO

Placas Sinaléticas

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

F-CTPS REV. A 99.11.26


PLACAS SINALÉTICAS

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

F-CTPS REV. A 99.11.26


PARTE (A) - CONDIÇÕES TÉCNICAS DE MONTAGEM

PLACAS SINALÉTICAS

F-CTPS REV. A 99.11.26 2


ÍNDICE

Pág.

1 - MONTAGEM DAS PLACAS SINALÉTICAS

1.1 - Operações Preliminares.................................................................................... 4

1.2 - Condições de Montagem.................. .................................................................. 4

1.3 - Diversos................................. ...........................................................…............ 4

F-CTPS REV. A 99.11.26 3


1 - MONTAGEM DAS PLACAS SINALÉTICAS

1.1 - Operações Preliminares

O instalador deverá cumprir todas as regras de disciplina, segurança, higiene e saúde


relativas ao estaleiro e constantes no Plano de Segurança e Saúde.

No transporte e arrumação das placas sinaléticas deverão ser tomadas todas as


precauções mediante a utilização de meios de transporte adequados de modo a evitar a sua
deterioração. Sempre que se detectem peças deterioradas por deficiência nas operações
descritas o instalador procederá à sua substituição.

O instalador em colaboração com a Fiscalização REN verificará a conformidade do tipo,


dimensões e quantidades das placas e parafusaria (dimensões, tipo de material e classes de
resistência) de acordo com as respectivos especificações técnicas aprovadas.

1.2 - Condições de Montagem

A REN fornecerá ao instalador as diversas cotas e eixos coordenados para um correcto


alinhamento e nivelamento das placas sinaléticas.

As chapas/base serão fixadas às estruturas ou aos armários dos equipamentos através de


parafusos em aço inox A4 aplicados, no caso das actualizações, nos mesmos furos de
fixação das placas retiradas e, no caso de novas aplicações, em novas furações executadas
nos locais definidos na especificação técnica aprovada.

O instalador deverá ter particular cuidado em não sujeitar as diferentes partes da estrutura
ou o seu conjunto a esforços excessivos que possam provocar deformações permanentes
em qualquer dos seus elementos ou deteriorar a zincagem.

Quando for necessária a abertura de furos ou acertos de cortes de peças em obra deverá o
instalador solicitar previamente a autorização da REN; em caso afirmativo o instalador
deverá retocar a zona adaptada com uma tinta à base de zinco.

1.3 - Diversos

Terminados os trabalhos o instalador procederá a todas as limpezas e remoção dos


desperdícios resultantes das montagens e o transporte para local apropriado.

F-CTPS REV. A 99.11.26 4


PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

PLACAS SINALÉTICAS

F-CTPS REV. A 99.11.26 1


PARTE (B) - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

PLACAS SINALÉTICAS

ÍNDICE

Pág.

1 - INTRODUÇÃO............................................................................................. 3

2 - CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO......................................................... 3

3 - NORMAS ..................................................................................................… 4

4 - CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO......................................................….......... 4

5 - PEÇAS DESENHADAS................................................................................ 5

F-CTPS REV. A 99.11.26 2


CONDIÇÕES TÉCNICAS

1 - INTRODUÇÃO

Constitui objecto deste documento a definição das Condições Técnicas respeitantes a placas
sinaléticas a instalar em subestações de alta tensão.

Pertence ao âmbito das CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS (CTE) a definição ou


modificação de quaisquer condições especificas, nomeadamente, as características
dimensionais ou outras consideradas de pormenorização.

2 - CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO

As placas sinaléticas serão adequadas para instalação exterior, situação exposta, ao ar livre,
sem qualquer protecção especial e nas condições ambientais próprias do clima português.

O tipo ou grau de poluição da atmosfera a considerar é indicado nas CE.

A identificação dos equipamentos e dos painéis será executada com placas de PVC
autocolantes aplicadas sobre chapas/bases de aço inox com a espessura de 1,5 mm
espessura conforme dimensões, tipo, inscrição e cores referidas nas peças desenhadas em
anexo e no quadro seguinte.

CHAPA/BASE AUTOCOLANTES

1.1.1 1.1.2 Dime 1.1.4 T 1.1.5 Dimens Designação Inscrição 1.1.7 Cores
ipo nsões ipo ões
1.1.3 (mm) 1.1.6 (mm)
G 305 x 80 AA 297 x 74 Identificação Nome Fundo azul, letras
de branco
G 305 x 80 AB 297 x 74 Painel Número Fundo azul, letras
branco
P 215 x 60 BA 210 x 52,5 Identificação Nome de Fundo azul, letras
painel branco
P 215 x 60 BB 210 x 52,5 de Número de Fundo azul, letras
painel branco
P 215 x 60 BC 210 x 52,5 Aparelho Nome de Fundo azul, letras
aparelho branco
L 215 x 110 CA 210 x 105 Identificação Nome de Fundo amarelo,
Secc. Terra aparelho letras preto
L 110 x 215 DA 105 x 210 Identificação Fase Fundo azul, letras
de Fases branco
J 405 x 170 ET 400 x 165 Identificação Nome do Fundo branco,
de Edifício Edifício letras pretas

F-CTPS REV. A 99.11.26 3


3 - NORMAS

O formato, o tipo de letras e números e as cores das placas (autocolantes) devem


respeitar o seguinte quadro normativo:

Formato das Placas ...............................NP 523 (1966)


Tipos de Letras e Números....................NP 89 (1963)
Cores ....................................................NP 522 (1966)

4 - CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO

A montagem das diversas placas sinaléticas no parque exterior será feita de acordo com os
critérios a seguir expressos:

4.1 – Identificação de Painel ( Nome e Número de Painel - Placas tipo AA e AB )

Montar em conjunto - nome de painel por cima e número painel por baixo - em
qualquer estrutura de suporte de equipamentos ou outra, à entrada/saída do painel
de forma a ser lida, inequivocamente, do exterior (linha) e/ou na porta do armário de
dispersão do respectivo painel. No caso da identificação das barras a placa AA
será montada nas extremidades e na fase central sob a coluna respectiva.

4.2 – Identificação do Disjuntor ( Nome de Painel, Número de Painel e Nome de


Aparelho - Placas tipo BA, BB e BC )

Montar em conjunto - por cima o nome do painel, no meio o número do painel e


por baixo o nome do aparelho - na porta do armário de comando do disjuntor,
sempre que não exista armário de dispersão. Caso exista deverá ser montado o
conjunto definido em 4.3.

4.3 – Identificação de Aparelhagem ( Nome de Painel e Nome de Aparelho -


Placas tipo BA e BC )

.....Montar em conjunto - por cima o nome de painel e por baixo o nome de


aparelho - em todas as estruturas de suporte de transformadores de medida, de
condensadores de acoplamento, etc.:; na estrutura suporte, junto de cada comando,
de cada seccionador – excepto seccionadores de terra - e nos respectivos armários
dos contactores da alimentação dos motores, quando existam.

4.4 – Identificação de Seccionador de Terra ( Placas tipo BA e CA )

Montar em conjunto - por cima o nome de painel e por baixo a identificação do


seccionador de terra - na estrutura suporte, junto de cada comando, de cada um
destes seccionadores e nos armários dos contactores da alimentação dos motores,
quando existam.

F-CTPS REV. A 99.11.26 4


4.5 – Identificação de Fases ( Placa tipo DA )

Montar nos pólos dos disjuntores e nas estruturas de suporte dos transformadores
de medida (TIs ou TTs) ou em outras estruturas de suporte na cabeça de painel. Na
estrutura dos equipamentos deverão ficar viradas para o exterior (linha).

4.6 – Identificação de Fases e de Nome de Painel ( Placas tipo DA e AA )

Montar em conjunto - por cima a identificação de fase e por baixo o nome do


painel - no corpo (radiadores) das unidades monofásicas dos Transformadores de
Potência

4.7 – Identificação de Fase e de Nome de Painel ( Placas tipo DA e BA )

Montar em conjunto - por cima a identificação de fase e por baixo o nome de


painel – nas colunas suporte do topo dos barramentos.

4.8 – Nome de Painel ( Placa tipo AA )

Montar no corpo (radiadores) dos Transformadores de Potência Trifásicos e nas


portas de acesso às Baterias de Condensadores.

4.9 – Identificação dos Edifícios Técnicos ( Placas tipo ET )

Montar nos edifícios técnicos (Casas de Painel, de Serviços Auxiliares ou outras) as


placas de identificação de preferência na entrada e, no caso das casas com múltiplas
funções, montar em conjunto sobre as portas também a respectiva placa ( Grupo,
Baterias, Quadros, etc

4.10 – Identificação dos Armários de Parque Diversos

Montar nos armários de parque ( caixas de reagrupamento de tensões e correntes,


de tomadas de parque, de força motriz e aquecimento, de iluminação exterior, etc )
placas de trafolite com 120 x 50 mm, fundo preto com letras gravadas a branco,
devidamente aparafusadas. As designações normalizadas serão as indicadas nos
respectivos esquemas de electrificação.

Qualquer actualização do nome de qualquer painel deve conduzir sempre à actualização de todas as
placas de identificação desse painel. Não deverão coexistir, no mesmo painel, placas de
identificação de tipos diferentes.

F-CTPS REV. A 99.11.26 5


5 – PEÇAS DESENHADAS

Em anexo apresentamos os desenhos que ilustram os diversos tipos de chapas/base e placas


autocolantes bem como a localização de montagem nas diversas situações acima referidas.

F-CTPS REV. A 99.11.26 6


Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO

Pintura

CONDIÇÕES TÉCNICAS (CT)

F-CTPI REV. A 99.02.26


CONDIÇÕES TÉCNICAS

ÍNDICE

Pág.
1 - INTRODUÇÃO....................................................................................................................................................................3

2 - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ....................................................................................................................................3

3 - MODO DE APLICAÇÃO ..................................................................................................................................................4

4 - GARANTIA ..........................................................................................................................................................................4

F-CTPI REV. A 99.02.26 2/5


1 - INTRODUÇÃO

Todos os materiais referentes a esta rubrica serão fornecidos pelo Adjudicatário.

Este deverá proceder à pintura de diversos elementos de instalação com as cores


indicadas nos pontos seguintes.

Elementos constituintes da aparelhagem de alta tensão:

Devem ser pintados de vermelho (referência a indicar pela REN):

- Transformadores de tensão: - anel superior

- Seccionador de linha: - partes superiores


- anéis

- Transformadores de corrente: - anel superior

- Disjuntores: - partes metálicas das câmaras de corte e dos


condensadores e sua interligação
- anéis superiores das colunas suporte

- Seccionadores de terra: - anel superior


- contacto fêmea

- Seccionadores pantógrafos - anéis e partes superiores das facas

- Condensadores de acoplamento - anel superior


- cabeça anodizada

Devem ser pintados de amarelo (referência a indicar pela REN):

- Seccionadores de terra: - facas de colocação à terra

2 - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

Os elementos constituintes dos aparelhos, que estarão sob tensão serão pintados sob a
direcção de um montador especializado do fabricante e fornecedor dos equipamentos.

Serão tomadas todas as precauções necessárias para evitar manchar os isoladores e


outros acessórios.

Deverá ser prevista uma protecção adequada. Deve-se evitar manchar as estruturas de
suporte, assim como as cabeças dos maciços em betão.

F-CTPI REV. A 99.02.26 3/5


O Adjudicatário deverá cuidar especialmente das articulações dos órgãos de reenvio.
A pintura não deverá afectar em caso algum, o bom funcionamento dos mecanismos de
manobra e comando.

Deverá evitar-se a pintura ou encobrimento das placas identificadoras dos diversos


aparelhos.

Os trabalhos de pintura deverão ser realizados após a montagem completa da


subestação segundo uma programação que será acordada entre o Adjudicatário e a
REN.

As superfícies a pintar serão preparadas e limpas por processo químico ou mecânico,


mais apropriado e à escolha do Adjudicatário após aprovação da REN.

Os sistemas de protecção por revestimento de pintura aplicado aos equipamentos


devem ser realizados com produtos e segundo os procedimentos de aplicação que
permitam constituir, nas condições de serviço do local da instalação, um revestimento
eficaz e durável.

O Adjudicatário realizará com produtos permitidos pela REN, um revestimento em


várias camadas de espessura global maior ou igual que 150 µ.m.

3 - MODO DE APLICAÇÃO

O sistema de protecção será formado:

- em contacto com a superfície, uma camada de "primário" apropriado à natureza


dessa superfície;

- em contacto com o meio ambiente, uma ou duas camadas de acabamento


apropriado à natureza do meio;

- uma ou várias camadas intermédias dum produto de constituição adequada para


dar corpo ao revestimento.

As superfícies preparadas serão recobertas do sistema de protecção citado e tratadas


com o mesmo cuidado quaisquer que sejam a sua forma, as suas dimensões e a sua
posição no conjunto do equipamento.

4 - GARANTIA

O Adjudicatário dará uma garantia da duração do revestimento assegurando a


protecção do equipamento, relativamente a uma amostra de referência, uniforme para
todos os equipamentos e em todas as superfícies existentes e independentemente das
suas condições de instalação.

F-CTPI REV. A 99.02.26 4/5


A amostra de referência escolhida é a do diapositivo número oito (nº8) da "Carta
Sueca de Corrosão" estabelecida em 1935 pela Academia Real de Ciências Técnicas
de Estocolmo. O período de garantia apresentado pelo empreiteiro à REN, para todas
as superfícies pintadas será de seis anos. Se durante este período as alterações
ultrapassarem a amostra de referência, far-se-ão trabalhos de reparação totalmente a
cargo do Adjudicatário.

Se os trabalhos de pintura forem executados por um sub-empreiteiro, a garantia a


apresentar à REN será da responsabilidade única e exclusivamente do Adjudicatário.

F-CTPI REV. A 99.02.26 5/5


Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO

Iluminação Exterior

CONDIÇÕES TÉCNICAS-CT

F-CTILM REV. B 00.04.06 1/5


1 - INTRODUÇÃO

Pretende-se estabelecer, com a presente especificação técnica, os critérios a adoptar para a


montagem da instalação de iluminação exterior de instalações de alta tensão.

2 - OBJECTIVOS DA ILUMINAÇÃO

A iluminação de subestações incidirá fundamentalmente, nas zonas de localização de aparelhagem


AT, via principal e estrada de acesso.

Nas zonas de aparelhagem AT deve seguir-se um critério, na distribuição de projectores de modo


a estabelecer um nível de iluminância intermédia, tendo como limite superior cerca de 20 lux e
como limite inferior 4 lux.

Na periferia das subestações, junto à vedação, o nível de iluminância será mínimo, ou seja, 4 lux.

A instalação de iluminação assim constituída permite a movimentação segura entre a aparelhagem


e ao mesmo tempo a sua inspecção.

3 - ILUMINAÇÃO

3.1 - Interior da Subestação

A iluminação destas zonas é assegurada pela montagem de projectores, de 400W ou 250W,


nas estruturas dos pórticos e das torres de pára-raios (TPR).

A alimentação destes projectores será feita a partir de armário de iluminação, a montar nas
bases das estruturas atrás mencionadas. E a alimentação dos armários será processada através
de um circuito, com origem num quadro de distribuição, designado por EC.E1, instalado no
edifício de comando (EC). Todos os acessórios necessários ao funcionamento das lâmpadas
deverão ficar alojados nestes armários.

Nos pilares dos pórticos e nas TPR o Adjudicatário deverá montar peças adequadas à boa
colocação dos projectores. Estas peças deverão ser aprovadas pela REN.

Cada circuito alimentará no máximo quatro armários, sendo previstas derivações entre eles.

F-CTILM REV. B 00.04.06 2/5


4 - CARACTERÍSTICAS DO EQUIPAMENTO

4.1 - As armaduras a usar na via de acesso deverão permitir a montagem de lâmpadas de vapor de
sódio, 70 W bem como todo o equipamento acessório, para o seu arranque.

O invólucro constituinte destas armaduras será de alumínio moldado, devidamente tratado e os


reflectores interiores em alumínio puro anodizado. A tampa do invólucro será de acrílico
transparente e a fixação desta ao invólucro deve ser feita por meio de uma articulação e um
grampo para efeitos de abertura de fecho.

No seu conjunto a armadura deverá obedecer a um índice de protecção mínimo equivalente ao


IP44, de acordo com a norma CEI 529. Estas armaduras deverão ser encastradas no topo das
colunas de iluminação.

As armaduras equipadas com lâmpadas de vapor de sódio 70 W, devem ser equivalentes ao


tipo 7418/4/70 W da marca ABB.

4.2 - Os projectores a usar deverão permitir a montagem de lâmpadas de vapor de sódio de alta
pressão, de 400W ou 250W.

Serão constituídas por um invólucro de alumínio moldado devidamente tratado e o reflector


interior será em alumínio puro anodizado. A tampa deve ser em acrílico transparente. O Índice
de protecção mínimo exigido será o IP55, também segundo a norma CEI 529.

Os projectores deverão ser equivalentes ao tipo 7940/5/400 da marca ABB.

O Adjudicatário deverá fornecer 5 lâmpadas de 400W e 5 de 250W.

4.3 - Cabos eléctricos

Os cabos eléctricos a usar serão do tipo VHV ou VAV e as ligações das armaduras ou
projectores à rede de terras da subestação far-se-à por meio de um condutor tipo V com
isolamento verde+amarelo.

4.4 - Caminho de cabos

Os cabos entre os armários de iluminação e os projectores e entre os maciços e os armários,


deverão ser encaminhados em calha ou em tubo de aço galvanizado a fornecer pelo Adjudi-
catário.

F-CTILM REV. B 00.04.06 3/5


4.5 - Colunas de iluminação

As colunas de iluminação a fornecer e montar pelo Adjudicatário na via de acesso da


subestação, serão em betão simples adequadas para montagem directa das armaduras, como
se menciona no ponto 4.1.

4.6 - Armários de iluminação

Os armários de iluminação deverão obedecer ao índice de protecção IP51 da norma CEI 529,
e deverão alojar todos os acessórios necessários para arranque das lâmpadas e conter os
orgãos de comando e protecção dos projectores.

No caso de serem metálicos, a chapa que os constitui, deverá ser galvanizada.

5 - OUTRAS TAREFAS DO ADJUDICATÁRIO

Para além dos trabalhos de electrificação da aparelhagem propriamente dita, haverá que
considerar o lançamento de cabos, a abertura o tapamento e a limpeza das caleiras, a execução
de furos nas parede das caleiras para a travessia dos cabos, a colocação da gravilha e manta
geotextil no lado exterior do furo da caleira. A travessia da parede da caleira deverá ser protegida
com tubo de diâmetro adequado.

O Adjudicatário deverá executar rasgos e colocar tubos para travessia dos cabos nos maciços.

Na zona de percurso dos cabos fora das caleiras o Adjudicatário terá de abrir valas para
enterramento dos cabos, em tubo, as quais após o lançamento destes deverão ser tapadas e
compactadas. A gravilha existente deverá ser previamente removida, mantida limpa e reposta após
a execução dos trabalhos ficar conforme estava antes da intervenção do Adjudicatário.

Na zona da estrada de acesso o Adjudicatário terá de montar as colunas de iluminação e


proceder à abertura da vala para enterramento do cabo de alimentação das armaduras.

O Adjudicatário deverá tomar as precauções para deixar o terreno nas condições encontradas
antes da sua intervenção.

As valas terão o mínimo 0,80 m de profundidade e os cabos serão cobertos e protegidos por lajes
de modo a não serem danificados por pressão ou abatimento de terras.

Deverá ser utilizada uma fita de plástico colorida, para sinalização de proximidade de cabos
eléctricos enterrados.

F-CTILM REV. B 00.04.06 4/5


6 - ENSAIOS

No fim dos trabalhos de montagem realizar-se-ão obrigatoriamente os ensaios finais de controlo,


preparatórios da entrada em serviço.

Estes ensaios serão realizados com a presença de um representante da REN e sob a


responsabilidade do Adjudicatário.

F-CTILM REV. B 00.04.06 5/5


Divisão de Equipamento

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO - SUBESTAÇÕES

Transformador de Serviços Auxiliares

CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS (CTG)


CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS

TRANSFORMADOR DE SERVIÇOS AUXILIARES

ÍNDICE

Pág.

1 - Generalidades ......................................................................................... 3
2 - Normas. .................................................................................................. 3
3 - Óleo de enchimento . .............................................................................. 4
4 - Protecção contra a corrosão . .................................................................. 4
5 - Materiais constituintes . .......................................................................... 6
6 - Estanquicidade ....................................................................................... 6
7 - Colocação à terra ................................................................................... 7
8 - Circuitos auxiliares ................................................................................ 7
9 - Manutenção ............................................................................................ 8
10 - Ensaios .................................................................................................... . 8
11 - Tipo construtivo.............................................................. ....................... 9
12 - Potência nominal - sobrecargas ..................................... ....................... 9
13 - Regulação em vazio ....................................................... ....................... 9
14 - Ligação dos enrolamentos ............................................. ....................... 10
15 - Tensão de curto-circuito ................................................ ....................... 10
16 - Curva de magnetização .................................................. ....................... 10
17 - Quedas de tensão e rendimento ..................................... ……………… 10
18 - Classe de isolamento ...................................................... ……………… 11
19 - Sobretensão aplicada aos enrolamentos ......................... ……………… 11
20 - Resistência aos curto-circuitos ...................................... ……………… 11
21 - Possibilidade de sobrecarga dos acessórios ................... ……………... 11
22 - Constante de tempo de aquecimento ............................. ……………… 12
23 - Nível de ruído . ............................................................... ……………... 12
24 - Ligações ......................................................................... ……………… 12
25 - Extensão do fornecimento . ............................................ ……………… 13
26 - Limites de funcionamento dos auxiliares ...................... ……………… 17
27 – Peças de reserva ............................................................. . …………….. 17

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CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS

TRANSFORMADOR DE SERVIÇOS AUXILIARES

1 - GENERALIDADES

1.1 – Objecto

Os transformadores objectos deste Caderno de Encargos, são destinado a alimentar os serviços


auxiliares de instalações da REN. Estes transformadores são alimentados a partir dos terciários
de transformadores de potência das instalações para onde se destinam.

O transformador auxiliar será trifásico 10 000/400-231 V, com regulação em vazio, para


montagem exterior. Será fornecido completamente equipado e compreende, nomeadamente,
todos os acessórios, peças de reserva, ensaios e colocação em serviço.

Nas cláusulas Técnicas Particulares, são referidas as características especificas deste


fornecimento.

1.2 - Características da Rede de Alta-Tensão e Transformador de Potência

As redes de alta-tensão, ligadas aos transformadores principais e as características desses


transformadores trifásicos são especificadas nas Condições Técnicas Particulares.

2 - NORMAS

Todas as características dos equipamentos, nomeadamente as referentes às condições de potênc ia


nominal, curto-circuito, isolamento, resistência mecânica, segurança de funcionamento,
segurança de pessoas e ensaios, deverão estar em conformidade com as seguintes publicações da
CEI:

CEI 76 - Transformadores de Potência


CEI 76 - 1
CEI 76 - 2
CEI 76 - 3
CEI 76 - Modificação 1 a parte 3
CEI 76 - 3 - 1
CEI 76 - 4
CEI 76 - 5 - Modificação 1

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CEI 71 - Coordenação de isolamento
CEI 71 - 1
CEI 71 - 2
CEI 71 - 3

CEI 137 - Bornes e travessias

CEI 296 (1982) - Óleos isolantes

Em caso de discordância entre as normas referidas e o presente Caderno de Encargos, este último
é preponderante.

3 - ÓLEO DE ENCHIMENTO

O óleo de enchimento fará parte do fornecimento; será de marca conceituada e a sua qualidade
será aprovada pela REN.

4 - PROTECÇÃO CONTRA A CORROSÃO

4.1 - Protecção cor Revestimento de Pintura

O sistema de protecção por revestimento de pintura (ou produto semelhante) aplicado aos
equipamentos deve ser realizado com materiais e seguindo técnicas de aplicação que
permitam constituir, em condições de serviço onde se encontrem colocados um revestimento
eficaz e durável desses equipamentos.

O Construtor realizará, com produtos aceites pela REN, um revestimento de várias camadas
de espessura maior ou igual a cento e cinquenta (150) mícron.

O sistema de protecção compreenderá:

- em contacto com a superfície, uma camada de “primário" apropriado à natureza da


superfície;

- em contacto com o meio ambiente uma (ou duas) camadas de acabamento, apropriado à
natureza deste meio;

- uma ou várias camadas intermédias dum produto de constituição adequada para se


conseguir a espessura desejada.

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As superfícies a cobrir serão tratadas pelo método de limpeza - mecânica ou química mais válido,
à escolha do construtor.

As superfícies preparadas serão cobertas pelo sistema de protecção indicado e tratadas com o
mesmo cuidado qualquer que seja a sua forma, as suas dimensões e a sua posição no conjunto do
equipamento considerado (por exemplo as tubagens dos radiadores).

Logo que o equipamento estiver instalado no local de destino, o Construtor executará todos os
retoques necessários no revestimento a fim que este satisfaça as condições de recepção e garantia.
A camada de acabamento poderá, se houver necessidade, ser aplicada no local, com o acordo da
REN, no equipamento após instalação e pronto a entrar em serviço.

A recepção dos revestimentos poderá ser efectuada pela REN, camada por camada, na fábrica ou
noutro lugar. As diversas camadas aplicadas serão de tintas diferentes, sendo a última duma
tonalidade previamente submetida à apreciação da REN.

O Construtor dará à REN, uma garantia de duração do revestimento, assegurando a protecção do


seu equipamento de harmonia com uma amostra de referência das degradações indicadas a
seguir, uniforme para todos os equipamentos e independente das condições de instalação destes
últimos.

Até novo aviso, a amostra de referência escolhida e a do cliché número OITO (n° 8) do Mapa
Sueco de Corrosão estabelecida, em 1935, pela Academia Real das Ciências Técnicas de
Estocolmo.

O prazo de garantia a fornecer à REN pelo Construtor para todo o material do seu fornecimento é
igual a seis (6 anos).

Se durante este período as alterações ultrapassarem as da amostra de referência, os trabalhos de


repintura poderão ser exigidos pela REN. As despesas recairão neste caso, na totalidade, ao
Construtor.

A REN poderá aceitar, sobre reserva de uma garantia equivalente, que a protecção para
revestimento de pintura seja substituída por um tratamento da superfície (tal como metalização
por zinco, cobre ou alumínio) em que a natureza e o modo de aplicação serão objecto de prévio
acordo.

4.2 - Protecção por Revestimento Metálico

Protecção contra a corrosão. Os metais empregados para pequenas peças, como por exemplo a
parafusaria, deverão ser estáveis e inalteráveis por natureza ou devido a tratamento. Em
particular, as peças em aço oxidável deverão ser cuidadosamente protegidas, seja por
galvanização a quente, termoionização, cadmiagem, etc, entendendo-se que o procedimento
adaptado deverá ser tal que as peças tratadas satisfaçam nos controlos de recepção definidos
anteriormente.

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Esta protecção será executada após fabrico e de uma maneira particularmente cuidada para as
partes torneadas, de maneira que elas possam ser montadas facilmente e sem folgas ou com
pequenas folgas (caso de galvanização) .

Contudo, admite-se que para os aparelhos que possuam partes aparafusadas (certas caixas por
exemplo) as superfícies torneadas poderão não ser protegidas.

A cuba do transformador deverá ter tratamento por galvanização a quente, por imersão, em
substituição da protecção por revestimento de pintura do parágrafo anterior.

Ensaios de recepção. O número de peças tratadas nos ensaios de recepção será de 1% do número
de peças que compreendem o fornecimento, num mínimo de dois, por lote de 100 peças do
mesmo modelo.

Todas as peças escolhidas serão submetidas, a cargo do Construtor, aos controlos seguintes
executados por um organismo acordado pela REN:

- Controlo de aspecto: as peças deverão apresentar um aspecto uniforme e estarem isentas


de manchas, queimaduras, irregularidades e partes desnudadas.

- Controlo de aderência do depósito: segundo a norma AFNOR A.91.102 ou equivalente.

- Controlo de continuidade do depósito e de porosidade. Este controlo será efectuado quer


por meios químicos (ferrocianeto, ensaio BAUMANN), quer por meios mecânicos
(cortes e micrografias). 0 relatório do organismo de controlo, estabelecendo que os
controlos efectuados correspondem às características do material, tendo satisfeito ao
ensaio tipo, será comunicado à REN. Se todas as peças satisfazerem as condições
prescritas, o lote será aceite; no caso contrário, poderá ser definitivamente rejeitado.

5 - MATERIAIS CONSTITUINTES

O fornecedor definirá claramente os materiais que constituem a cuba, assim como a temperatura
máxima atingida ou tolerada, considerando todas as perdas eléctricas e magnéticas.

6 - ESTANQUICIDADE

A estanquicidade da cuba será verificada por ensaio. 0 fabricante garantirá uma estanquicidade
perfeita.

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7 - COLOCAÇÃO À TERRA

A colocação à terra será assegurada convenientemente.

Serão previstos dois pontos de ligação, à rede de terra geral da Subestação.

8 - CIRCUITOS AUXILIARES

8.1 - Alimentação dos Serviços Auxiliares

Corrente contínua – Definido nas Condições Técnicas Particulares


Corrente alternada 3F + N - 380 V 50 Hz

O fornecimento do equipamento será garantido para qualquer valor da tensão de alimentação


compreendido entre 85% e 115% da tensão nominal.

8.2 – Electrificação

Toda a electrificação entre as diversas partes dos aparelhos previstos no transformador é realizada
pelo fabricante. A ligação a um armário de centralização/dispersão diz respeito também ao
fabricante.

O armário será equipado com réguas de bornes dispostas convenientemente e concebidas de


comum acordo, destinadas a receber todos cabos exteriores para comando, sinalização, alarmes,
protecção, dos transformadores.

Toda a aparelhagem, cabos e condutores serão claramente identificados de forma indelével


conforme as indicações dos esquemas.

8.3 – Esquemas

Todos os esquemas serão concebidos de comum acordo.

Os motores eventuais são previstos com um relé térmico (de rearme manual e sinalizarão à
distância).

O fornecedor assegurará a protecção dos circuitos próprios do seu fornecimento.

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9 - MANUTENÇÃO

9.1 – Generalidades

Os problemas de manutenção e montagem devem ser cuidadosamente analisados, a fim de que


não haja necessidade de recurso a soluções improvisadas. A concepção do equipamento deve ser
tal que:

- as interve nções para a manutenção sejam pouco frequentes e cómodas;

- as desmontagens necessárias para as reparações sejam fáceis;

- as reparações não exijam desmontagens supérfluas;

- a própria montagem não seja complexa.

As indisponibilidades necessárias para as operações de reparação ou manutenção devem ser


reduzidas o mais possível.

9.2 - Montagem

O fornecedor indicará claramente desde a proposta as considerações particulares, que a


REN deverá levar em conta.

9.3 – Manutenção

O fabricante fornecerá as notícias detalhadas para a manutenção do transformador e de cada uma


das partes constituintes.

10 – ENSAIOS

Todos os ensaios serão realizados segundo a normalização CEI respectiva, ou outra se


expressamente indicadas no presente CDE.

10.1 - Ensaios de Tipo

O fabricante deverá fornecer os relatórios de ensaios de tipo realizados sobre transformadores


semelhantes que justifiquem as principais características garantidas para o equipamento.

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10. 2 -Ensaios de Recepção

O transformador, será submetido a uma série de ensaios, que permitam verificar:

a) Ensaios normais na fábrica - Características eléctricas - perdas e rendimentos, aquecimento


b) Ensaios de rigidez dieléctrica
c) Verificação do nível de ruído

10.3 - Ensaios no Local

Após a montagem, o transformador será ensaiado para verificação do seu bom funcionamento.

11 – TIPO CONSTRUTIVO

O transformador será em banho de óleo, para serviço exterior em situação exposta, refrigeração
natural com tomadas para regulação em vazio.

O transformador será de perdas reduzidas; as características das chapas a utilizar serão


indicadas na proposta.

12 - POTÊNCIA NOMINAL - SOBRECARGAS

A potência nominal e os aquecimentos em regime continuo serão os indicados nas condições


técnicas particulares.

Para o funcionamento à carga nominal, sob tensão nominal e com temperatura do ar 30° C, a
proposta dever indicar a temperatura do ponto quente, as temperaturas médias e máximas do
óleo, dos enrolamentos e do núcleo.

Potência em sobrecarga (para transformadores de 20kV)

A proposta deve indicar sob a forma de curvas de aquecimento do ponto quente em função do
tempo para as sobrecargas de 10, 20, 30, 40, 50 e 60% e partindo do estado de equilíbrio de 0, ¼,
2/4, ¾ e 4/4 da carga para uma tensão primária igual a 95% da tensão nominal.

A proposta mencionará igualmente a potência em sobrecarga com aquecimento médio do cobre a


70°C, em marcha contínua, para uma tensão primária igual a 95% da tensão nominal.

A temperatura do ponto quente, estando fixada em 110°C sem perda de duração de vida, é igual à
temperatura ambiente (tomada como 30°C por convenção) adicionada do aquecimento do ponto
quente dado pelas curvas acima mencionadas.

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13 - REGULAÇÃO EM VAZIO

O enrolamento primário será provido de cinco tomadas comutáveis em vazio para uma regulação
de ± 5%, ± 10%.

14 - LIGAÇÃO DOS ENROLAMENTOS

O grupo de acoplamento será: YNyn0, d11.

A ligação dos enrolamentos será executado, como segue:

- Enrolamento 10 kV - Estrela com neutro acessível


- Enrolamento 0,4 kV - Estrela com neutro acessível
- Enrolamento terciário - Triângulo com terminal acessível.

15 - TENSÃO DE CURTO-CIRCUITO

A tensão de curto-circuito, na tomada principal, definida sobre a base da tensão primária nominal
de 10 kV será de 10% ( ± 10%).

A proposta indicará claramente os valores das tensões de curto-circuito sobre todas as tomadas.
A impedância homopolar será tal, que em caso de defeito à terra, do lado MT, a corrente de
defeito não seja superior a 300 A.

16 - CURVA DE MAGNETIZAÇÃO

O fabricante indicará na sua proposta a curva de magnetização do transformador para a


alimentação pelo enrolamento de 10 kV.

17 - QUEDAS DE TENSÃO E RENDIMENTOS

Para a alimentação em 10 kV no primário e potência nominal no secundário, para a tomada


principal e extremas,

a) Quedas de tensão

Cos ϕ = 1 : a indicar na proposta

Cos ϕ = 0,8 : idem

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b) Rendimentos

Base de cálculo: potência nominal

A indicar para Cos ϕ = 1 e 0,8 para cargas de 4/4, 3/4, 2/4 e 1/4.

18 - CLASSE DE ISOLAMENTO

Isolamento dos enrolamentos segundo, CEI,

Primário: classe 17,5 kV


Secundário: classe 1,1 kV

Os neutros dos enrolamentos primários e secundários serão colocados à terra de forma


permanente.

a) Tensão de ensaio, 50 Hz, 1 min.

- entre os enrolamentos MT e outros ligados à massa e à terra... 38 kV


- entre os enrolamentos BT e outros ligados à massa e à terra ... 3 kV

b) Tensão de ensaio ao choque

- MT: 95 kV (cr)

19 - SOBRETENSÃO APLICADA AOS ENROLAMENTOS

Os transformadores serão construídos para resistir à sobretensão de 5% em permanência e de


10% em regime acidental, para todas as tomadas.

20 - RESISTÊNCIA AOS CURTO-CIRCUITOS

O transformador deverá ser previsto com écrans metálicos ligados à cuba, para evitar curto-
circuitos internos entre fases.

O transformador e seus acessórios deverão ser capazes de resistir após marcha contínua em plena
carga, aos efeitos térmicos e dinâmicos de um curto-circuito franco aplicado aos bornes
primários ou secundários de um enrolamento durante 5 segundos.

A REN poderá exigir um ensaio de curto-circuito. A proposta deverá indicar o preço separado,
correspondente.

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21 - POSSIBILIDADE DE SOBRECARGA DOS ACESSÓRIOS

Os acessórios serão concebidos de forma a suportar, pelo menos as mesmas sobrecargas que os
enrolamentos, com aquecimento normal, assim como 1,5 vezes a corrente de regime para todas
as situações de carga.

22 - CONSTANTE DE TEMPO DE AQUECIMENTO

- do transformador: a indicar na proposta

- dos enrolamentos: a indicar na proposta

23 - NÍVEL DE RUÍDO

A proposta indicará o nível de ruído do transformador:


será calculado segundo as normas NEMA PUB n° TR 1, ou a norma CEI 551.

24 – LIGAÇÕES

Lado MT

A alimentação do transformador auxiliar, será realizada, por três cabos unipolares de média
tensão 18/30 kV, de isolamento seco XHIV1x150, provenientes de caixas de fim de cabo,
instaladas junto aos bornes terciários do transformador principal.

Os cabos de MT serão ligados ao transformador auxiliar através de ligadores extraíveis do tipo


“Elastimold" e o seu fornecimento engloba as partes fixas e moveis. As caixas de fim de cabo
encontram-se igualmente incluídas no fornecimento.

Observações:

A estanquicidade será perfeita, com óleo quente a 100° C.

Serão tomadas todas as precauções, para que o ar não se possa acumular nas golas de fixação dos
ligadores. Serão concebidos para resistir aos esforços electrodinâmicos e mecânicos. Em nenhum
caso, os bornes ou ligadores. limitarão as possibilidades de sobrecarga do transformador.

As características das ligações será indicada claramente na proposta.

Lado de BT

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As extremidades dos enrolamentos BT e do neutro, sairão da cuba do transformador, por 4 bornes
do tipo travessia, protegidos por uma caixa.

Haverá um quadro, acessível por porta, que conterá, alem das travessias, um disjuntor de corrente
nominal igual a 800 A. 0 armário, terá saídas previstas para cabo VHIAV unipolar de 185 mm2 .
Estão previstos dois cabos por fase e um cabo para o neutro.

O disjuntor deverá dispor de um bloco de contactos 2NA+2NF e de bobina de disparo.

25 - EXTENSÃO DO FORNECIMENTO

O transformador será fornecido completo e compreende nomeadamente:

A – Cuba

O modo de construção das faces, da tampa e do fundo será indicado claramente na proposta.
A tampa será fixa por parafusos.

A cuba, a tampa e os radiadores serão perfeitamente estanques e poderão suportar:

- uma pressão de 0,25 kg/cm


- uma depressão de 0,25 kg/cm
- o tratamento do óleo sob vácuo parcial.

B - Armário de acessórios

Os cabos de BT da instalação exterior, chegarão a um só armário estanque situado no


transformador, facilmente acessível, com porta equipada de fechadura.

A repartição dos cabos para os diferentes órgãos faz parte do fornecimento.

Será reservada uma altura livre de 20 cm pelo menos entre a régua de bornes mais baixa e o
fundo do armário.

As extremidades dos circuitos de protecção, comando e sinalização serão reagrupados nas


partes fixas de fichas multipolares. Estas fichas serão da marca Harting, estanque. As fichas
estarão compreendidas no fornecimento que compreende também as partes móveis.

O armário conterá uma resistência de aquecimento com termostato, assim como uma
lâmpada para iluminação e uma tomada monofásica 220 V. Os condutores serão
identificados em cada borne ou aparelho.

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O transformador será ligado a um edifício de comando, por vários cabos BT que servirão
para ligar:

- ordem e indicação necessária aos outros equipamentos

- dispositivos de protecção e sinalização.

O fabricante indicará na sua proposta, o número de condutores reservados para este efeito.
Deve ser prevista uma reserva de 20%.

C - Acessórios

Os diversos bornes serão calibrados para suportar, com aquecimento normal, a


passagem de pelo menos 1,5 vezes a corrente nominal, da tomada mais elevada.

O conservador de óleo será calculado de tal forma que a expansão do óleo seja
possível entre as temperaturas de -5° C a +100° C, supostas uniformes e que possa
suportar uma depressão ou uma pressão de 0,25 kg/cm 2 .

Será equipado com:

- indicador de nível, de quadrante com 2 contactos NA independentes

- tampão de enchimento

- válvula de esvaziamento

- secador de ar - Silicagel

- relé bucholz

- termómetro.

A disposição dos acessórios é a indicada no desenho.

A caixa de bornes dos circuitos auxiliares deverá situar-se do lado dos terminais de B.T.

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2 3 4

Legenda

1 – Secador 4 - Termómetro

2 - Nível de óleo 5 - Chapa de Características

3 - Relé Bucholz 6- Comutador (1 por fase)

O fornecimento compreende ainda uma protecção contra curto-circuito fase-terra na rede


MT.

Esta protecção é constituída por um relé para instalar na Casa de Painel e por um
transformador toroidal de corrente, incluído neste fornecimento, montado estrategicamente
sobre a cuba, de modo a detectar no cabo de ligação do neutro MT à terra, uma corrente de
curto-circuito fase-terra, cujo valor será, no caso de defeito franco, 300 A.

Em anexo junta-se uma especificação tipo para esta protecção.

O transformador repousará sobre uma zorra com rodados orientáveis em duas direcções
perpendiculares, para deslocamento sobre carris. As bitolas transversais e longitudinais,
serão a definir na proposta.

Serão previstas duas referências em cada extremidade do chassis e em duas direcções que
permitam controlar a boa horizontalidade do aparelho, na sua colocação no lugar.

Válvulas da cuba

- Esvaziamento da cuba do transformador (fundo da cuba)

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- Válvulas para filtragem (e amostragem), uma situada no alto da cuba e outra no fiando,
oposta segundo a diagonal da cuba.

Observações:

As posições de abertura e fecho das diferentes válvulas serão perfeitamente


representadas e visíveis do solo.

Existirá uma placa gravada inalterável, que indicará a função da respectiva válvula.

As válvulas de purga do Buchholz e colheita de amostras serão colocadas à


altura de um homem.

0 termómetro de mostrador de 150 mm indicando a temperatura do óleo mais


quente, será munido de dois contactos reguláveis, independentes, NA, para
tensão Vcc definida. A sua regulação poderá ser efectuada do exterior da caixa
e será insensível às vibrações do transformador. 0 termómetro será graduado
de -10° C a +120° C e poderá ser retirado sem necessidade de esvaziamento do
óleo do transformador.

Serão previstos também:

- Quatro apoios para macacos

- 4 olhais de suspensão

- 2 tomadas de colocação à terra da cuba

- Olhais para tracção, segundo dois eixos

- Bolsas na cuba - 3 bolsas idênticas, 1 para o termómetro e 2 de reserva.

Placas sinaléticas construídas em material inalterável e conforme a norma CEI 76. Uma
placa indicará, nomeadamente o esquema das ligações, o tipo de óleo de enchimento e
inibidor, assim como a depressão interior, que pode ser suportada pela cuba. Outra placa
indicará um plano de situação do conjunto das válvulas e torneiras do transformador e a sua
designação.

D - Electrificação

Todas as cablagens exteriores relativas aos acessórios e aos diferentes armários


serão executados com dispositivos estanque e com cabos capazes de resistir à
acção do óleo a uma temperatura de 120° C

A classe de Isolamento destes cabos BT será de 1000 V.

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Os armários ou caixas serão do tipo exterior, estanques à água e equipados com resistência
de aquecimento alimentados por circuito independentes (tensão de alimentação disponível 3F
+ N, 380 V, 50 Hz).

Todos os cabos BT serão previstos com fichas Harting.

26 - LIMITES DE FUNCIONAMENTO DOS AUXILIARES

Os auxiliares deverão funcionar correctamente para uma variação de ± 15%. da sua


tensão nominal (relés, contactores,etc.).

27 - PEÇAS DE RESERVA

Estão compreendidos no fornecimento as seguintes pegas de reserva:

- um ligador tipo "Elastimold" MT

- um borne BT

- um relé buchholz

- uma caixa de fim de cabo.

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Direcção de Equipamento e Sistemas

DEPARTAMENTO SUBESTAÇÕES

Transformador Serviços Auxiliares

CONDIÇÕES TÉCNICAS PARTICULARES (CTP)

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CONDIÇÕES TÉCNICAS PARTICULARES (CTP) – TB011

TRANSFORMADORES DE SERVIÇOS AUXILIARES

DESCRIÇÃO UNID. REQUERIDO PROPOSTO

1 - Características rede de alta tensão

- Tensão nominal (MAT) kV 150 --------


- Corrente de curto-circuito (MAT) kA 31,5 --------
- Tensão nominal (AT) kV 60 --------
- Corrente de curto-circuito (AT) kA 31,5 --------
- Frequência Hz 50 --------
- Número de fases 3 --------
- Factor de defeito à terra 1,4 --------
- Duração máxima do defeito à terra s 3 --------

2 – Características do terciário
do transformador de potência

- Tensão nominal kV 10
- Classe de isolamento kV 17,5
- Tensão de ensaio (50 Hz) kV 38
- Tensão de ensaio ao choque kV(cr) 95

3 - Características do transformador
de serviços auxiliares

- Fabricante
- Tipo
- Tensões de serviço
Primário kV 10
Secundário kV 0,4
- Potência nominal kVA 400
- Aumentos máximos da temperatura
Do óleo ºC 60
Dos enrolamentos ºC 65
- Linha de fuga específica mm/kV ≥25
- Tensão de curto-circuito kV

4 – Tensão de comando - serviços auxiliares V 110

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