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Warthog Special Operations

Nha Trang Base Camp


Curso Básico de Airsoft Scout Sniper nível 2
Plano de Ensino do SSR-DI-002 20/1

Nota de Instrução UD18


Módulo 05 – Orientação e Navegação Terrestre
UD18 Escalas
Carga Horária 01 hora-aula Escopo Teórico

Objetivos
Esta Unidade Didática específica visa os seguintes objetivos:

• Apresentar os conceitos básicos sobre escalas e sua utilização;

Pré-requisitos
Será dada orientação posterior.

Desenvolvimento da Sessão de Instrução

5.4 Escalas e sistemas de medida


5-1. Quando falamos em “escala” o nome mais próximo que nos sugere a palavra é “escada”. Literalmente é
isso, uma escala nada mais é do que uma escada onde subimos ou descemos com relação a um ponto.
5-2. Em uma associação simples, imagine uma escala com 10 degraus e você está no quinto degrau, você
poderá subir ou descer.
5-3. O que nos importa na verdade não é a representação em si, ou o tipo de desenho que usamos para
representar uma escala, o que importa é o seu significado em termos de comparação.
5-4. O primeiro aspecto que precisamos considerar é que cada degrau tenha a mesma “altura” em relação
aos demais, para que nossa “escala” funcione ao nosso favor.

Fig. 5-29. Representação grosseira de uma “escala”


5-5. Então vamos supor que cada degrau tem 20 centímetros (cm) de altura. Vamos considerar 1 degrau:
quanto temos de altura? Resposta: 20 cm.
5-6. Continuando a linha de raciocínio, quando “subimos” mais um degrau, ou seja, consideramos 2 degraus,
quanto temos de altura? Resposta 40 cm.
5-7. Então podemos dizer que 1 degrau corresponde a 20 cm e 2 degraus corresponde a 40 cm, certo?
5-8. Assim, vamos relembrar um pouco a temível matemática que aprendemos no colégio, que tanto nos
assustava, a tal “regra de 3”.
5-9. É simples: 1 degrau está para 20 cm, assim como 2 degraus estão para 40 cm.
5-10. Como eu represento isso:

5-11. Note que quando representamos “graficamente” essa correlação entre os dados, ou seja, cada degrau
com sua respectiva altura, a expressão “está para” corresponde a uma barra de divisão e a expressão “assim
como” equivale ao sinal de igual.
5-12. Até aqui tudo bem?
5-13. Então vamos complicar um pouco mais: se continuarmos essa mesma correlação com vários degraus,
como ficaria nossa representação? Ficaria dessa forma:
• 1 está para 20, assim como 2 está para 40, assim como 3 está para 60, e assim por diante, até
10 degraus.

5-14. A palavra “PROPORÇÃO” é a chave do negócio!


5-15. Já que compreendemos o princípio fundamental, vamos entender como a escala gráfica funciona.
5-16. Nós aprendemos também que a “unidade” de medida é o “metro”, mas existem os seus múltiplos e
submúltiplos:

5-17. Normalmente nós utilizaremos (e muito) a régua milimetrada, fazendo as medições em centímetros e
milímetros, porque é a “escala” mais fácil de se encontrar e também mais fácil de trabalhar com ela.
5-18. Vale lembrar que o “metro” é uma grandeza, ou seja, é uma unidade.
5-19. Dessa forma a primeira questão a ser considerada em uma escala é quantas vezes cada unidade gráfica
será representada por unidades reais no terreno.
5-20. Notem: se, por exemplo, eu estou usando a escala de 1:100 (leia-se 1 por 100), significa que cada
unidade medida no mapa (desenho representando o terreno) representará 100 unidades reais no terreno.
5-21. Se eu medir 1 cm no mapa, essa medida corresponde a 100 cm no terreno.
5-22. Se eu medir 1 metro no mapa, essa medida representa 100 metros no terreno.
5-23. E seguindo nossa linha da “escada” proporcional, se eu aumentar de um lado, tenho que multiplicar
igual do outro lado, veja:
5-24. Se eu medir 2 cm no mapa, ela corresponde a 200 cm no terreno. Se eu medir 30 cm no mapa, ela
corresponde a 3.000 cm no terreno. Lembram da escada proporcional? Ela tem que ser “pareia”...
5-25. Nos mapas, normalmente usamos escalas de 1:50.000, 1:25.000, 1:10.000, significa por exemplo, vamos
pegar a escala de 1:50.000, significa que uma medida no mapa corresponde a 50.000 medidas no terreno.
Então, se eu medir 1 cm no mapa, ele representará 50.000 cm no terreno.
5-26. Mas, vamos voltar à nossa escala, pra entendermos de vez como ela funciona.
5-27. Se nós trabalhamos com GRANDEZAS, ou seja, UNIDADES, uma unidade está para a escala, ASSIM
COMO a medida no mapa está para a medida no terreno.
5-28. LEMBRE-SE: o “macete” é para facilitar as coisas, mas o ideal é trabalhar com a escala na mesma
grandeza.
5-29. Como ficaria a representação dessa proporção de escalas? Ficaria dessa forma:

5-30. Para nós:


• “1” representa uma unidade, ou uma grandeza;
• “E” representa a “escala”;
• “d” representa a medida no mapa;
• “D” representa a medida real no terreno.
5-31. Então vamos fazer um teste.
5-32. Vamos dizer que eu estou trabalhando na escala de 1:25.000.
5-33. Com a régua milimetrada eu medi no mapa uma distância entre dois pontos “A” e “B”, e deu 10 cm de
comprimento. Fazendo por regra de 3:
1 está para 25.000, assim como 10 cm está para D cm (eu não sei o valor) Graficamente:

5-34. Fazendo as contas...


5-35. O “D” passa para o lado esquerdo, está dividindo, passa multiplicando. O 25.000 está do lado esquerdo,
está dividindo, passa para o lado direito multiplicando:
1 x D = 10 x 25.000

Resultado: D = 250.000

DUZENTOS E CINQUENTA MIL O QUÊ??? BANANAS???

NÃO!!!... São “CENTÍMETROS”

5-36. Então, 10 centímetros no mapa equivalem a 250.000 centímetros no terreno.


5-37. LEMBRAM DO MACETE??? É só cortar os 2 últimos zeros (ou seja dividir por 100) pra ter o resultado em
metros --> que dá 2.500, ou seja, 10 cm no mapa equivale a 2.500 metros no terreno.
5-38. Vamos complicar um pouco mais:
5-39. Vamos supor que eu tenho um mapa na escala de 1:7.500 (um por sete mil e quinhentos).
5-40. Medi no mapa a distância entre dois pontos “A” e “B”, deu 86 milímetros. Lembram-se da “escada
proporcional”?
5-41. Se a grandeza é milímetro, ou seja, é milímetro dos dois lados.
• Pra equalizar eu multiplico 7.500 por 86, que dá: 645.000 milímetros;
• Converter milímetros para metro, nós cortamos “3” zeros (divide por 1.000);
• Resultado final, 86 milímetros no mapa representam 645 metros no terreno.
5-42. E se eu quisesse usar o “macete” antes de fazer a conta?
5-43. Vamos lá, se eu trabalho com centímetros, corto 2 zeros (divido por 100); Se eu trabalho com
milímetros, corto 3 zeros (divido por 1.000);
5-44. Estou trabalhando com “milímetros”, então corto 3 zeros da escala.
• 7.500 dividindo por 1.000 (cortar 3 zeros é dividir por 1.000), fica 7,5.
• Então: 7,5 x 86 mm = 645 metros.
5-45. LEMBRE-SE QUE QUANDO CORTO ANTES DE FAZER A CONTA O RESULTADO SEMPRE SERÁ JÁ EM
METROS, OK???
5-46. Parece complicado, mas quando fizermos na prática, vocês verão que é muito fácil, mas devem ser
tomados os cuidados necessários e ver bem o que está se fazendo para não confundir as escalas na hora de
converter de centímetro ou milímetro para metro.
5-47. Outra questão importantíssima é quando trabalhamos com lunetas de tiro, todas vem com regulagem
padrão americano para frações de polegadas de ajuste para jardas de distância, então precisa se atentar para as
grades de conversão
• 1 polegada = 2,54 cm (ou 25,4 mm)
• 1 pé = 12 polegadas
• 1 pé = 30,48 cm
• 1 jarda = 3 pés
• 1 jarda = 91 cm
• 100 jardas = 91 metros

Referencial *
Os materiais constantes no Referencial do curso.

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