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Senhores acionistas:

Apresentamos o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras da Cielo S.A. relativas aos


exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, acompanhados do relatório dos
Auditores Independentes e do parecer do Conselho Fiscal.

AMBIENTE MACROECONÔMICO

Em 2010, a indústria brasileira de cartões foi beneficiada pela atividade econômica aquecida que,
sustentada pela demanda doméstica, impulsionou o desempenho do comércio varejista. O volume de
vendas teve aumento de 10,9% no acumulado do ano até novembro em relação ao mesmo período de 2009
e de 9,9% em relação a novembro do ano anterior. Em termos de receita, as vendas no varejo cresceram
14,3% entre janeiro e novembro de 2010 em relação ao mesmo período de 2009 e 14,8% em comparação a
novembro de 2009.

Este crescimento do desempenho do varejo teve como pilares fundamentos macroeconômicos sólidos. O
mercado de trabalho esteve firme em 2010 e o poder de compra e o produto interno bruto (PIB) continuaram
crescendo. A taxa de desemprego encerrou o ano em 5,3%, a sétima queda mensal consecutiva e o menor
índice desde março de 2002, quando começou a série histórica do IBGE. Consequentemente, cresceu
também o poder de compra da população brasileira. O rendimento médio real alcançou em outubro de 2010
o maior nível histórico, em R$ 1.538,90, e encerrou o ano em R$ 1.515,10, um aumento de 6,0% sobre
dezembro de 2009. Propiciada por estes fatores, o perfil das classes econômicas da população brasileira
tem mudado significativamente. Segundo estudo do Ministério da Fazenda divulgado no segundo semestre,
as classes D e E representavam 55,0% da população em 2003 e 39,0% em 2009. Em 2014, segundo o
mesmo estudo, a parcela da população nestas classes, com renda total mensal até R$ 1.126,00, deverá cair
para 28,0%.

Com inflação sob controle e taxas de juros ao consumidor declinantes – fecharam o ano em 40,6% e
atingiram a mínima histórica em novembro, em 39,1% -, os empréstimos para pessoa física cresceram
18,8% no ano e os para pessoa jurídica, 15,4%. Estes fatores impulsionaram o consumo das famílias, que
aumentou 11,5% no terceiro trimestre – o período mais recente disponível – em relação ao mesmo período
de 2009. A taxa de inadimplência da pessoa física caiu para o menor nível em nove anos e fechou 2010 em
5,7%. Em junho de 2001, a inadimplência desta modalidade estava em 5,5%.

O PIB cresceu 7,51% no terceiro trimestre e, segundo projeções do Banco Central, deve encerrar o ano
com expansão de 7,3%, segundo o Relatório de Inflação divulgado em dezembro. Para 2011, o Banco
Central projeta crescimento de 4,5%, praticamente em linha com a média das projeções do mercado para o
PIB, de 4,6%, segundo o relatório Focus referente à última semana de dezembro de 2010.

MERCADO DE CARTÕES 2010

O cenário macroeconômico favorável foi propício para a indústria brasileira de cartões em 2010, conforme
explicado na seção anterior. A expansão do setor de adquirência deverá ser sustentada pela manutenção
destes indicadores, mas também pelo aumento do uso dos cartões como meio de pagamento, tanto em
detrimento ao cheque e ao dinheiro quanto em função do crescimento da população com acesso a cartões
de pagamento, seja por meio de seu primeiro acesso a contas bancárias ou por meio de obtenção de
cartões de redes e lojas (private label), que foram os que mais cresceram em quantidade em 2010, 14,7%,
segundo estimativas da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS).
Estudo realizado pelo Ibope e pelo Target Group revelou que 11,0% das classes D e E tinham cartão de loja
ou de supermercado em 2009, um aumento de 5 pontos percentuais em relação a 2005.

A penetração do cartão como meio de pagamento tem crescido gradualmente. No terceiro trimestre de
2010, o período mais recente disponível, 23,9% do consumo das famílias tinham sido feitos com cartão,
ante a média de 22,5% no ano 2009.

O número de cartões emitidos cresceu 11,0% em 2010 e encerrou o ano em 628,0 milhões, incluindo os
cartões private label, segundo estimativas da ABECS. Deste total, 39,7% são cartões de débito; 24,4%, de
crédito; e 35,9%, private label. O número de cartões de crédito cresceu 12,6%, enquanto o de débito
aumentou 7,2%.

Evolução do Número de Cartões (milhares) Evolução do faturamento (R$ bilhões) 539


628
565 68
444
514
225
453 196 375 60
388 173 53
147 302
311
118 153 245 45
136 256
124 36
104 215
82
174
142
217 233 249
187 201
129 159,9
83 107
67

2006 2007 2008 2009 2010 2006 2007 2008 2009 2010
Débito Crédito Private Label Débito Crédito Private label
(*) Estimativa Abecs (*) Estimativa Abecs

Os cartões de débito foram responsáveis por 40,0%, ou 2,845 bilhões, de todas as transações feitas em
2010, que aumentaram 17,4% em relação a 2009. O faturamento com este tipo de cartão cresceu 21,8% no
ano, para R$ 157,7 bilhões, e o tíquete médio ficou em R$ 55,4.

Já os cartões de crédito representaram 41,6% das transações, que geraram 57,8% do faturamento da
indústria. O número de transações de crédito cresceu 16,5%, para 2,965 bilhões, enquanto o faturamento,
que cresceu 21,0%, totalizou R$ 309,3 bilhões. O tíquete médio das transações com cartão de crédito
aumentou 3,9% em relação a 2009 e totalizou R$ 104,3.

Os cartões private label, que totalizavam 225,3 milhões ao final de 2010, movimentaram 1,321 bilhão de
transações e geraram R$ 67,7 bilhões de faturamento. O tíquete médio das transações foi R$ 51,2

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
O ano de 2010 representou um marco para o nosso setor, com o início do novo cenário multibandeira, e foi,
para nós, um período de muitos desafios e também de muitas conquistas. O primeiro desafio - o
desenvolvimento, a implantação e a consolidação da nossa nova marca - começou muito antes de 1º de
julho, data em que passamos a capturar as transações das três maiores bandeiras do mundo – Visa,
MasterCard e Amex. Sabíamos que o trabalho seria intenso, pois a VisaNet, então existente há 15 anos
como marca e empresa, já era uma potência e tinha um grande reconhecimento de todos os públicos.
Pesquisa realizada pelo Instituto Expertise apontou que, em junho de 2010, cerca de seis meses após o
início do projeto, 83% dos estabelecimentos comerciais do Brasil todo já sabiam sobre a mudança de nome
da marca.

O maior desafio foi a preparação para o cenário multibandeira. Desde março de 2010, nossa rede já estava
preparada para capturar as transações feitas com cartões da bandeira MasterCard. No primeiro momento,
nosso objetivo foi garantir a aceitação das bandeiras que geram mais vendas aos estabelecimentos
comerciais afiliados – a Visa, a MasterCard e a Amex, que são as três mais aceitas internacionalmente.
Logo depois, começamos a fechar parcerias com bandeiras regionais, cartões de benefícios e vouchers.
Além das três bandeiras acima, tornaram-se nossas parceiras as bandeiras regionais Sorocred, Policard e
Good Card, a bandeira internacional JCB (Japan Credit Bureau) - a quinta maior bandeira de cartões de
pagamentos do mundo, a Visa Vale, a Ticket e a Aura. Anunciamos também uma parceria com a Dotz, uma
das principais empresas de programas de fidelização no modelo de coalizão na América Latina. Desde o
início deste ano, reforçamos nosso portfólio de bandeiras por meio das parcerias com a Cred-System,
Bônus CBA, Cabal, Verocheque e Banestes. Ainda no primeiro semestre de 2011, lançaremos a Elo, uma
bandeira 100% nacional.

Ainda em 2010, iniciamos novos projetos que, sustentados pelos nossos diferenciais competitivos, vão
reforçar nossa liderança como a maior rede de pagamentos eletrônicos do Brasil. Seguindo nossa estratégia
de diferenciação por meio da distribuição, firmamos outras parcerias bancárias. Uma delas foi com o HSBC,
que, após analisar o mercado brasileiro, escolheu a Cielo para um acordo de preferencialidade. Dessa
forma, priorizamos o crescimento orgânico em nosso negócio principal – que é a captura, processamento e
liquidação de transações com cartões - e também buscamos acelerar o nosso posicionamento no segmento
de pagamento móvel. Adquirimos a M4U, especialista no desenvolvimento de plataformas tecnológicas de
mobilidade, e logo depois nos unimos à Oi em uma joint-venture. Estas iniciativas vão, além de consolidar
nosso posicionamento para transações de adquirência envolvendo celulares, fomentar a adoção de
pagamentos móveis no Brasil e aumentar nossa penetração em segmentos ainda pouco explorados pelos
meios de pagamento, como profissionais liberais, vendas porta a porta, serviços de entrega, táxis e
feirantes, entre outros. Reafirmamos, em outubro, a posição de vanguarda ao trazer uma iniciativa inédita
para aumentar a aceitação do cartão como meio de pagamento: o lançamento de um aplicativo para
pagamento em aparelhos da Apple - iPhone, iPad e iPod touch.

É constante o nosso foco em inovação, por meio de produtos que efetivamente agregam valor aos
estabelecimentos comerciais. Um exemplo é a plataforma promocional, lançada no segundo semestre do
ano. Tão importante quanto isso é o relacionamento diferenciado que mantemos com os nossos
estabelecimentos comerciais, sempre tentando atender as suas necessidades e muitas vezes nos antecipar
a elas por meio do desenvolvimento de soluções que não só geram mais transações aos lojistas como
fidelizam o consumidor.

Somos igualmente comprometidos com a transparência e respeito com os públicos com os quais nos
relacionamos, e imprimimos os nossos valores indistintamente com todos eles - além dos estabelecimentos
comerciais e os consumidores, nossos acionistas, investidores, as comunidades em que estamos inseridos
e a imprensa.

Desde o início de nossa recente história como companhia aberta incorporamos rígidos padrões de
governança corporativa e garantimos a fusão deles aos nossos valores. A Companhia integra o Novo
Mercado, o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC) e o Índice de Ações com Tag
Along Diferenciado (ITAG). O bloco de controle é composto por acionistas com histórico de melhores
práticas. Em 2010, foram revistos o escopo e as competências dos comitês de assessoramento do
Conselho, que também aprovou a nossa política de negociação de valores mobiliários. Nosso Conselho de
Administração é assessorado pelos comitês de Auditoria, de Finanças, de Pessoas e de Governança
Corporativa e todos eles contam com a participação dos conselheiros independentes como membros
permanentes. Durante a Assembleia Geral realizada no dia 30 de abril de 2010, a Companhia disponibilizou
plataforma para voto eletrônico, a qual contou com a participação de mais de 260 acionistas, sediados no
Brasil e no exterior.

Com os acionistas, trabalhamos para atender a 100% deles por meio da adesão aos princípios de
governança corporativa. Buscando aumentar o relacionamento com nossos acionistas, disponibilizamos
uma plataforma para voto eletrônico, o que permite o voto remoto em nossas assembleias.

Nossa política de dividendos assegura estatutariamente a distribuição de dividendo mínimo equivalente a


50% sobre os lucros auferidos, após a constituição da reserva legal. Contudo, temos distribuído 90% do
lucro semestralmente. O pagamento dos dividendos e juros sobre capital próprio é feito duas vezes por ano,
em março e em setembro. Em 2010, distribuímos um total de R$ 1,5 bilhão aos nossos acionistas.

Ao nos anteciparmos à vigência do prazo determinado pela CVM para elaboração das demonstrações
financeiras com base no Padrão Internacional de Relatórios Financeiros (na sigla em inglês, IFRS -
International Financial Reporting Standards), nos tornamos uma das primeiras empresas no Brasil a adotá-
lo. Também em 2010 lançamos nosso programa de American Depositary Receipts (ADRs) Nível 1. Até
31/12/10, ele já tinha mais de 17 milhões de títulos emitidos.

O que torna tudo isso possível são os nossos funcionários e colaboradores, a quem proporcionamos um
clima propício ao desenvolvimento profissional e à retenção de talentos. Acreditamos que o atingimento dos
nossos objetivos está diretamente relacionado ao envolvimento dos mesmos. Por isso, nossos valores são
vivenciados no dia-a-dia e permeiam indistintamente todas as nossas relações e, assim como os nossos
objetivos e nossa cultura, são disseminados por meio de uma comunicação transparente e reforçados em
nossas convenções anuais, às quais 100% dos nossos funcionários são convidados.

Estes esforços são reconhecidos pelas premiações mais importantes do mundo corporativo: fomos eleitos
pela primeira vez a Empresa de Valor do Ano no prêmio Valor 1000 da edição de 2010; pela quinta vez
consecutiva, fomos campeões na categoria de Serviços Especializados e fomos eleitos uma das cinco
melhores empresas na gestão de pessoas pelo prêmio Valor Carreira. Também ganhamos o prêmio Exame
de Melhores e Maiores empresas de 2010 e fomos uma das 150 melhores empresas para se trabalhar pela
décima vez consecutiva segundo o Guia VOCÊ S/A Exame.

Este novo cenário continuará representando um grande desafio e demandando ajustes em 2011. O novo
ambiente competitivo pressionou as margens, os preços e a nossa participação de mercado, conforme
verificamos, sobretudo, nos resultados do quarto trimestre de 2010.

Com o crescimento de 20,4% no volume financeiro de transações no quarto trimestre, a receita líquida teve
aumento de 7,2% no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2009 e totalizou R$ 1,038 bilhão. Já
o lucro líquido ficou praticamente estável, com leve aumento de 0,6%, em R$ 444,5 milhões. O EBITDA teve
queda de 5,5% em comparação ao mesmo trimestre de 2009 e somou R$ 606,3 milhões, enquanto a
margem EBITDA teve uma queda de 8,0 pontos percentuais, para 58,4%. Em 2010, nossa receita líquida
cresceu 15,9% sobre 2009, para R$ 3,992 bilhões, enquanto o lucro líquido aumentou 19,1% e totalizou R$
1,831 bilhão. O EBITDA cresceu 13,1% em comparação a 2009, para R$ 2,564 bilhões, enquanto a
margem EBITDA caiu 1,6 ponto percentual, para 64,2%. Nosso volume financeiro de transações cresceu
22,3% em relação a 2009, para R$ 261,7 bilhões, e representou o equivalente a cerca de 7,4% do produto
interno bruto (PIB) brasileiro.

Estes ajustes estão demandando mais da Companhia. Contudo, confiamos em nossos fundamentos e
vamos, mais do que nunca, utilizar a nossa expertise e alavancar nossas vantagens competitivas para nos
diferenciar neste novo cenário: nossa estratégia de distribuição, por meio de parcerias com bancos; a
confiabilidade de nossa rede e garantia de segurança nas transações; produtos e serviços inovadores; o
relacionamento diferenciado com os estabelecimentos comerciais por meio de nossa força de vendas
própria e canais alternativos.

DESEMPENHO OPERACIONAL

Volume Financeiro de Transações


Em 2010, o Volume Financeiro das Transações totalizou R$ 261,7 bilhões, representando um acréscimo de
22,3% quando comparado aos R$ 214,0 bilhões em 2009.
O Volume Financeiro de Transações realizadas com cartões de crédito processadas pela Cielo totalizou R$
163,0 bilhões em 2010, o que representou um crescimento de 20,9% em relação a 2009.
O Volume Financeiro de Transações realizadas com cartões de débito processadas pela Cielo totalizou R$
98,7 bilhões em 2010, o que representou um crescimento de 24,7% em relação a 2009.

Volume Financeiro de Transações ( R$milhões)

22,3%

261.675

213.958
98.742

79.166

162.933
134.792

2009 2010
Cartão de Crédito Cartão de Débito

DESEMPENHO FINANCEIRO
As principais fontes de receitas da Cielo são decorrentes da captura, transmissão, processamento e
liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e débito, além das receitas com
aluguel de POS. A evolução da importância relativa de cada uma dessas fontes pode ser verificada abaixo:

Receita Operacional p/ atividade (%)

52,2% 52,0%

16,6% 17,6%

27,7% 26,2%

3,5% 4,2%
2009 2010
Outras Receitas Aluguel de POS Cartão de Débito Cartão de Crédito
Em 2010, a receita operacional líquida totalizou R$ 3.992,5 milhões, um crescimento de 15,9% em relação
a 2009.

Receita de transações com Cartão de Crédito apresentou crescimento de 15,2% em relação a 2009,
alcançando R$ 2.317,9 milhões. Esse aumento é reflexo de maior volume financeiro de transações,
decorrente do aumento do consumo privado e do uso crescente de cartões como meio de
pagamento. É importante mencionar que o reconhecimento da nossa receita com crédito parcelado
ocorre com o processamento de cada uma das parcelas e não no momento da compra, embora o
impacto no resultado anual seja minimizado pois parte das compras realizadas no ano anterior é
reconhecida no ano corrente.

Receita de transações com Cartão de Débito apresentou crescimento de 23,1%, quando comparado
ao mesmo período de 2009, alcançando R$ 785,4 milhões. Esse aumento é reflexo de maior
volume financeiro de transações decorrente do aumento do consumo privado, do uso crescente de
cartões como meio de pagamento e do crescimento do produto AgroCard, nosso produto específico
para o segmento agrícola.

Receita de Aluguel de Equipamentos (POS) totalizou R$1.169,9 milhões, valor 9,6% superior ao
registrado em 2009. Esse aumento ocorreu em função do número médio da base de POS instalada
ao longo do ano ter sido maior do que em 2009 e pela mudança no tipo de equipamento alugado,
sendo que o POS wireless ou GPRS, que possui um aluguel mais elevado, aumentou sua
participação.

A linha de Outras receitas totalizou R$ 187,8 milhões, um aumento de 38,7%, quando comparado ao
mesmo período de 2009. As principais fontes destas receitas são provenientes de serviços de
captura de transações de cartões de benefício (voucher) e de transações com cartões Private Label
híbrido, da trava de domicílio bancário prestados ao bancos e, mais recentemente, pela receita da
controlada M4U adquirida no segundo semestre de 2010, que presta serviços para soluções móveis
– recarga e pagamento.

Custo dos Serviços Prestados


O custo dos serviços prestados foi superior em R$ 244,5 milhões, ou 26,1%, totalizando R$ 1.180,8 milhões
no ano de 2010, comparado a R$ 936,3 milhões em 2009.
O aumento nominal nos custos ocorreu principalmente em função de: (i) aumento de R$ 92,6 milhões das
tarifas pagas às bandeiras, para R$ 194,8 milhões no ano de 2010, comparado a R$ 102,2 milhões em
2009, como consequência da renegociação do contrato com a bandeira Visa, início da aceitação da
bandeira MasterCard e pelo crescimento no volume financeiro das transações com cartões de crédito e
débito e (ii) aumento de R$ 43,3 milhões, ou 29,5%, dos custos com depreciação de equipamentos de
captura (POS) para R$ 190,1 milhões em 2010, comparado a R$ 146,8 milhões no ano de 2009.

Despesas Operacionais
As despesas operacionais aumentaram R$ 35,5 milhões, ou 8,8%, para R$ 441,1 milhões em 2010,
comparado a R$ 405,5 milhões no ano de 2009. A principal despesa que impactou este aumento foi
marketing, que apresentou crescimento significativo no ano como mencionaremos abaixo.

As despesas de pessoal aumentaram 21,2% para R$ 157,8 milhões, devido, principalmente, à parte
variável da remuneração de pessoal, representada pelo plano de participação nos resultados e stock option,
o que reflete o novo posicionamento estratégico adotado pela Companhia para atração e retenção dos
colaboradores. Além disso, o reajuste nos salários de 6,0% definido pelo acordo com o sindicato em agosto
de 2010 também contribuiu para este incremento.

As despesas gerais e administrativas aumentaram 4,4% para R$ 153,6 milhões, como consequência do
esforço da Cielo na preparação para o cenário multibandeira.

As despesas de marketing aumentaram 69,5% para R$ 123,7 milhões, refletindo o aumento das despesas
com marketing institucional em função da mudança do nome para Cielo e consequente necessidade de
posicionamento da nova marca, além da campanha publicitária lançada no início de 2010, preparando para
o momento de transição do mercado ocorrido em 1º de julho de 2010.

EBITDA
O EBITDA totalizou R$ 2.564,0 bilhões em 2010, crescimento de 13,1% maior do que o observado em
2009. O EBITDA corresponde ao lucro líquido antes do imposto de renda e contribuição social, das
despesas de depreciação e amortização e do resultado financeiro.

Resultado Financeiro

O resultado financeiro aumentou R$ 146,4 milhões para R$ 374,4 milhões em 2010. Tal aumento deve-se
principalmente ao resultado das operações de antecipação de recebíveis, que apresentou crescimento de
97,9%, chegando a uma receita financeira líquida de antecipação de R$ 361,9 milhões em 2010.

Lucro Líquido
O lucro líquido total atingiu R$ 1.830,9 milhões em 2010, aumento de 19,1%, quando comparado a 2009.
Desse lucro líquido total foi reduzido o montante atribuido aos acionistas não controladores, resultando em
um lucro líquido atribuido aos acionistas controladores de R$ 1.829,3 milhões.

SUSTENTABILIDADE

Comprometida com as práticas de sustentabilidade, a Cielo busca aprimorar seu desempenho na


governança corportativa e no estímulo e aplicação de processos ligados à responsabilidade socioambiental.

SERVIÇOS PRESTADOS PELA AUDITORIA INDEPENDENTE

Durante o exercício de 2010 a Companhia contratou os serviços da auditoria independente da Deloitte


Touche Tohmatsu. A Companhia adota como política atender à regulamentação que define as restrições de
serviços a serem prestados pelos auditores independentes à mesma companhia aberta. Nos exercícios
encerrados em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, não foram prestados pelos auditores independentes e
por partes a eles relacionadas,serviços não relacionados a auditoria externa.

CÂMARA DE ARBITRAGEM
A Companhia está vinculada a arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula
Compromissória constante do seu Estatuto Social

GOVERNANÇA CORPORATIVA
A Companhia adota uma postura ética, responsável e transparente na administração dos negócios e busca
aperfeiçoar seu padrão de governança corporativa de acordo com as melhores práticas de mercado, com o
objetivo de preservar o direito dos acionistas, por meio de um tratamento equitativo, claro e aberto.

A Cielo possui Conselho de Administração composto por 10 membros (2 independentes) e Conselho Fiscal
com 3 membros. Além dos citados órgãos societários, foram instalados comitês de assessoramento,
responsáveis pela formulação de recomendações quanto a estratégias de negócios, o que engloba
estratégias de longo prazo, desempenho da Companhia e controle e fiscalização das medidas adotadas .

Atualmente, além do comitê de Auditoria, que possui previsão estatutária, estão instalados os seguintes
comitês de assessoramento ao Conselho de Administração: Finanças, Pessoas e Governança Corporativa.
A Companhia adota Políticas de Divulgação de Informações, de Negociação de Ações e Código de Ética, o
qual estabelece as normas de conduta no relacionamento com todas as partes interessadas: colaboradores,
clientes, fornecedores, investidores, órgãos reguladores, sociedade e governos.

DECLARAÇÃO DE DIRETORIA
Em observância as disposições constantes da Instrução CVM nº 480/09, a Diretoria declara que discutiu,
reviu e concordou com as opiniões expressas no relatório dos auditores independentes e com as
demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010.
Cielo S.A. e Controladas
Demonstrações Financeiras
Referentes ao Exercício Findo
em 31 de Dezembro de 2010 e
Relatório dos Auditores Independentes

Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes


RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos Sócios e Administradores da


Cielo S.A.
Barueri - SP

Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Cielo S.A. (“Sociedade”),


identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço
patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações
do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do resultado abrangente para o exercício findo naquela
data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras

A Administração da Sociedade é responsável pela elaboração e adequada apresentação das


demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e das
demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório
financeiro (IFRS), emitidas pelo “International Accounting Standards Board - IASB”, e de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela
determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de
distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a


respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os
procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos
de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou
erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a
elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Sociedade para planejar os
procedimentos de auditoria que são apropriados às circunstâncias, mas não para fins de expressar
uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Sociedade. Uma auditoria inclui, também,
a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas
contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações
financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Cielo S.A. e Controladas

Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais anteriormente referidas apresentam


adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Cielo S.A.
em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o
exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas anteriormente referidas apresentam


adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da
Cielo S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho consolidado de suas operações e os seus
fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo IASB e as práticas contábeis adotadas no
Brasil.

Conforme descrito na nota explicativa nº 2, as demonstrações financeiras individuais foram


elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da Cielo S.A. essas
práticas diferem da IFRS, aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se
refere à avaliação dos investimentos em controladas e controladas em conjunto pelo método de
equivalência patrimonial, enquanto para fins de IFRS seria custo ou valor justo.

Outros assuntos

Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (“DVA”),


referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação é requerida pela
legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas
IFRSs que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos
mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão
adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações
financeiras tomadas em conjunto.

São Paulo, 8 de fevereiro de 2011

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Ismar de Moura


Auditores Independentes Contador
CRC nº 2 SP 011609/O-8 CRC nº 1 SP 179631/O-2

© 2011 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 2


CIELO S.A. E CONTROLADAS

Nota Controladora Consolidado Nota Controladora Consolidado


ATIVO explicativa 2010 2009 1/1/2009 2010 2009 1/1/2009 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO explicativa 2010 2009 1/1/2009 2010 2009 1/1/2009

CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 5 221.542 510.242 1.044.594 250.603 514.280 1.072.157 Financiamentos - arrendamento mercantil - - 401 - - 401
Contas a receber operacional 6 2.192.915 1.174.250 159.000 2.210.282 1.178.784 162.943 Contas a pagar a estabelecimentos 14 1.168.440 667.522 487.628 1.168.440 667.522 487.628
Contas a receber de controlada 165 2.559 206 - - 177 Fornecedores 15 145.875 114.043 94.111 180.761 116.443 96.604
Impostos antecipados e a recuperar 441 411 592 2.710 2.503 1.219 Impostos e contribuições a recolher 16 405.351 416.660 273.378 409.042 416.945 275.066
Direitos a receber - securitização no exterior 7 42.027 163.850 207.979 42.027 163.850 207.979 Contas a pagar a controlada 25 25.946 6.324 10.398 - - 20.766
Juros a receber - securitização no exterior 7 956 2.914 6.341 956 2.914 6.341 Obrigações a pagar - securitização no exterior 19 42.003 163.911 207.943 42.003 163.911 207.943
Despesas pagas antecipadamente 4.781 5.887 4.481 4.851 5.896 4.488 Juros recebidos antecipadamente - securitização no exterior 19 956 2.914 6.341 956 2.914 6.341
Outros valores a receber 17.440 9.225 3.668 24.892 18.448 4.941 Dividendos a pagar 20.f) 117.958 105.365 - 117.958 105.365 -
Total do ativo circulante 2.480.267 1.869.338 1.426.861 2.536.321 1.886.675 1.460.245 Outras obrigações 17 79.848 62.106 47.963 97.197 80.041 66.526
Total do passivo circulante 1.986.377 1.538.845 1.128.163 2.016.357 1.553.141 1.161.275
NÃO CIRCULANTE
Direitos a receber - securitização no exterior 7 - 42.445 277.000 - 42.445 277.000 NÃO CIRCULANTE
Imposto de renda e contribuição social diferidos 8 245.324 210.000 153.898 255.216 222.000 169.398 Provisão para contingências 18 495.100 482.508 355.906 523.633 511.578 391.463
Depósitos judiciais 18 467.245 433.280 304.452 489.204 455.292 323.073 Obrigações a pagar - securitização no exterior 19 - 42.445 277.000 - 42.445 277.000
Outros valores a receber 1.078 1.597 1.703 1.090 1.811 1.703 Imposto de renda e contribuição social diferidos - - - 5.579 - -
Investimentos em controladas e controladas em conjunto 9 76.088 29.081 46.826 - - - Outras obrigações 17 5.452 - - 31.586 233 740
Outros investimentos - - - - - 174 Total do passivo não circulante 500.552 524.953 632.906 560.798 554.256 669.203
Imobilizado 10 346.498 288.176 204.128 360.290 296.121 213.295
Intangível: PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ágio na aquisição de investimentos 11 10.143 10.143 - 53.779 22.198 38.561 Capital social 20.a) 100.000 75.379 75.379 100.000 75.379 75.379
Outros intangíveis 12 40.067 40.167 48.247 75.506 41.284 49.075 Reserva de capital 20.b) 83.532 72.305 68.606 83.532 72.305 68.606
Total do ativo não circulante 1.186.443 1.054.889 1.036.254 1.235.085 1.081.151 1.072.279 Ações em tesouraria 20.g) (68.823) (69.228) - (68.823) (69.228) -
Reservas de lucros 1.065.072 781.973 558.061 1.065.072 781.973 558.061
Atribuído à participação dos acionistas controladores 1.179.781 860.429 702.046 1.179.781 860.429 702.046
Participação dos acionistas não controladores - - - 14.470 - -
Total do patrimônio líquido 1.179.781 860.429 702.046 1.194.251 860.429 702.046

TOTAL DO ATIVO 3.666.710 2.924.227 2.463.115 3.771.406 2.967.826 2.532.524 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.666.710 2.924.227 2.463.115 3.771.406 2.967.826 2.532.524

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

3
CIELO S.A. E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 2009
(Em milhares de reais - R$, exceto o lucro líquido por ação)

Nota Controladora Consolidado


explicativa 2010 2009 2010 2009

RECEITA LÍQUIDA 22 3.927.299 3.434.175 3.992.494 3.444.921

CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (1.110.924) (910.698) (1.180.827) (936.312)

LUCRO BRUTO 2.816.375 2.523.477 2.811.667 2.508.609

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS


Pessoal (110.949) (79.660) (157.790) (130.209)
Gerais e administrativas (214.487) (205.912) (153.622) (147.145)
Marketing (123.506) (72.866) (123.664) (72.960)
Equivalência patrimonial 9 5.357 1.805 - -
Outras despesas operacionais, líquidas 32 (5.972) (67.312) (5.970) (55.216)

LUCRO OPERACIONAL 2.366.818 2.099.532 2.370.621 2.103.079

RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras 31 43.364 93.886 45.591 99.751
Despesas financeiras 31 (33.534) (49.994) (33.981) (56.519)
Receita com antecipação de recebíveis 31 438.212 218.150 438.212 218.150
Despesa de ajuste a valor presente 31 (76.333) (35.266) (76.333) (35.266)
Variação cambial, líquida 31 933 1.903 933 1.903
372.642 228.679 374.422 228.019

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA


CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 2.739.460 2.328.211 2.745.043 2.331.098

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL


Correntes 26 (945.450) (850.519) (947.310) (853.151)
Diferidos 26 35.324 56.102 33.181 55.847

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.829.334 1.533.794 1.830.914 1.533.794

ATRIBUÍDO A
Participação dos acionistas controladores 1.829.334 -
Participação dos acionistas não controladores 1.580 -

1.830.914 1.533.794

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO (EM R$) - BÁSICO 21.b) 1,3449 1,1242 1,3460 1,1242

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO (EM R$) - DILUÍDO 21.b) 1,3434 1,1237 1,3446 1,1237

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

4
CIELO S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADORA)


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 2009
(Em milhares de reais - R$)

Atribuído à participação dos acionistas controladores


Reservas de lucros Total da
Reserva de participação dos Participação dos Total do
Nota Capital Reserva Ações em Reserva orçamento de Retenção acionistas acionistas patrimônio
explicativa social de capital tesouraria legal capital de lucros controladores não controladores líquido

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 75.379 68.606 - 15.076 - - 159.061 - 159.061

Resultado abrangente total do exercício - - - - - 1.533.794 1.533.794 - 1.533.794


Destinação sobre o lucro líquido do exercício:
Dividendos pagos - - - - - (661.532) (661.532) - (661.532)
Dividendos propostos - - - - - (105.365) (105.365) - (105.365)
Opção de ações outorgadas 34 - 3.699 - - - - 3.699 - 3.699
Ações em tesouraria - - (69.228) - - - (69.228) - (69.228)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 75.379 72.305 (69.228) 15.076 - 766.897 860.429 - 860.429

Destinação de lucros acumulados:


Dividendos pagos sobre lucros acumulados 20.f) - - - - - (603.775) (603.775) - (603.775)
Juros sobre o capital próprio pagos 20.f) - - - - - (9.741) (9.741) - (9.741)
Aumento de capital 20.a) 24.621 - - (15.076) - (9.545) - - -
Reserva de orçamentos de capital 20.d) - - - - 143.836 (143.836) - - -
Ações em tesouraria 20.g) - - (3.001) - - - (3.001) - (3.001)
Opção de ações outorgadas 34 - 11.227 - - - - 11.227 - 11.227
Opção de ações exercidas durante o exercício - - 3.406 - - - 3.406 - 3.406
Lucro líquido do exercício - - - - - 1.829.334 1.829.334 1.580 1.830.914
Destinação sobre o lucro líquido do exercício:
Reserva legal 20.e) - - - 20.000 - (20.000) - - -
Dividendos pagos 20.f) - - - - - (773.941) (773.941) - (773.941)
Dividendos propostos 20.f) - - - - - (110.722) (110.722) - (110.722)
Juros sobre o capital próprio pagos 20.f) - - - - - (16.199) (16.199) - (16.199)
Juros sobre o capital próprio propostos 20.f) - - - - - (7.236) (7.236) - (7.236)
Efeito dos acionistas não controladores sobre entidades consolidadas - - - - - - - 12.890 12.890

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 100.000 83.532 (68.823) 20.000 143.836 901.236 1.179.781 14.470 1.194.251

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

5
CIELO S.A. E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 2009
(Em milhares de reais - R$)

Nota Controladora Consolidado


explicativa 2010 2009 2010 2009

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS


Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 2.739.460 2.328.211 2.745.043 2.331.098
Ajustes para conciliar o lucro antes do imposto de renda e da contribuição social
com o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais:
Depreciações e amortizações 190.013 147.027 193.371 160.271
Constituição (reversão) de provisão para perdas com imobilizado e intangível, líquida 3.355 (1.681) 3.355 9.387
Custo residual de imobilizado e intangível baixados ou alienados 10.370 6.410 11.031 7.274
Perda de capital na troca de participações em "joint venture" - 4.431 - 4.431
Provisão para perdas com outros investimentos - 16.126 202 -
Opções de ações outorgadas 34 11.227 3.699 11.227 3.699
Dividendos recebidos de controladas - 27.802 - -
Perda com aluguel de equipamentos 18.781 14.753 18.781 14.753
Provisão para contingências 18 100.164 140.939 99.627 141.116
Ajuste a valor presente do contas a receber 6 76.333 35.266 76.333 35.266
Equivalência patrimonial 9 (5.357) (1.805) - -

(Aumento) redução nos ativos operacionais:


Contas a receber operacional (1.094.998) (1.050.516) (1.102.192) (1.051.107)
Contas a receber de controlada 2.394 (2.353) - 177
Impostos antecipados e a recuperar (30) 181 (207) (1.284)
Outros valores a receber (circulante e não circulante) 158.530 276.659 161.641 268.707
Depósitos judiciais 18 (121.018) (128.828) (120.965) (132.219)
Despesas pagas antecipadamente 1.106 (1.406) 1.045 (1.408)

Aumento (redução) nos passivos operacionais:


Contas a pagar a estabelecimentos 482.137 165.141 482.137 165.141
Fornecedores 31.832 19.932 58.296 19.839
Impostos e contribuições a recolher 8.298 2.390 7.984 2.114
Contas a pagar a controlada 19.622 (4.074) - -
Outras obrigações (circulante e não circulante) (143.116) (267.871) (144.637) (268.959)
Provisão para contingências (circulante e não circulante) 18 (519) (14.337) (519) (21.001)
Caixa proveniente das operações 2.488.584 1.716.096 2.501.553 1.687.295
Juros recebidos 9.716 22.208 9.716 (22.208)
Juros pagos (9.716) (22.208) (9.716) 22.208
Imposto de renda e contribuição social pagos (964.055) (709.626) (963.653) (714.609)
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 1.524.529 1.006.470 1.537.900 972.686

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO


Aumento de capital em controladas 9 (41.650) (38.952) - -
Aquisição de participação em "joint venture" - - - (20.813)
Aquisição de controladas pela "joint venture", líquida de caixa adquirido - - (3.258) (4.403)
Adições ao imobilizado e intangível (261.960) (227.724) (288.700) (231.201)
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (303.610) (266.676) (291.958) (256.417)

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO


Financiamentos - arrendamento mercantil - (401) - (401)
Ações em tesouraria 20.g) (3.001) (69.228) (3.001) (69.228)
Opções de ações exercidas 20.g) 3.406 - 3.406 -
Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos 20.f) (1.510.024) (1.204.517) (1.510.024) (1.204.517)
Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento (1.509.619) (1.274.146) (1.509.619) (1.274.146)

REDUÇÃO DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (288.700) (534.352) (263.677) (557.877)

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA


Saldo final 221.542 510.242 250.603 514.280
Saldo inicial 510.242 1.044.594 514.280 1.072.157

REDUÇÃO DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (288.700) (534.352) (263.677) (557.877)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

6
CIELO S.A. E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 2009
(Em milhares de reais - R$)

Nota Controladora Consolidado


explicativa 2010 2009 2010 2009

RECEITAS
Vendas de serviços, líquidas 22 3.927.299 3.434.175 3.992.494 3.444.921
Perdas com aluguel de equipamentos (18.781) (14.753) (18.781) (14.753)
3.908.519 3.419.422 3.973.714 3.430.168

INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS


Gastos com serviços prestados (841.432) (680.234) (893.508) (694.552)
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (331.167) (272.073) (267.023) (197.668)
Outros gastos, líquidos (12.956) (68.569) (12.956) (68.569)
Ganho na realização de ativos 25.764 16.010 25.764 16.010
(1.159.792) (1.004.866) (1.147.723) (944.779)

VALOR ADICIONADO BRUTO 2.748.727 2.414.556 2.825.991 2.485.389

RETENÇÕES
Depreciações e amortizações (190.013) (147.027) (193.371) (160.271)

VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO 2.558.714 2.267.529 2.632.620 2.325.118

VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA


Equivalência patrimonial 9 5.357 1.805 - -
Participação dos acionistas não controladores - - (1.580) -
Receitas financeiras, incluindo variação cambial líquida e
antecipação de recebíveis, líquidas 31 406.176 278.673 408.403 284.538
411.533 280.478 406.823 284.538

VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 2.970.247 2.548.007 3.039.443 2.609.656

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO


Pessoal e encargos (132.926) (114.451) (174.058) (144.217)
Participação de colaboradores e administradores no lucro 29 (34.796) (28.602) (43.439) (36.620)
Impostos, taxas e contribuições (934.693) (816.226) (947.234) (826.659)
Juros provisionados e aluguéis (38.498) (54.934) (45.378) (68.366)
Reserva legal 20.c) (20.000) - (20.000) -
Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos 20.f) (790.140) (661.532) (790.140) (661.532)
Dividendos e juros sobre o capital próprio propostos 20.f) (117.958) (105.365) (117.958) (105.365)
Retenção de lucros 20.e) (901.236) (766.897) (901.236) (766.897)

VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO (2.970.247) (2.548.007) (3.039.443) (2.609.656)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

7
CIELO S.A. E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 2009
(Em milhares de reais - R$)

2010 2009

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.829.334 1.533.794

RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO 1.829.334 1.533.794

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

8
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010
(Em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma)

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Cielo S.A. (“Sociedade” ou “Cielo”) foi constituída em 23 de novembro de 1995 no Brasil e


tem como objetivo principal a prestação de serviços relacionados a cartões de crédito e de
débito e outros meios de pagamento, bem como a prestação de serviços correlatos, tais como o
credenciamento de estabelecimentos comerciais e de prestadores de serviços, o aluguel, a
instalação e a manutenção de terminais eletrônicos e a captura de dados e de processamento de
transações eletrônicas e manuais.

A Cielo é uma sociedade anônima com sede em Barueri, São Paulo, cujas ações foram
admitidas à negociação na BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros.
Suas controladoras integram os conglomerados Banco do Brasil e Bradesco. O endereço de sua
sede e o principal local de negócios estão descritos na introdução ao relatório anual da
Administração.

Em 23 de janeiro de 2003, a Sociedade constituiu uma filial em Grand Cayman, Ilhas


Britânicas Ocidentais (nota explicativa nº 24), com o propósito específico da realização no
exterior de uma operação de securitização do fluxo de direitos creditórios denominados em
moeda estrangeira (notas explicativas nº 7, nº 19 e nº 24).

O contexto operacional das controladas e das controladas em conjunto é como segue:

Controladas diretas

Servinet Serviços Ltda. (“Servinet”) - o objeto social da Servinet consiste na prestação de


serviços de manutenção e contatos com estabelecimentos comerciais e estabelecimentos
prestadores de serviços para a aceitação de cartões de crédito e de débito, bem como outros
meios de pagamento; no desenvolvimento de atividades correlatas no setor de serviços
julgadas de interesse da Servinet; e na participação em outras sociedades como sócia ou
acionista.

Servrede Serviços S.A. (“Servrede”) - o objeto social da Servrede é a prestação de serviços


de gerenciamento de tecnologia de rede, incluindo transmissão de dados e informações,
soluções corporativas, sistemas de comunicação privada e processamento eletrônico de
pagamentos, além da prestação de serviços de aplicativos e “data center”, bem como o
desenvolvimento de outras atividades correlatas no setor de serviços julgadas de seu
interesse e a participação em outras sociedades como sócia ou acionista.

CieloPar Participações Ltda. (“CieloPar”) - tem como objeto social a participação em outras
sociedades como sócia, cotista ou acionista. Em 31 de dezembro de 2010, a CieloPar
permanecia sem operações.

9
Cielo S.A. e Controladas

Companhia Brasileira de Gestão de Serviços (“Orizon”), anteriormente denominada Orizon


Brasil Processamento de Informações de Saúde Ltda. - o objeto social da Orizon consiste na
consultoria e no processamento de informações para as empresas da área médica em geral;
na gestão de serviços de suporte (“back office”) para empresas operadoras de saúde em
geral; na prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica entre operadoras de saúde
e prestadores de serviços médicos e hospitalares (como hospitais, clínicas médicas e
laboratórios) e quaisquer outros agentes do sistema de saúde suplementar e drogarias, em
plataforma tecnológica única; na prestação de serviços de digitalização e automatização de
processos, emissão de cartões, atendimento em “call center” e outras soluções; na prestação
de serviços de leitura de informações de cartões e roteamento de transações não financeiras;
na locação ou comercialização de leitoras de cartões, outros equipamentos e sistemas de
informática utilizados na prestação de seus serviços, bem como na prestação de assistência
técnica a referidos equipamentos; e na participação em outras sociedades, nacionais ou
estrangeiras, como sócia, acionista ou cotista.

CBGS - Gestão e Processamento de Informações de Saúde Ltda. (“CBGS Ltda.”) - o


principal objeto social era a participação em outras sociedades como sócia, acionista ou
cotista. Em novembro de 2009, a CBGS Ltda. foi incorporada pela CBGS, então sua
controlada em conjunto, a valores contábeis e com data-base 31 de outubro de 2009.

Companhia Brasileira de Gestão de Serviços (“CBGS”) - o principal objeto social da CBGS


era a participação em outras sociedades, nacionais ou estrangeiras, como sócia, acionista ou
cotista. Em dezembro de 2009, a CBGS foi incorporada pela Orizon, então sua controlada
em conjunto, a valores contábeis e com data-base 30 de novembro de 2009.

Controladas indiretas

Prevsaúde Comercial de Produtos e de Benefícios de Farmácia Ltda. (“Prevsaúde”) -


controlada da Orizon, tem como objeto social a prestação de serviços de benefício
farmacêutico, voltados para o atendimento de clientes corporativos, planos de saúde,
clientes públicos e grandes laboratórios. A Prevsaúde administra a relação dos funcionários
de seus clientes com as farmácias, com os médicos e com a própria empresa contratante.

Precisa Comercialização de Medicamentos Ltda. (“Precisa”) - controlada da Orizon, tem


como objeto social a comercialização de medicamentos em geral, com foco na prevenção e
manutenção do estado de saúde, com sistema de entrega programada. A Precisa é uma
“farmácia” voltada para atender aos clientes da Prevsaúde, com foco principal nos pacientes
crônicos. Ela é responsável pela entrega de medicamentos de administração recorrente aos
clientes da Prevsaúde com doenças crônicas, tais como diabetes, câncer e problemas
cardíacos e de pressão, o que permite monitorar a entrega e o consumo do medicamento,
aumentando a efetividade do tratamento.

Multidisplay Comércio e Serviços Tecnológicos S.A. (“Multidisplay”) - controlada da


Servrede, tem como objeto social a prestação de serviços de transmissão de dados de
recarga de créditos de telefonia fixa ou celular, o comércio de recarga de aparelhos
celulares ou fixos, a prestação de serviços de consultoria em tecnologia, desenvolvimento e
licenciamento de software, o comércio de produtos e a prestação de serviços tecnológicos e
representação comercial.

10
Cielo S.A. e Controladas

M4 Produtos e Serviços S.A. (“M4 Produtos”) - controlada da Multidisplay, tem como


objeto social a prestação de serviços de transmissão de dados de recarga de créditos de
telefonia fixa, telefonia celular, televisão pré-paga, transporte pré-pago e similares; a
prestação de serviços de pagamento móvel e de serviços de consultoria em tecnologia; e o
desenvolvimento e licenciamento de softwares.

Reestruturação em controladas - Projeto Saúde

Em 28 de agosto de 2006, a Sociedade constituiu a CBGS Ltda., que atua no setor de saúde.

Em 8 de novembro de 2006, a Sociedade (através de sua controlada CBGS Ltda.), a Bradesco


Saúde S.A. (“Bradesco Saúde”) e a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil
(“Cassi”) assinaram Acordo de Investimentos visando à atuação em conjunto no segmento de
prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica e outros entre operadores e
prestadores de serviços de saúde. Por esse acordo, a Bradesco Saúde e a Cassi constituíram a
CBGS e garantiram a essa nova empresa o acesso a seu cadastro de clientes para a prestação
dos referidos serviços com exclusividade. A controlada CBGS Ltda. comprometeu-se a
adquirir participação equivalente a 40,95% do capital social da CBGS por R$139.045, por
meio de novos aportes de capital através da conferência de bens.

Em 28 de dezembro de 2006, foi constituída pela Bradesco Saúde (70,87%) e pela Cassi
(29,13%) a CBGS, com capital social de R$1.000, totalmente subscrito e integralizado em
dinheiro. O capital social da CBGS está dividido em 1.000.000 de ações ordinárias e
nominativas, sem valor nominal.

Em 2 de janeiro de 2008, a CBGS subscreveu, em favor da controladora CBGS Ltda., 693.480


novas ações ordinárias, sem valor nominal, pelo montante de R$139.045.

A integralização desse montante, que dava direito à CBGS Ltda. de deter 40,95% de
participação naquela companhia, ocorreu através da transferência de participações em
companhias e em dinheiro. Dessa forma, considerando que a formação de “joint venture” é
especificamente excluída do escopo da IFRS 3 - Combinação de Negócios, a transferência de
participação acionária para a CBGS (“joint venture”) foi contabilizada pelos mesmos valores
contábeis que estavam registrados na CBGS Ltda. (“venturer”), tendo o ganho de capital sido
contabilizado no consolidado da Sociedade de acordo com o IAS 31 - Participações em “Joint
Ventures” e o SIC 13 - Entidades de Controles Compartilhados - Contribuições de Ativos Não
Monetários pelo “Venturer”. Portanto, esses Pronunciamentos requerem que o reconhecimento
do ganho ou da perda reflita a substância da transação, ou seja, quando os ativos são retidos pela
“joint venture” e o “venturer” transfere significativamente os riscos e benefícios da propriedade
para a “joint venture”, o “venturer” deve reconhecer somente a porção do ganho ou da perda
atribuída à participação dos outros “venturers”.

A integralização pela CBGS Ltda. do montante mencionado ocorreu detalhadamente da


seguinte forma:

R$60.773 por meio da entrega imediata de 46.661.888 cotas da Polimed Ltda. (“Polimed”),
atualmente denominada Orizon, cujo valor patrimonial em 31 de dezembro de 2007 era de
R$39.339, com a geração de ganho de capital no montante de R$21.434. Nas demonstrações
financeiras consolidadas, esse ganho de capital foi eliminado na proporção da participação
da CBGS Ltda. no capital social da controlada CBGS.

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Cielo S.A. e Controladas

R$10.918 por meio da entrega imediata de 1.709.999 cotas da Dativa Conectividade em


Saúde Ltda. (“Dativa”), cujo valor patrimonial em 31 de dezembro de 2007 era de
R$11.005, com a geração de perda de capital no montante de R$87 (incorporada pela então
controladora Orizon em 29 de maio de 2008).

R$67.354 a serem integralizados em até dois anos, por meio da entrega de bens suscetíveis
de avaliação em dinheiro e/ou moeda corrente nacional, os quais seriam corrigidos pela
variação do Índice de Preços ao Consumidor Ampliado - IPCA acrescido de 11,85% ao ano,
“pro rata die”, desde a data do ato até a data da respectiva integralização, sendo
contabilizados pela CBGS Ltda. na rubrica “Contas a pagar para „joint venture‟” e na
rubrica “Contas a receber” da CBGS. Em 31 de dezembro de 2009, o saldo foi totalmente
integralizado.

Após a subscrição de ações, a composição acionária da “joint venture” CBGS ficou da seguinte
forma:

CBGS Ltda. 40,95


Bradesco Saúde 41,85
Cassi 17,20

Conforme o Acordo de Acionistas, as deliberações societárias e a aprovação de novos


investimentos requerem a maioria de aprovação pelos acionistas; consequentemente, a CBGS
foi classificada como uma controlada em conjunto (“joint venture”) e suas demonstrações
financeiras foram contabilizadas pela Sociedade pelo método de consolidação proporcional,
conforme recomendado pelo CPC 19 e pelo IAS 31.

Em 16 de março de 2009, a controlada em conjunto CBGS adquiriu a totalidade das cotas


representativas do capital da Prevsaúde e da Precisa, conforme apresentado a seguir:

Prevsaúde Precisa

Ativos (passivos) líquidos adquiridos 1.628 (2.381)


(-) Preço total de compra considerado 9.000 1.000
Ágio 7.372 3.381

Em novembro de 2009, a controlada direta CBGS Ltda. foi incorporada pela controlada
indireta CBGS, e em 1º de dezembro de 2009 a CBGS foi incorporada pela Orizon.
Como resultado das incorporações, todas as operações das incorporadas foram transferidas para
as incorporadoras, que sucederam as incorporadas em todos os seus bens, direitos e obrigações,
a título universal e para todos os fins de direito, sem nenhuma solução de continuidade, com a
consequente extinção das incorporadas.
Aquisição de controladas - Multidisplay e M4 Produtos
Em agosto de 2010, através da controlada direta Servrede, a Sociedade adquiriu o controle da
Multidisplay Comércio e Serviços Tecnológicos S.A. (“Multidisplay”) e da sua controlada
integral M4 Produtos e Serviços S.A. (“M4 Produtos”), que juntas formam a M4U, empresa
brasileira pioneira e líder no desenvolvimento de plataformas tecnológicas, tanto para recarga
de celulares como para pagamentos móveis.

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Cielo S.A. e Controladas

O principal objetivo da M4U é a prestação de serviços de transmissão de dados de recarga de


créditos de telefonia fixa ou móvel, comércio de recarga de aparelhos móveis ou fixos,
prestação de serviços tecnológicos e consultoria em tecnologia, desenvolvimento de software e
representação comercial. A aquisição de 50,1% do capital social da M4U deu-se pelo valor de
R$50.100, do qual R$25.050 foram pagos na data da aquisição e o saldo remanescente,
registrado como “Outras obrigações” no passivo não circulante, será pago em até 37 meses da
data de fechamento, condicionado ao cumprimento de determinadas metas de “performance”
financeira, pactuadas no Contrato de Compra e Venda de Ações.

Acordo de investimentos - “joint venture” Paggo Soluções

Em 29 de setembro de 2010, a Sociedade, a Tele Norte Leste Participações S.A. (“TNL”) e a


Paggo Acquirer Gestão de Meios de Pagamento Ltda. (“Paggo Acquirer”, sociedade controlada
pela TNL) celebraram um Acordo de Investimento com o objetivo de regular a participação da
Paggo Acquirer e da Sociedade através de sua controlada Cielo Par em uma nova sociedade
denominada Paggo Soluções de Meios de Pagamento S.A. (“Paggo Soluções”). A Paggo
Acquirer e a Sociedade deterão, cada uma, 50% do capital social da Paggo Soluções. A Paggo
Soluções será dedicada à condução de atividades de captura, transmissão, processamento e
liquidação financeira de transações comerciais com a tecnologia de Mobile Payment originadas
ou concluídas em dispositivos de telefonia celular; e promoverá o credenciamento dos atuais e
de novos lojistas à sua rede de adquirência de transações originadas em dispositivos de
telefonia celular, por meio dos relacionamentos já mantidos pela Sociedade e pela Paggo
Acquirer em todo o território nacional.

As operações mencionadas foram apresentadas às autoridades brasileiras de defesa da


concorrência nos termos e prazos previstos na legislação em vigor e espera-se que essas
operações sejam implementadas no prazo aproximado de seis meses a contar da data dos
acordos firmados.

Início do cenário multibandeira

O mercado de cartões, especificamente o setor de credenciamento, passou a viver um novo


cenário competitivo a partir de 1º de julho de 2010, data a partir da qual as adquirentes
passaram a capturar e processar as transações das principais bandeiras de cartões. Essa
mudança contemplou duas recomendações sugeridas pelo grupo formado pelo Banco Central
do Brasil - BACEN, pela Secretaria de Direito Econômico - SDE e pela Secretaria de
Acompanhamento Econômico - SEAE: a abertura da atividade de credenciamento e a
interoperabilidade de POS.

A Sociedade, a partir de 1º de julho de 2010, passou a capturar e processar transações da


bandeira MASTERCARD. Outras parcerias também já foram anunciadas com a bandeira
AMEX (Banco Bankpar S.A. e Tempo Serviços Ltda.) e com bandeiras nacionais, tais como
AURA (parte da operação da MASTERCARD no Brasil) e SOROCRED (Sorocred Meios de
Pagamento Ltda.). Adicionalmente, em 2010 foi anunciada parceria operacional com a Caixa
Econômica Federal (“CEF”) e com o HSBC Bank Brasil S.A.

O posicionamento da Sociedade no mercado de cartões de benefícios também foi fortalecido


com a parceria anunciada com a empresa Ticket, inicialmente, para os produtos Ticket
Refeição e Ticket Alimentação. Logo, além de continuar oferecendo a bandeira VISAVALE, a
Sociedade passou a oferecer também a bandeira TICKET.

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Cielo S.A. e Controladas

2. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

2.1. Declaração de conformidade

As demonstrações financeiras da Sociedade compreendem:

As demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade, as quais foram elaboradas


de acordo com as normas internacionais de contabilidade (“International Financial
Reporting Standards - IFRS”), emitidas pelo “International Accounting Standards
Board - IASB”, e as interpretações do Comitê de Interpretações das Normas
Internacionais de Contabilidade (“International Financial Reporting Interpretations
Committee - IFRIC”) e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil, identificadas como Consolidado.

As demonstrações financeiras individuais da controladora preparadas de acordo com


as práticas contábeis adotadas no Brasil, identificadas como Controladora.

As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação


societária brasileira e os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações emitidos
pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados pela Comissão de
Valores Mobiliários - CVM.

As demonstrações financeiras individuais apresentam a avaliação dos investimentos em


controladas e em empreendimentos controlados em conjunto pelo método da
equivalência patrimonial, de acordo com a legislação brasileira vigente. Dessa forma,
essas demonstrações financeiras individuais não são consideradas como estando em
conformidade com as IFRSs, que exigem a avaliação desses investimentos nas
demonstrações separadas da controladora pelo seu valor justo ou pelo custo.

Como não existe diferença entre o patrimônio líquido consolidado e o resultado


consolidado atribuíveis aos acionistas da controladora, constantes nas demonstrações
financeiras consolidadas preparadas de acordo com as IFRSs e as práticas contábeis
adotadas no Brasil, e o patrimônio líquido e resultado da controladora, constantes nas
demonstrações financeiras individuais preparadas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil, a Sociedade optou por apresentar essas demonstrações financeiras
individuais e consolidadas em um único conjunto, lado a lado.

2.2. Base de elaboração

As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por
determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos, conforme
descrito nas práticas contábeis a seguir. O custo histórico geralmente é baseado no valor
justo das contraprestações pagas em troca de ativos.

Os efeitos da adoção das IFRSs e dos novos pronunciamentos emitidos pelo CPC estão
apresentados nas notas explicativas nº 3 e nº 4.

2.3. Moeda funcional e de apresentação

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Sociedade são apresentadas


em reais (R$), que é a moeda funcional e de apresentação.

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Cielo S.A. e Controladas

2.4. Caixa e equivalentes de caixa

Incluem caixa, contas bancárias e aplicações financeiras com liquidez imediata e com
baixo risco de variação no valor, sendo demonstrados pelo custo acrescido dos juros
auferidos. Os caixas e equivalentes de caixa são classificados como ativos financeiros
mensurados a valor justo, e seus rendimentos são registrados no resultado do exercício.

2.5. Contas a receber dos bancos emissores e contas a pagar a estabelecimentos


comerciais (transações pendentes de repasse)

Referem-se aos valores das transações realizadas pelos titulares de cartões de crédito e de
débito emitidos por instituições financeiras, sendo os saldos de contas a receber dos bancos
emissores líquidos das taxas de intercâmbio e os saldos de contas a pagar a
estabelecimentos deduzidos das taxas líquidas de administração (taxa de desconto); os
prazos de recebimento dos emissores e de pagamento aos estabelecimentos são inferiores a
um ano (vide nota explicativa nº 14).

2.6. Imobilizado

Avaliado ao custo histórico, deduzido das respectivas depreciações. A depreciação é


calculada pelo método linear, que leva em consideração a vida útil estimada dos bens. A
vida útil estimada, os valores residuais e os métodos de depreciação são revisados no
final da data do balanço patrimonial e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é
contabilizado prospectivamente.

Custos subsequentes são incorporados ao valor residual do imobilizado ou reconhecidos


como item específico, conforme apropriado, somente se os benefícios econômicos
associados a esses itens forem prováveis e os valores mensurados de forma confiável.
Demais reparos e manutenções são reconhecidos diretamente no resultado quando
incorridos.

Um item do imobilizado é baixado após alienação ou quando não há benefícios


econômicos futuros resultantes do uso contínuo do ativo. Quaisquer ganhos ou perdas na
venda ou baixa de um item do imobilizado são determinados pela diferença entre os
valores recebidos na venda e o valor contábil do ativo e são reconhecidos no resultado.

2.7. Intangível

Ativos intangíveis adquiridos separadamente

Ativos intangíveis com vida útil definida adquiridos separadamente são registrados ao
custo, deduzido da amortização e das perdas por redução ao valor recuperável
acumuladas. A amortização é reconhecida linearmente com base na vida útil estimada
dos ativos. A vida útil estimada e o método de amortização são revisados no fim de cada
exercício e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado
prospectivamente. Ativos intangíveis com vida útil indefinida adquiridos separadamente
são registrados ao custo, deduzido das perdas por redução ao valor recuperável
acumuladas.

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Cielo S.A. e Controladas

Ativos intangíveis gerados internamente - gastos com pesquisa e desenvolvimento

Os gastos com atividades de pesquisa são reconhecidos como despesa no período em que
são incorridos.

O ativo intangível gerado internamente resultante de gastos com desenvolvimento (ou de


uma fase de desenvolvimento de um projeto interno) é reconhecido se, e somente se,
forem verificadas todas as seguintes condições:

A viabilidade técnica de completar o ativo intangível para que seja disponibilizado


para uso ou venda.

A intenção de completar o ativo intangível e usá-lo ou vendê-lo.

A habilidade de usar ou vender o ativo intangível.

Como o ativo intangível irá gerar prováveis benefícios econômicos futuros.

A disponibilidade de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para


completar o desenvolvimento do ativo intangível e para usá-lo ou vendê-lo.

A habilidade de mensurar, com confiabilidade, os gastos atribuíveis ao ativo


intangível durante seu desenvolvimento.

O montante inicialmente reconhecido de ativos intangíveis gerados internamente


corresponde à soma dos gastos incorridos desde quando o ativo intangível passou a
atender aos critérios de reconhecimento mencionados anteriormente. Quando nenhum
ativo intangível gerado internamente puder ser reconhecido, os gastos com
desenvolvimento serão reconhecidos no resultado do exercício, quando incorridos.
Subsequentemente ao reconhecimento inicial, os ativos intangíveis gerados internamente
são registrados ao valor de custo, deduzido da amortização e da perda por redução ao
valor recuperável acumuladas, assim como os ativos intangíveis adquiridos
separadamente.

Ativos intangíveis adquiridos em uma combinação de negócios

Nas demonstrações financeiras consolidadas, os ativos intangíveis adquiridos em uma


combinação de negócios e reconhecidos separadamente do ágio são registrados pelo
valor justo na data da aquisição, o qual é equivalente ao seu custo.

Baixa de ativos intangíveis

Um ativo intangível é baixado quando da alienação ou quando não há benefícios


econômicos futuros resultantes do uso. Os ganhos ou as perdas resultantes da baixa de
um ativo intangível, mensurados como a diferença entre as receitas líquidas da alienação
e o valor contábil do ativo, são reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado.

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Cielo S.A. e Controladas

2.8. Redução ao valor recuperável de ativos tangíveis e intangíveis, excluindo o ágio

Ao final de cada exercício, a Sociedade e suas controladas (“Grupo”) revisam o valor


contábil de seus ativos tangíveis e intangíveis para determinar se há alguma indicação de
que tais ativos sofreram alguma perda por redução ao valor recuperável. Se houver tal
indicação, o montante recuperável do ativo é estimado com a finalidade de mensurar o
montante dessa perda, se houver. Quando não for possível estimar o montante
recuperável de um ativo individualmente, o Grupo calcula o montante recuperável da
unidade geradora de caixa à qual pertence o ativo. Quando uma base de alocação
razoável e consistente pode ser identificada, os ativos corporativos também são alocados
às unidades geradoras de caixa individuais ou ao menor grupo de unidades geradoras de
caixa para o qual uma base de alocação razoável e consistente possa ser identificada.

O montante recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos na venda ou
o valor em uso. Na avaliação do valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são
descontados ao valor presente pela taxa de desconto, antes dos impostos, que reflita uma
avaliação atual de mercado do valor da moeda no tempo e os riscos específicos do ativo
para o qual a estimativa de fluxos de caixa futuros não foi ajustada.

Se o montante recuperável de um ativo (ou unidade geradora de caixa) calculado for


menor que seu valor contábil, o valor contábil do ativo (ou unidade geradora de caixa) é
reduzido ao seu valor recuperável. A perda por redução ao valor recuperável é
reconhecida imediatamente no resultado.

2.9. Provisão para recuperação dos ativos de vida longa

A Administração revisa o valor contábil dos ativos de vida longa, principalmente o


imobilizado e o intangível a serem mantidos e utilizados nas operações da Sociedade,
com o objetivo de determinar e avaliar a deterioração em bases periódicas ou sempre que
eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou
grupo de ativos não poderá ser recuperado.

Anualmente, são feitas análises para identificar as circunstâncias que possam exigir a
avaliação da recuperação dos ativos de vida longa e medir a potencial perda no seu valor
recuperável. Os ativos são agrupados e avaliados segundo a possível deterioração, com
base nos fluxos futuros de caixa projetados descontados do negócio durante a respectiva
vida remanescente estimada. Nesse caso, uma perda seria reconhecida com base no
montante pelo qual o valor contábil excede o valor provável de recuperação de um ativo
de vida longa. O valor provável de recuperação é determinado como sendo o maior entre:
(a) o valor justo dos ativos menos os custos estimados para venda, e (b) o valor em uso,
determinado pelo valor presente esperado dos fluxos de caixa futuros do ativo ou da
unidade geradora de caixa. Em 31 de dezembro de 2010, não foram identificados eventos
que indicassem a necessidade de reconhecimento de provisão para perdas e, portanto,
nenhuma provisão para perda foi consignada nas demonstrações financeiras referentes ao
exercício findo naquela data.

2.10. Combinação de negócios

Nas demonstrações financeiras consolidadas, as aquisições de negócios são


contabilizadas pelo método de aquisição. A contrapartida transferida em uma
combinação de negócios é mensurada pelo valor justo. Os custos relacionados à
aquisição foram reconhecidos no resultado, quando incorridos.

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Cielo S.A. e Controladas

Os ativos adquiridos e os passivos assumidos identificáveis são reconhecidos pelo valor


justo na data da aquisição.

O ágio é mensurado como o excesso da soma da contrapartida transferida, do valor das


participações não controladoras na adquirida e do valor justo da participação do
adquirente anteriormente detida na adquirida sobre os valores líquidos na data de
aquisição dos ativos adquiridos e passivos assumidos identificáveis.

As participações não controladoras que correspondam a participações atuais e conferem


aos seus titulares o direito a uma parcela proporcional dos ativos líquidos da entidade no
caso de liquidação são mensuradas com base na parcela proporcional das participações
não controladoras nos valores reconhecidos dos ativos líquidos identificáveis da
adquirida.

Demonstrações financeiras individuais

Nas demonstrações financeiras individuais, a Sociedade aplica os requisitos da


Interpretação Técnica ICPC 09 - Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações
Contábeis Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de
Equivalência Patrimonial, a qual requer que qualquer montante excedente ao custo de
aquisição sobre a participação da Sociedade no valor justo líquido dos ativos, passivos e
passivos contingentes identificáveis da adquirida na data de aquisição seja reconhecido
como ágio. O ágio é acrescido ao valor contábil do investimento. Qualquer montante da
participação da Sociedade no valor justo líquido dos ativos, passivos e passivos
contingentes identificáveis que exceda o custo de aquisição, após a reavaliação, é
imediatamente reconhecido no resultado. As contraprestações transferidas e o valor justo
líquido dos ativos e passivos são mensurados utilizando-se os mesmos critérios
aplicáveis às demonstrações financeiras consolidadas.

2.11. Ágio

O ágio resultante de uma combinação de negócios é demonstrado ao custo na data da


combinação do negócio, líquido da perda acumulada no valor recuperável, se houver.

Para fins de teste de redução no valor recuperável, o ágio é alocado para cada uma das
unidades geradoras de caixa que irão se beneficiar das sinergias da combinação.

As unidades geradoras de caixa às quais o ágio foi alocado são submetidas anualmente a
teste de redução no valor recuperável, ou com maior frequência quando houver indicação
de que a unidade poderá apresentar redução no valor recuperável. Se o valor recuperável
da unidade geradora de caixa for menor que o valor contábil, a perda por redução no
valor recuperável é primeiramente alocada para reduzir o valor contábil de qualquer ágio
alocado à unidade e, posteriormente, aos outros ativos da unidade, proporcionalmente ao
valor contábil de cada um de seus ativos. Qualquer perda por redução no valor
recuperável de ágio é reconhecida diretamente no resultado do exercício. A perda por
redução no valor recuperável não é revertida em períodos subsequentes.

Quando da alienação da correspondente unidade geradora de caixa, o valor atribuível de


ágio é incluído na apuração do lucro ou prejuízo da alienação.

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Cielo S.A. e Controladas

2.12. Investimentos em controladas e controladas em conjunto (“joint ventures”)

Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal
como uma parceria, na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras
controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores. A preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria
dos administradores de modo permanente ocorrem, presumidamente, quando a empresa
investidora possui o controle acionário representado por mais de 50% do capital votante
da outra sociedade. Neste método, os componentes do ativo e passivo e as receitas e
despesas das controladas indiretas são somados às posições contábeis consolidadas
integralmente e o valor patrimonial da participação dos não controladores é determinado
pela aplicação do percentual de participação deles sobre o patrimônio líquido da
controlada.

“Joint ventures” são aquelas entidades nas quais o controle é exercido conjuntamente
pela Sociedade e por um ou mais sócios. Os investimentos em “joint ventures” são
reconhecidos pelo método de consolidação proporcional, a partir da data em que o
controle conjunto é adquirido. De acordo com esse método, os componentes do ativo e
passivo e as receitas e despesas das “joint ventures” são somados às posições contábeis
consolidadas, na proporção da participação do investidor em seu capital social. Nas
demonstrações financeiras individuais da controladora, as participações em entidades
controladas em conjunto são reconhecidas através do método de equivalência
patrimonial. Quando uma empresa do Grupo realiza transações com suas controladas em
conjunto, os lucros e prejuízos resultantes das transações são reconhecidos nas
demonstrações financeiras consolidadas do Grupo apenas na medida das participações do
Grupo na controlada em conjunto não relacionadas ao Grupo.

2.13. Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos

A despesa com imposto de renda e contribuição social representa a soma dos impostos
correntes e diferidos.

Impostos correntes

A provisão para imposto de renda e contribuição social está baseada no lucro tributável
do exercício. O imposto de renda foi constituído à alíquota de 15%, acrescida do
adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$240. A contribuição social foi
calculada à alíquota de 9% sobre o lucro contábil ajustado. O lucro tributável difere do
lucro apresentado na demonstração do resultado, porque exclui receitas ou despesas
tributáveis ou dedutíveis em outros exercícios, além de excluir itens não tributáveis ou
não dedutíveis de forma permanente. A provisão para imposto de renda e contribuição
social é calculada individualmente (por empresa do Grupo) com base nas alíquotas
vigentes no fim do exercício.

Impostos diferidos

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos em sua totalidade,


conforme o conceito descrito no CPC 32 e IAS 12 - Tributos sobre o Lucro, sobre as
diferenças entre os ativos e passivos reconhecidos para fins fiscais e correspondentes

19
Cielo S.A. e Controladas

valores reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas; entretanto, não são


reconhecidos se forem gerados no registro inicial de ativos e passivos em operações que
não afetam as bases tributárias, exceto em operações de combinação de negócios. O
imposto de renda e a contribuição social diferidos são determinados considerando as
alíquotas (e leis) vigentes na data de preparação das demonstrações financeiras e
aplicáveis quando o respectivo imposto de renda e contribuição social forem realizados.
Os impostos diferidos ativos ou passivos não são reconhecidos sobre diferenças
temporárias resultantes de ágio ou de reconhecimento inicial (exceto para combinação de
negócios) de outros ativos e passivos em uma transação que não afete o lucro tributável
nem o lucro contábil.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na


extensão em que seja provável que existirá base tributável positiva para a qual as
diferenças temporárias possam ser utilizadas e os prejuízos fiscais possam ser
compensados. A recuperação do saldo dos impostos diferidos ativos é revisada no final
de cada exercício e, quando não for mais provável que lucros tributáveis futuros estarão
disponíveis para permitir a recuperação de todo o ativo, ou parte dele, o saldo do ativo é
ajustado pelo montante que se espera que seja recuperado.

Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados pelas alíquotas aplicáveis no


período no qual se espera que o passivo seja liquidado ou o ativo seja realizado, com base
nas alíquotas previstas na legislação tributária vigente no final de cada período de
relatório, ou quando uma nova legislação tiver sido substancialmente aprovada. A
mensuração dos impostos diferidos ativos e passivos reflete as consequências fiscais que
resultariam da forma na qual o Grupo espera, no final de cada período de relatório,
recuperar ou liquidar o valor contábil desses ativos e passivos.

Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos no resultado, exceto quando


correspondem a itens registrados em “Outros resultados abrangentes”, ou diretamente no
patrimônio líquido, caso em que os impostos correntes e diferidos também são
reconhecidos em “Outros resultados abrangentes” ou diretamente no patrimônio líquido,
respectivamente. Quando os impostos correntes e diferidos resultam da contabilização
inicial de uma combinação de negócios, o efeito fiscal é considerado na contabilização da
combinação de negócios.

2.14. Benefícios a empregados

A Sociedade e suas controladas são copatrocinadoras de um plano de previdência privada


com contribuições definidas. As contribuições são efetuadas com base em um percentual
da remuneração dos colaboradores. Os pagamentos a planos de aposentadoria de
contribuição definida são reconhecidos como despesa quando os serviços que concedem
direito a esses pagamentos são prestados.

2.15. Ativos e passivos financeiros

a) Ativos financeiros

Os ativos financeiros são classificados nas seguintes categorias: (i) pelo valor justo
através do resultado; (ii) mantidos até o vencimento; (iii) empréstimos e recebíveis; e
(iv) disponíveis para venda. A classificação depende da natureza e do propósito dos
ativos financeiros e é determinada no reconhecimento inicial.

20
Cielo S.A. e Controladas

Ativos financeiros pelo valor justo através do resultado

Ativos financeiros são mensurados ao valor justo pelo resultado quando são mantidos
para negociação ou, no momento do reconhecimento inicial, são designados pelo
valor justo através do resultado. Um ativo financeiro é classificado como mantido
para negociação quando:

É adquirido principalmente para o propósito de venda em prazo muito curto.

É parte de uma carteira identificada de instrumentos financeiros que a Sociedade


administra conjuntamente e que tenha um padrão recente real de lucros no curto
prazo.

É um derivativo que não é designado e efetivo como instrumento de “hedge” em


uma contabilização de “hedge”.

Um ativo financeiro que não seja mantido para negociação pode ser designado ao
valor justo através de lucros e perdas no reconhecimento inicial quando:

Essa designação eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência


surgida em sua mensuração ou seu reconhecimento.

For parte de um grupo administrado de ativos ou passivos financeiros ou ambos,


seu desempenho for avaliado com base no valor justo de acordo com a gestão dos
riscos ou a estratégia de investimento documentada pela Sociedade e as respectivas
informações forem fornecidas internamente com a mesma base.

For parte de um contrato contendo um ou mais derivativos embutidos e o CPC 38


e o IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração permitirem
que o contrato combinado como um todo (ativo ou passivo) seja designado ao
valor justo através de lucros ou perdas.

Ativos financeiros pelo valor justo através do resultado são avaliados ao valor justo,
com ganhos ou perdas reconhecidos no resultado do exercício. Ganhos ou perdas
líquidos reconhecidos no resultado incorporam os dividendos ou juros auferidos pelo
ativo financeiro.

Mantidos até o vencimento

Ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis e datas de vencimento


fixas e que a Sociedade tenha a intenção e habilidade de manter até o vencimento são
classificados nessa categoria. Ativos financeiros mantidos até o vencimento são
mensurados pelo custo amortizado utilizando-se o método dos juros efetivos,
deduzido de provisão para perda do valor recuperável (“impairment”). A receita com
juros é reconhecida aplicando-se o método da taxa efetiva.

Empréstimos e recebíveis

Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros que têm pagamentos fixos ou


determináveis e não são cotados em um mercado ativo, sendo mensurados pelo custo
amortizado utilizando-se o método dos juros efetivos, deduzido de provisão para

21
Cielo S.A. e Controladas

perda do valor recuperável (“impairment”). A receita com juros é reconhecida


aplicando-se o método da taxa efetiva, exceto para os recebíveis de curto prazo,
quando o reconhecimento dos juros for imaterial.

Disponíveis para venda

Ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles que não são derivativos e que
são designados como disponíveis para venda ou não são classificados nas categorias
apresentadas anteriormente.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados pelo seu valor justo. Os
juros, a correção monetária e a variação cambial, quando aplicável, são reconhecidos
no resultado, quando incorridos. As variações decorrentes da avaliação ao valor justo
são reconhecidas em conta específica do patrimônio líquido quando incorridas, sendo
baixadas para o resultado do exercício no momento em que são realizadas em caixa
ou consideradas não recuperáveis.

Método dos juros efetivos

É um método de calcular o custo amortizado de um ativo ou passivo financeiro e


alocar a receita ou despesa dos juros durante o exercício relevante. A taxa efetiva de
juros é aquela que desconta exatamente os recebimentos ou pagamentos futuros
estimados de caixa (incluindo todas as taxas pagas ou recebidas que formam parte
integral da taxa efetiva de juros, custos de transação e outros prêmios ou descontos)
através da vida esperada do ativo financeiro ou, quando apropriado, por um período
menor.

b) Passivos financeiros

Os passivos financeiros são classificados pelo valor justo através do resultado ou


como outros passivos financeiros.

Passivos financeiros pelo valor justo através do resultado

São classificados nessa categoria os passivos financeiros mantidos para negociação


ou quando mensurados pelo valor justo através do resultado.

Um passivo financeiro é classificado como mantido para negociação quando:

For incorrido principalmente com o propósito de recompra em futuro próximo.

For parte de uma carteira identificada de instrumentos financeiros que a Sociedade


administra conjuntamente e que tenha um padrão realizado de lucros no curto
prazo.

For um derivativo que não esteja designado como um instrumento de “hedge”


efetivo.

Passivos financeiros que não sejam classificados como mantidos para negociação
podem ser designados como valor justo através do resultado no reconhecimento
inicial quando:

22
Cielo S.A. e Controladas

Tal designação eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência na


mensuração ou no reconhecimento que poderia surgir.

Compuserem parte de um grupo de ativos ou passivos financeiros ou de ambos, o


qual seja administrado e cuja “performance” seja avaliada com base em seu valor
justo, de acordo com a administração de risco documentada ou a estratégia de
investimento da Sociedade, e as informações sobre esse grupo forem fornecidas
nessa base internamente.

Formarem parte de um contrato contendo um ou mais derivativos embutidos e o


IAS 39 permitir que o contrato combinado como um todo (ativo ou passivo) seja
designado ao valor justo através de lucros ou perdas.
Passivos financeiros pelo valor justo através do resultado são demonstrados ao valor
justo, com ganhos ou perdas reconhecidos no resultado. Os ganhos ou perdas líquidos
reconhecidos no resultado incorporam quaisquer juros pagos no passivo financeiro.
Outros passivos financeiros
Outros passivos financeiros são inicialmente mensurados ao valor justo, líquido dos
custos da transação, e subsequentemente mensurados pelo custo amortizado usando-
-se o método dos juros efetivos, sendo as despesas com juros reconhecidas com base
no rendimento. O método dos juros efetivos é um método que calcula o custo
amortizado de um passivo e aloca as despesas com juros durante o período relevante.
A taxa de juros efetiva é a taxa que exatamente desconta pagamentos estimados
futuros de caixa através da vida esperada do passivo financeiro ou, quando aplicável,
por um período menor.
2.16. Reconhecimento da receita
A receita é mensurada pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber, deduzida
de quaisquer estimativas de devoluções, descontos comerciais e/ou bonificações
concedidas e outras deduções similares.
As receitas decorrentes da captura das transações com cartões de crédito e de débito são
apropriadas ao resultado na data do processamento das transações. As receitas
decorrentes da captura das transações parceladas com cartões de crédito são apropriadas
ao resultado na data do processamento de cada parcela. A receita de serviços prestados
para parceiros e estabelecimentos comerciais é reconhecida no resultado quando da
prestação de serviços.
A receita de dividendos de investimentos é reconhecida quando o direito do acionista de
receber tais dividendos é estabelecido (desde que seja provável que os benefícios
econômicos futuros deverão fluir para o Grupo e o valor da receita possa ser mensurado
com confiabilidade).
A receita de ativo financeiro de juros é reconhecida quando for provável que os
benefícios econômicos futuros deverão fluir para o Grupo e o valor da receita possa ser
mensurado com confiabilidade. A receita de juros é reconhecida pelo método linear com
base no tempo e na taxa de juros efetiva sobre o montante do principal em aberto, sendo
a taxa de juros efetiva aquela que desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros
estimados durante a vida estimada do ativo financeiro em relação ao valor contábil
líquido inicial desse ativo.

23
Cielo S.A. e Controladas

A receita com o repasse antecipado aos estabelecimentos comerciais é reconhecida “pro


rata temporis”, considerando os seus prazos de vencimento.

2.17. Provisões para contingências

Reconhecidas quando um evento passado gera uma obrigação legal ou implícita, existe a
probabilidade de uma saída de recursos e o valor da obrigação pode ser estimado com
segurança.

O valor constituído como provisão é a melhor estimativa do valor de liquidação nas datas
dos balanços, levando em consideração os riscos e as incertezas relacionados à
obrigação. Quando se espera que o benefício econômico requerido para liquidar uma
provisão seja recebido de terceiros, esse valor a receber é registrado como um ativo
apenas quando o reembolso é virtualmente certo e o montante pode ser estimado com
segurança.

As provisões contabilizadas pela Sociedade decorrem substancialmente de processos


judiciais, inerentes ao curso normal dos negócios, movidos por terceiros e ex-
-funcionários, mediante ações cíveis e trabalhistas. Essas contingências são avaliadas
pela Administração da Sociedade e de suas controladas com seus assessores jurídicos e
são quantificadas por meio de critérios que permitam a sua mensuração de forma
adequada, apesar da incerteza inerente à decisão, ao prazo e ao valor.

As provisões que envolvem processos tributários estão constituídas por valor equivalente
à totalidade dos tributos em discussão judicial, atualizados monetariamente, sendo
computados os juros moratórios como se devidos fossem, até as datas dos balanços.

2.18. Moeda estrangeira

Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira foram convertidos


para reais pela taxa de câmbio das datas dos balanços e as diferenças decorrentes da
conversão de moeda foram reconhecidas no resultado dos exercícios.

2.19. Remuneração com base em ações

A Sociedade oferece a seus administradores e executivos e aos de sua controlada Servinet


plano de opção de compra de ações. As opções são precificadas pelo valor justo na data
de concessão das outorgas e são reconhecidas de forma linear no resultado pelo prazo de
concessão da opção em contrapartida ao patrimônio líquido. Nas datas dos balanços, a
Sociedade revisa suas estimativas da quantidade de opções cujos direitos devam ser
adquiridos com base nessas condições e reconhece o impacto da revisão das estimativas
iniciais, se houver, na demonstração do resultado, em contrapartida ao patrimônio
líquido, de acordo com os critérios estabelecidos no CPC 10 e na IFRS 2 - Pagamento
Baseado em Ações.

2.20. Uso de estimativas

A preparação das demonstrações financeiras requer a adoção de estimativas por parte da


Administração da Sociedade e de suas controladas que impactam certos ativos e passivos,
divulgações sobre contingências passivas e receitas e despesas nos exercícios
demonstrados. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas

24
Cielo S.A. e Controladas

incluem valor residual do ativo imobilizado e intangível, provisão para créditos de


liquidação duvidosa (sobre contas a receber de aluguel de equipamentos POS), imposto
de renda e contribuição social diferidos ativos, redução ao valor recuperável do ágio e
provisão para contingências. Uma vez que o julgamento da Administração envolve
estimativas referentes à probabilidade de ocorrência de eventos futuros, os montantes
reais podem divergir dessas estimativas. A Sociedade e suas controladas revisam as
estimativas e premissas anualmente.

2.21. Demonstração do valor adicionado (“DVA”)

Essa demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela Sociedade e sua
distribuição durante determinado exercício e é apresentada pela Cielo, conforme
requerido pela legislação societária brasileira, como parte de suas demonstrações
financeiras individuais e como informação suplementar às demonstrações financeiras
consolidadas, pois não é uma demonstração prevista nem obrigatória conforme as IFRSs.

A DVA foi preparada com base em informações obtidas dos registros contábeis que
servem de base de preparação das demonstrações financeiras e seguindo as disposições
contidas no CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em sua primeira parte
apresenta a riqueza criada pela companhia, representada pelas receitas (receita bruta das
vendas, incluindo os tributos incidentes sobre ela, as outras receitas e os efeitos da
provisão para créditos de liquidação duvidosa), pelos insumos adquiridos de terceiros
(custo das vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de terceiros, incluindo os
tributos incluídos no momento da aquisição, os efeitos das perdas e recuperação de
valores ativos, e a depreciação e amortização) e o valor adicionado recebido de terceiros
(resultado da equivalência patrimonial, receitas financeiras e outras receitas). A segunda
parte da DVA apresenta a distribuição da riqueza entre pessoal, impostos, taxas e
contribuições, remuneração de capitais de terceiros e remuneração de capitais próprios.

2.22. Normas e interpretações novas e revisadas já emitidas e ainda não adotadas

A Sociedade e suas controladas não adotaram as IFRSs novas e revisadas a seguir, já


emitidas e ainda não vigentes:

Norma Título/Modificação Vigência

Modificações à IFRS 1 Isenção Limitada de Divulgações Aplicável a períodos anuais com início
Comparativas da IFRS 7 para em ou após 1º de julho de 2010
Adotantes Iniciais
Modificações à IFRS 1 Eliminação de Datas Fixas para Aplicável a períodos anuais com início
Adotantes pela Primeira Vez das em ou após 1º de julho de 2011
IFRSs
Modificações à IFRS 7 Divulgações - Transferências de Aplicável a períodos anuais com início
Ativos Financeiros em ou após 1º de janeiro de 2013
IFRS 9 (conforme Instrumentos Financeiros Aplicável a períodos anuais com início
alteração em 2010) em ou após 1º de janeiro de 2011
Modificações ao IAS 12 Impostos Diferidos - Recuperação Aplicável a períodos anuais com início
dos Ativos Subjacentes Quando o em ou após 1º de janeiro de 2012
Ativo É Mensurado pelo Modelo de
Valor Justo do IAS 407

25
Cielo S.A. e Controladas

Norma Título/Modificação Vigência

Modificações ao IAS 32 Classificação de Direitos Aplicável a períodos anuais com início


em ou após 1º de fevereiro de 2010
Modificações ao Pagamentos Antecipados de Aplicável a períodos anuais com início
IFRIC 14 Exigência Mínima de em ou após 1º de janeiro de 2011
Financiamento

A Administração da Sociedade entende que a aplicação de certos pronunciamentos


mencionados a serem adotados nas suas demonstrações financeiras nas datas exigidas
pode ter algum efeito sobre os saldos reportados anteriormente. No entanto, não é
possível fornecer estimativa razoável desse efeito até que seja efetuada revisão detalhada
à época da efetiva adoção.

O CPC ainda não editou os respectivos pronunciamentos e modificações correlacionados


às IFRSs novas e revisadas apresentadas anteriormente. Em decorrência do compromisso
do CPC e da CVM de manter atualizado o conjunto de normas emitido com base nas
atualizações feitas pelo IASB, é esperado que esses pronunciamentos e modificações
sejam editados pelo CPC e aprovados pela CVM até a data de sua aplicação obrigatória.

3. EFEITOS DA ADOÇÃO DAS NORMAS IFRS E DOS NOVOS


PRONUNCIAMENTOS EMITIDOS PELO CPC

3.1. Efeitos da adoção das IFRSs nas demonstrações financeiras consolidadas

3.1.1. Aplicação da IFRS 1

A Sociedade preparou o seu balanço de abertura com a data de transição 1º de


janeiro de 2008 de acordo com a IFRS 1; portanto, a Sociedade aplicou as
exceções obrigatórias e certas isenções opcionais de aplicação retrospectiva
completa da IFRS.

3.1.2. Isenções da aplicação retrospectiva completa escolhidas pela Sociedade


na data da transação para IFRS

A Sociedade adotou a utilização das seguintes isenções opcionais de aplicação


retrospectiva completa das IFRSs:

a) Isenção para combinação de negócios: a Sociedade optou por não remensurar


as aquisições de negócios ocorridas antes da data de transição da IFRS de
acordo com a IFRS 3; portanto, os ágios oriundos de aquisições anteriores a
essa data foram mantidos pelos saldos líquidos de amortização apurados na
data de transição, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil
(BR GAAP).

Consequentemente, não foram aplicados os conceitos da IFRS 3 na aquisição


de participações nas controladas CBGS, Prevsaúde e Precisa.

b) Isenção para apresentação do valor justo de imobilizado como custo de


aquisição: a Sociedade optou por não remensurar seus ativos imobilizados na
data de transição pelo valor justo, optando por manter o custo de aquisição
adotado no BR GAAP como valor de imobilizado.

26
Cielo S.A. e Controladas

c) Isenção relativa à mensuração dos instrumentos financeiros compostos: a


Sociedade não possuía instrumentos financeiros compostos na data de
transição para a IFRS.

d) Isenção relativa ao reconhecimento de participação em controladas, “joint


ventures” (empresas com controle compartilhado) e associadas: as controladas,
empresas com controle compartilhado e associadas da Sociedade, na data de
transição, não apresentam demonstrações financeiras em IFRS; dessa forma, a
Sociedade optou por adotar a mesma data de transição para a IFRS, para todas
as suas controladas, “joint ventures” e associadas.

e) Isenção relativa à classificação de instrumentos financeiros: a Sociedade optou


pela designação dos ativos e passivos financeiros na data de transição para a
IFRS.

3.1.3. Dispensas obrigatórias da aplicação retrospectiva completa seguidas


pela Sociedade

Não foram identificados impactos nas demonstrações financeiras consolidadas da


Sociedade decorrentes da aplicação das dispensas obrigatórias previstas na
IFRS 1.

3.2. Adoção das novas práticas contábeis adotadas no Brasil

Na preparação das suas demonstrações financeiras individuais (identificadas como


Controladora), a Sociedade adotou todos os pronunciamentos e respectivas
interpretações técnicas e orientações técnicas emitidos pelo CPC e aprovados pela
CVM, os quais, juntamente com as práticas contábeis incluídas na legislação societária
brasileira, são denominados práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP).

A Sociedade aplicou as políticas contábeis definidas na nota explicativa nº 2 em todos


os exercícios apresentados, o que inclui o balanço patrimonial de abertura em 1º de
janeiro de 2009, embora para fins de IFRS o balanço patrimonial de abertura tenha sido
1º de janeiro de 2008, uma vez que a Sociedade já apresentava um conjunto completo
de demonstrações financeiras em IFRS. O objetivo da apresentação do balanço
patrimonial de abertura em 1º de janeiro de 2009 e das reconciliações a seguir é o de
demonstrar os efeitos que os CPCs produziram nas demonstrações financeiras já
apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil anteriores à adoção
plena dos CPCs. Na mensuração dos ajustes e preparação desse balanço patrimonial de
abertura, a Sociedade aplicou os requerimentos constantes no CPC 43(R1) - Adoção
Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a CPC 40, ajustando as suas
demonstrações financeiras individuais e consolidadas para os exercícios apresentados.

Os ajustes decorrentes da aplicação dos CPCs nas demonstrações financeiras individuais


(Controladora) e Consolidado são apresentados a seguir.

27
Cielo S.A. e Controladas

Balanço patrimonial consolidado


31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Práticas Efeitos da Práticas Efeitos da
contábeis transição contábeis transição
ATIVO anteriores para CPC CPC anteriores para CPC CPC

CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 514.280 - 514.280 1.072.157 - 1.072.157
Contas a receber operacional 1.178.784 - 1.178.784 162.943 - 162.943
Contas a receber de controlada - - - 177 - 177
Imposto de renda e contribuição social diferidos 58.299 (58.299) - 37.054 (37.054) -
Impostos antecipados e a recuperar 2.503 - 2.503 1.219 - 1.219
Direitos a receber - securitização no exterior 163.850 - 163.850 4.941 - 4.941
Juros a receber - securitização no exterior 2.914 - 2.914 207.979 - 207.979
Despesas pagas antecipadamente 5.896 - 5.896 6.341 - 6.341
Outros valores a receber 18.448 - 18.448 4.488 - 4.488
Total do ativo circulante 1.944.974 (58.299) 1.886.675 1.497.299 (37.054) 1.460.245

NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo:
Imposto de renda e contribuição social diferidos 177.233 44.767 222.000 132.344 37.054 169.398
Direitos a receber - securitização no exterior 42.445 - 42.445 277.000 - 277.000
Depósitos judiciais - 455.292 455.292 - 323.073 323.073
Outros valores a receber 1.811 - 1.811 1.877 - 1.877
Imobilizado 296.121 - 296.121 213.295 - 213.295
Intangível:
Ágio na aquisição de investimentos 8.666 13.532 22.198 17.795 20.766 38.561
Outros intangíveis 41.284 - 41.284 49.075 - 49.075
Total do ativo não circulante 567.560 513.591 1.081.151 691.386 380.893 1.072.279

TOTAL DO ATIVO 2.512.534 455.292 2.967.826 2.188.685 343.839 2.532.524

31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009


Práticas Efeitos da Práticas Efeitos da
contábeis transição contábeis transição
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO anteriores para CPC CPC anteriores para CPC CPC

CIRCULANTE
Financiamentos - arrendamento mercantil - - - 401 - 401
Contas a pagar a estabelecimentos 667.522 - 667.522 487.628 - 487.628
Fornecedores 116.443 - 116.443 96.604 - 96.604
Impostos e contribuições a recolher 416.945 - 416.945 275.066 - 275.066
Contas a pagar para “joint venture” - - - - 20.766 20.766
Obrigações a pagar - securitização no exterior 163.911 - 163.911 207.943 - 207.943
Juros recebidos antecipadamente - securitização no
exterior 2.914 - 2.914 6.341 - 6.341
Dividendos a pagar 105.365 - 105.365 542.985 (542.985) -
Outras obrigações 80.041 - 80.041 66.526 - 66.526
Total do passivo circulante 1.553.141 - 1.553.141 1.683.494 (522.219) 1.161.275
NÃO CIRCULANTE
Provisão para contingências 56.286 455.292 511.578 68.390 323.073 391.463
Obrigações a pagar - securitização no exterior 42.445 - 42.445 277.000 - 277.000
Imposto de renda e contribuição social diferidos - - - - -
Outras obrigações 233 - 233 740 - 740
Total do passivo não circulante 98.964 455.292 554.256 346.130 323.073 669.203
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social 75.379 - 75.379 75.379 - 75.379
Reserva de capital 72.305 - 72.305 68.606 - 68.606
Ações em tesouraria (69.228) - (69.228) - - -
Reservas de lucros 781.973 - 781.973 15.076 542.985 558.061
Atribuído à participação dos acionistas
controladores 860.429 - 860.429 159.061 542.985 702.046
Participação dos acionistas não controladores - - - - - -
Total do patrimônio líquido 860.429 - 860.429 159.061 542.985 702.046

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO


LÍQUIDO 2.512.534 455.292 2.967.826 2.188.685 343.839 2.532.524

28
Cielo S.A. e Controladas

Balanço patrimonial controladora


31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Práticas Efeitos da Práticas Efeitos da
contábeis transição contábeis transição
ATIVO anteriores para CPC CPC anteriores para CPC CPC

CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 510.242 - 510.242 1.044.594 - 1.044.594
Contas a receber operacional 1.174.250 - 1.174.250 159.000 - 159.000
Contas a receber de controlada 2.559 - 2.559 206 - 206
Imposto de renda e contribuição social diferidos 50.319 (50.319) - 32.891 (32.891) -
Impostos antecipados e a recuperar 411 - 411 592 - 592
Direitos a receber - securitização no exterior 9.225 - 9.225 3.668 - 3.668
Juros a receber - securitização no exterior 163.850 - 163.850 207.979 - 207.979
Despesas pagas antecipadamente 2.914 - 2.914 6.341 - 6.341
Outros valores a receber 5.887 - 5.887 4.481 - 4.481
Total do ativo circulante 1.919.657 (50.319) 1.869.338 1.459.752 (32.891) 1.426.861

NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo:
Imposto de renda e contribuição social diferidos 159.681 50.319 210.000 121.007 32.891 153.898
Direitos a receber - securitização no exterior 42.445 - 42.445 277.000 - 277.000
Depósitos judiciais 433.280 433.280 - 304.452 304.452
Outros valores a receber 1.597 - 1.597 1.703 - 1.703
Investimentos em controladas 29.081 - 29.081 46.826 - 46.826
Imobilizado 288.176 - 288.176 204.128 - 204.128
Intangível:
Ágio na aquisição de investimentos 10.143 - 10.143 - - -
Outros intangíveis 40.167 - 40.167 48.247 - 48.247
Total do ativo não circulante 571.290 483.599 1.054.889 698.911 337.343 1.036.254

TOTAL DO ATIVO 2.490.947 433.280 2.924.227 2.158.663 304.452 2.463.115

31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009


Práticas Efeitos da Práticas Efeitos da
contábeis transição contábeis transição
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO anteriores para CPC CPC anteriores para CPC CPC

CIRCULANTE
Financiamentos - arrendamento mercantil - - 401 - 401
Contas a pagar a estabelecimentos 667.522 - 667.522 487.628 - 487.628
Fornecedores 114.043 - 114.043 94.111 - 94.111
Impostos e contribuições a recolher 416.660 - 416.660 273.378 - 273.378
Contas a pagar para “joint venture” 6.324 - 6.324 10.398 - 10.398
Obrigações a pagar - securitização no exterior 163.911 - 163.911 207.943 - 207.943
Juros recebidos antecipadamente - securitização
no exterior 2.914 - 2.914 6.341 - 6.341
Dividendos a pagar 105.365 - 105.365 542.985 (542.985) -
Outras obrigações 62.106 - 62.106 47.963 - 47.963
Total do passivo circulante 1.538.845 - 1.538.845 1.671.148 (542.985) 1.128.163

NÃO CIRCULANTE
Provisão para contingências 49.228 433.280 482.508 51.454 304.452 355.906
Obrigações a pagar - securitização no exterior 42.445 - 42.445 277.000 - 277.000
Total do passivo não circulante 91.673 433.280 524.953 328.454 304.452 632.906
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social 75.379 - 75.379 75.379 - 75.379
Reserva de capital 72.305 - 72.305 68.606 - 68.606
Ações em tesouraria (69.228) - (69.228) - - -
Reservas de lucros 781.973 - 781.973 15.076 542.985 558.061
Total do patrimônio líquido 860.429 - 860.429 159.061 542.985 702.046

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO


LÍQUIDO 2.490.947 433.280 2.924.227 2.158.663 304.452 2.463.115

29
Cielo S.A. e Controladas

Reconciliação do patrimônio líquido

Controladora Consolidado
31.12.2009 01.01.2009 31.12.2009 01.01.2009

Patrimônio líquido de acordo com as


práticas contábeis anteriores 860.429 159.061 860.429 159.061
Efeitos da transição para as IFRSs-
Reversão de dividendos propostos em
excesso ao mínimo obrigatório - 542.985 - 542.985
Patrimônio líquido de acordo com o
CPC 860.429 702.046 860.429 702.046

Reconciliação do resultado do exercício de 2009


Controladora Consolidado
Práticas Efeitos da Práticas Efeitos da
contábeis transição contábeis transição
anteriores para CPC CPC anteriores para CPC CPC

Receita líquida 3.434.175 - 3.434.175 3.434.175 - 3.434.175


Lucro bruto 2.523.477 - 2.523.477 2.523.477 - 2.523.477
Lucro operacional 2.099.532 - 2.099.532 2.099.532 - 2.099.532
Resultado financeiro 228.679 - 228.679 228.679 - 228.679
Lucro antes do imposto de renda e
da contribuição social 2.328.211 - 2.328.211 2.328.211 - 2.328.211
Lucro líquido do exercício 1.533.794 - 1.533.794 1.533.794 - 1.533.794

Reconciliação dos fluxos de caixa do exercício de 2009


Controladora Consolidado
Práticas Efeitos da Práticas Efeitos da
contábeis transição contábeis transição
anteriores para CPC CPC anteriores para CPC CPC

Das atividades operacionais 1.006.470 - 1.006.470 972.686 - 972.686


Das atividades de investimentos (266.676) - (266.676) (256.417) - (256.417)
Das atividades de financiamentos (534.352) - (534.352) (557.877) - (557.877)

Notas às reconciliações

A data de transição definida para fins de preparação das demonstrações financeiras em


conformidade com os CPCs foi 1º de janeiro de 2009. A Sociedade preparou a
reconciliação do patrimônio líquido e do resultado refletindo todos os ajustes requeridos
pelas normas do CPC, sendo as principais, refletidas nos quadros anteriores, as
seguintes:

a) Imposto de renda e contribuição social diferidos

De acordo com os CPCs, os impostos diferidos são apresentados no ativo não


circulante. De acordo com as práticas contábeis anteriores, a Sociedade apresentava
os impostos diferidos ativos, cuja expectativa de realização era de curto prazo, no
ativo circulante.

30
Cielo S.A. e Controladas

b) Depósitos judiciais

De acordo com os CPCs, os depósitos judiciais são apresentados como um ativo por
não atenderem aos requerimentos para compensação entre ativos e passivos.

c) Dividendos propostos

De acordo com os CPCs, os dividendos propostos em excesso ao mínimo


obrigatório não são provisionados nas datas dos balanços.

4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações financeiras da


Sociedade e de suas controladas e controladas em conjunto. O controle é obtido quando a
Sociedade tem o poder de controlar as políticas financeiras e operacionais de uma entidade
para auferir benefícios de suas atividades.

Nas demonstrações financeiras individuais da Sociedade as informações financeiras das


controladas e controladas em conjunto são reconhecidas através do método de equivalência
patrimonial.

Os resultados das controladas adquiridas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações
consolidadas do resultado e do resultado abrangente a partir da data da efetiva aquisição. O
saldo dos resultados abrangentes é atribuído aos proprietários da Sociedade e às participações
não controladoras mesmo se essas participações apresentarem resultado negativo.

Quando necessário, as demonstrações financeiras das controladas são ajustadas para adequar
suas políticas contábeis àquelas estabelecidas pelo Grupo. Todas as transações, saldos, receitas
e despesas entre as empresas do Grupo são eliminados integralmente nas demonstrações
financeiras consolidadas.

As demonstrações financeiras consolidadas contemplam os saldos das contas da Sociedade


(controladora), das controladas diretas Servinet, Servrede, CieloPar (a partir de setembro de
2010) e CBGS Ltda. (até 31 de outubro de 2009), das “joint ventures” CBGS (até 30 de
novembro de 2009) e Orizon (a partir de 1º de janeiro de 2010), das controladas indiretas
Prevsaúde e Precisa (a partir de 28 de fevereiro de 2009) e da Multidisplay e M4 Produtos (a
partir de agosto de 2010). Na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas foram
eliminados os saldos e as transações entre essas Sociedades.

Os componentes de ativo, passivo, receitas e despesas das “joint ventures” CBGS


(incorporadas pela Orizon em 30 de novembro de 2009), Orizon, Prevsaúde e Precisa foram
incluídos proporcionalmente à participação da controladora no capital social destas.

Para as controladas, foi aplicado o conceito de consolidação integral, o qual trata os


investimentos em controladas para reconhecer a totalidade de seus ativos, passivos, receitas e
despesas na controladora, tornando-se, assim, necessário o reconhecimento da participação dos
não controladores.

31
Cielo S.A. e Controladas

A conversão para reais do balanço patrimonial da filial em Grand Cayman, preparado


originalmente em dólares norte-americanos, foi efetuada com base nas taxas correntes do
câmbio de fechamento nas datas dos balanços, e a do resultado com base nas taxas médias do
câmbio de fechamento no encerramento de cada mês.

4.1. Controladas diretas (controle individual) e indiretas

A lista a seguir apresenta as participações nas subsidiárias consolidadas:

Participação - %
Capital total Capital votante
2010 2009 01/01/2009 2010 2009 01/01/2009

Controladas diretas:
Servinet 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99
Servrede 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99
CBGS Ltda. - - 99,99 - - 99,99
CieloPar 99,99 - - 99,99 - -

Controladas indiretas:
M4 Produtos 50,10 - - 50,10 - -
Multidisplay 50,10 - - 50,10 - -

A seguir está demonstrada a totalidade dos saldos de ativos e passivos das controladas
diretas e indiretas:

2010
M4
Servinet Servrede CieloPar Multidisplay Produtos

Ativo:
Circulante 19.360 38.058 1 7.258 30.773
Não circulante 43.061 75.616 - 6.860 3.612
Total do ativo 62.421 113.674 1 14.118 34.385

Passivo:
Circulante 16.396 33.810 - 6.444 27.357
Não circulante 28.123 39.044 - - 169
Patrimônio líquido 17.902 40.820 1 7.674 6.859
Total do passivo e
patrimônio líquido 62.421 113.674 1 14.118 34.385

2009 01/01/2009
CBGS
Servinet Servrede Servinet Servrede Ltda.

Ativo:
Circulante 8.268 2 43.606 2 226
Não circulante 18.164 - 18.332 - 34.635
Total do ativo 26.432 2 61.938 2 34.861

32
Cielo S.A. e Controladas

2010
M4
Servinet Servrede CieloPar Multidisplay Produtos

Passivo e patrimônio
líquido:
Circulante 16.514 - 18.684 - 9.952
Não circulante 5.822 6 14.754 - 705
Patrimônio líquido 4.096 (4) 28.500 2 24.204
Total do passivo e
patrimônio líquido 26.432 2 61.938 2 34.861

2010
M4
Servinet Servrede Multidisplay Produtos

Resultado:
Receita líquida 68.040 - 22.889 9.593
Lucro bruto 60.768 5.247 1.859 4.201
Lucro operacional antes do resultado
financeiro 3.498 3.787 3.482 3.871
Resultado antes dos impostos e das
contribuições sobre o lucro 4.198 3.759 3.434 3.893
Lucro líquido do exercício 2.807 2.299 3.124 2.742

2009
Servinet Servrede

Resultado:
Receita líquida 72.118 -
Lucro bruto 64.213 -
Lucro (prejuízo) operacional antes do resultado financeiro 3.890 (45)
Resultado antes dos impostos e das contribuições sobre o
lucro 5.498 (72)
Lucro (prejuízo) líquido do exercício 3.400 (72)

4.2. “Joint ventures” (empresas com controle compartilhado)

As participações nas “joint ventures” incluem a CBGS (até 31 de dezembro de 2009) e a


Orizon, a Prevsaúde e a Precisa (a partir de 28 de fevereiro de 2009), conforme a tabela a
seguir:

33
Cielo S.A. e Controladas

Participação - %
Capital total Capital votante
2010 2009 01/01/2009 2010 2009 01/01/2009

“Joint ventures”:
Orizon 40,95 40,95 40,95 40,95 40,95 40,95
Prevsaúde 40,95 40,95 - 40,95 40,95 -
Precisa 40,95 40,95 - 40,95 40,95 -
CBGS - - 40,95 - - 40,95

As informações financeiras condensadas das “joint ventures” foram consolidadas pelo


método de consolidação proporcional. A seguir está demonstrada a totalidade dos saldos
de ativos e passivos das controladas:
2010 2009
Orizon Precisa Prevsaúde Orizon Precisa Prevsaúde

Ativo:
Circulante 41.124 17.034 2.102 16.091 3.842 2.412
Não circulante 62.004 525 403 14.642 176 386
Total do ativo 103.128 17.559 2.505 30.733 4.018 2.798

Passivo e patrimônio líquido (passivo a descoberto):


Circulante 7.788 3.814 2.598 8.759 1.551 1.121
Não circulante 3.239 4.890 - 3.250 - (177)
Patrimônio líquido (passivo a descoberto) 92.101 8.855 (93) 18.724 2.467 1.854
Total do passivo e patrimônio líquido (passivo a
descoberto) 103.128 17.559 2.505 30.733 4.018 2.798

Resultado:
Receita líquida 51.124 48.943 8.509 44.169 8.867 5.214
Lucro bruto 17.925 860 2.196 10.476 156 1.466
Lucro (prejuízo) operacional (antes do resultado
financeiro) 4.153 449 (997) 2.296 156 1.254
Resultado antes dos impostos e das contribuições
sobre o lucro 7.198 139 (1.029) 2.122 34 1.133
Lucro (prejuízo) líquido do exercício 4.472 (30) (946) 1.007 34 839

01/01/2009
Orizon CBGS

Ativo:
Circulante 10.876 10.211
Não circulante 17,541 72.535
Total do ativo 28.417 82.746

Passivo e patrimônio líquido:


Circulante 6.721 103
Não circulante 5.414 -
Patrimônio líquido 16.282 82.643
Total do passivo e patrimônio líquido 28.417 82.746

Resultado:
Receita líquida 27.031 -
Lucro bruto 2.179 -
Prejuízo operacional (antes do resultado financeiro) (21.940) (31.330)
Prejuízo antes dos impostos e das contribuições sobre o lucro (23.313) (21.381)
Prejuízo do exercício (24.227) (22.157)

34
Cielo S.A. e Controladas

5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Controladora Consolidado
2010 2009 01/01/2009 2010 2009 01/01/2009

Caixa e bancos:
Moeda nacional 1.607 453 7.686 4.456 1.945 8.184
Moeda estrangeira 11.643 12.456 6.513 11.643 12.456 6.513
Aplicações financeiras:
Debêntures
compromissadas (a) 128.586 58.085 596.081 131.948 58.085 616.653
Certificados de Depósito
Bancário - CDBs (a) 77.281 436.933 429.899 100.131 439.479 436.381
“Money Market Deposit
Account” - MMDA (b) 2.425 2.315 4.415 2.425 2.315 4.426
Total 221.542 510.242 1.044.594 250.603 514.280 1.072.157

Os saldos de caixa e bancos são constituídos por fundo fixo de caixa e valores disponíveis em
contas bancárias no Brasil e no exterior, substancialmente representados por montantes
depositados pelas instituições financeiras emissoras de cartões de crédito e de débito, sendo tais
valores utilizados para a liquidação financeira das transações com os estabelecimentos
comerciais.

As aplicações financeiras têm as seguintes características:

(a) Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, as aplicações financeiras em debêntures


compromissadas e CDBs foram rentabilizadas, em média, a 101,3% e 102,4%,
respectivamente, do Certificado de Depósito Interbancário - CDI.

(b) Os recursos aplicados no exterior (Nova York - EUA) em MMDA são rentabilizados a
uma taxa prefixada de 0,1% ao ano.

As aplicações financeiras mencionadas têm liquidez imediata e seus valores de mercado não
diferem dos valores contabilizados.

6. CONTAS A RECEBER OPERACIONAL


Controladora Consolidado
2010 2009 01/01/2009 2010 2009 01/01/2009

Antecipação de recebíveis (a) 2.178.161 1.164.376 146.643 2.178.161 1.164.376 146.643


Trava de domicílio bancário (b) 2.902 2.333 6.051 2.902 2.333 6.051
Serviços de interconexão de rede eletrônica
entre operadoras de saúde (c) - - - 5.624 4.534 3.943
Serviço de captura e processamento de
cartão vale-refeição e vale-transporte (d) 3.799 3.351 3.353 3.799 3.351 3.353
Contas a receber de serviços de “mobile
payment” (e) - - - 11.743 - -
Outras contas a receber 8.053 4.190 2.953 8.053 4.190 2.953
Total 2.192.915 1.174.250 159.000 2.210.282 1.178.784 162.943

(a) A Sociedade iniciou em 1º de setembro de 2008 e 5 de janeiro de 2009 a prestação de serviços de antecipação de
recebíveis dos créditos à vista e parcelados, respectivamente, à sua rede de estabelecimentos comerciais credenciados. Em
31 de dezembro de 2010, o saldo corresponde às operações de antecipação de recebíveis realizadas que serão recebidas
dos bancos emissores em até 360 dias da data de antecipação aos estabelecimentos comerciais.

35
Cielo S.A. e Controladas

Em 31 de dezembro de 2010, o referido montante está líquido do ajuste a valor presente referente à receita financeira
recebida antecipadamente na data da liberação do numerário, no total de R$76.333 (R$35.266 em 31 de dezembro de
2009).

(b) A Sociedade oferece aos bancos emissores o serviço de trava de domicílio bancário mediante autorização prévia do
estabelecimento comercial para bloquear qualquer transferência de recebíveis desse estabelecimento para outro banco.
Por esse serviço, a Sociedade recebe comissão, a qual é liquidada no mês subsequente à solicitação da trava de domicílio
bancário pelos bancos emissores.

(c) Contas a receber da controlada em conjunto Orizon decorrentes da prestação de serviços de interconexão de rede
eletrônica, em plataforma tecnológica única, objetivando a troca de informações entre as operadoras de saúde e os
prestadores de serviços médicos e hospitalares e quaisquer outros agentes do sistema de saúde suplementar e drogarias.

(d) Contas a receber da Companhia Brasileira de Soluções e Serviços - CBSS decorrentes da prestação de serviços de captura
e processamento de cartões de vale-refeição e vale-transporte.

(e) Contas a receber referentes a serviços de pagamentos eletrônicos realizados pelas controladas M4 Produtos e
Multidisplay através de aparelhos celulares e venda de créditos telefônicos com cartões de crédito e débito.

O saldo da rubrica “Contas a receber operacional”, por período de vencimento, está


apresentado a seguir:

Controladora Consolidado
2010 2009 01/01/2009 2010 2009 01/01/2009

A vencer 2.192.681 1.170.768 157.054 2.210.048 1.175.302 160.997


Vencidos até 45 dias 234 3.482 1.946 234 3.482 1.946
Total 2.192.915 1.174.250 159.000 2.210.282 1.178.784 162.943

7. DIREITOS A RECEBER - SECURITIZAÇÃO NO EXTERIOR

Referem-se aos direitos a receber do Banco Bradesco S.A. e do Banco do Brasil S.A.,
contratados em julho de 2003, no montante de US$500 milhões, dividido em US$100 milhões e
US$400 milhões, respectivamente, com taxas de juros de 4,777% e 5,911% ao ano e prazo de
vencimento de oito anos com amortizações trimestrais e carência de dois anos.

Em 31 de dezembro de 2010, o principal a receber do Banco Bradesco S.A. e do Banco do


Brasil S.A. é de R$42.027 (R$206.295 em 31 de dezembro de 2009, dos quais R$42.445
estavam classificados no não circulante de acordo com o cronograma de recebimentos).

Os juros são recebidos e pagos de forma antecipada, trimestralmente, e estão contabilizados


nas rubricas “Juros a receber - securitização no exterior” e “Juros a pagar - securitização no
exterior”, no montante de R$956 (R$2.914 em 31 de dezembro de 2009).

Esses direitos foram contratados com as mesmas taxas e prazos da obrigação da Sociedade para
com a Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited, sociedade de propósito específico
constituída em Grand Cayman (nota explicativa nº 19).

8. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS

Os valores de imposto de renda e contribuição social diferidos são provenientes de diferenças


temporárias ocasionadas, principalmente, por provisões temporariamente indedutíveis e estão
classificados no não circulante.

36
Cielo S.A. e Controladas

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos
fiscais futuros atribuíveis às diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e o
respectivo valor contábil. Os valores apresentados são revisados mensalmente.

A composição do imposto de renda e da contribuição social diferidos é como segue:

Controladora Consolidado
2010 2009 01/01/2009 2010 2009 01/01/2009

Diferenças temporárias:
Provisão para contingências 165.934 159.681 121.007 175.496 169.100 132.343
Provisão para despesas
diversas 64.065 37.359 31.350 64.395 38.014 33.245
Ajuste a valor presente do
contas a receber de
antecipação de recebíveis 13.963 11.990 - 13.963 11.990 -
Provisão para perdas com
equipamentos POS 1.362 970 1.541 1.362 970 1.541
Provisão para perdas com
gastos diferidos - - - - 1.926 2.269
Total 245.324 210.000 153.898 255.216 222.000 169.398

9. INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS E CONTROLADAS EM CONJUNTO

2010 2009 01/01/2009

Em controladas 44.253 4.092 46.826


Em controladas em conjunto 31.835 24.989 -
Total 76.088 29.081 46.826

Principais informações sobre as controladas, controladas em conjunto e controladas indiretas

Lucro
Patrimônio (prejuízo) Participação - Equivalência
líquido do exercício % patrimonial Investimentos
2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009

Servinet 17.902 4.096 2.807 3.401 99,99 99,99 2.807 3.401 17.902 4.096
Servrede 26.350 (4) 719 (72) 99,99 99,99 719 (72) 26.350 (4)
CBGS Ltda. (a) - 31.749 - (12.900) - 99,99 - (1.836) - -
CBGS (b), (d) - 75.384 - (36.368) - 40,95 - 312 - 24.989
Orizon (c), (d), (e) 92.101 - 4.472 - 40,95 - 1.831 - 31.835 -
Cielo Par 1 - - - 99,99 - - - 1 -
Total 5.357 1.805 76.088 29.081

37
Cielo S.A. e Controladas

Lucro
Patrimônio (prejuízo) Participação - Equivalência
líquido do exercício % patrimonial Investimentos
01/01/2009 01/01/2009 01/01/2009 01/01/2009 01/01/2009

Servinet 28.500 3.679 99,99 3.679 28.500


Servrede 2 (7) 99,99 17 2
CBGS Ltda. 18.324 (70.017) 99,99 (70.017) 18.324
Total (66.321) 46.826

Controladas em conjunto de forma indireta

Lucro
Patrimônio (prejuízo) Participação
líquido do exercício -%

Orizon - 18.724 - 1.007 - 40,95


Prevsaúde (e) (93) 1.854 (946) 839 40,95 40,95
Precisa (e) 8.855 2.467 (30) 34 40,95 40,95
Multidisplay (c), (e) 7.674 - 611 - 50,10 -
M4 Produtos (c), (e) 6.859 - 480 - 50,10 -

(a) Em novembro de 2009, a CBGS Ltda. foi incorporada pela controlada indireta CBGS.

(b) Em dezembro de 2009, a controlada em conjunto CBGS foi incorporada pela então controlada Orizon.

(c) A partir de 1º de janeiro de 2010, após a incorporação da CBGS, a Sociedade passou a deter
investimento direto na então controlada indireta Orizon.

(d) O valor de R$5.880 não está refletido no investimento, pois é referente ao ganho não realizado por
aporte de capital com ágio inicialmente refletido na CBGS Ltda. e, devido à incorporação, foi
transferido para a controlada indireta CBGS.

(e) Foram utilizadas as demonstrações financeiras de 30 de novembro de 2010 e de 2009, para efeito de
cálculo dos investimentos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, respectivamente.

A movimentação dos investimentos no exercício findo em 31 de dezembro de 2010 é como


segue:

31 de dezembro de 2009 29.081


Aumento de capital em controladas:
Servinet 11.000
Servrede 25.635
Orizon 5.015
Equivalência patrimonial 5.357
31 de dezembro de 2010 76.088

38
Cielo S.A. e Controladas

10. IMOBILIZADO

Controladora
2010 2009 01/01/2009
Taxa anual de Depreciação
depreciação - % Custo acumulada Líquido Líquido Líquido

Equipamentos POS (*) 33 698.744 (371.802) 326.942 270.478 185.419


Equipamentos de processamento
de dados 20 25.799 (16.811) 8.988 8.659 7.666
Máquinas e equipamentos 10 67.402 (63.567) 3.835 3.574 7.082
Instalações 10 9.139 (6.397) 2.742 2.150 1.466
Móveis e utensílios 10 5.157 (2.176) 2.981 2.377 2.220
Veículos 20 1.450 (440) 1.010 938 275
Total 807.691 (461.193) 346.498 288.176 204.128

Consolidado
2010 2009 01/01/2009
Taxa anual de Depreciação
depreciação - % Custo acumulada Líquido Líquido Líquido

Equipamentos POS (*) 33 701.748 (374.260) 327.488 271.394 186.645


Equipamentos de processamento
de dados 20 33.713 (21.768) 11.945 9.171 8.082
Máquinas e equipamentos 10 71.444 (67.150) 4.294 3.798 7.177
Instalações 10 21.705 (11.170) 10.535 7.187 7.324
Móveis e utensílios 10 8.641 (3.623) 5.018 3.585 3.638
Veículos 20 1.478 (468) 1.010 986 429
Total 838.729 (478.439) 360.290 296.121 213.295

(*) Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, está contabilizada provisão para perdas de equipamentos POS, nos
montantes de R$4.007 e R$2.851, respectivamente, como redutora do saldo da respectiva conta.

A movimentação do imobilizado no exercício findo em 31 de dezembro de 2010 é como segue:

Controladora
Adições/
2009 transferências Baixas Depreciações 2010

Equipamentos POS 270.478 233.735 (9.888) (167.383) 326.942


Equipamentos de
processamento de dados 8.659 3.784 - (3.455) 8.988
Máquinas e equipamentos 3.574 2.924 (117) (2.546) 3.835
Instalações 2.150 1.255 (358) (305) 2.742
Móveis e utensílios 2.377 987 (7) (376) 2.981
Veículos 938 339 - (267) 1.010
Total 288.176 243.024 (10.370) (174.332) 346.498

39
Cielo S.A. e Controladas

Consolidado
Acervo
Adições/ Baixas/ líquido
2009 transferências reversões Depreciações incorporado 2010
Equipamentos POS 271.394 233.737 (9.901) (167.742) - 327.488
Equipamentos de
processamento de dados 9.171 4.971 (57) (3.904) 1.764 11.945
Máquinas e equipamentos 3.798 3.196 (117) (2.594) 11 4.294
Instalações 7.187 5.286 (814) (1.340) 216 10.535
Móveis e utensílios 3.585 1.943 (8) (596) 94 5.018
Veículos 986 339 (45) (270) - 1.010
Total 296.121 249.472 (10.942) (176.446) 2.085 360.290

Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, existem ativos imobilizados, advindos de operações de


arrendamento financeiro, representados apenas por ativos classificados como equipamentos de
processamento de dados, com valores líquidos de R$409 e R$2.215, respectivamente. O prazo
médio residual de depreciação desses equipamentos é de aproximadamente três anos. As
depreciações dos equipamentos de informática adquiridos através de operações de arrendamento
mercantil nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, registradas na rubrica
“Despesas gerais e administrativas”, montam a R$1.806 e R$3.988, respectivamente.

Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, a Sociedade não possuía saldos de arrendamento


financeiro a pagar.

11. ÁGIO NA AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTOS

A composição analítica dos ágios em 31 de dezembro de 2010 está apresentada a seguir:

Controladora Consolidado
Projeto Saúde:
Ágio na aquisição de controlada (a) 26.269 26.269
Reclassificação de benefício fiscal de ágio incorporado pela
Orizon - 13.532
Prevsaúde - 3.019
Precisa - 1.385
M4U - 31.348
26.269 75.553
Provisão para perdas com ágio (16.126) (16.126)
Lucro não realizado (b) - (5.648)
Total 10.143 53.779

(a) Na apuração do resultado de equivalência patrimonial de 2009 sobre as controladas CBGS


Ltda. e CBGS foram eliminados dos resultados daquelas sociedades os efeitos das
provisões para a manutenção da integridade do patrimônio líquido (“PMIPL”), nos valores
de R$11.064 e R$15.205, respectivamente, uma vez que tais efeitos relativos aos ágios
originalmente registrados naquelas demonstrações financeiras foram reconstituídos na
controladora, conforme previsto nas Instruções CVM nº 319/99 e nº 349/01, considerando-
-se que as incorporações efetuadas durante o exercício de 2009 não alteraram a essência
econômica daqueles ágios. A reconstituição dos ágios foi registrada em contrapartida da
rubrica “Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas”.

40
Cielo S.A. e Controladas

(b) Corresponde à eliminação do ganho de capital nas demonstrações financeiras consolidadas,


gerado no aporte do investimento da CBGS Ltda. na Orizon a valor de mercado na sua
então controlada em conjunto CBGS, na proporção da participação que a CBGS Ltda.
detinha no capital social da CBGS, conforme descrito na nota explicativa nº 1.

Projeto Saúde

Conforme mencionado na nota explicativa nº 1, em 2 de janeiro de 2008 a CBGS subscreveu


em favor da controladora CBGS Ltda. 693.480 novas ações ordinárias, sem valor nominal, pelo
montante de R$139.045, representando o valor justo na data.

Como parte do pagamento, a CBGS Ltda. entregou a totalidade das ações representativas do
capital social da Polimed e Dativa pelo montante de R$71.691, transferindo o ágio na aquisição
dessas controladas nos montantes de R$47.145 e R$9.108, respectivamente, líquido da
amortização incorrida até a data da transação e gerando um contas a pagar de R$67.354 que
seria integralizado em até dois anos após a transação. Adicionalmente, em decorrência da
parcela integralizada em dinheiro, a CBGS Ltda. gerou ágio de R$16.764, líquido da provisão
para perdas e da amortização incorrida até 31 de dezembro de 2008.

Os ágios gerados no processo de subscrição do capital da CBGS Ltda. estão apresentados a


seguir:

Participação
Ágio -% Líquido

Ágio registrado na CBGS Ltda., decorrente da compra de


participação de 40,95% do capital social da CBGS 55.880 99,99 55.880
Provisão para perdas com ágio (39.116) 99,99 (39.116)
16.764 16.764
Ágio registrado na controlada em conjunto CBGS:
Orizon 47.145 40,95 19.306
Dativa 9.108 40,95 3.731
73.017 39.801

Aquisição do controle - Prevsaúde e Precisa

Conforme a nota explicativa nº 1, em 16 de março de 2009 a controlada em conjunto CBGS


adquiriu a totalidade das cotas representativas do capital social das empresas Prevsaúde e
Precisa. O valor do investimento registrado contabilmente pela CBGS inclui ágio na aquisição
das cotas no montante de R$10.753, o qual estava fundamentado na expectativa de
lucratividade futura daquelas sociedades, em face do acréscimo operacional previsto para os
anos posteriores ao da aquisição.

Participação
Ágio -% Líquido

Prevsaúde 7.372 40,95 3.019


Precisa 3.381 40,95 1.385
10.753 4.404

41
Cielo S.A. e Controladas

Aquisição do controle - M4U

Conforme a nota explicativa nº 1, em agosto de 2010 a controlada Servrede adquiriu 50,1% das
ações representativas do capital social da Multidisplay e de sua controlada integral M4
Produtos. O ágio, conforme o CPC 15 - Combinação de Negócios, foi mensurado como o valor
em que a soma: (i) da contraprestação transferida em troca do controle da adquirida; e (ii) do
valor das participações de não controladores na adquirida excedeu o valor líquido (na data de
aquisição) dos ativos identificáveis adquiridos.

O valor do investimento registrado contabilmente pela Servrede inclui ágio na aquisição das
cotas no montante de R$31.348, gerado conforme segue:

Ativos líquidos adquiridos 2.300


(-) Preço total de compra considerado 50.650
48.350
Valor justo dos ativos adquiridos 17.002
Ágio 31.348

O valor justo dos contratos de prestação de serviços, da plataforma de softwares e das cláusulas
de não competição (ativos adquiridos identificáveis) da M4U em agosto de 2010 foi
reconhecido com base em laudo elaborado por avaliadores independentes. A avaliação, que
está em conformidade com as Normas Internacionais de Avaliação, foi efetuada utilizando
como base as evidências no mercado relacionadas a preços de transações similares.

12. OUTROS INTANGÍVEIS

Controladora
2010 2009 01/01/2009
Taxa anual de Amortização
amortização - % Custo acumulada Líquido Líquido Líquido

Software (a) 20 84.613 (64.601) 20.012 26.689 35.100


Desenvolvimento de
projetos (b) 20 24.614 (4.559) 20.055 13.478 13.147
109.227 (69.160) 40.067 40.167 48.247

Consolidado
2010 2009 01/01/2009
Taxa anual de Amortização
amortização - % Custo acumulada Líquido Líquido Líquido

Software (a) 20 93.933 (68.486) 25.447 27.806 35.928


Desenvolvimento de
projetos (b) 20 22.414 (4.559) 17.855 13.478 19.820
Acordo de não
competição (c) 13,5 15.197 (439) 14.758 - -
Contratos de serviços (c) 4 17.810 (364) 17.446 - -
Provisão para perdas com
projetos - - - - (6.673)
149.354 (73.848) 75.506 41.284 49.075

42
Cielo S.A. e Controladas

(a) Refere-se a itens adquiridos de terceiros e utilizados na prestação de serviços de processamento de


informações e transações comerciais de clientes. Não há software individualmente relevante.
Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2010, está contabilizada a provisão para softwares
descontinuados de R$2.200, como redutora do saldo da respectiva conta.

(b) Representa gastos com desenvolvimento de novos produtos e serviços que visam incrementar o
faturamento e a receita da Sociedade e de suas controladas.

(c) Correspondem a alocações do ágio na aquisição do controle da M4 Produtos e Multidisplay,


determinado através de laudo elaborado por empresa especializada na data da aquisição. Os
principais componentes dos cálculos dos ativos intangíveis são como segue:

O valor do acordo de não competição (“with and without”) foi calculado através da
metodologia do Income Approach, utilizando-se uma taxa de desconto de 17,5% ao ano,
perpetuidade de 4% ao ano e vida útil estimada de 89 meses.

Os quatro contratos de serviços com operadoras de telecomunicações foram avaliados de


acordo com o fluxo de caixa descontado de cada contrato, utilizando uma taxa de desconto de
16,5% ao ano, durante a vida útil residual de cada contrato, de aproximadamente 53 meses.

A movimentação do intangível no exercício findo em 31 de dezembro de 2010 é como segue:

Controladora
2009 Adições Amortizações 2010

Software 26.689 8.159 (12.636) 22.212


Desenvolvimento de projetos 13.478 7.422 (3.045) 17.855
Total 40.167 15.581 (15.681) 40.067

Consolidado
Acervo
Adições/ Baixas/ líquido
2009 transferências reversões Amortizações incorporado 2010

Software 27.806 9.322 (88) (13.077) 1.484 25.447


Desenvolvimento
de projetos 13.478 7.422 - (3.045) - 17.855
Acordo de não
competição - 15.197 - (439) - 14.758
Contratos de
serviços - 17.810 - (364) - 17.446
Total 41.284 49.751 (88) (16.925) 1.484 75.506

As despesas com amortização de intangível foram registradas na rubrica “Despesas gerais e


administrativas” na demonstração do resultado.

13. TRANSAÇÕES PENDENTES DE REPASSE

Os valores devidos pelos portadores de cartões de crédito por intermédio dos bancos emissores
e os valores a serem repassados aos estabelecimentos comerciais estão registrados em contas
de compensação. Em 31 de dezembro de 2010, os saldos correspondem a R$26.610.870
(R$25.963.741 em 31 de dezembro de 2009) e R$27.779.310 (R$26.631.263 em 31 de
dezembro de 2009), respectivamente.

43
Cielo S.A. e Controladas

Adicionalmente à prestação de serviço de repasse dos montantes transacionados nos cartões de


crédito entre os bancos emissores e os estabelecimentos comerciais, a Sociedade também
garante aos estabelecimentos comerciais afiliados ao sistema que eles receberão de qualquer
forma os repasses das transações de cartões de crédito.

Conforme descrito na nota explicativa nº 25.b), a Sociedade dispõe de instrumento para


mitigação de risco de crédito dos bancos emissores dos cartões, com o intuito de proteger-se
quanto a eventual risco de “default” dessas instituições. Com base no valor irrelevante de
histórico de perdas da Sociedade em virtude de inadimplência de bancos emissores e atuais
riscos de crédito dessas instituições financeiras, a Sociedade estima que o valor justo das
garantias aos estabelecimentos comerciais não é relevante e, portanto, não é contabilizado
como passivo.

14. CONTAS A PAGAR A ESTABELECIMENTOS

O montante de R$1.168.440 em 31 de dezembro de 2010 (R$667.522 em 31 de dezembro de


2009) corresponde à diferença entre os valores recebidos dos portadores de cartões por
intermédio dos bancos emissores e os montantes a serem repassados aos estabelecimentos. De
forma geral, o prazo de recebimento dos emissores é de 27 dias e o prazo médio de liquidação
aos estabelecimentos comerciais é de 30 dias a partir da data da transação. Portanto, esse saldo
a pagar em 31 de dezembro de 2010 corresponde ao “float” de aproximadamente três dias.

15. FORNECEDORES

Controladora Consolidado
2010 2009 01/01/2009 2010 2009 01/01/2009

Fornecedores 59.115 63.782 20.903 69.583 66.156 22.877


Provisão para pagamento
a fornecedores 86.760 50.261 73.208 111.178 50.287 73.727
Total 145.875 114.043 94.111 180.761 116.443 96.604

16. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER

Controladora Consolidado
2010 2009 01/01/2009 2010 2009 01/01/2009

Imposto de renda e contribuição


social, líquidos de antecipações
efetuadas 370.915 389.520 248.630 371.947 388.289 248.525
Imposto Sobre Serviços - ISS 5.994 5.452 4.636 6.625 6.098 5.477
Imposto de Renda Retido na Fonte
- IRRF 8.056 5.103 5.270 8.525 5.016 5.661
Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social - Cofins 14.676 13.411 12.016 15.217 13.928 12.430
Programa de Integração Social -
PIS 5.588 2.935 2.699 5.835 3.051 2.798
Outros tributos a recolher 122 239 127 893 563 175
Total 405.351 416.660 273.378 409.042 416.945 275.066

44
Cielo S.A. e Controladas

17. OUTRAS OBRIGAÇÕES

Controladora Consolidado
2010 2009 01/01/2009 2010 2009 01/01/2009

Passivo circulante:
Provisão para despesas
diversas 20.506 17.751 18.057 20.779 21.861 19.864
Provisão para férias e
encargos 15.939 14.037 12.433 22.648 19.503 17.374
Participação dos
colaboradores e diretores 34.796 28.602 15.253 43.755 36.619 20.743
Outros valores a pagar 8.607 1.716 2.220 10.015 2.058 8.545
Total 79.848 62.106 47.963 97.197 80.041 66.526

Passivo não circulante:


Contas a pagar aquisição
de controladas (a) - - - 25.050 - -
Provisão para retenção de
executivos (b) 5.452 - - 5.452 - -
Outros valores a pagar - - - 1.084 233 740
Total 5.452 - - 31.586 233 740

(a) Saldo remanescente a ser pago em conexão com a aquisição da Multidisplay e M4


Produtos, condicionado ao cumprimento de determinadas metas de “performance”
financeira, conforme mencionado na nota explicativa nº 1.

(b) Refere-se ao Plano de Retenção de Executivos, aprovado pelo Conselho de Administração


em novembro de 2009, aplicável aos principais executivos da Sociedade, que considera
resultados do negócio e permanência deles na Sociedade por um período de três anos,
sendo a despesa e respectiva provisão registradas ao longo do prazo de vigência do referido
plano.

18. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS E DEPÓSITOS JUDICIAIS

a) Provisão para contingências

A Sociedade e suas controladas são parte em ações judiciais e processos administrativos


perante vários tribunais e órgãos governamentais, decorrentes do curso normal de suas
operações, envolvendo questões tributárias e trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos.

A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos e na análise das


demandas judiciais pendentes e quanto às ações trabalhistas e cíveis, bem como na
experiência anterior referente às quantias reivindicadas, constituiu provisão em montante
considerado suficiente para cobrir as prováveis perdas estimadas com as ações em curso,
como segue:

45
Cielo S.A. e Controladas

Controladora
Adições Baixas/ Atualização Pagamentos
2009 (a) reversões (b) monetária (c) 2010

Fiscais 463.069 126.299 (28.915) 640 (87.053) 474.040


Cíveis 11.364 1.914 (6.889) 1.503 (519) 7.373
Trabalhistas 8.075 5.490 (228) 350 - 13.687
482.508 133.703 (36.032) 2.493 (87.572) 495.100

Consolidado
Adições Baixas/ Atualização Pagamentos
2009 (a) reversões (b) monetária (c) 2010

Fiscais 484.446 134.243 (35.609) 656 (87.053) 496.683


Cíveis 11.368 1.914 (6.893) 1.503 (519) 7.373
Trabalhistas 15.764 6.326 (3.020) 507 - 19.577
511.578 142.483 (45.522) 2.666 (87.572) 523.633

(a) Correspondem substancialmente ao complemento da provisão para contingências no


exercício findo em 31 de dezembro de 2010, referente a tributos com exigibilidade
suspensa, registrada em contrapartida de “Despesas gerais e administrativas” e “Outras
(despesas) receitas operacionais, líquidas” na demonstração do resultado.

(b) Substancialmente representadas pela reversão de provisão para contingências fiscais,


em virtude de prescrição ou mudança de opinião quanto ao risco de perda pelos
assessores jurídicos da Sociedade.

(c) Substancialmente representados pela liquidação da ação movida pela Sociedade desde
janeiro de 2003, que questionava judicialmente a majoração da alíquota de apuração do
PIS para 1,65%. Esse pagamento foi realizado através do levantamento do respectivo
depósito judicial pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional em favor da Receita
Federal do Brasil.

Processos cíveis

Referem-se substancialmente à cobrança de transações realizadas por meio do sistema da


Sociedade que não foram repassadas aos estabelecimentos comerciais em virtude do
descumprimento de cláusulas que compõem o contrato de afiliação, adicionadas de
indenizações pelos prejuízos causados pelas transações não repassadas à época. Em 31 de
dezembro de 2010, a provisão para perdas prováveis em ações cíveis é de R$7.373
(Controladora e Consolidado).

Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2010, existem ações cíveis públicas e inquéritos


civis, geralmente movidos pelo Ministério Público ou por entidades de classe, cuja intenção
é defender interesses coletivos (como direitos do consumidor e direitos trabalhistas). As
decisões pronunciadas pela Justiça nesses casos podem conceder direito a grupos de
pessoas (mesmo sem sua concordância). Em muitas situações, a definição do grupo que
aproveitará uma eventual decisão favorável só é feita após a decisão final.

46
Cielo S.A. e Controladas

Processos trabalhistas

Referem-se a diversas demandas trabalhistas que, em 31 de dezembro de 2010, incluíam


191 ações trabalhistas contra a Cielo e 71 contra a Servinet, das quais 92 haviam sido
movidas por ex-empregados. As ações trabalhistas restantes, 170 no total, foram movidas
por empregados de terceiros contratados, alguns dos quais pleiteando o reconhecimento de
vínculo empregatício.

As ações trabalhistas, quando iniciadas, são consideradas como de probabilidade de perda


possível. Somente após decisão do Tribunal elas são reclassificadas como de probabilidade
de perda provável ou remota, dependendo do teor da decisão e considerando o histórico de
perdas em ações similares. Em geral, as ações trabalhistas são referentes a equiparação
salarial, horas extras, reflexo do bônus anual, enquadramento sindical, reconhecimento de
vínculo, estabilidade decorrente de doença profissional e dano moral.

Em 31 de dezembro de 2010, a provisão para perdas prováveis em ações trabalhistas é de


R$13.687 (Controladora) e de R$19.577 (Consolidado).

Processos tributários

Correspondem à divergência de interpretação em relação à autoridade fiscal,


substancialmente quanto a:

Cofins - não comutatividade - a Sociedade e sua controlada Servinet, em fevereiro de


2004, impetraram mandado de segurança visando afastar a exigibilidade da Cofins nos
moldes da Lei nº 10.833/03, que introduziu a sistemática de apuração pelo método não
cumulativo à alíquota de 7,60%, e passaram a efetuar o depósito judicial dos valores
apurados mensalmente. Como consequência, desde então a diferença entre o imposto
devido calculado pela alíquota estabelecida pela sistemática cumulativa e pela não
cumulativa vem sendo registrada como provisão para contingências. Os montantes não
recolhidos desse tributo estão sendo depositados judicialmente. Em 31 de dezembro de
2010, o valor dessa provisão para contingências é de R$461.996 - Controladora
(R$482.553 - Consolidado) e o saldo do depósito judicial é de R$450.820 - Controladora
(R$472.017 - Consolidado). A ação encontra-se no Supremo Tribunal Federal aguardando
julgamento.

Fundo de Investimentos da Amazônia - FINAM - em 2007, a Sociedade sofreu auto de


infração referente ao ano-calendário 2002, exercício 2003. A Receita Federal do Brasil
alega a não apresentação do Pedido de Revisão de Ordem de Emissão de Incentivos
Fiscais - PERC nos prazos requeridos e, assim, não reconhece a parcela do Imposto de
Renda Pessoa Jurídica - IRPJ destinado ao FINAM. Está sendo aguardada a distribuição
do Recurso Voluntário para a Câmara do 1º Conselho de Contribuintes. Em 31 de
dezembro de 2010, o valor da provisão para contingências constituída é de R$11.450
(Controladora e Consolidado).

PIS/PASEP MP nº 212/95 - em abril de 1997, a controlada Servinet obteve a liminar


para desobrigá-la ao recolhimento das contribuições destinadas ao PIS com base no
faturamento. A União interpôs Recurso de Apelação e obteve decisão favorável. Em 26
de agosto de 2010, a controlada entrou com manifestação de prescrição da dívida na
Procuradoria Regional da Fazenda Nacional da 3ª Região/SP. Em 31 de dezembro de
2010, o valor da provisão para contingências constituída é de R$1.675 (Consolidado).

47
Cielo S.A. e Controladas

A Sociedade e suas controladas possuem outras divergências de interpretação em relação às


autoridades fiscais e, para isso, têm provisões para contingências constituídas em 31 de
dezembro de 2010 nos montantes de R$594 (Controladora) e de R$1.005 (Consolidado).

A Administração da Sociedade e de suas controladas, fundamentada na opinião de seus


assessores jurídicos, entende que o efetivo desembolso de referidas provisões não ocorrerá
antes de 31 de dezembro de 2015.

Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2010, a Sociedade e suas controladas possuem


ações fiscais, cíveis e trabalhistas envolvendo riscos de perdas avaliadas como possíveis por
seus assessores jurídicos, para as quais não há provisão constituída, como segue:

Controladora Consolidado

Fiscais 49.740 97.415


Cíveis 96.124 96.124
Trabalhistas 12.758 12.758
Total 158.622 206.297

b) Depósitos judiciais

Em 31 de dezembro de 2010, a Sociedade e suas controladas mantêm depósitos judiciais


vinculados às provisões tributárias, trabalhistas e cíveis, os quais estão assim demonstrados:

Controladora
2009 Adição Baixa 2010

Fiscais 430.881 135.528 (102.367) 464.042


Cíveis 2.399 3.773 (2.969) 3.203
Total 433.280 139.301 (105.336) 467.245

Consolidado
2009 Adição Baixa 2010

Fiscais 452.078 135.951 (102.433) 485.596


Cíveis 3.188 4.425 (4.025) 3.588
Trabalhistas 26 - (6) 20
Total 455.292 140.376 (106.464) 489.204

19. OBRIGAÇÕES A PAGAR - SECURITIZAÇÃO NO EXTERIOR

Referem-se à operação de securitização descrita nas notas explicativas nº 1 e nº 7,


representando a obrigação de a Sociedade entregar os direitos creditórios denominados em
moeda estrangeira gerados ou a serem gerados por ela contra a Visa International Service
Association, decorrente, principalmente, de operações de compra de bens/serviços com cartões
de crédito e de débito da bandeira VISA nos estabelecimentos comerciais brasileiros realizadas
por pessoas físicas residentes e domiciliadas no exterior, que foram objeto de contrato de
cessão de fluxo futuro de direitos creditórios para a Brazilian Merchant Voucher Receivables
Limited, sociedade de propósito específico constituída em Grand Cayman, que emitiu títulos
no mercado internacional, lastreados nos recebíveis cedidos pela Sociedade.

48
Cielo S.A. e Controladas

Conforme as disposições do contrato multilateral (“Indenture”) firmado para viabilizar a


emissão, a Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited pagará a totalidade de suas
obrigações referentes à operação de securitização, por meio do fluxo de recebíveis
denominados em moeda estrangeira contra a Visa International Service Association.

Os bancos participantes dessa operação (Banco Bradesco S.A. e Banco do Brasil S.A.)
firmaram acordo de garantia cruzada pelo qual, no caso de inadimplência de um deles, a outra
parte garante a operação, tendo o direito de exercer a opção de compra de ações sobre o total
ou uma porção da participação do banco inadimplente no capital social da Sociedade.

A amortização da parcela registrada no passivo circulante em 31 de dezembro de 2010 tem


vencimento até o primeiro semestre de 2011, sendo o cronograma de pagamento das parcelas
do curto prazo igual ao divulgado na nota explicativa nº 7.

20. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

a) Capital social

O capital social em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 está representado por 1.364.783.800


ações ordinárias, todas subscritas e integralizadas. Conforme mencionado no item g) a
seguir, mediante a movimentação das ações em tesouraria, a quantidade de ações em
circulação em 31 de dezembro de 2010 é de 1.360.286.034 (1.360.251.500 ações em 31 de
dezembro de 2009).

Conforme Ata da Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 30 de abril de


2010, foi aprovado o aumento do capital social da Sociedade no montante de R$24.621,
sem a emissão de novas ações, que passou de R$75.379 para R$100.000. Para a efetivação
do aumento do capital social foi utilizada a totalidade do saldo da reserva legal, no
montante de R$15.076, bem como o montante de R$9.545 proveniente da reserva de
retenção de lucros.

b) Reserva de capital

Representa os custos com remuneração baseada em ações e os ágios nas subscrições de


ações referentes às contribuições de capital por acionistas que ultrapassaram a importância
destinada à formação do capital social.

O saldo da reserva de capital em 31 de dezembro de 2010 é de R$83.532 (R$72.305 em 31


de dezembro de 2009).

c) Reserva de lucros - legal

Está representada pelos montantes constituídos à razão de 5% do lucro líquido apurado no


encerramento de cada exercício, nos termos do artigo 193 da Lei nº 6.404/76, até o limite
de 20% do capital social.

O saldo da reserva de lucros - legal em 31 de dezembro de 2010 é de R$20.000 (R$15.076


em 31 de dezembro de 2009).

49
Cielo S.A. e Controladas

d) Reserva de lucros - orçamento de capital

Em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 30 de março de 2010, foi


aprovada a proposta de orçamento de capital apresentada pela Administração da Sociedade,
nos termos do artigo 196 da Lei nº 6.404/76 e do artigo 5º, parágrafo único, da Instrução
CVM nº 469, de 2 de maio de 2008. A referida reserva teve por finalidade permitir futura
aquisição, pela Sociedade, de ações de sua própria emissão.

O saldo da reserva de orçamento de capital em 31 de dezembro de 2010 é de R$143.836.

e) Retenção de lucros

Em 31 de dezembro de 2010, o saldo da conta “Retenção de lucros”, de R$901.236, é


composto pelo lucro líquido do exercício findo naquela data no valor de R$1.829.334,
deduzido do valor destinado à reserva legal, de R$20.000, da antecipação de dividendos e
juros sobre o capital próprio, no valor de R$790.140, e dos dividendos e juros sobre o
capital próprio propostos no encerramento do exercício, no valor de R$117.958.

A destinação da conta “Retenção de lucros” será deliberada na próxima Assembleia Geral


Ordinária.

f) Dividendos e juros sobre o capital próprio

Dividendos são reconhecidos como passivo no momento em que são aprovados pelos
acionistas da Sociedade. Aos acionistas é assegurado, estatutariamente, dividendo mínimo
de 50% sobre os lucros auferidos, após a constituição da reserva legal de 5% do lucro
líquido do exercício, até que essa reserva atinja 20% do capital social. O eventual saldo
remanescente de lucro líquido do exercício societário será destinado de acordo com a
deliberação da Assembleia Geral. A Sociedade registra, no encerramento do exercício
social, provisão para o montante de dividendo mínimo que ainda não tenha sido distribuído
durante o exercício até o limite do dividendo mínimo obrigatório descrito anteriormente.

Durante reunião do Conselho de Administração realizada em 4 de março de 2010, foi


deliberada a distribuição do saldo de lucros, com base nas demonstrações financeiras de 31
de dezembro de 2009, no montante de R$613.516, sendo R$9.741 a título de juros sobre o
capital próprio e R$603.775 a título de dividendos. Esses valores foram pagos aos
acionistas em 31 de março de 2010.

Adicionalmente, conforme ata da reunião do Conselho de Administração realizada em 1º de


setembro de 2010, foi deliberada a distribuição do resultado do semestre findo em 30 de
junho de 2010, no montante de R$790.140, sendo R$16.199 a título de juros sobre o capital
próprio e R$773.941 a título de dividendos. Os proventos foram pagos aos acionistas em 30
de setembro de 2010.

Em 31 de dezembro de 2010, foram provisionados a título de dividendos propostos e juros


sobre o capital próprio os valores de R$110.722 e R$7.236, respectivamente, totalizando
conjuntamente o saldo dos dividendos mínimos obrigatórios remanescentes calculados
sobre o resultado do exercício findo naquela data.

50
Cielo S.A. e Controladas

g) Ações em tesouraria

Em 23 de novembro de 2009, o Conselho de Administração da Sociedade, em consonância


com as disposições do artigo 17 do seu Estatuto Social, do artigo 30 da Lei nº 6.404/76, da
Instrução CVM nº 10/80, conforme alterada, e da Instrução CVM nº 358/02 e de suas
alterações posteriores, aprovou a aquisição de até 6.000.000 de ações ordinárias, sem valor
nominal, de sua própria emissão, para cancelamento, alienação ou manutenção em
tesouraria e, em especial, para atender ao exercício das opções outorgadas no âmbito do
Plano de Opção de Compra de Ações da Sociedade, sem redução de capital social, dentro
do prazo de 180 dias a partir daquela data, com encerramento, portanto, no dia 21 de maio
de 2010. Adicionalmente, essas aquisições de ações de emissão pela própria Sociedade
estão limitadas ao saldo disponível na conta “Reserva de capital” apurada durante o
exercício social, observados os artigos 1º e 12 da Instrução CVM nº 10/80.

Cabe à Administração da Sociedade definir a oportunidade e a quantidade de ações a ser


adquirida, dentro dos limites autorizados.

A movimentação das ações em tesouraria está assim representada:


Custo
médio -
Ações Valor R$ por ação

Saldo inicial em 31 de dezembro de 2009 4.532.300 (69.228) 15,27


Recompra - maio de 2010 188.000 (3.001) 15,96
Exercício de opção de compra de ações:
Julho de 2010 (91.265) 1.397 15,30
Agosto de 2010 (73.832) 1.130 15,30
Setembro de 2010 (6.956) 106 15,30
Outubro de 2010 (21.898) 335 15,30
Novembro de 2010 (8.800) 135 15,30
Dezembro de 2010 (19.783) 303 15,32
Saldo final em 31 de dezembro de 2010 4.497.766 (68.823) 15,32

As ações adquiridas serão mantidas em tesouraria para posterior alienação, cancelamento


ou utilização no futuro exercício das opções de compra de ações outorgadas aos
administradores e colaboradores da Sociedade.

21. LUCRO POR AÇÃO

a) Movimentação do número de ações ordinárias


Ações emitidas Ordinárias

Ações em 31 de dezembro de 2008 (*) 1.364.783.800


Recompra de ações para tesouraria - novembro de 2009 (513.100)
Recompra de ações para tesouraria - dezembro de 2009 (4.019.200)
Ações em 31 de dezembro de 2009 1.360.251.500
Recompra de ações para tesouraria - maio de 2010 (188.000)
Exercício de opção de compra de ações - julho de 2010 91.265
Exercício de opção de compra de ações - agosto de 2010 73.832
Exercício de opção de compra de ações - setembro de 2010 6.956
Exercício de opção de compra de ações - outubro de 2010 21.898
Exercício de opção de compra de ações - novembro de 2010 8.800
Exercício de opção de compra de ações - dezembro de 2010 19.783
Ações em 31 de dezembro de 2010 1.360.286.034

(*) Considerando o desdobramento de uma para duas ações, ocorrido em 22 de setembro de 2008.

51
Cielo S.A. e Controladas

b) Lucro por ação

Conforme requerido pelo CPC 41 e pelo IAS 33 - Resultado por Ação, nas tabelas a seguir
estão reconciliados o lucro líquido e a média ponderada das ações em circulação com os
montantes usados para calcular o lucro por ação básico e diluído.

Lucro por ação básico

Controladora Consolidado
2010 2009 2010 2009

Lucro líquido do exercício disponível para


as ações ordinárias 1.829.334 1.533.794 1.830.914 1.533.794
Média ponderada das ações ordinárias em
circulação (em milhares) 1.360.229 1.364.364 1.360.229 1.364.364
Lucro por ação (em R$) - básico 1,3449 1,1242 1,3460 1,1242

Lucro por ação diluído

Controladora Consolidado
2010 2009 2010 2009

Lucro líquido do exercício disponível


para as ações ordinárias 1.829.334 1.533.794 1.830.914 1.533.794

Denominador diluído:
Média ponderada das ações ordinárias
em circulação (em milhares) 1.360.229 1.364.364 1.360.229 1.364.364
Potencial incremento nas ações
ordinárias em virtude do plano de
opção de ações 1.493 576 1.493 576
Total (em milhares) 1.361.722 1.364.940 1.361.722 1.364.940

Lucro por ação (em R$) - diluído 1,3434 1,1237 1,3446 1,1237

22. COMPOSIÇÃO DA RECEITA LÍQUIDA

Controladora Consolidado
2010 2009 2010 2009

Receita de comissões 3.103.250 2.649.860 3.103.250 2.649.860


Receita de aluguel 1.168.832 1.066.386 1.169.895 1.067.136
Receita de prestação de outros serviços 105.727 110.479 187.834 135.456
Impostos sobre serviços (450.510) (392.550) (468.485) (407.531)
Total 3.927.299 3.434.175 3.992.494 3.444.921

52
Cielo S.A. e Controladas

23. DESPESAS POR NATUREZA

A Sociedade optou por apresentar a demonstração do resultado consolidado por função.


Conforme requerido pelo CPC e pelas IFRSs, o detalhamento dos custos dos serviços prestados
e das despesas operacionais líquidas por natureza está apresentado a seguir:

Controladora Consolidado
2010 2009 2010 2009

Despesas com pessoal 192.255 164.378 250.535 221.722


Depreciações e amortizações 190.013 147.027 193.371 160.271
Serviços profissionais 832.047 748.377 773.727 682.628
Outras despesas 351.523 276.666 404.240 277.221
Total 1.565.838 1.336.448 1.621.873 1.341.842

Classificadas como:
Custo dos serviços prestados 1.110.924 910.698 1.180.827 936.312
Despesas de pessoal 110.949 79.660 157.790 130.209
Despesas gerais e administrativas 214.487 205.912 153.622 147.145
Marketing 123.506 72.866 123.664 72.960
Outras despesas operacionais 5.972 67.312 5.970 55.216
Total 1.565.838 1.336.448 1.621.873 1.341.842

24. FILIAL NO EXTERIOR

A Sociedade efetua operações (nota explicativa nº 1) por meio de sua filial em Grand Cayman,
Ilhas Britânicas Ocidentais. O saldo das contas patrimoniais e do resultado das operações dessa
filial, em 31 de dezembro de 2010, consolidado com as contas da Sociedade (matriz), após
eliminações, é o seguinte: ativos circulante e não circulante de R$49.765 (R$215.800 em 31 de
dezembro de 2009), passivos circulante e não circulante de R$42.283 (R$209.270 em 31 de
dezembro de 2009) e patrimônio líquido de R$6.782 (R$7.760 em 31 de dezembro de 2009). O
lucro líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2010 foi de R$252 (R$1.230 em 31 de
dezembro de 2009).

No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, o ganho da variação cambial sobre a tradução


das informações financeiras da filial em Grand Cayman, de R$148 (R$1.824 em 31 de dezembro
de 2009), foi registrado na rubrica “Resultado financeiro”.

25. TRANSAÇÕES E SALDOS COM PARTES RELACIONADAS

No curso habitual das atividades e em condições de mercado, são mantidas pela Sociedade
operações com partes relacionadas, tais como contas a receber dos bancos emissores, que são
conglomerados financeiros sobre os quais os acionistas controladores detêm participação
acionária, bem como despesas e receitas com serviços prestados pela Servinet e pela Orizon.

A Sociedade, na realização de seus negócios e na contratação de serviços, realiza cotações e


pesquisas de mercado tendo por critério a busca pelas melhores condições técnicas e de preços,
cabendo a decisão pela realização das transações, independentemente de estas serem realizadas
entre partes relacionadas ou não, ao responsável da área que motivou a contratação do produto
ou serviço.

53
Cielo S.A. e Controladas

Ainda, a natureza das atividades da Sociedade faz com que ela celebre contratos com diversos
emissores, sendo alguns deles seus acionistas diretos ou indiretos. A Sociedade acredita que em
todos os contratos firmados com suas partes relacionadas são observadas condições equânimes
de mercado (“arm‟s-length basis”).

As tabelas a seguir incluem os saldos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 e o valor,


discriminado por modalidades de contrato, acionistas e controladas, das operações com partes
relacionadas em que a Sociedade participa relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro
de 2010 e de 2009:
Controladora
2010 2009
Acionistas Controladas
Banco Banco do M4
Bradesco S.A. Brasil S.A. Servinet Orizon Multidisplay Produtos Total Total

Ativos (passivos):
Aplicações financeiras
(a) 1.444 84.663 - - - - 86.107 449.521
Contas a receber
operacional 599 250 - - 64 415 849 1.447
Direitos a receber -
securitização no
exterior (d) 23.804 19.179 - - - - 42.983 209.209
Contas a receber de
controlada - - - 165 - - 165 2.559
Contas a pagar a
controladas - - - - - - - -
Contrato de prestação
de serviços com a
Servinet (f) - - (6.565) - - - (6.565) (6.324)
Contrato de repasse de
recursos (g) - - - - (2.857) (16.524) (19.381) -

Controladora
2010 2009
Acionistas Controladas
Banco Banco do M4
Bradesco S.A. Brasil S.A. Servinet Orizon Multidisplay Produtos Total Total

Receitas:
Receitas de aplicações
financeiras (a) 914 6.703 - - 391 696 8.704 22.000
Receitas de prestação
de outros serviços
(b) 7.040 2.823 - - - - 9.863 35.161
Receitas de aluguel de
equipamentos POS
(c) - - - 2.460 - - 2.460 4.029
Receita de
securitização de
recebíveis no
exterior (d) 264 212 - - - - 476 472
Despesas:
Outras despesas
operacionais (e) (13.689) (6.425) - - - (711) (20.825) (40.360)
Contratos de prestação
de serviços com a
Servinet (f) - - (79.300) - - - (79.300) (83.991)

(a) As aplicações financeiras, quanto a prazos, encargos e taxas de remuneração, foram realizadas em condições semelhantes
às que seriam aplicáveis a partes não relacionadas.

54
Cielo S.A. e Controladas

(b) Correspondem a serviços de prevenção a fraude e trava de domicílio bancário prestados pela Sociedade aos bancos
acionistas e comissão sobre processamento de transações para a M4 Produtos e Multidisplay. Essas transações com partes
relacionadas são efetuadas a preços e condições semelhantes àqueles praticados com outros bancos emissores.

(c) Vide nota explicativa nº 6.(c).

(d) Vide nota explicativa nº 7.

(e) Serviços contratados com bancos acionistas, referentes a: (i) seguro de vida coletivo empresarial; (ii) seguros hospitalar e
odontológico; e (iii) contrato de previdência privada. A Sociedade entende que as condições financeiras praticadas pelos
bancos acionistas, quanto a preços, prazos e demais condições, foram realizadas em condições semelhantes àquelas
praticadas com terceiros.

(f) A Sociedade contratou a Servinet para prestar serviços de instalação e manutenção dos equipamentos POS nos
estabelecimentos comerciais. A remuneração prevista pelos serviços prestados é estabelecida com base nos custos
incorridos pela Servinet quando da prestação dos referidos serviços, acrescidos de impostos e contribuições, bem como de
margem de remuneração.

(g) Corresponde aos saldos recebidos de estabelecimentos comerciais referentes a transações com recarga de celular,
repassados às controladas M4 Produtos e Multidisplay.

Principais transações com partes relacionadas

Saldos de bancos emissores

Os valores a receber de bancos emissores, apresentados líquidos na rubrica “Contas a pagar


a estabelecimentos”, referem-se aos montantes devidos pelos emissores à Sociedade
decorrentes das transações realizadas com cartões de crédito e de débito, os quais serão
posteriormente repassados pela Sociedade aos estabelecimentos credenciados. Essas
transações com partes relacionadas são efetuadas a preços e condições semelhantes àqueles
praticados com os demais emissores de cartões de crédito ou de débito autorizados pelas
bandeiras VISA e MASTERCARD.

Incentivos a bancos domicílio

A Sociedade detém contratos com bancos domicílio que visam incentivar os faturamentos
de comissões e operações de antecipações de recebíveis. Nesses contratos, a Sociedade
remunera os bancos de acordo com metas de “performance” neles estabelecidas.

Trava de domicílio bancário

É decorrente de contratos de Prestação de Serviços de Trava de Domicílio Bancário


firmados com vários bancos, cujo serviço consiste em assegurar aos bancos a trava do
domicílio bancário dos estabelecimentos credenciados que venham a efetuar operações
financeiras com eles. Essas transações com partes relacionadas são efetuadas a preços e
condições semelhantes àqueles praticados com os demais bancos domicílio.

Escrituração de ações da Cielo

Contrato de prestação de serviços de escrituração de ações da Cielo firmado com o Banco


Bradesco S.A. pelo qual este presta serviços de escrituração de ações e de agente emissor
de certificados de ações de emissão da Sociedade.

55
Cielo S.A. e Controladas

Serviços operacionais - programa de emissão de ações

Contrato de prestação de serviços que consiste na prestação de serviços operacionais para o


programa de opções de ações (“stock options”) e em suas respectivas outorgas firmado com
a Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.

Outros contratos pulverizados

Além dos saldos registrados, a Sociedade mantém outros serviços contratados com os
principais acionistas, a saber:

Serviços de “Cash Management”.

Seguros contratados.

Serviços de previdência complementar.

Cartão de crédito corporativo.

Garantias internacionais.

Serviço de pagamento a fornecedores.

Outros.

26. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

A seguir está demonstrada a taxa efetiva do imposto de renda e da contribuição social para os
exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009:

Controladora Consolidado
2010 2009 2010 2009

Lucro líquido antes do imposto de renda e da


contribuição social 2.739.460 2.328.211 2.745.043 2.331.098
Alíquotas vigentes - % 34 34 34 34
Imposto de renda e contribuição social às alíquotas
vigentes (931.416) (791.592) (933.315) (792.573)
Benefício fiscal dos juros sobre o capital próprio 11.280 - 11.280 -
Incentivos fiscais (a) 16.600 - 16.600 -
Efeito sobre diferenças permanentes, líquidas (b) (6.590) (2.825) (8.694) (4.731)
Imposto de renda e contribuição social (910.126) (794.417) (914.129) (797.304)

Correntes (945.450) (850.519) (947.310) (853.151)


Diferidos 35.324 56.102 33.181 55.847

(a) Corresponde a incentivos fiscais relacionados a Lei Rouanet, Fundos dos Direitos da Criança e do
Adolescente, Programa de Amparo ao Trabalhador - PAT e Lei do Esporte.

(b) Representado substancialmente por provisões para contingências e resultado de equivalência


patrimonial, indedutíveis na apuração do lucro real e da base negativa da contribuição social.

56
Cielo S.A. e Controladas

27. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Sociedade e de suas


controladas foram determinados por meio de informações disponíveis no mercado e
metodologias apropriadas de avaliação. Entretanto, considerável julgamento foi requerido na
interpretação dos dados de mercado para produzir a estimativa do valor de realização mais
adequada. Como consequência, as estimativas a seguir não indicam, necessariamente, os
montantes que poderão ser realizados no mercado. O uso de diferentes metodologias de
mercado pode ter um efeito material nos valores de realização estimados.

A administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais, visando à


liquidez, rentabilidade e segurança. A política de controle consiste em acompanhamento
permanente das taxas contratadas versus as vigentes no mercado. A Sociedade e suas
controladas não efetuam aplicações de caráter especulativo, seja em derivativos, seja em outro
ativo de risco.

a) Os ativos e passivos financeiros da Sociedade e de suas controladas são caixa e


equivalentes de caixa, contas a receber operacional, direitos a receber e obrigações a pagar
de securitização no exterior, contas a pagar a estabelecimentos e fornecedores. Em 31 de
dezembro de 2010, os valores estimados de mercado dos instrumentos financeiros podem
ser assim demonstrados:

31/12/2010
Controladora Consolidado
Valor Valor de Valor Valor de
contábil mercado contábil mercado

Caixa e equivalentes de caixa 221.542 221.542 250.603 250.603


Contas a receber operacional 2.192.915 2.192.915 2.210.282 2.210.282
Direitos a receber - securitização no
exterior 42.027 41.189 42.027 41.189
Obrigações a pagar - securitização no
exterior 42.003 41.189 42.003 41.189
Fornecedores 145.875 145.875 180.761 180.761
Contas a pagar a estabelecimentos 1.168.440 1.168.440 1.168.440 1.168.440

O valor de mercado dos ativos financeiros e dos financiamentos de curto e longo prazos,
quando aplicável, foi determinado utilizando taxas de juros correntes disponíveis para
operações remanescentes, com condições e vencimentos similares.

b) Risco de crédito

A Sociedade dispõe de instrumento para mitigação de risco de crédito dos bancos emissores
dos cartões VISA, com o intuito de proteger-se de eventual risco de “default” dessas
instituições. Esse instrumento de proteção está respaldado na obrigação assumida pela
bandeira VISA, conforme estabelecido no regulamento internacional, em garantir o repasse
aos estabelecimentos afiliados à Sociedade de todas as vendas realizadas com os cartões
VISA nas respectivas datas de vencimento, caso ocorra inadimplência de um determinado
emissor. O modelo de garantia implementado pela bandeira VISA, em conjunto com a
Sociedade, prevê a solicitação de garantias (reais ou bancárias) considerando o risco de
crédito do emissor, os volumes das vendas realizadas com os cartões VISA e o risco
residual da inadimplência dos portadores de cartões. O fornecimento das garantias é

57
Cielo S.A. e Controladas

obrigatório para todos os emissores classificados com risco de crédito e os valores são
revistos periodicamente pela bandeira VISA e pela Sociedade. Caso não sejam oferecidas
as garantias solicitadas, o emissor não é aceito como membro do sistema ou perde essa
condição.

A partir de 1º de julho de 2010 a Sociedade também passou a ser credenciadora no Brasil


para a bandeira MASTERCARD, sendo o risco de crédito dos bancos emissores desses
cartões garantido pela própria bandeira em caso de inadimplência desses bancos emissores
para com a Sociedade. A bandeira MASTERCARD estabelece a necessidade de garantias,
reais ou bancárias, para os bancos emissores participantes do sistema. Caso não sejam
oferecidas as garantias solicitadas, o emissor não é aceito como membro do sistema ou
perde essa condição.

Os sistemas das bandeiras VISA e MASTERCARD também preveem a possibilidade de


que as transações efetuadas com cartões de crédito sejam contestadas pelos respectivos
portadores, dentro de determinados prazos, contados da data de processamento da
transação. Para tanto, a Sociedade firma contrato de afiliação com todos os
estabelecimentos comerciais credenciados no qual estão definidas todas as regras para
aceitação dos cartões no ponto de venda. Se ocorrerem contestações pelos portadores e o
estabelecimento não mais estiver credenciado na data da reclamação ou não tiver valores a
receber da Sociedade, será efetuada cobrança por meio de débito em conta corrente ou
escritórios especializados na recuperação de créditos, existindo a possibilidade de perdas
para a Sociedade.

Aos estabelecimentos credenciados que não mantêm sistemas próprios para a captura
eletrônica de transações a Sociedade disponibiliza, mediante contrato de locação, o
equipamento POS. O valor do aluguel é descontado, no seu vencimento, do montante das
transações liquidadas pelos estabelecimentos. Entretanto, há a possibilidade de
não recebimento do valor do aluguel na data de vencimento em razão da inexistência de
saldos a serem pagos aos estabelecimentos. Nesses casos, a Sociedade faz a gestão da
cobrança desses valores por meio de débito de vendas futuras, conta corrente ou
recuperação através de escritórios especializados na recuperação de créditos, podendo haver
perdas dos valores de aluguel.

c) Risco de fraude

A Sociedade utiliza um sofisticado sistema antifraude no monitoramento das transações


efetuadas com cartões de crédito e de débito, que aponta e identifica transações suspeitas de
fraude no momento da autorização e envia um alerta ao banco emissor do cartão para que
este contate o portador do cartão.

d) Risco de taxa de câmbio

A Sociedade dispõe de operação de proteção contra oscilação de moedas, que consiste na


pré-venda dos dólares norte-americanos a receber convertidos pela mesma taxa de câmbio,
o que reduz significativamente eventuais riscos de exposição de oscilação da moeda.

Não existem operações significativas em moeda estrangeira que possam causar variações
relevantes no resultado da Sociedade, em virtude dos efeitos da volatilidade da taxa de
câmbio sobre os demais ativos e passivos atrelados a moedas estrangeiras, principalmente o
dólar norte-americano.

58
Cielo S.A. e Controladas

Em 31 de dezembro de 2010, a exposição líquida ao risco da taxa de câmbio em milhares


de dólares norte-americanos é como segue:

Controladora
e Consolidado

Ativo:
Caixa e bancos 6.984
Aplicações financeiras 1.456
Direitos a receber - securitização no exterior 24.430
32.870
Passivo:
Contas a pagar a estabelecimentos comerciais (3.456)
Obrigações a pagar - securitização no exterior (24.430)
(27.886)
Posição comprada de dólares norte-americanos 4.984

e) Risco de taxa de juros

Os resultados da Sociedade estão suscetíveis a variações significativas decorrentes das


operações de aplicações financeiras contratadas a taxas de juros flutuantes.

De acordo com suas políticas financeiras, a Sociedade vem aplicando seus recursos em
instituições financeiras de primeira linha, não tendo efetuado operações envolvendo
instrumentos financeiros que tenham caráter especulativo.

f) Análise de sensibilidade de variações na taxa de juros - aplicações financeiras

Os rendimentos oriundos das aplicações financeiras da Sociedade são afetados pelas


variações na taxa de CDI. Em 31 de dezembro de 2010, estimando um aumento ou uma
redução de 10%, 25% e 50% nas taxas de juros, haveria aumento ou redução das receitas
financeiras de aproximadamente R$2.707, R$6.768 e R$13.537, respectivamente. Esse
montante foi calculado considerando o impacto de aumentos ou reduções hipotéticos nas
taxas de juros sobre o saldo médio das aplicações financeiras em 2010.

g) Derivativos

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, a Sociedade não


manteve operações com instrumentos financeiros na forma de derivativos.

h) Instrumentos financeiros por categoria

Empréstimos e recebíveis
Controladora Consolidado
Ativo 2010 2009 2010 2009

Caixa e equivalentes de caixa 221.542 510.242 250.603 514.280


Contas a receber operacional 2.192.915 1.174.250 2.210.282 1.178.784
Direitos a receber - securitização no
exterior 42.983 209.209 42.983 209.209
Total 2.457.440 1.893.701 2.503.868 1.902.273

59
Cielo S.A. e Controladas

Outros passivos financeiros


Controladora Consolidado
Passivo 2010 2009 2010 2009

Contas a pagar a estabelecimentos 1.168.440 667.522 1.168.440 667.522


Fornecedores 145.875 114.043 180.761 116.443
Obrigações a pagar - securitização no
exterior 42.959 209.270 42.959 209.270
Total 1.357.274 990.835 1.392.160 993.235

28. COMPROMISSOS

A Sociedade tem como principais atividades os serviços de captura, transmissão,


processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e de
débito. Para viabilizar tais atividades, a Sociedade celebrou os seguintes contratos:

a) Contratos de aluguel

Em 31 de dezembro de 2010, com base nos contratos vigentes, são os seguintes os


pagamentos anuais futuros estimados de aluguel:

Ano

2011 9.648
2012 10.420
2013 11.254
Total 31.322

A maioria dos contratos possui cláusula de multa rescisória, com caução de três aluguéis,
podendo a devolução parcial ser negociada em cada caso.

b) Fornecedores de telecomunicações, tecnologia e logística

Em 31 de dezembro de 2010, com base nos contratos vigentes, os pagamentos futuros


estimados de fornecedores de telecomunicações, tecnologia e logística são os seguintes:

Ano

2011 482.301
2012 520.885
2013 562.555
Total 1.565.741

Os contratos de captura e processamento de transações preveem multas rescisórias no valor


total de R$77.242. Para telecomunicações, os contratos variam conforme a demanda
operacional, não sendo possível estabelecer um prazo médio, havendo uma multa rescisória
média de R$1.573. Os contratos de logística estão vigentes desde junho de 2007, com prazo
mínimo de 12 meses, tendo como multa rescisória o valor de R$13.611.

60
Cielo S.A. e Controladas

c) Fianças bancárias

Em 31 de dezembro de 2010, com base nos contratos vigentes, as fianças bancárias


contratadas apresentam as seguintes composições:

Modalidade

Garantia para recarga pessoal e multioperadora (*) 2.900

(*) Caução cedida à controlada Multidisplay por instituições financeiras para garantir os
pagamentos dos contratos com as operadoras de telefonia celular (OI/TIM/VIVO).

29. PARTICIPAÇÃO DE COLABORADORES E ADMINISTRADORES


NO LUCRO

A Sociedade e suas controladas concedem participação nos lucros a seus colaboradores e


administradores, vinculada ao alcance de metas operacionais e objetivos específicos,
estabelecidos e aprovados no início de cada exercício social.

Os valores de participação dos colaboradores e administradores no lucro dos exercícios findos


em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 foram registrados na rubrica “Despesas de pessoal” na
demonstração do resultado e estão apresentados como segue:

Controladora Consolidado
2010 2009 2010 2009

Colaboradores 26.434 22.351 35.077 30.369


Administradores 8.362 6.251 8.362 6.251
Total 34.796 28.602 43.439 36.620

30. REMUNERAÇÃO DE ADMINISTRADORES E EXECUTIVOS

2010
Consolidado
Remuneração Outorga de opções
Saldo de Preço de
Fixa Variável Total opções (a) exercício (b)

Diretores estatutários 5.309 7.013 12.322 2.316.600 14,47


Conselho de Administração 690 - 690 - -
Total 5.999 7.013 13.012 2.316.600 14,47

(a) Refere-se à quantidade de opções outorgadas e não exercidas até 31 de dezembro de 2010.

(b) Refere-se ao preço médio ponderado de exercício das opções à época das outorgas.

61
Cielo S.A. e Controladas

31. RESULTADO FINANCEIRO

Controladora Consolidado
2010 2009 2010 2009

Receitas financeiras:
Rendimentos de aplicações financeiras 25.410 48.979 27.073 50.218
Juros sobre postergação de recebíveis 3.037 3.742 3.037 3.742
Juros de securitização no exterior 10.395 22.208 10.395 22.208
Reversão de multa e juros de contingências 3.100 3.282 3.100 4.490
Reversão de multa e juros no parcelamento de
débitos federais - 14.610 - 17.712
Outras receitas financeiras 1.422 1.065 1.986 1.381
43.364 93.886 45.591 99.751

Despesas financeiras:
Juros de securitização no exterior (10.395) (22.208) (10.395) (22.208)
Juros de mora e multas (191) (10.490) (296) (12.206)
Multas e juros de contingências (2.645) (1.994) (2.687) (2.830)
Multas e juros no parcelamento de débitos federais - (9.572) - (11.103)
Juros sobre antecipação de intercâmbio (16.818) (2.995) (16.818) (2.995)
Outras despesas financeiras (3.485) (2.735) (3.785) (5.177)
(33.534) (49.994) (33.981) (56.519)

Antecipação de recebíveis:
Receita com antecipação de recebíveis (a) 438.212 218.150 438.212 218.150
Despesa de ajuste a valor presente (b) (76.333) (35.266) (76.333) (35.266)
361.879 182.884 361.879 182.884

Variação cambial, líquida (c) 933 1.903 933 1.903


Total 372.642 228.679 374.422 228.019

(a) A receita com antecipação de recebíveis no exercício findo em 31 de dezembro de 2010 é


composta pela receita oriunda do volume das transações negociadas durante o exercício
findo naquela data no valor de R$402.946, acrescida da receita reconhecida pela fluência
dos prazos, anteriormente ajustada a valor presente até 31 de dezembro de 2009, no valor
de R$35.266, dentro do período de sua competência.

(b) Conforme descrito na nota explicativa nº 6.(a), o ajuste a valor presente registrado nas
demonstrações financeiras consolidadas foi calculado sobre as operações de antecipações
de recebíveis. As seguintes premissas foram adotadas no referido cálculo:

As taxas de juros utilizadas foram aquelas contratadas nas operações e são de até 5,19%
ao mês.

Os cálculos foram efetuados individualmente, descontando-se os fluxos de caixa de


cada um dos recebíveis registrados.

62
Cielo S.A. e Controladas

A Administração da Sociedade reconheceu o ajuste a valor presente do saldo de contas a


receber em virtude da materialidade dos valores objeto do ajuste, das taxas de juros
contratadas e dos prazos das operações.

Mensalmente, a Administração revisa as premissas mencionadas e as variações são


consignadas ao resultado do exercício.

(c) Decorre basicamente dos valores recebidos em dólares norte-americanos da Visa


International Service Association e da Mastercard Worldwide referentes a transações com
cartões estrangeiros, de crédito e débito, da operação de securitização no exterior e de
ganhos e perdas em contas originalmente registradas em moeda estrangeira, representadas
por receita no montante de R$1.242 (R$126.625 em 31 de dezembro de 2009) e despesa
no montante de R$309 (R$124.722 em 31 de dezembro de 2009).

32. OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS, LÍQUIDAS

Estão representadas por:

Controladora Consolidado
2010 2009 2010 2009

Multa por distrato com prestador de serviços (a) (33.682) (30.992) (33.682) (30.992)
Baixa de ágio de controlada (b) - (7.231) - (11.197)
Baixa de créditos incobráveis (19.115) (15.461) (19.115) (15.461)
Provisão para perda com investimento em controlada em
conjunto (c) - (16.126) - -
Incentivo financeiro de prestador de serviços (d) 30.000 - 30.000 -

Parcelamento de débitos federais - (2.116) - (2.088)


Perda com a incorporação da CBGS Ltda. - (4.431) - (4.431)
Provisão para perda com equipamentos POS inativos (3.354) (2.331) (3.354) (2.331)
Provisão para contingências (2.002) (14.858) (2.002) (15.496)
Reversão para contingências (f) 10.689 - 10.689 -
Outras receitas operacionais, líquidas (e) 11.492 26.234 11.494 26.780
Total (5.972) (67.312) (5.970) (55.216)

(a) Refere-se à multa contratual estabelecida por distrato com prestador de serviços.

(b) Refere-se a aportes de capital efetuados pela Sociedade e pela sua controlada CBGS Ltda. para a
CBGS que excedem as expectativas de realização dos ágios. Como consequência, foi registrada
diretamente como despesa no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2009.

(c) Em 31 de dezembro de 2008, conforme a nota explicativa nº 11, a Administração da Sociedade


optou por revisar a estimativa de realização do montante dos ágios existentes naquela data,
procedeu à baixa de parte do ágio gerado na aquisição da CBGS Ltda. e registrou a provisão para
perda sobre sua participação no ágio da CBGS.

(d) Incentivo financeiro condicionado ao aumento de piso contratual com prestador de serviços.

(e) Em 31 de dezembro de 2009, referem-se, substancialmente, ao reembolso de despesas dos bancos


acionistas em razão da oferta pública das ações da Sociedade.

63
Cielo S.A. e Controladas

(f) Refere-se à reversão de provisão para contingências sobre processos tributários relacionados a autos
de infração de PIS, Cofins, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL e IRRF, bem como
processos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS sobre importação de
equipamentos POS, para os quais a avaliação da probabilidade de perda pelos assessores jurídicos
da Sociedade passou de provável para possível.

33. COBERTURA DE SEGUROS

Em 31 de dezembro de 2010, a Sociedade mantém os seguintes contratos para cobertura de


seguros:

Importância
Modalidade segurada

Responsabilidade civil e executivos 105.000


Riscos nomeados (incêndio, vendaval e fumaça, danos elétricos,
equipamentos eletrônicos, roubo e alagamento e inundação) 27.566
Lucros cessantes 10.100
Veículos 670
Outros seguros 2.030

34. PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES

Em 22 de setembro de 2008, foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária que aprovou o


plano de opção de compra de ações ordinárias de emissão da Sociedade. Esse plano foi
ratificado pela Assembleia Geral Extraordinária de 1º de junho de 2009 e tem vigência de dez
anos a partir da data da primeira outorga aos beneficiários.

Poderão ser outorgadas opções de compra de ações, de forma que a diluição do capital social
não exceda, a qualquer tempo durante a vigência do plano, 0,3% ao ano. O prazo da opção é de
até cinco anos contados da outorga aprovada pelo Conselho de Administração. Os beneficiários
do plano serão definidos anualmente ou em periodicidade julgada conveniente pelo Conselho
de Administração.

Em reuniões do Conselho de Administração de 1º de julho de 2009, 23 de setembro de 2009 e


6 de julho de 2010, foram aprovadas a primeira, segunda e terceira outorgas de opções de
compra de ações ordinárias, respectivamente, conforme demonstrado no quadro a seguir, não
havendo a opção de liquidação das opções em caixa.

Os beneficiários, nos termos do Plano e do Contrato de Outorga de Opção de Compra, poderão


exercer a primeira parcela, equivalente a 1/3 do total das opções de compra a eles outorgadas
após um ano da data de outorga.
Preço de Valor justo
Quantidade de ações exercício Prazo de das opções
Data de outorga Outorgadas Canceladas Saldo (R$) carência (R$ por ação)

1º de julho de 2009 2.848.700 (242.900) 2.605.800 11,25 (a) 5 anos 3,86


23 de setembro de 2009 551.200 - 551.200 16,84 (b) 5 anos 4,55
6 de julho de 2010 2.684.200 - 2.684.200 15,88 (c) 5 anos 5,23
Total 6.084.100 (242.900) 5.841.200

64
Cielo S.A. e Controladas

(a) Corresponde a 75% do valor de lançamento das ações da Sociedade na primeira distribuição pública de ações.

(b) Corresponde à média ponderada dos pregões compreendidos entre 7 de agosto e 18 de setembro de 2009.

(c) Corresponde à média ponderada dos últimos 30 pregões anteriores a 29 de junho de 2010.

Para determinar o valor justo das opções pelo modelo de precificação Black & Scholes, a
Sociedade utilizou as seguintes premissas econômicas:

Outorga em:
Julho de 2009 Setembro de 2009 Julho de 2010

“Dividend yield” 6,66% 6,66% 5,73%


Volatilidade do preço da ação 36,67% 36,67% 37,51%
Período esperado para o exercício 4 anos 4 anos 4 anos

O valor justo está sendo apropriado ao resultado do exercício e a contrapartida na reserva de


capital de forma linear pelo prazo de até 36 meses. No exercício findo em 31 de dezembro de
2010 foi reconhecida despesa de R$12.129 (R$3.699 em 31 de dezembro de 2009), registrada
na rubrica “Despesas de pessoal”, e foram exercidas 222.534 ações no valor de R$902, sendo o
total de opção de ações outorgadas registrado na rubrica “Reserva de capital” em 31 de
dezembro de 2010 de R$11.227 (R$3.699 em 31 de dezembro de 2009).

35. OUTRAS INFORMAÇÕES

a) A Sociedade contribui mensalmente com o Plano Gerador de Benefícios Livres - PGBL


(contribuição definida) para os colaboradores, tendo incorrido, no exercício findo em 31 de
dezembro de 2010, em despesas de contribuições no montante de R$3.894 (R$3.471 em 31
de dezembro de 2009), contabilizadas nas rubricas “Custo dos serviços prestados” e
“Despesas com pessoal” (no consolidado).

b) As despesas com Imposto sobre Operações Financeiras - IOF, no exercício findo em 31 de


dezembro de 2010, montaram a R$20 (R$368 em 31 de dezembro de 2009), contabilizadas
na rubrica “Despesas gerais e administrativas”.

36. ITENS QUE NÃO AFETAM O CAIXA

Controladora Consolidado
2010 2009 2010 2009

Liquidação de contingências com depósitos judiciais 87.053 20.501 87.053 20.501


Aumento no ágio com parcela a pagar - “earn out” - - 25.050 -
Aumento no intangível com parcela de minoritários na apuração
da combinação de negócios - Multidisplay e M4 Produtos - - 13.878 -

65
Cielo S.A. e Controladas

37. APROVAÇÕES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração


da Sociedade e autorizadas para emissão em 8 de fevereiro de 2011.

2010-1671

66
CIELO S.A.
CNPJ/MF nº 01.027.058/0001-91 / NIRE 35.300.144.112
Companhia Aberta de Capital Autorizado

ATA DE REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO FISCAL

Data, hora e local: Aos sete dias do mês de Fevereiro de 2011, às 16:00 horas, na sede social, à
Alameda Grajaú, 219, Barueri, São Paulo, SP.

Membros: Haroldo Reginaldo Levy Neto, Kleber do Espírito Santo e Márcio Hamilton Ferreira.

Representantes da Companhia: os Srs. Clovis Poggetti Jr., Fabio Pacini Hernandes Ricardo
Breakwell estiveram presentes durante toda a reunião.

Mesa: Presidente da mesa: Márcio Hamilton Ferreira; Secretário da Mesa: Vitor Crivorncica Jr.

Ordem do Dia
Apreciação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2010 e
relatório da auditoria independente - Realizada apresentação pelos senhores Clovis Poggetti Jr.
e Ismar de Moura, respectivamente Vice Presidente Executivo de Finanças e Relações com
Investidores da Companhia e Sócio da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes,
concernente às demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2010.
Prestados os devidos esclarecimentos e inexistindo ressalvas, o Conselho Fiscal recomendou à
Assembléia Geral Ordinária a aprovação das demonstrações financeiras, referentes ao exercício
findo em 31 de dezembro de 2010, nos termos do artigo 163, VII da Lei das Sociedades por Ações,
emitindo seu parecer na forma que segue:

“Aos Senhores Acionistas da Cielo S.A.

Os membros do Conselho Fiscal, dentro de suas atribuições e responsabilidades legais, acompanharam


através de relatórios periódicos a gestão econômico-financeira da Cielo S.A., e por ocasião da reunião
realizada na presente data, procederam ao exame das demonstrações financeiras referentes ao exercício
social findo em 31 de dezembro de 2010. Com base nos exames efetuados, nos esclarecimentos prestados
pela Administração e parecer emitido pelos auditores independentes da Deloitte Touche Tohmatsu
concluíram que as referidas demonstrações financeiras, em todos os seus aspectos relevantes, estão
adequadamente apresentadas e recomendam sua aprovação pelos Senhores, quando da Assembleia Geral
Ordinária.”

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Lavratura da Ata: Não havendo outros assuntos a discutir e dada a palavra a quem quisesse se
manifestar, foi interrompida a reunião para a elaboração da presente ata, circulada aos conselheiros para
leitura, aprovação e assinatura.

Mesa:

MÁRCIO HAMILTON FERREIRA VITOR CRIVORNCICA JR.


Presidente da Mesa Secretário da Mesa

Membros do Conselho Fiscal

HAROLDO REGINALDO LEVY NETO KLEBER DO ESPÍRITO SANTO

MARCIO HAMILTON FERREIRA

Representantes da Companhia

CLOVIS POGGETTI JR. FABIO PACINI HERNANDES


Vice Presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores Gerente de Serviços Contábeis e Tributários

RICARDO BREAKWELL
Gerente de Contabilidade e Tributos

Última página da ata da reunião ordinária do Conselho Fiscal da Cielo S.A., realizada no dia 07 de Fevereiro de 2011 às 16:00 horas.

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CIELO S.A.
CNPJ/MF nº 01.027.058/0001-91 - NIRE 35.300.144.112

ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE AUDITORIA

Data, hora e local: Aos 07 dias do mês de fevereiro de 2011, às 09h00, no escritório regional de São
Paulo, na Av. Brigadeiro Faria Lima, 2055, 20º, na cidade e Estado de São Paulo.

Presença: Presentes os Srs. Armstrong Luiz de Moura, Gilberto Mifano, Jair Delgado Scalco.

Convidados: Os Senhores Clovis Poggetti Junior, Vice-Presidente Executivo de Finanças e Relações


com Investidores, Luiz Umberto Modenese, Diretor de Auditoria Interna, Ricardo Grosvenor Breakwell,
Gerente de Contabilidade e Tributos, Ismar de Moura, Sócio Diretor e a Sra. Patricia Cardoso Barca,
Gerente de Auditoria, integrantes da “Deloitte Touche Tohmatsu Auditores” participaram durante toda a
reunião.

Ordem do Dia:

Relatório da Auditoria Independente – Demonstrações Financeiras – exercício findo em 31/12/2010


Foi apresentado pelo Sr Ismar de Moura o relatório da Auditoria Independente, contendo os principais
pontos do relatório das Demonstrações Financeiras referente ao exercício social findo em 31 de
dezembro de 2010. Foram explanados pelo Sr. Ismar o escopo dos trabalhos da auditoria, as principais
alterações nas práticas contábeis, o acompanhamento dos assuntos recorrentes, o sumário dos ajustes e
reclassificações não efetuadas, destacando que nenhum ajuste individual ou consolidado possui
materialidade. Prestados os esclarecimentos necessários, os membros do Comitê de Auditoria emitiram
recomendação favorável ao relatório da auditoria independente referente ao exercício social de 2010.

Leitura e aprovação desta Ata: Não havendo outros assuntos a discutir e dada a palavra a quem
quisesse se manifestar, foi interrompida a reunião para a elaboração da presente ata, circulada aos
integrantes do Comitê para leitura, aprovação e assinatura.

Membros do Comitê de Auditoria

ARMSTRONG LUIZ DE MOURA GILBERTO MIFANO

JAIR DELGADO SCALCO

Secretário da Reunião

VITOR CRIVORNCICA JR.


Página integrante da ata da reunião do Comitê de Auditoria da Cielo S.A , realizada no dia 07 de fevereiro de 2011 às 09h00.

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