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Diário de Estudos 2 – Parte 1

Inicialmente, é apresentado a nós que os filósofos gregos viam a política não


só como um método de organização social, mas também como uma parte
natural da vida que deveria ser utilizada e manipulada para conseguirmos
chegar aos nossos objetivos que no texto é especificado como a vida boa.
Portanto, para chegarmos à vida boa, uma vida definida por racionalidade,
justiça e felicidade; é necessário a existência da cidade ideal, para isso a
política e a filosofia são extremamente necessárias.
Em seguida, são apresentadas três ideias diferentes que vão formar
pensamentos políticos diferentes, mas antes é necessário termos em mente
que todos esses pensamentos são Pós-Socráticos, isto é, são pensamentos
que vieram após os de Sócrates, que utilizou a filosofia para refletir sobre
questões antropocêntricas, como a política, a racionalidade do homem e a
sociedade. Ou seja, tudo começou quando Sócrates coloca a filosofia como
uma ciência que é capaz de explicar não só a natureza, mas também a
humanidade.
Assim, na sociedade intelectual grega Pós-Sócrates temos como principais
influenciadores e fundadores do pensamento político:

Os Sofistas, eram intelectuais que acreditavam que a polis, suas leis e regras
eram formadas através de uma convenção entre todos os membros da pólis ao
perceber que a vida em grupo é mais útil e mais próxima do conceito de vida
boa, do que uma vida individual e solitária. Para eles, as leis poderiam ser
mudadas através de debates que por sua vez geraria um consenso entre os
indivíduos finalmente chegando à mudança ou não da lei. Assim, os Sofistas
eram reconhecidos pelo seu grande poder de convencimento já que um
indivíduo Sofista tinha uma retórica extremamente desenvolvida. Desse modo,
esse grupo tinha grande influência política por seu grande poder de
manipulação não só das massas, mas também de aristocratas da época que os
contratavam como professores de retórica.

Platão, diferente dos Sofistas, acreditava que a polis tem um caráter natural.
Para explicar a estrutura política da polis é necessário primeiro entender como
Platão definia a estrutura de um indivíduo, já que ele estabelece uma
ambiguidade entre eles. Para o Grego, os seres humanos são divididos em três
princípios de atividades: a alma concupiscente, que buscava a satisfação
somente do corpo, ou seja, era um lado mais “selvagem” que buscava somente
o prazer; a alma irascível, que defende o corpo contra agressões externas seja
elas naturais ou humanas; e a alma racional que se dedica ao conhecimento,
seja ele puramente racional ou empírico. O indivíduo justo, sempre deve ter
como dominante o princípio da alma racional, para que assim a justiça ética e
moral domine as outras e forme o homem ideal. Nesse mesmo sentido, Platão
afirma que a estrutura da sociedade é formada por três classes: a classe
econômica (comerciantes, artesãos e proprietários de terra), a classe militar
(soldados e comandantes), a classe dos magistrados (Filósofos, políticos,
professores e etc). Assim como o poder racional do indivíduo justo deve ser
maior do que todos os outros, o poder racional da sociedade (a classe dos
magistrados) deve comandar a polis e ser dominante sobre os outros poderes
(militar e econômico). Dessa maneira, para Platão o modelo político ideal,
definido por ele como “República”, é aquele no qual o poder dominante e
decisivo está “nas mãos” de filósofos, professores, e intelectuais no geral.

Aristóteles, constituiu uma ideia bem diferente dos Sofistas e de Platão, já que
utilizava o conceito de partilhável e participável para definir uma sociedade
justa. Partilhável é representa um bem que pode ser dividido e distribuído,
como por exemplo o dinheiro; já o participável é definido por aquilo que é
indivisível que não pode ser compartilhado, apenas participado, como por
exemplo a política. Dessa maneira, a cidade ideal deveria manter a igualdade
entre os indivíduos utilizando para o partilhável, porções desiguais para grupos
desiguais se tornarem iguais, assim gerando uma sociedade economicamente
igualitária. Já a justiça de bens participáveis deve ser definida pelos próprios
cidadãos, já que a comunidade deve decidir como deve ser feita tal
participação e qual deve ser a essência e o foco do “governo escolhido”. Logo,
o estilo de governo vai depender do que a população valoriza em sua
sociedade, por isso, para Aristóteles, as cidades gregas tinham diferentes
formas de governança, pois em cada cidade existia diferentes valores que as
definia.

Diário de Estudos - Parte 2

Nicolau Maquiavel
No século XV, Maquiavel escreve seus livros que mudariam a história pra
sempre, tais livros que influenciou principalmente os líderes autoritários
italianos da época. Para ele, a estabilidade do Líder de algum Reino,
Principado, Ducado e entre outros, deveria ser absoluta, e o Líder deveria fazer
radicalmente tudo que fosse possível para manter seu título. Para isso, o
florentino escreve o seu principal livro “O Príncipe”, no qual ele deseja
estabelecer como é a política e como deve ser feita.
Em “O Príncipe”, o autor afirma que os seres humanos são naturalmente maus
e desse modo são causadores da sua própria desgraça e instabilidade, sendo
assim necessário um processo de “adestramento do povo”. Segundo ele, o
grande problema é que sempre existem duas vertentes de forças, o “príncipe”
quer dominar o povo, porém o povo não quer ser dominado, entretanto se
existissem forças para o mesmo sentido, isto é, se o povo aceitasse
completamente o domínio, essa instabilidade e caos não existiriam.
Para solucionar os problemas causados pelas forças contrarias, que por sua
vez existem por conta da natureza humana, Maquiavel estabeleceu dois tipos
de governança:
O Principado – Utilizado principalmente para reestabelecimento da ordem
quando necessário, caracterizado por um governo unificado, centralizado e
forte que garantiria a instauração da República após a “regeneração do
principado”. O autor ressalta que o príncipe não é um ditador, mas é a peça
fundamental para a não degradação e restauração total da nação
A República - Após o período de Principado, a sociedade estaria pronta para
um novo estilo de governo mais “livre”, já que esta devidamente educada para
não se virar contra o Estado e assim formar uma sociedade virtuosa com
instituições e um sentimento de cidadania fortes.
Finalizando, Maquiavel também descreve que é necessário ter virtù., isto é,
para ser o príncipe, é necessário ser virtuoso, corajoso, forte e etc, para assim,
manter o Estado com estabilidade e honra.

Thomas Hobbes

Hobbes, como um contratualista, ou seja, um filósofo defensor de que a


humanidade estabelece o Estado através de um contrato social, no qual o
homem em seu estado natural vive em um estado de guerra, egoísmo e caos.
Para entendermos sua teoria é essencial pontuar que o homem de Hobbes não
era um selvagem e sua natureza não se modifica com uma mudança histórica,
social ou temporal, sendo assim, a essência humana em cada um de nós é
imutável. Portanto, para o filósofo, toda a ideia do contrato social é
fundamentada nessa natureza do homem.
Dessa forma, Hobbes define que os homens tem natureza tão similares que
são capazes de obter pensamentos e ações iguais. O britânico também afirma
que uma das únicas diferenças de pensamentos naturais entre os seres
humanos é a concepção vaidosa de que é mais sábio entre todos os outros. E
isso, segundo ele, geraria um estado de guerra, pois individualmente todos os
membros de uma comunidade supõem o pensamento do outro, e não obtêm
respostas, assim, não é possível prever um ataque, logo, a decisão mais
natural do homem é um atacar o outro, já que todos se consideram mais
poderosos do que os outros, para prevenir um possível ataque. Então, sem um
Estado poderoso que oprime e controla, a atitude natural do homem é viver em
um estado de guerra permanente.
Em suma, o contrato social de Thomas Hobbes é fundamentalmente baseado
no que ele pensa do estado natural do homem (que é muitas vezes confundido
como a de um homem selvagem), no qual todos os indivíduos pensam que são
melhores que os outros e gerando, desse modo, o desrespeito entre si
próprios, a guerra como modo de prevenir ataques não esperados e, para
sanar esses problemas, o Estado. Logo, é essencial ter um Estado opressor,
forte e centralizado o suficiente para controlar e impor regras a sociedade,
assim destruindo o estado de guerra permanente da sociedade. Por isso, a
monarquia absolutista é considerada por Thomas como o melhor tipo de
governo.

John Locke

Inicialmente, devemos compreender que, Locke é um filósofo liberal e é


também considerado um dos patronos do empirismo e do liberalismo. Assim
como Hobbes, Locke afirma que a sociedade é mediada por um contrato social,
porém, diferente de Hobbes, o homem que se encontra em seu estado de
natureza não está em guerra com os outros, já que eram dotados de razão e
desfrutam de uma propriedade.
Para o inglês, o homem, desde o seu estado de natureza, gera a propriedade
privada através do trabalho, isto é, cada indivíduo tem os seus bens pessoais
que foram e são gerados através do trabalho individual. Sendo assim, é
essencial que os indivíduos consigam proteger o que é unicamente seu,
portanto, para o filosofo, o que vai estabelecer o Estado é a garantia que todos
tenham seus direitos conservados.
Assim, o Estado deve ter forma de governo na qual a maioria de indivíduos
governam, porém a minoria é respeitada. Desse modo, o governo ideal para o
autor é aquele que há a dominância do poder Legislativo, mas também há a
participação secundaria dos poderes executivo, confiado ao príncipe, e
federativo, encarregado de todas as relações diplomáticas internacionais.
Contudo, John Locke estabelece que o Estado é formado através do consenso
entre indivíduos que querem a proteção de suas propriedades privadas. É
importante pontuar que, se Estado não estiver respeitando a individualidade e
propriedade privada os cidadãos, os mesmos tem total direito de ataca-lo, já
que essa ação do Governo é considerada como uma declaração de guerra e
não cumprimento do que é necessário se transformando, assim, em uma
tirania.
Montesquieu

Apesar de Montesquieu ser um nobre francês, ele é considerado um Iluminista


e escreveu suas obras com uma visão liberal e democrática, assim,
subjugando poder para sua classe social; outra característica de seus textos é
que suas problemáticas e soluções são típicas de um período posterior a sua
época.
O grande foco do francês é estabelecer características de um novo regime
(Pós-monarquia absolutista) que consiga ter uma estabilidade maior. Assim,
ele, procurou sistematizar os modos de governo e separar as suas “qualidades”
e seus “defeitos”, para que fosse possível adicionar ao novo regime as
características boas e evitar as ruins. Essa padronização levou-o para a para
dois aspectos da política eles são: A separação dos três poderes e a tipologia
dos governos.
Até Montesquieu, a definição de lei era algo completamente teológico, no qual
Deus as definia, elas continham uma autoridade legitima, uma ordem natural
que era imutável e uma finalidade divina que era perfeita. Sendo assim,
Montesquieu reformulou o conceito de Lei ao estabelecer que elas, no governo
ideal, deveriam ser mutáveis e criadas por homens para reger a sociedade dos
homens, ou seja, em sua ideia, o homem deve criar as instituições, definidas
pelo filosofo como os três poderes, para assim criar as leis que seriam
baseadas não em algo teológico, mas em algo social e político, no qual a
própria sociedade faz a lei dela. Desse modo, o autor também explica que a
criação dessas leis irá depender de vários conceitos, essa relação é definida
como “Leis positivas x Diversas coisas”, na qual ele afirma que não existe
definição certa para “Diversas coisas”, porém podem ser resumidas como
diferenças climáticas e territoriais da nação, estilo de vida, costumes, práticas
econômicas entre outras. Concluindo, Montesquieu revolucionou o modo de
compreender as leis e os sistemas de governo.
Finalizando, para Montesquieu não importa se o novo governo vai ser uma
monarquia, república mercante, democracia entre outras; o que realmente
importa para ele é que ela seja estável e para isso deve seguir o método dos
três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) de modo com que esses
poderes estejam sempre equilibrados e um “freando o outro
democraticamente”. Outro ponto importante para ele é que as leis criadas pelos
três poderes tenham um sentido social, ou seja, não se torne simplesmente
uma regra sem sentido lógico, mas algo que a sociedade e as pessoas
definiram aquela Lei.
Jean-Jacques Rousseau

Rousseau, é mais um filósofo iluminista, vai afirmar resumidamente que o


homem em seu estado natural é bom, mas a sociedade o corrompe, assim, ao
contrário do que os outros contratualistas afirmam, o indivíduo era totalmente
capaz de viver sem a necessidade de um contrato social (Estado), desde que
não existisse a propriedade privada. Desse modo, o suíço descreve que o
homem em seu estado natural é dominado pelo o que ele define como “O dom
selvagem” que seria o a virtude do ser humano de viver uma vida simples e
incomplexa, porém natural, na qual o indivíduo é um ser solitário, livre e feliz.
Dessa maneira, Rousseau, acredita que a propriedade privada é o grande
problema da humanidade, segundo ele, a corrupção do homem bom começa
quando determina que um território é seu, já que isso só seria possível se toda
a humanidade definisse e concordasse de quem são as terras,
consequentemente não existem donos de terra uma vez que esse processo
teria que ser executado. Sendo assim, o contrato social vigente só estabelece
benefícios pra quem é dono da terra, para os grandes proprietários do mundo,
que criou um sistema para proteger a si próprios e “a seus bens”, assim,
naturalizando a justiça e institucionalizando a paz que precisam para escravizar
os demais que não possuem propriedades. Concluindo, Rousseau vê o
contrato social vigente como fruto da criação da propriedade privada, que é a
grande injustiça e o grande problema do “homem social”.
Entretanto, o autor ao mesmo tempo que afirma a invalidade do contrato social
vigente, diz que existe uma forma de purificar a humanidade através de um
contrato social diferente, no qual seria estabelecido pela vontade geral do povo
e ocorreria a entrega total à comunidade, ou seja, todos indivíduos teriam uma
participação ativa como cidadão, em uma sociedade que seria transformada
não só pela participação política do povo, mas também pela pedagogia e
educação que finalmente libertaria o homem do sistema opressor gerado pela
criação da propriedade privada.

Karl Marx

Marx, talvez o mais conhecido entre todos deste diário, foi um filósofo alemão
que criou e sistematizou o comunismo, socialismo utópico e científico, ou seja,
Karl Marx acreditava que o mundo era completamente injusto por conta da
“Guerra de Classes” definida por uma grande diferença socioeconômica da
sociedade, no qual o indivíduo que trabalha nas industrias, que não possui
terra, “o proletariado” é oprimido pelo sistema (contrato social) dominado pelos
grandes capitalistas que só pensam em lucrar cada vez mais. Assim, para
construir uma nova sociedade justa e livre é necessário a tomada de poder
através de uma revolução do proletariado, desse modo, instaurando uma
ditadura do povo trabalhador que não permitiria injustiças e seria um mundo
perfeito. Dessa forma, esse processo de transição entre o capitalismo e
comunismo (o mundo igual, justo e maravilhoso) é chamado de socialismo, no
qual ocorre através da abolição da propriedade privada e da tomada de poder
pelo proletário, mudanças não só econômicas, mas também culturais,
religiosas entre muitas outras. Ao finalizar todo o processo de mudança através
do socialismo, acontece a transição para o comunismo onde o estado não é
necessário e há a sua abolição, finalmente a instituição do Estado justo e
perfeito.

Parte 3

Relação Virtù e Fortuna de Maquiavel

Na época de Maquiavel, era muito comum a crença na predestinação, assim,


para refutar tal dogma, ele estabelece que o homem deve ter domínio sobre a
fortuna e consequentemente ter virtù. As definições feitas pelo filósofo são
baseadas nos ensinamentos de historiadores clássicos que diziam que a
Fortuna era uma deusa a qual deveria se atrair, já que esta deusa possuía os
bens que todos os homens desejam: honra, glória, riqueza e poder. A grande
questão era, “como atrair tal deusa?”, os homens da antiguidade clássica
respondem que era necessário ser um homem de tremenda coragem, mostrar-
se vir, ter características fortes e puras de um homem poderoso.
Dessa Forma, Maquiavel estabelece uma analogia da relação Virtù e Fortuna
para explicar a relação Virtù e Poder do príncipe, já que quanto maior o poder é
necessário mais Vírtu como já vimos na parte 2.
Portanto, o príncipe deve ter Vírtù para se manter poderoso e deve fazer o
possível, praticamente não medindo as circunstâncias para obter seus
resultados, uma frase que ficou muito famosa para se descrever Maquiavel é:
“Os fins justificam os meios”. Logo, para o autor, o que realmente importa é que
o príncipe deve ser forte e fazer o que for necessário, mesmo que isso gere um
caos, para se manter no poder.
Finalizando, na minha visão, Maquiavel é muito útil para entendermos sistemas
de governo autoritários do mundo contemporâneo como por exemplo: a
ditadura chinesa e a norte-coreana; no qual o povo é iludido e há uma lavagem
cerebral completa para manter as ditaduras, e se houver vazamento de
informações ou qualquer coisa que não tenha a aprovação do governo o
indivíduo pode ser condenado e morto por traição, ou preso até morrer.
Ou seja, esses sistemas fazem com que o povo ame os líderes por meio da
força, faz com que o indivíduo faça tudo dentro das coisas que são
estabelecidas pelo governo ou morra lutando contra o sistema.

O espírito das leis de Montesquieu

Montesquieu formulou o conceito de “Espírito das Leis”, a Lei, no governo ideal,


deveria ser mudável e criada por homens para reger a sociedade dos homens,
ou seja, em sua ideia, o homem deve criar as instituições, definidas pelo
filosofo como os três poderes, para assim criar as “leis positivas” que seriam
baseadas não em algo teológico, como era feito anteriormente, mas em algo
social e político, no qual a própria sociedade faz a lei que regem ela própria.
Desse modo, o autor também explica que a criação dessas leis seria feita de
maneira relativa para povo, essa relação é definida como “Leis positivas x
Diversas coisas”, na qual ele afirma que não existe definição certa para
“Diversas coisas”, porém podem ser resumidas como diferenças climáticas e
territoriais da nação, estilo de vida, costumes, práticas econômicas entre
outras.
Assim, em uma sociedade, na qual todos os membros que a formam compõem
as leis não é possível que um deles desrespeite o que a maioria decidiu, já que
ele estaria não só desrespeitando o direito dos outros, mas também destruindo
o sistema, uma vez que se ele tem o direito de quebrar uma lei, os outros
membros também tem.
Nos dias contemporâneos, é fundamental entender o conceito de “Espírito das
Leis” para, assim, entender praticamente todas as democracias do mundo.
Montesquieu, foi o primeiro a dividir o Estado em três poderes como temos hoje
em dia, e seu conceito de como uma sociedade deve criar suas normas e
regras são as utilizadas atualmente. Ou seja, entender Montesquieu é entender
como teoricamente funcionam os sistemas de governos como o brasileiro.

Rousseau e o Contrato Social


Rousseau como vimos na parte 2 do diário é um Filosofo antipropriedade
privada e afirma que o homem em seu estado natural não necessita de um
contrato social, já que não há a propriedade privada. Porém, já que o homem
foi corrompido por tal fator consumista, individualista e capitalista; para
vivermos em uma sociedade justa é necessário desfazer o contrato social
vigente que é utilizado somente para garantir mais privilégios para quem já tem
bens, e instaurar um modelo comunitário, sem propriedade privada, com a
utilização da participação política e educação em massa como principais
pilares para o “novo modelo sociedade”.
Contemporaneamente, é praticamente impossível enxergar o modelo de
Rousseau no mundo, já que cada dia que passa temos um mundo cada vez
mais consumista e capitalista, ou seja, a ideia de não existir propriedade
privada está ficando cada vez mais utópica na sociedade. Na minha visão o
modelo de Rousseau é impossível na prática, visto que:
 As revoluções socialistas e anticonsumo não funcionaram e só dão
origem a modelos autoritários e corrompidos, como o modelo soviético.
 É utópico pensar em mundo que é formado por grandes empresas
permitir que a propriedade privada seja extinta se não for para eles
ficarem mais poderosos.
 As pessoas nunca vão ter poder suficiente para fazer uma revolução que
seja mais poderosa que a corrupção e o poder capitalista.

Finalizando, o Modelo e as ideias de Rousseau são muito interessantes, mas


não vejo tais ideias sendo colocadas em praticas no mundo real. Portanto, o
autor dizia que era possível “desfazer a corrupção que a propriedade privada
gerou no homem” através da mudança do contrato social, para mim, tal pratica
é totalmente utópica.

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