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Apresentação
Nesta aula, realizaremos o estudo sobre a gestão do ambiente, uma área de extrema importância para a manutenção do
equilíbrio do ecossistema e da manutenção da vida terrestre. Discutiremos o conceito de gestão ambiental e o conceito de
gestão da sustentabilidade observando a função de cada um.
Conheceremos o conceito de gestão compartilhada, ou seja, uma gestão ambiental sustentável e as formas como deve
ser implementada, e aproveitaremos para rever alguns conceitos já vistos nas outras aulas da nossa disciplina.
Objetivos
De nir os conceitos de gestão ambiental e gestão da sustentabilidade;
Gestão ambiental
(Fonte: freepik)
O ecossistema consiste em uma unidade de organismos que funcionam em conjunto, interagindo com o ambiente em que
vivem e gerando os ciclos de energia e de materiais levando a uma sequência fundamental de atividades, como recepção de
energia, produção primária de matéria orgânica pela ação dos consumidores, consumo da matéria orgânica pelos
consumidores, decomposição da matéria orgânica, e outros.
Apesar dos componentes bióticos do ecossistema e do poder que eles possuem de se regenerar, a velocidade com que vêm
sendo consumidos ou degradados impede que a regeneração ocorra, levando a várias complicações para os seres vivos e
comprometendo todo um equilíbrio.
A m de manter o equilíbrio no ecossistema, os governos têm por função realizar ações a m de reduzir drasticamente os
danos ambientais causados pelo crescimento desordenado de cidades, crescimento populacional e do desperdício, utilizando,
para tal, a criação de incentivos no aproveitamento de matérias-primas, redução no consumo de energia, redução no consumo
de água, reciclagem e reuso, entre outros.
Os municípios, estados e a federação devem, portanto, No Brasil, os órgãos ambientais existentes são
assumir políticas públicas que visem a de redução dos organizados no Sistema Nacional do Meio Ambiente
desperdícios, que dê subsídio a projetos (SISNAMA), que contém como órgão superior, o
ecologicamente corretos e de geração de emprego e Conselho de Governo; órgão consultivo e deliberativo, o
renda, e diversas outras ações, de maneira que possam Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), órgão
punir, corrigir e incentivar medidas que, além de serem central, o Ministério do Meio Ambiente; órgão executor,
ambientalmente justas, também fazem parte de seu o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e os
interesse econômico. órgãos setoriais, seccionais e locais.
A Constituição Brasileira de 1988 estabeleceu que a população possui direito a ter um ambiente ecologicamente equilibrado,
sendo toda e qualquer ação contra esse princípio ilegal, e estabelece os princípios de sustentabilidade, como uma imposição
ao poder público e à população, para que defendam e preservem o ambiente para as futuras gerações e para a atual; e o da
responsabilidade ambiental, levando o ônus da recuperação de danos e impactos ambientais a aqueles que os causaram, e por
meio da Lei nº 6938/81, estabeleceu o que deve ser obtido por meio da PNMA por seu artigo 2º:
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade
ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio
público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III - planejamento e scalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para
participação ativa na defesa do meio ambiente.
A série ISO 14000 contempla uma série de normas e ainda apresenta outras em desenvolvimento, mas, uma boa forma de se
obter essa certi cação (para empresas) ou um sistema de gestão ambiental cotidiano (para população), é a aplicação do ciclo
PDCA:
No ciclo PDCA, ocorre uma avaliação de todos os processos com a
nalidade de veri car a origem dos problemas e, dessa forma, corrigir por
meio de intervenções, ações de melhoria, e outros, tendo-se a ideia de
continuidade produzida por circularidades.
De maneira geral, a ISO 14000 possui cinco princípios a serem seguidos pelas empresas:
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Princípio do comprometimento e política, em que deve-se Princípio do planejamento, em que ocorre a formulação do
de nir a política ambiental e assegurar o seu plano a ser seguido para o cumprimento da política ambiental.
comprometimento com o sistema de gestão ambiental.
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Princípio da implementação, em que ocorre a capacitação e o Princípio da medição e avaliação, em que ocorre a
desenvolvimento de mecanismos a m de atender a política, mensuração e o monitoramento, a m de avaliar o
metas e objetivos ambientais. desempenho ambiental da empresa.
Os principais instrumentos da política pública brasileira (Figura 1) podem ser designados como em gênero e espécie, e são
centrados nos instrumentos de gestão ambiental a m de estabelecer padrões de qualidade, zoneamentos ambientais,
espaços territoriais protegidos, licenciamento ambiental e outros.
Figura 1: Instrumentos da política pública brasileira. | Fonte: (FLORIANO, 2007)
Tais instrumentos são obtidos por meio de licenciamentos, incentivos econômicos, inibições econômicas, punição e
conservações de ambientes.
De acordo com a norma ISO 14031, a gestão de desempenho ambiental pode ser aplicada por meio do PDCA:
Na fase de planejar, possui a Na fase de executar, obter os dados Na fase de veri car e atuar, rever e
avaliação dos aspectos ambientais originais, analisar e converter os analisar periodicamente os resultados
relevantes sob controle da mesmos, avaliar a informação e a m de detectar situações que
organização, os critérios de comunicar. precisam de melhoria ou podem ser
desempenho ambiental e as melhoradas.
perspectivas das partes interessadas.
Gestão de sustentabilidade
Conceitualmente, sustentabilidade é o resultado da interligação entre as necessidades das gerações presentes e futuras e as
necessidades econômicas, o que permite a criação de um conceito que almeje a viabilidade econômica e ao mesmo tempo
que crie condições necessárias ao futuro.
A transformação do conceito de sustentabilidade em ferramentas de gestão que possam ser medidas e simuladas é a principal
atribuição de um sistema de gestão da sustentabilidade, devendo diagnosticar, sensibilizar e capacitar por meio da
implementação de novas práticas ou de um sistema de gestão sustentável, o que pode ser obtido por meio de:
Gestão compartilhada
Para garantir uma e ciência no ciclo de vida dos produtos, ou seja, desde a sua fabricação até o seu descarte, a
implementação de uma cadeia de ações de gerenciamento e responsabilidade com uma abordagem participativa é a principal
característica do que se denomina gestão compartilhada.
A gestão compartilhada compreende um conjunto de ações que visam buscar soluções para a destinação nal de resíduos ou
rejeitos, considerando as dimensões políticas, econômicas, ambientais, culturais, com controle social e sob a premissa do
desenvolvimento sustentável.
Os processos de uma gestão compartilhada são o incentivo à e ciência dos processos e a otimização do uso da matéria-
prima, que visam a redução do desperdício, diminuindo impactos ambientais e à saúde pública, redirecionando os resíduos
gerados ou reaproveitando os mesmos, acarretando em economia.
A gestão compartilhada pode ser aplicada em diferentes setores e também em instituições públicas, levando a uma
horizontalidade e criando um envolvimento consciente e integrado das atividades.
(Fonte: Freepik)
perspectivas de mundo, o que acarreta
numa otimização e soluções mais Di culdade de se chegar a uma solução:
2. Segundo a Política Nacional do Meio Ambiente, é considerada degradação da qualidade ambiental resultante de atividades
que direta ou indiretamente afetem desfavoravelmente a biota:
3. De acordo com a Lei Nacional que institui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), que previu as competências do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), é correto inferir que se insere dentro do conceito de preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental, previstos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (Lei no 6.938/1981):
a) Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo.
b) Controle irrestrito do uso do solo, do subsolo, da água e do ar, com limitação para seu uso.
c) Proteção dos ecossistemas, sem preservação de áreas representativas, quando inviável a recuperação dos referidos ecossistemas.
d) Desregulação de atividades potencial ou efetivamente poluidoras, quando o particular houver demonstrado, por estudos técnicos, a
ausência de potencial dano ao meio ambiente.
e) Alienação de áreas degradadas, para o fim de garantir o desenvolvimento social das áreas mais pobres ou zonas de exclusão
econômica.
Referências
5. Comente sobre como seria o funcionamento da gestão compartilhada de resíduos sólidos.
ALBUQUERQUE, Fábio. Entenda o que é e como funciona a gestão compartilhada. Disponível em: //blog.unipe.br/pos-
graduacao/entenda-o-que-e-e-como-funciona-a-gestao-compartilhada. Acesso em 1 maio 2019.
AMORIM, Eduardo Lucena. Gestão Ambiental. Universidade federal de Alagoas (UFAL). Disponível em:
//www.ctec.ufal.br/professor/elca/gest_amb.pdf Acesso em 1 maio 2019.
CONSULAI. Gestão da sustentabilidade. Disponível em: https://www.consulai.com/index.php?
option=com_content&view=article&id=52&Itemid=371&lang=pt. Acesso em 1 maio 2019.
PAGEL, Floriano Eduardo. Políticas de gestão ambiental. 3. ed. Santa Maria: UFSM-DCF, 2007. 111p. Disponível em:
//coral.ufsm.br/dc /seriestecnicas/serie7.pdf Acesso em 1 maio 2019.
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