Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Os Sofistas, eram intelectuais que acreditavam que a polis, suas leis e regras
eram formadas através de uma convenção entre todos os membros da pólis ao
perceber que a vida em grupo é mais útil e mais próxima do conceito de vida
boa, do que uma vida individual e solitária. Para eles, as leis poderiam ser
mudadas através de debates que por sua vez geraria um consenso entre os
indivíduos finalmente chegando à mudança ou não da lei. Assim, os Sofistas
eram reconhecidos pelo seu grande poder de convencimento já que um
indivíduo Sofista tinha uma retórica extremamente desenvolvida. Desse modo,
esse grupo tinha grande influência política por seu grande poder de
manipulação não só das massas, mas também de aristocratas da época que os
contratavam como professores de retórica.
Platão, diferente dos Sofistas, acreditava que a polis tem um caráter natural.
Para explicar a estrutura política da polis é necessário primeiro entender como
Platão definia a estrutura de um indivíduo, já que ele estabelece uma
ambiguidade entre eles. Para o Grego, os seres humanos são divididos em três
princípios de atividades: a alma concupiscente, que buscava a satisfação
somente do corpo, ou seja, era um lado mais “selvagem” que buscava somente
o prazer; a alma irascível, que defende o corpo contra agressões externas seja
elas naturais ou humanas; e a alma racional que se dedica ao conhecimento,
seja ele puramente racional ou empírico. O indivíduo justo, sempre deve ter
como dominante o princípio da alma racional, para que assim a justiça ética e
moral domine as outras e forme o homem ideal. Nesse mesmo sentido, Platão
afirma que a estrutura da sociedade é formada por três classes: a classe
econômica (comerciantes, artesãos e proprietários de terra), a classe militar
(soldados e comandantes), a classe dos magistrados (Filósofos, políticos,
professores e etc). Assim como o poder racional do indivíduo justo deve ser
maior do que todos os outros, o poder racional da sociedade (a classe dos
magistrados) deve comandar a polis e ser dominante sobre os outros poderes
(militar e econômico). Dessa maneira, para Platão o modelo político ideal,
definido por ele como “República”, é aquele no qual o poder dominante e
decisivo está “nas mãos” de filósofos, professores, e intelectuais no geral.
Aristóteles, constituiu uma ideia bem diferente dos Sofistas e de Platão, já que
utilizava o conceito de partilhável e participável para definir uma sociedade
justa. Partilhável é representa um bem que pode ser dividido e distribuído,
como por exemplo o dinheiro; já o participável é definido por aquilo que é
indivisível que não pode ser compartilhado, apenas participado, como por
exemplo a política. Dessa maneira, a cidade ideal deveria manter a igualdade
entre os indivíduos utilizando para o partilhável, porções desiguais para grupos
desiguais se tornarem iguais, assim gerando uma sociedade economicamente
igualitária. Já a justiça de bens participáveis deve ser definida pelos próprios
cidadãos, já que a comunidade deve decidir como deve ser feita tal
participação e qual deve ser a essência e o foco do “governo escolhido”. Logo,
o estilo de governo vai depender do que a população valoriza em sua
sociedade, por isso, para Aristóteles, as cidades gregas tinham diferentes
formas de governança, pois em cada cidade existia diferentes valores que as
definia.
Nicolau Maquiavel
No século XV, Maquiavel escreve seus livros que mudariam a história pra
sempre, tais livros que influenciou principalmente os líderes autoritários
italianos da época. Para ele, a estabilidade do Líder de algum Reino,
Principado, Ducado e entre outros, deveria ser absoluta, e o Líder deveria fazer
radicalmente tudo que fosse possível para manter seu título. Para isso, o
florentino escreve o seu principal livro “O Príncipe”, no qual ele deseja
estabelecer como é a política e como deve ser feita.
Em “O Príncipe”, o autor afirma que os seres humanos são naturalmente maus
e desse modo são causadores da sua própria desgraça e instabilidade, sendo
assim necessário um processo de “adestramento do povo”. Segundo ele, o
grande problema é que sempre existem duas vertentes de forças, o “príncipe”
quer dominar o povo, porém o povo não quer ser dominado, entretanto se
existissem forças para o mesmo sentido, isto é, se o povo aceitasse
completamente o domínio, essa instabilidade e caos não existiriam.
Para solucionar os problemas causados pelas forças contrarias, que por sua
vez existem por conta da natureza humana, Maquiavel estabeleceu dois tipos
de governança:
O Principado – Utilizado principalmente para reestabelecimento da ordem
quando necessário, caracterizado por um governo unificado, centralizado e
forte que garantiria a instauração da República após a “regeneração do
principado”. O autor ressalta que o príncipe não é um ditador, mas é a peça
fundamental para a não degradação e restauração total da nação
A República - Após o período de Principado, a sociedade estaria pronta para
um novo estilo de governo mais “livre”, já que esta devidamente educada para
não se virar contra o Estado e assim formar uma sociedade virtuosa com
instituições e um sentimento de cidadania fortes.
Finalizando, Maquiavel também descreve que é necessário ter virtù., isto é,
para ser o príncipe, é necessário ser virtuoso, corajoso, forte e etc, para assim,
manter o Estado com estabilidade e honra.
Thomas Hobbes
John Locke
Karl Marx
Marx, talvez o mais conhecido entre todos deste diário, foi um filósofo alemão
que criou e sistematizou o comunismo, socialismo utópico e científico, ou seja,
Karl Marx acreditava que o mundo era completamente injusto por conta da
“Guerra de Classes” definida por uma grande diferença socioeconômica da
sociedade, no qual o indivíduo que trabalha nas industrias, que não possui
terra, “o proletariado” é oprimido pelo sistema (contrato social) dominado pelos
grandes capitalistas que só pensam em lucrar cada vez mais. Assim, para
construir uma nova sociedade justa e livre é necessário a tomada de poder
através de uma revolução do proletariado, desse modo, instaurando uma
ditadura do povo trabalhador que não permitiria injustiças e seria um mundo
perfeito. Dessa forma, esse processo de transição entre o capitalismo e
comunismo (o mundo igual, justo e maravilhoso) é chamado de socialismo, no
qual ocorre através da abolição da propriedade privada e da tomada de poder
pelo proletário, mudanças não só econômicas, mas também culturais,
religiosas entre muitas outras. Ao finalizar todo o processo de mudança através
do socialismo, acontece a transição para o comunismo onde o estado não é
necessário e há a sua abolição, finalmente a instituição do Estado justo e
perfeito.
Parte 3