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ACLS: em 3... 2... 1...

” (apertar ambos os botões das


pás)
- Após: Não parar para checar pulso - retomar
 Suporte avançado de vida cardiovascular (ACLS):ocorre após RCP imediatamente. Não aplicar novo choque
chegada da ajuda (SAMU), ou em chegada no hospital. Ideal logo em seguida em caso de não reversão!
para atendimento de parada seria equipe de alta Bifásico tem carga máxima de 200, e
performance de 6 pessoas (compressão, contagem do tempo, monofásico de 360; falar qual a carga
vias aéreas). queremos (sempre a carga máxima, de 200 ou
360). Faz 1 ciclo e avaliar ritmo a cada 2
 Casos clínicos: minutos (avaliar se é chocável ou não).
 Caso 1: parada respiratória; inconsciente, não - OBS – é melhor já ir monitorando o paciente,
responsivo, pulso presente, movimentos respiratórios e ao mesmo tempo que um faz a parte do
ausentes ou Gasping. choque, outro já consegue acesso; ter acesso
 Passos: endovenoso periférico, e se não conseguir a 2ª
1. SBV (chamar suporte avançado de via), chamar opção é intraósseo, mas se não conseguir a 3ª
equipe, carro de parada, avaliação opção é acesso central. Assim que conseguir o
acesso, já iniciar droga.
- quanto mais rápido chocar, maiores as
chances de sobrevivência. Tempo até 1º
choque x sobrevida:

3. Ventilação: Se ventilação for adequada com


bolsa-válvula-máscara, pode-se adiar a inserção de
uma via aérea avançada!
- Via aérea avançada: Máscara Laríngea, TOT,...
- Ideal é dominar a inserção de ao menos uma delas
- Lembrar! VA Avançada = Ventilações a cada 5 – 6s
sincrônicas
- Via aérea definitiva: TOT/TNT + Balonete + Fixação 8. Retomar compressões/ventilações (1o Ciclo)
+ Confirmação 9. Obter acesso EV/IO e Cogitar VA Avançada
- FiO2: Parada Respiratória: Titular para SpO2 > /Capnografia
94% (Objetivo de tentar manter a saturação do 10. Após 2 minutos de RCP – avaliar ritmo.
paciente >94); PCR: FiO2 a 100% !! - ritmo regular não ventricular – avaliar pulso;
4. se apresenta pulso – cuidados pós-parada
 Observações: Manobra de Sellick / Pressão - Ritmo de Assistolia ou AESP - Vide próximo
Cricóidea não é mais recomendada; Pode protocolo
atrapalhar intubação/ventilação. - Ritmo de TVSP ou FV - Aplicar novo choque
- Evitar longas interrupções na tentativa de 11. Retomar RCP (2o Ciclo)
intubação o mais importante é minimizar 12. Administrar 1mg EV de Adrenalina.
interrupções (se não tiver segurança para entubar, - Após: administrar bolus de 20ml de solução
não entuba e continua ambuzando mantendo fisiológica e elevar membro
ventilação) - Frequência: a cada 3 – 5 minutos
 Caso 2: PCR em FV/TVSP, inconsciente, não responsivo, - Dica: Administrar um ciclo sim e outro não
pulso ausente, movimentos respiratórios ausentes ou (~4min)
Gasping. - assim que conseguir acesso, já aplica
 Passos: adrenalina
1. Verificar a segurança da cena 13. Após 2 min de RCP - Avaliar Ritmo
2. Avaliar consciência - Ritmo regular não ventricular - Avaliar Pulso.
3. Chamar equipe + carro de parada Apresenta Pulso - Cuidados Pós-Parada
4. Checar pulso e movimentos respiratórios - Ritmo de Assistolia ou AESP - Vide próximo
5. Iniciar ressuscitação cardiopulmonar protocolo
6. DEA/carrinho de parada - Ritmo de TVSP ou FV - Aplicar novo choque
- Avaliação de Ritmo: todos se afastam do 14. Retomar RCP (3o Ciclo)
paciente (pode gerar interferência). 15. Administrar 300mg EV de Amiodarona
. Onda alargada, mais ou menos iguais de - Administrar em caso de refratariedade após
amplitude, e mais ou menos ritmada – dois choques
taquicardia ventricular sem pulso (existem - Administrar segunda dose de 150 mg de 3 – 5
situações que podem ter pulso, ai não minutos depois (se continuar em ritmo
desfibrila mas faz cardioversão [choque chocável segunda dose de 150 mg. – máximo
sincronizado]), que tem indicação de choque. possível que pode aplicar)
. Ritmo totalmente anárquico, com largura - Dica: Administrar segunda dose intercalada
diferentes – fibrilação ventricular. com a adrenalina
- se tem arritmia persistente já tem indicação
7. Ritmo chocável: Choque não sincronizado com da droga Amiodarona
carga de desfibrilação (120 – 200J). Falas: 16. Após 2 min de RCP - Avaliar Ritmo
“Afastem-se do paciente”; “Preparando carga” 17. Retomar RCP (4o Ciclo)
(apertar apenas um botão das pás); “Choque 18. Administrar 1mg EV de Adrenalina
19. Após 2 min de RCP - Avaliar Ritmo
20. Retomar RCP (5o Ciclo)
21. Administrar 150mg EV de Amiodarona
22. .........
 Observações:
- Não há um tempo certo para ficar fazendo a
parada; tentar reverter a parada descobrindo a
causa, a chance de o paciente voltar.
- Em algum momento paciente sairá da fase elétrica
do choque e degenerará para AESP/Assistolia, se
não for revertido o ritmo. - Assistolia: Cuidado para não cometer CAGADA -
- Não se utiliza mais vasopressina. Sempre que ver ritmo de assistolia, verificar: Cabos,
- Pacientes com Tordases de Pointes (aumenta e Ganho, DA(derivações); geralmente fica em N, mas
diminui): administrar 1-2g de sulfato de Magnésio pode ficar em N/2 (se fica muito pequeno,
diluído em 10 ml em 5-20 min. Pode estar podemos não enxergar), ou 2N (fica maior e
relacionada a deficiência de magnésio (pode ser a conseguimos enxergar que é fibrilação ventricular,
causa da parada). e não assistolia). Derivações são as visões
diferentes no monitor; mudamos a derivação para
verificar se o monitor está funcionando
corretamente. Checa os cabos, aumenta o ganho e
muda a derivação.
8. Ritmo Não Chocável
9. Retomar compressões/ventilações (1o Ciclo)
 OBS - Entubado faz 1 ventilação a cada 6 segundos; 10. Obter acesso EV/IO e Cogitar VA Avançada
se não entubado – 30x2. /Capnografia
 Ideal é monitorizar o atendimento da parada por 11. Após 2 min de RCP - Avaliar Ritmo - Não Chocável
capnografia (mas na prática o capnógrafo não está 12. Retomar RCP (2o Ciclo)
sempre disponível). Ele avalia a concentração de 13. Administrar 1mg EV de Adrenalina. Após:
CO2, e se o paciente tiver CO2 exalado alto, administrar bolus de 20ml de solução fisiológica e
significa que conseguiu realizar troca gasosa. elevar membro
Capnografia e PAI (pressão de relaxamento art): - Frequência: a cada 3 – 5 minutos
- Dica: Administrar um ciclo sim e outro não
(~4min)
14. Após 2 min de RCP - Avaliar Ritmo
15. Retomar RCP (3o Ciclo)
16. Após 2 min de RCP - Avaliar Ritmo
17. Retomar RCP (4o Ciclo)
18. Administrar 1mg EV de Adrenalina
19. Após 2 min de RCP - Avaliar Ritmo
20. ...
 Avaliar causas reversíveis – 5H’s e 5T’s:
- Hipovolemia (restabelecer volume)
- Hipóxia (monitorar ventilação, entubar)
- Hipotermia
- H+ (acidose)
- Hipo/hipercalemia
- Hipoglicemia (novo H)
- Trombose coronária (infarto)
- Trombose pulmonar
- Tensão no pneumotórax
- Tamponamento cardíaco (tem membrana
 Caso 3: PCR em AESP/Assistolia: Inconsciente, não revestindo o coração, chamada pericárdio; ocorre
responde, pulso ausente, movimentos respiratórios quando junta líquido no espaço pericárdico, e se
ausentes ou Gasping. isso ocorrer, esse líquido aumenta a pressão e não
1. Verificar a segurança da cena deixa o coração bater normalmente, ocorrendo
2. Avaliar Consciência restrição; punciona-se o pericárdio com agulha, e
3. Chamar Equipe + Carro de Parada retira o líquido)
4. Checar Pulso e Movimentos Respiratórios - Toxinas (identificar tipo de intoxicação, e fazer
5. Iniciar Ressuscitação Cardiopulmonar antídoto se houver)
6. DEA / Carrinho de Parada  Caso 4 – cuidados pós-parada: se não acordado e não
7. Avaliação do ritmo: respirando, fazer via aérea definitiva (entuba e coloca
ventilador mecânico); se está respirando, manter O2
suficiente para saturação manter >94%.
 Monitorizar o Paciente
 Inconsciente: via aérea definitiva e capnografia
 Fornecer oxigênio e titular para SpO2 > 94%
 Manter PAS > 90mmHg (buscar por causas de
choque)
 Avaliar ECG - Suspeita de IAM - Reperfusão/CATE
 Iniciar protocolo de hipotermia terapêutica se
comatoso; se mantiver paciente em temperatura
um pouco mais baixa que a normal, a chance de
dano neurológico diminui (se voltou pulso e
respiração mas ainda está inconsciente). Pode ser
feito com equipamentos próximos, infundir soro
gelado, deixar no ar condicionado; manter de 34 a
36ºC. Como isso nem sempre é possível, pelo
menos deve evitar hipertermina (deixa anti-
térmico).
 Encaminhar para UTI

 Desfibrilador: há botão de sincronização, seletor de carga


(escolher carga), e modo marca-passo transcutâneo (PACE;
quando tem bradiarritmia importante). Devemos nos
familiarizar com o tipo que tem disponível.

 Via aérea avançada: antes de entubar, reunir todos os


equipamentos (estetoscópio, ambu, tubo, guia,
laringoscópio, seringa para insuflar o CUF, fixador); paciente
adulto geralmente usa lamina 3 ou 4 curva. Quando
consegue ver a úvula toda e tem espaço é mais fácil de
entubar; níveis 1 a 4 para ver dificuldade de entubar, mas
anestesistas usam mais (Malopat). Segura-se laringoscópio
com mão esquerda, e introduz do lado direito da boca do
paciente, e empurra língua para lado esquerdo. Se
hiperextende o pescoço alinha os eixos (oral, faríngeo e
traqueal) e facilita o processo. Enxergar 2 buracos (de cima
traquéia, e de baixo o esôfago). Se for lamina curva introduzir
até valécula (entre base da língua e epiglote, e empurra para
cima (não quebrar dentes do paciente), e insere no esôfago.
Segura o tubo, segura o Cuf, conecta o ambu no tubo e
ventila e ausculta primeiro epigástrio (escutar se está no
estomago), depois base esquerda e depois base direita, para
ver se estão simétricas (não ficar entubação seletiva; se tiver
traciona um pouco), e depois ápices. Boa ventilação:
checagem clínica e onda de capnografia quantitativa. Realiza-
se fixação.
 Avaliar o paciente com monitor (monitorização). Se
monitorizar com cabo, colocar nos 3 pontos.

 ACLS – equipe de 6 pessoas:


1. Massagem cardíaca
2. Monitorização
3. Via aérea
4. Líder da equipe
5. Medicamentos
6. Intervalos e tempos

 Acesso: venoso (periférico), venoso (central), intra-ósseos, e  Observações ACLS:


endotraqueal (tubo orotraqueal).
 Oxigenação: 100%, e no máximo.
 Medicamentos:
 Adrenalina: faz 1g sozinha, depois 20 ml de soro e
ergue o braço do paciente; avalia e repete após 4
minutos.
 Amiodarona: vem 3 mL na ampola (50g/mL); 1ª vez
são 2 ampolas em bolus e depois 20 mL de soro, e
ergue o braço do paciente. Depois 2ª dose (após 4
min) de 150 g (1 ampola) e para a amiodarona
(máximo).
 Pensar na causa – H’s e T’s:
 Pedir gasometria, dosagem de potássio
(hemograma), vê se está sangrando ou desidratado
 Trombose pulmonar aguda: típico ter S1Q3T3,
 Cuidados pós-parada: ausculta limpa mas tem parada com falta de ar
 Ventilação: manter sat O2~94%; não hiperventilar; CO2 (hipóxia), obstrução na artéria pulmonar (não
exp 35-40 mm/Hg ou PaCO2 40-45 mm/Hg. chega sangue) – turgência jugular; pede Dímeros D
 Perfusão: PAS maior ou igual a 90 mmHg ou PAM maior (sangue).
ou igual a 65 mmHg; Bolus IV/IO, drogas; tratar causa  Tamponamento cardíaco: pode ou não ter pulso;
 IAM definido ou suspeita: angiografia/ICP bulhas hipofonéticas (“coração está em uma bolsa
 Cuidados gerais de UTI: eletrólitos, glicemia, infecção, de água), turgência jugular, congestão pulmonar.
etc
 Toxinas: perguntar história clínica; monóxido de
 SNC: EEG – estado de mal; prognóstico neurológico após
carbono geralmente dá parada; vê pupila, suor,
72 h.
congestão pulmonar (organofosforados).
 Hipotermia terapêutica: 32-36ºC; evitar hipertermia;
durante pelo menos 2h; iniciar precoce (<2h);  Pneumotórax: raio X (ausência de trama pulmonar);
reaquecimento lento (0,25ºC/h). hipertimpânico, ausculta abolida; parada pois
______________________________________________________ pressão grande comprime o coração – desvio do
mediastino, desvio do pulmão e traquéia, turgência
Aula prática - Reconhecimento dos principais ritmos e ACLS: jugular. Deve drenar o tórax do lado que precisa.
 OBS – principais causas em parada são
 Ritmos de parada:
hipoglicemia, infarto, trombose pulmonar, hipóxia
 Ritmo sinusal: normal.
e acidose.
 Taquicardia ventricular também deve checar pulso; se
tiver pulso – cardioversão; se não tiver pulso – choque.
Arrumar desfibrilador.

Ritmo sinusal normal ______________________________________________________


 Fibrilação ventricular: não tem padrão; tudo irregular;
chocável.
 Taquicardia ventricular: ondas iguais com complexos
alongados; Torsade de Points é um tipo; chcocável.
 Assistolia: reto, sem onda; não chocável.
 Atividade elétrica sem pulo: eletro normal (com ondas,
ritmo regular, tem QRS e pausa), mas não tem pulso;
não necessariamente tem todas as ondas; não chocável.

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