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Evolução dos Modelos Atômicos

Alunos: Matheus Alves Cardoso de Barcelos, Júlia Alves de Souza Moreira e Leonardo
Rodrigues Pietro.
Curso: Licenciatura em Física

A busca por entender a natureza e a origem da matéria sempre intrigou os seres humanos.
Diversos filósofos e, posteriormente, cientistas ao longo da história dedicaram suas vidas
com o objetivo de desvendar os mistérios do universo a fim de entender a constituição da
matéria. Assim, apesar da ciência ter ajudado muito a sistematizar o processo de
descoberta do que é verdadeiro, podemos afirmar que em toda a história da humanidade,
o homem cria perguntas e busca respondê-las. Uma das perguntas mais icônicas e
relevantes é: “O que compõe o mundo material?''.
Vários homens propuseram modelos que caracterizavam o que eles acreditavam ser a
estrutura fundamental da matéria, com o passar do tempo vários modelos foram sendo
melhorados e descartados até chegar na ideia de átomo que temos hoje.

Fonte: https://uwaterloo.ca/chem13-news-magazine/april-2018/feature/know-limit-and-teach-within-it-part-3-evolution-and
Período Pré-Científico
A ideia da palavra átomo surgiu na antiguidade, através dos filósofos gregos pré-
socráticos, Demócrito de Abdera, por volta de 460 a.C e Leucipo, que nasceu em 500 a.C.
Ambos ficaram conhecidos por afirmar que o mundo material era constituído por átomos,
isto é, toda a matéria é formada pelas menores partículas possíveis e acreditavam que a
origem de tudo que percebiam pelos sentidos se encontrava no átomo que por definição
seria um constituinte básico de toda a matéria e que não poderia ser dividido. (PEDUZZI,
2008)
Tanto Demócrito como Leucipo foram os precursores da ideia de que a origem do
universo e da matéria estava relacionada com objetos muito pequenos, “invisíveis” e
indivisíveis que se ligavam para formar o mundo que conhecemos. Em seus pensamentos
os filósofos não determinam um modelo preciso de como seriam os “átomos”, mas
chegaram a estabelecer algumas relações entre essas “partículas”, Demócrito acreditava
que partículas eram formadas do mesmo material, porém para explicar as diferenças entre
eles o filósofo afirmava que essas tinham diferentes tamanhos, geometrias, movimentos
e formas. (PEDUZZI, 2008)

Segundo Leucipo e Demócrito, características como por exemplo cor, sabor e cheiro
correspondem a maneira pela qual os nossos sentidos percebem as estruturas formadas
pelas combinações dos átomos; utilizando uma linguagem moderna, poderíamos dizer
que não são mais propriedades intrínsecas aos objetos, mas representações subjetivas que
fazemos deles. (PORTO, 2013)

Fonte:https://www.omundodaquimica.com.br/academica/imagens/fq_gregos.jpg
Aristóteles adota no Livro IV de “Física”, a existência do vazio na matéria, no qual
Epicuro se fundamenta para descrever sua ideia também atomista que explicava
principalmente o por que certos objetos de elementos diferentes têm diferentes pesos,
(PEDUZZI, 2008), assim, os epicuristas definiram que o elemento mais pesado tem em
sua estrutura uma maior quantidade de massa e uma quantidade “menor de vazio” entre
as partículas, consequentemente, o objeto mais leve tem menos massa em um espaço
igual, ou seja, uma maior quantidade de “vazio” em sua estrutura.
Apesar dos gregos definirem a palavra átomo como o que conhecemos hoje, a ideia de ter
um universo formado por pequenas partículas que se combinavam entre si, para formar
todos os tipos de materiais existentes não é fruto somente da imaginação deles, já que
essa fazia parte de diversas culturas inclusive da religião Hindu. As suposições feitas eram
bastante rudimentares, abstratas e principalmente filosóficas e por isso não podiam ser
consideradas científicas, entretanto a divulgação dessas ideias de que o universo material
era formado por pequenas partículas vai influenciar o desenvolvimento do conceito
atômico, que posteriormente será feita pelos filósofos naturais e primeiros “cientistas” do
período renascentista.
Desse modo, os pensamentos gregos, só irão ser retomados com o período renascentista
do século XV, que valorizava o conhecimento clássico. Com a invenção da imprensa de
Gutenberg, os livros gregos foram rapidamente reproduzidos e difundidos pela Europa.
(PORTO, 2013). Entretanto, o atomismo, só ressurge durante o século XVII, em uma
Europa já dominada pela física aristotélica que dificultava imensamente o
desenvolvimento e a legitimidade de trabalhos que a negavam, logo, dificultando o
progresso da ideia de átomo.
Assim, a quebra com o pensamento aristotélico com o advento da criação da ciência
moderna iniciada por Francis Bacon que publica “Novum organum”, em 1620, que não
só nega o modelo grego mas postula um novo método para a construção do conhecimento
“verdadeiro”, o conhecimento que ficaria conhecido como científico. (PEDUZZI, 2008).
Dessa forma, ocorre na Europa a Revolução Científica, no qual há o desenvolvimento de
diversas ideias, como a realização do experimento de Evangelista Torricelli, o qual
demonstrava a existência da atmosfera, e outras contribuições como os escritos de Robert
Boyle em sua obra “A Origem das Formas e Qualidades de Acordo com a Filosofia
Corpuscular”, entre outras feitas por “cientistas” como Pierre Gassendi, Blaise Pascal,
que vão ser essenciais para a visão atomística. (PORTO, 2013)
Modelo de Dalton
No início do século XIX, o químico inglês John Dalton propôs, em seu livro “New System
of Chemical Philosophy”, publicado em 1808, o primeiro modelo atômico científico da
história, que foi baseado nas leis ponderais conhecidas na época, sendo as principais as
leis, a Lei das Proporções Definidas (1797), a Lei da Conservação de Massa (1774) e a
Lei das Proporções múltiplas (1808), que foram elaboradas, respectivamente por Antoine
Lavoisier, Joseph Proust e John Dalton. (OLIVEIRA; SCHLÜNZEN JUNIOR;
SCHLÜNZEN, 2014).

Fonte: OLIVEIRA; SCHLÜNZEN JUNIOR; SCHLÜNZEN, 2014 Química Coleção Temas De Formação - v. 3. São Paulo: [s.n.],
2014. Página: 64

Assim, o modelo de Dalton conseguia explicar as Leis definidas por Proust, que
estabelece que os elementos, ao formar compostos, seguem proporções constantes, e
Lavoisier, na qual fundamenta que as massas dos produtos após a reação química deve
ser exatamente a mesma massa dos reagentes presentes anteriores a reação;a partir de seus
experimentos, teorias e interpretações dessas Leis, Dalton deduz a Lei das proporções
múltiplas: “Se dois elementos A e B são combinados para formar mais de um composto,
as diferentes massas de B que podem ser combinadas com uma dada
massa de A guardam entre si uma relação de números inteiros e pequenos” (BROWN et
al., 2009, página 44).
Antoine Lavoisier trabalhando em seu laboratório
Fonte:https://www.britannica.com/biography/Antoine-Lavoisier#/media/1/332700/219958

O modelo atômico de Dalton definia que:


● Os elementos que conhecemos são formados por pequenas partículas,
indestrutíveis e indivisíveis, chamadas de átomos.
● Todos os átomos do mesmo elemento são idênticos, tendo a mesma massa,
consequentemente, todos os átomos de diferentes elementos apresentam,
obrigatoriamente, diferentes características.
● Em uma reação química, átomos de diferentes elementos se juntam para formar
um composto, mantendo sempre uma proporção de números inteiros.
● Átomos de um elemento não podem se transformar em outro elemento por meio
de reações químicas. Também não podem ser criados nem destruídos.
Apesar de os estudos de Dalton serem baseados em observações de experiências feitas
em laboratórios e na aplicação das Leis de Proust e Lavoisier, Dalton não tinha provas
concretas de que o meio material é formado por átomos. (BROWN et al., 2009).

O modelo de Dalton colapsa ainda no século XIX, quando uma sequência de


experimentos relacionados com radioatividade e eletricidade provam que o átomo é
divisível. Michael Faraday, por meio de experimentos envolvendo a eletricidade, chega à
conclusão de que a matéria possui algum caráter elétrico, confirmando os estudos feitos
por Benjamin Franklin que já havia estudado e classificado os tipos de carga como
negativo ou positivo. (FEITOSA; BARBOSA; FORTE, 2016).

As descobertas de elementos instáveis por Henri Becquerel que percebeu a emissão de


uma espécie de raio pelo elemento urânio, em 1896, e posteriormente analisados por
Marie Curie que estudou outros elementos, como o rádio e o polônio, os quais também
apresentavam o mesmo comportamento, assim, esses elementos foram classificados por
Curie como radioativos e evidenciou que esses “raios” gerados pela espontânea
desintegração desses elementos, sugerindo, assim que os átomos eram constituídos de
partículas menores, dessa maneira, invalidando o modelo proposto por Dalton.
(FEITOSA; BARBOSA; FORTE, 2016).

À esquerda Benjamin Franklin, à direita Marie Curie.


Fonte:https://www.britannica.com/biography/Benjamin-Franklin#/media/1/217331/232440 /
https://www.britannica.com/biography/Marie-Curie#/media/1/146871/217041
Modelo de Thomson

Durante o século XIX, após uma sequência de avanços científicos que causaram a queda
do modelo de Dalton, foram sendo executados vários experimentos que vão ser essenciais
para a formulação de um novo modelo que vai ser proposto pelo físico britânico Joseph
John Thomson. Os estudos e conclusões de Thomson que fundamentaram a sua teoria,
foram baseados em um experimento, no qual era observado um comportamento radiativo
que foi chamada de “raios catódicos”, que por sua vez eram gerados por uma alta tensão
aplicada em eletrodos introduzidos em um tubo de vidro quase sem a presença de ar.
Apesar de os raios não serem visíveis a olho nu, eles modificam certos materiais
fluorescentes que permitiram a sua interpretação. (BROWN et al., 2009).

Esquema do experimento de Thomson


Fonte:https://es.khanacademy.org/science/ap-chemistry/electronic-structure-of-atoms-ap/history-of-atomic-structure-
ap/a/discovery-of-the-electron-and-nucleus

A figura acima representa o esquema do experimento, podemos observar que os imãs no


meio da ampola acabam gerando o desvio dos raios catódicos, se não apresentassem carga
elétrica deveriam seguir em uma linha reta, assim, confirmando que esses raios são
correntes de partículas negativas, tal fato que foi publicado por Thomson em “The
discharge of electricity through gases” no ano de 1898, que definia as partículas
eletronegativas como “elétrons”. O físico britânico, utilizando o mesmo experimento,
conseguiu calcular o valor da carga do elétron em razão de sua massa, tal acontecimento
que permitiu com que Robert Millikan calculasse a massa de um elétron, em seu
experimento das gotas de óleo. (BROWN et al., 2009).
O modelo de Thomson ficou conhecido como pudim de passas inglês, pois o modelo por
ele proposto definia que, como o átomo em seu estado global deveria ser neutro, o átomo
é constituído por uma esfera pastosa de carga positiva de modo com que a variação de
cargas geradas pelas partículas negativas resulta na neutralidade. (OLIVEIRA;
SCHLÜNZEN JUNIOR; SCHLÜNZEN, 2014). Assim, a representação do átomo era
muito parecida com um “pudim de passas inglês”, mas para nós brasileiros faz mais
sentido se compararmos a uma melancia.

J. J. Thomson em seu laboratório. Modelo Atômico de Thomson.


Fonte: (PEDUZZI, 2008, página 110) Fonte: (FEITOSA; BARBOSA; FORTE, 2016, página: 24)

Como Thomson em seu modelo sugeria a existência de partículas com cargas elétricas,
as quais formavam o átomo, os cientistas da época desenvolveram experimentos que não
só comprovaram que Thomson estava certo, mas também conseguiram algumas
informações sobre elas. Um desses importantes experimentos é o realizado pelo físico
Robert Andrews Millikan que, em 1908, realizou um experimento que ficou conhecido
como “O experimento da gota de óleo”, no qual Millikan conseguiu definir a carga do
elétron, consequentemente, utilizando da razão estabelecida por Thomson da carga do
elétron em função de sua massa, Millikan chega ao valor da massa do átomo. (FEITOSA;
BARBOSA; FORTE, 2016).

Esquema do Experimento de Millikan. Robert Andrews Millikan


Fonte: Anat.bmp (320×263) (bp.blogspot.com) /Fonte: (OLIVEIRA; SCHLÜNZEN JUNIOR; SCHLÜNZEN, 2014)
Posteriormente, como o átomo globalmente é eletricamente neutro, a carga fornecida
em módulo pelos elétrons deveria ser a mesma carga das partículas positivas, o que
geraria a estabilidade que temos a princípio. Dessa forma, através de procedimentos
semelhantes, porém aplicados com raios canais, em vez de raios catódicos, Ernest
Rutherford, estabelece a carga da partícula positiva e notou que a massa da partícula
positiva era muito maior do que a massa da partícula negativa. (FEITOSA; BARBOSA;
FORTE, 2016)
Portanto, visto que todos os experimentos descritos acima não contrariam o modelo de
Thomson, o modelo foi aceito, entretanto, alguns anos depois, um experimento
coordenado por Rutherford vai acabar invalidando o átomo de Thomson.

Modelo de Rutherford
Ernest Rutherford, foi um físico e químico neozelandês naturalizado britânico que
estudou principalmente a radioatividade. No início do século XX, Rutherford
desenvolveu trabalhos importantes que demonstravam a existência do próton, como já foi
citado, e propôs a existência do que ficaria conhecido como nêutron, uma partícula neutra
que explicaria a existência de átomos do mesmo elemento com massas diferentes, ou seja,
a existência dessa partícula explicaria a existência dos isótopos, átomos de massas
diferentes, porém do mesmo elemento, fenômeno que foi observado por Thomson ao
estudar raios canais com átomos de neônio. A existência do nêutron só iria ser
comprovada em 1932 em um trabalho realizado por James Chadwick, que envolvia reação
nuclear entre berílio e partículas alfa. (OLIVEIRA; SCHLÜNZEN JUNIOR;
SCHLÜNZEN, 2014).

Ernest Rutherford
Fonte: https://www.britannica.com/biography/Ernest-Rutherford#/media/1/514229/115396
Em um experimento feito em 1909 coordenado por Rutherford e realizado por Hans
Geiger e Ernest Marsden, na época, seus alunos, visava investigar o comportamento de
partículas alfa provenientes do bombardeamento causado por uma amostra de rádio em
uma finíssima folha de ouro, construída com uma tela de sulfeto de zinco que possibilitou
a visualização de luz quando as partículas alfa a atingiam. (OLIVEIRA; SCHLÜNZEN
JUNIOR; SCHLÜNZEN, 2014). Assim, seguindo o modelo de Thomson, os desvios
previstos das partículas α causados pela folha de ouro deveriam ser mínimos. O
experimento revelou que, realmente, a maioria das partículas passavam sem sofrer
desvios significantes, algumas acabavam sofrendo uma variação que ficava em torno de
1°, porém um número extremamente pequeno de partículas sofreu grandes variações
angulares, esses resultados evidenciaram uma incompatibilidade com o modelo de
Thomson. (BROWN et al., 2009).

Esquema do experimento de Geiger-Marsden


Fonte: (BROWN et al., 2009, página 49)
Neste cenário, Rutherford fundamentou em sua publicação de 1911, “The Scattering of
α and β Particles by Matter and the Structure of the Atom”, no qual ele postula algumas
definições baseadas nos resultados do experimento, uma delas afirma que o átomo é
majoritariamente vazio, consequentemente, sua massa e sua carga positiva estão
concentradas em uma região bem pequena, que ele chamou de “núcleo”, e seus elétrons
estariam em uma região denominada eletrosfera, na qual os elétrons estabelecem uma
espécie de órbita em volta do átomo. Isso acaba explicando por que a maioria das
partículas alfa passavam sem sofrer desvios, pois os átomos de ouro que formavam a folha
teriam grandes espaços vazios entre eles, facilitando muito a passagem das partículas alfa
entre eles.(OLIVEIRA; SCHLÜNZEN JUNIOR; SCHLÜNZEN, 2014).

Outro desafio era entender o porquê existiam partículas que se desviavam de maneira com
que formasse um ângulo superior a 90 graus. Em uma analogia, Rutherford chegou a dizer
que esta inconsistência das partículas era como atirar uma bola de canhão em um tecido
e assim que ela o atingisse ela retornasse na direção contrária do tiro. Para explicar os
grandes desvios, Rutherford definiu que as partículas que fizessem um trajeto, no qual
“seria possível uma colisão entre ela e o núcleo atômico” as forças eletromagnéticas
causariam uma repulsão imensa, causando o desvio que dependendo da situação podem
ser maiores que 90 graus. Enquanto as partículas com um desvio consideravelmente
pequeno, menor ou igual a dois graus seriam geradas por uma proximidade entre o núcleo
e a partícula, durante o seu trajeto, de uma forma que a partícula alfa com carga positiva
seria desviada pelo núcleo também positivo, desse modo, explicando o fenômeno
observado.(OLIVEIRA; SCHLÜNZEN JUNIOR; SCHLÜNZEN, 2014).

Imagem que demonstra a conclusão de Rutherford


Fonte: (BROWN et al., 2009, página 49)
Representação do Modelo de Rutherford
Fonte: https://www.britannica.com/science/Rutherford-model/images-videos#/media/1/514258/18079

O modelo de Rutherford não foi muito bem aceito pela comunidade científica da época,
pois apesar de seu modelo explicar os fenômenos observados no espalhamento de
partículas alfa, era impossível explicar a estabilidade do átomo utilizando os conceitos da
Física Clássica, uma vez que o elétron de carga negativa acabaria sendo atraído pelo
núcleo positivo, dessa forma levando o átomo ao seu colapso. (OLIVEIRA;
SCHLÜNZEN JUNIOR; SCHLÜNZEN, 2014).

Inconsistência no modelo de Rutherford.


Fonte: (MEIRA FILHO; KAMASSURY, 2018)
Podemos notar na figura acima que os elétrons no modelo de Rutherford interpretados
pela Física Clássica acabam perdendo energia durante o movimento até o momento em
que a colisão com o núcleo aconteceria. Com o desenvolvimento da física quântica o
modelo de Rutherford vai ser aprimorado por Niels Bohr que vai incorporar os estudos
de Max Planck sobre a radiação do corpo negro e a teoria de Albert Einstein do efeito
foto elétrico. (PEDUZZI, 2008).

Modelo de Rutherford- Bohr:


Primeiramente, para entender o modelo proposto por Bohr é necessário compreender
sucintamente as teorias que influenciaram e tornaram possível o aprimoramento do
modelo de Rutherford.
Dessa forma, o primeiro conceito que precisamos abordar, porém não é tão
contemporâneo a Bohr, foi o estudado pelo físico James Clerk Maxwell, o qual propôs
que a radiação eletromagnética (luz, raios X, frequência de rádio e outros) se propaga
através do espaço de uma forma com que essa propagação pode ser representada por uma
onda senoidal. (FEITOSA; BARBOSA; FORTE, 2016)

Representação de ondas senoidais, no qual a radiação se propaga.


Fonte: (FEITOSA; BARBOSA; FORTE, 2016, página 31)

Na figura acima podemos observar que o comprimento de onda, representado pela letra
grega lambda (λ), é a distância entre os pontos mais elevados da onda. A frequência da
onda é representada pela letra grega nu (ν). Também é necessário pontuar que a frequência
é inversamente proporcional ao comprimento de onda, ou seja, quanto maior é o
comprimento da onda, menor é sua frequência. (FEITOSA; BARBOSA; FORTE, 2016)
Existem diversos tipos de radiação eletromagnética, assim, suas propagações acontecem
com ondas de diferentes frequências e comprimentos. O espectro eletromagnético abaixo
classifica esses variados padrões de radiação em função do comprimento de onda.

Espectro eletromagnético
Fonte: (BROWN et al., 2009, página 225)

É interessante notar que, os comprimentos de onda visíveis aos nossos olhos é muito
limitado, se compõe de uma estreita faixa no espectro eletromagnético que vai de 400 até
700 nm.(FEITOSA; BARBOSA; FORTE, 2016)
Algumas fórmulas podem ajudar no entendimento das ondas:

1. A frequência da onda pode ser calculada facilmente por:

𝑐
𝜈 =
𝜆
Fórmula da frequência de onda, na qual a letra “c” representa a velocidade da luz.

2. A velocidade da onda (V) também pode ser determinada por:

𝑉 = 𝜈×𝜆
Entendendo o comportamento ondulatório da propagação da radiação, Planck, em 1900,
observando a luz emitida por materiais quando aquecidos, propôs em seus estudos que a
energia absorvida ou liberada por átomos e elétrons acontecem de forma quantizada, isto
é, a energia obtida é sempre múltipla de uma quantidade mínima, na qual ele denominou
ser o “quantum”. (BROWN et al., 2009)

𝐸 =ℎ×𝜈
Equação de Planck

A energia é representada pela letra “E”, a letra “h” representa a constante estabelecida
por Planck, o quantum, por fim, a letra “ν” representa a frequência da onda.

Neste cenário, o físico Albert Einstein, em 1905, utiliza a teoria formulada por Planck
para explicar o efeito fotoelétrico, que consiste na emissão (“retirada”) de elétrons da
superfície de um metal causada pela luz. (BROWN et al., 2009)

Efeito fotoelétrico
Fonte: (FEITOSA; BARBOSA; FORTE, 2016, página 33)

Einstein fundamenta que a ocorrência do fenômeno depende do metal que está sendo
utilizado e da frequência da luz. Ele estabelece que para a existência do efeito fotoelétrico
é necessária uma quantidade mínima de energia que é varia proporcionalmente à
frequência de onda da própria luz, ou seja, para Einstein a luz tem um comportamento
parecido como a de pequenos “pacotes ou partículas” de energia, os quais ele os denomina
“fótons”. O cientista alemão, também expandiu a teoria de Planck deduzindo que a
equação utilizada por Planck era exatamente a equação que podia ser utilizada para medir
a energia de um fóton. (BROWN et al., 2009)
Portanto, Einstein afirma que o elétron só irá ser ejetado do metal se a quantidade de
energia presente nos fótons, que dependem da frequência de onda dessa luz (como na
fórmula estabelecida por Planck), ser maior do que a energia que prende o elétron ao
metal. Um ponto interessante é que a intensidade da luz durante o fenômeno está
relacionada com a quantidade de fótons em função com o tempo decorrido. (BROWN et
al., 2009)

Albert Einstein Max Planck


Fontes:<https://www.britannica.com/biography/Max-Planck/images-
videos#/media/1/462888/18070>/<https://www.britannica.com/biography/Albert-Einstein/images-videos#/media/1/181349/19117>

Dessa forma, o desenvolvimento das teorias quânticas acima viabilizou o aprimoramento


do modelo de Rutherford, feito por Niels Bohr. O físico dinamarquês, também relacionou
o seu modelo com outro fenômeno que estava sendo estudado pelo próprio Bohr e outros
cientistas, o espectro de linha gerado pelo átomo de hidrogênio.
Os átomos, no estado gasoso, emitem luz quando recebem energia, porém diferente da
luz branca emitida pelo sol. Cada elemento apresenta emissões com diferentes
comprimentos de ondas, formando um padrão que é único para cada elemento,
consequentemente, permitindo a identificação de elementos através da sua interpretação
do que chamamos de espectro de linhas.(FEITOSA; BARBOSA; FORTE, 2016).
Espectro de Linhas do átomo de Hidrogênio.
Fonte:(BROWN et al., 2009, página 231)

Os espectros de Linha já haviam sidos estudados anteriormente pelo suíço Johann Balmer
que conseguiu relacionar os quatro espectros de linha visíveis do hidrogênio com números
inteiros em uma fórmula que posteriormente foi melhorada por Johannes Rydberg
generalizando a fórmula para todos os espectros de linhas do hidrogênio. A fórmula de
Rydberg só vai ser explicada 30 anos depois com o advento do modelo de Bohr.
(BROWN et al., 2009).
Tendo todas essas teorias em vista, Bohr estabeleceu um modelo, no qual o elétron, assim
como o de Rutherford, estabelecia uma órbita circular em volta do átomo, porém diferente
de Rutherford, todo o átomo era subordinado às regras da física quântica. Assim, Bohr
estabeleceu alguns postulados:
● Os elétrons giram ao redor do núcleo em orbitais circulares com raios e energias
definidas, quanto maior o raio da órbita maior deve ser a energia necessária para
se manter nela.
● O elétron só absorve ou emite energia quando muda de um estado de energia
“permitido” para outro, isto é, como as órbitas e seus subníveis contém diferentes
níveis de energias, um elétron só absorve energia quando esta é exatamente a
energia necessária para trocar de órbita ou subnível. A mesma coisa acontece com
a emissão de energia, o fenômeno só acontece quando o elétron não consegue
manter o nível “permitido” para aquela órbita.
● O elétron ao voltar para uma camada mais interna ele libera energia em forma de
radiação eletromagnética gerando o espectro de linhas respectivo ao átomo que
ele órbita. (BROWN et al., 2009).

As considerações de Bohr foram todas feitas estudando o átomo de hidrogênio e


mostraram que o elétron do átomo de hidrogênio poderia estar em qualquer órbita desde
que a energia das órbitas e seus subníveis fossem respeitadas. Logo, Bohr estabeleceu a
seguinte fórmula que calcula a energia necessária de acordo com a orbital:
1
𝐸 = (−ℎ × 𝑐 × 𝑅 )( 2 )
𝑛
A letra “E” representa a energia, as letras “h”, “c” e “R” representam as constantes de
Planck, da velocidade da luz, e de Rydberg, respectivamente, por último, a letra “n”
representa um número inteiro que significa a orbital que o átomo se encontra, quanto
maior seu número, maior o seu raio e, consequentemente, maior é a energia necessária
para o elétron orbita-la. Podemos observar na fórmula acima que o valor da energia
sempre será negativo, por isso quanto maior o valor de “n” maior a energia. (BROWN et
al., 2009).

Níveis de energia do átomo de hidrogênio com base no modelo de Bohr


Fonte:(BROWN et al., 2009, página 232).

Bohr também definiu através de cálculos, uma fórmula, na qual demonstra que a variação
de energia necessária para o elétron realizar os “pulos” entre as órbitas é exatamente a
diferença de energia entre elas. Assim temos:

𝛥𝐸 = (−ℎ×𝑐×𝑅ℎ)( 1 2 − 12)
𝑛𝑓 𝑛𝑖
Dessa forma, observando a equação temos que “nf” e “ni” representam número quântico
principal final e inicial respectivamente, ou seja, representa o número das órbitas. Outra
relação que podemos estabelecer é que se “nf” é maior do que “ni”, logo teremos que o
elétron recebeu um fóton (energia), utilizando a mesma lógica, se “ni” é maior que “nf”
então temos que o elétron emite um fóton. Assim, matematicamente, podemos notar que
quando a variação de “ΔE” é positiva um fóton foi absorvido, consequentemente uma
variação negativa significa que um fóton foi emitido. (BROWN et al., 2009).
Apesar de o modelo de Bohr prestar eficientes explicações sobre o comportamento do
elétron do átomo de hidrogênio, o modelo não conseguiu explicar o comportamento de
átomos polieletrônicos e ainda não tinha a resposta convincente de por que o elétron não
se choca com o núcleo. Contemporaneamente, o modelo de Bohr é visto como uma etapa
importante no desenvolvimento de outros modelos mais abrangentes. (BROWN et al.,
2009).

Niels Bohr

Esquema simplificado do Modelo formulado por Bohr


Fontes:<https://www.britannica.com/biography/Niels-Bohr/images-
videos#/media/1/71670/17833>/<https://www.britannica.com/biography/Niels-Bohr/images-videos#/media/1/71670/17854>
Modelo de Schrödinger
Em 1925, um físico francês chamado Louis Victor de Broglie, baseado no comportamento
dual onda-partícula do fóton explicado por Einstein, Broglie propõe que semelhante ao
fóton, a matéria também apresenta um comportamento ondulatório, no qual o
comprimento de onda associado a ele é relacionado com o seu movimento e
massa.(FEITOSA; BARBOSA; FORTE, 2016) Assim, Broglie desenvolve uma fórmula
que evidencia essa relação:

𝜆

= 𝑚𝑣
Na fórmula temos que “λ” representa o comprimento da onda que Broglie definiu como
sendo “ondas de matéria”. A letra “h” como já vimos é a constante de Planck e as letras
“m” e “v” são massa e velocidade na mesma ordem. O valor de “mv” é referente ao que
chamamos de “momento”.(BROWN et al., 2009).
Broglie, através da fórmula nos mostra que qualquer objeto com massa e velocidade gera
uma onda de matéria. Entretanto, os valores obtidos para os comprimentos de onda
emitidos pela matéria são mínimos até mesmo para uma massa considerável, assim,
tornando-as de impossível percepção. (BROWN et al., 2009).

Louis Victor de Broglie


Fonte: https://www.britannica.com/biography/Louis-de-Broglie/images-videos#/media/1/80727/96697
Alguns anos mais tarde, ocorre a comprovação experimental da teoria de Broglie, e a
formulação do princípio da incerteza feita por Werner Heisenberg, o qual definia que, por
conta da dualidade onda-partícula da matéria, é impossível determinar com exatidão a
posição e o momento de um objeto em um período de tempo. Essa incerteza acontece
somente quando a matéria é vista em nível subatômico, no qual as massas têm valores
muito reduzidos. Heisenberg constrói a seguinte fórmula matemática para o fenômeno:


𝛥𝑥 × 𝛥(𝑚𝑣) ≥
4𝛱
Na fórmula os elementos “𝛥𝑥” e “𝛥𝑚𝑣” se referem a incerteza de posição e momento
respectivamente, que são relacionados a constante de Planck. As incertezas são calculadas
através da fórmula e, assim, se comparam os resultados utilizando ordens de grandeza
que indicam o quanto de incerteza temos a respeito da posição e momento do elétron.
(BROWN et al., 2009).
As teorias de Broglie e Heisenberg possibilitaram a criação de um modelo atômico
desenvolvido por um físico austríaco chamado Erwin Schrödinger, em seu modelo,
Schrödinger, descreve a energia do elétron com uma precisão alta, por outro lado não há
certeza sobre a posição do elétron que é calculada utilizando probabilidade. (BROWN et
al., 2009).

Erwin Schrödinger Werner Heisenberg


Fontes:<https://www.britannica.com/biography/Erwin-Schrodinger/images-
videos#/media/1/528287/233357>/<https://pt.wikipedia.org/wiki/Werner_Heisenberg>
Em 1926, Erwin Schrödinger propôs uma equação matemática complexa, conhecida
como “equação de onda de Schrödinger” que por sua vez resultam nas chamadas “funções
de onda” que nas equações é representada pela letra grega 𝛹. Apesar de a solução dessas
funções de onda não serem diretamente ligadas a resultados físicos, o quadrado desta
função (𝛹 2 ) fornece informações sobre as localizações possíveis para o elétron,
relacionando isso com probabilidade. Logo, há a formação de áreas que Schrödinger
nomeou como sendo orbitais, que diferente das órbitas definidas por Bohr apresentam um
caráter probabilístico, ou seja, não definido. (BROWN et al., 2009).

Gráfico (𝛹 2 ) formando o Orbital


Fonte: (BROWN et al., 2009, página 238).

A resolução da função de Schrödinger nos leva a vários orbitais com diferentes


características que são reconhecidos através de três números inteiros que denominamos
“números quânticos”. (BROWN et al., 2009)
1. O número quântico principal é representado pela letra “n”, no qual “n” é positivo
e maior que zero. Este número é relacionado com o tamanho do orbital e,
consequentemente, com a energia do elétron que o orbita. Dessa forma, definimos
que quanto maior o valor de “n” maior é o raio atômico e maior é a energia do
elétron.
2. O número quântico azimutal ou do momento angular, é representado pela letra “l”
e tem valores que variam de 0 até (n-1), assim, o valor do número quântico
secundário depende do número quântico principal. Esse número define o formato
do orbital e seus valores geralmente são associados a letras. Assim temos:
● l=0→ orbital do tipo “s”
● l=1→ orbital do tipo “p”
● l=2→ orbital do tipo “d”
● l=3→ orbital do tipo “f”
● l=4→ orbital do tipo “g”
● l=5→ orbital do tipo “h”
● Os tipos de orbitais na teoria são infinitos, sendo assim para l=6 temos um orbital
do tipo “i” e assim por diante seguindo sempre a ordem alfabética.

3. O terceiro número quântico é chamado de número quântico magnético e é


representado pela letra “m”, pode ter valores entre “-l” e “l” incluindo zero. Este
número indica a orientação do orbital no espaço.

4. O quarto número quântico, o número quântico magnético de spin não é


desenvolvido por Schrödinger, porém ele existe e é utilizado nos dias de hoje. É
representado pelas letras “ms” e é puramente quântico, o que impede uma
explicação simples. Porém, podemos concluir que este número é o que explica por
que um orbital pode ser utilizado por dois elétrons sem que haja uma força de
repulsão que os impeça tal fenômeno.

Assim, podemos notar que um elemento que possui um número quântico principal igual
a 4, dessa forma, existem 4 tipos de orbitais que é representado por l=0 (orbital s), l=1
(orbital p), l=2 (orbital d), l=3 (orbital f), consequentemente, para o orbital temos “f”→
m= -3, m= -2, m= -1, m=0, m=1, m=2 e m=3. Assim temos que para o orbital do tipo “f”
há 7 maneiras, pois temos que a quantidade de algarismos possíveis para “m” é 7,
portanto, nos orbitais de tipo “d” podem ser inseridos 14 elétrons, uma vez que em cada
orbital comporta 2 elétrons. Para os outros orbitais temos:
● Orbital do tipo d→ l=2; assim os valores de “m” possíveis somam 5 algarismos (-
2; -1;0;1;2), dessa maneira o orbital do tipo “d” apresenta 5 variações, logo a
orbital “d” suporta 10 elétrons
● Orbital do tipo p→ l=1; os valores de “m” possíveis somam 3 algarismos (-1;0;1),
da mesma forma o orbital do tipo “p” apresenta 3 variações, assim a orbital “p”
suporta 6 elétrons
● Por fim, o orbital do tipo s→ l=0; m=0, dessa forma não há variação para o tipo
de orbital do tipo “s”, dessa forma o orbital “s” suporta somente 2 elétrons.

Representação de orbitais “s”


Fonte: (BROWN et al., 2009, página 242).

Representação de orbitais “p”


Fonte: (BROWN et al., 2009, página 244).
Representação de orbitais “d”
Fonte: (BROWN et al., 2009, página 245)

Finalmente, concluímos aqui o nosso trabalho que descreveu sucintamente os modelos


atômicos construídos pela humanidade desde o átomo grego até os modelos regidos pela
física quântica, apresentando de forma com que todos que estão concluindo ou já tenham
concluído o ensino médio consiga compreender as teorias aqui colocadas.
Referências:

1. BROWN, Theodore L.; LEMAY JR., H. Eugene; BURSTEN, Bruce E.;


MURPHY, Catherine J.; WOODWARD, Patrick M; STOLTZFUS,
Matthew W. . Química: A Ciência Central. 13. ed. São Paulo: Pearson
Education, 2016.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5646110/mod_resource/content/
1/Qu%C3%ADmica%20-%20A%20ci%C3%AAncia%20central%20-
%20Theodore%20L.%20Brown.pdf

2. FEITOSA, Edinilza Maria Anastácio; BARBOSA, Francisco Geraldo;


FORTE, Cristiane Maria Sampaio. Química Geral 1. 3a Edição ed.
Fortaleza: EdUECE, Editora da Universidade Estadual do Ceará –, 2016.
Disponível em: <https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/431843>.

3. PORTO, C.M. O atomismo grego e a formação do pensamento físico


moderno. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 35, n. 4, p. 1–11,
dez. 2013. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
11172013000400016&lng=pt&tlng=pt>.

4. PEDUZZI, Luiz O. Q. Evolução dos Conceitos da Física: Do átomo


grego ao átomo de Bohr. Florianópolis: Departamento de Física
Universidade Federal de Santa Catarina, 2008. Disponível em:
<http://evolucaodosconceitos.wixsite.com/historia-da-ciencia>.

5. OLIVEIRA, Olga Maria Mascarenhas de Faria; SCHLÜNZEN JUNIOR,


Klaus; SCHLÜNZEN, Elisa Tomoe Moriya. Química Coleção Temas De
Formação - v. 3. São Paulo: [s.n.], 2014. Disponível em:
<https://acervodigital.unesp.br/bitstream/unesp/141296/1/redefor_qui_eb
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6. MEIRA FILHO, Damião Pedro; KAMASSURY, Jorge Kysnney Santos.
Potência irradiada por uma carga elétrica acelerada no espaço-tempo de
Minkowski. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 40, n. 3, 23 abr.
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<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
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7. <https://www.britannica.com> Acesso em: 11/02/2021

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12. <Anat.bmp (320×263) (bp.blogspot.com)> Acesso em: 11/02/2021

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