REVISTA
00
R I O G R A N D E DO N O R T E
FUNDADO EM 2 9 DE MARÇO DE 19 02
Volume V- -Numero 1
JANEIRO—LI>07
Historia. ..mngistra
uitm, lux uerita-
tis.
UJCKRO.
NATAL
TypograpUia <l' O SÉCULO
1907
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vares de Lyra 6
de Carvalho 161
<ȃXI/HMV.MWMnMH*tM
f Wnnt DOOOOOOOOOOOOOOOO
! DIRECTORIA DO INSTITUTO
«
!
A N N O S O C I A L DE 1906 A 1907
•—
PRESIDENTE :
f
I)r. Olympio M. dos Santos Vital; »
àS
VIOE-PRESIDENTES :
1'. Desembargador Vicente S. Pereira de Lemos, /[»
2-. Desembargador Jofio HaptUta de S. Cavalcante:
SECRETÁRIOS :
IWM-JKANDK DONOllTK
11817-^1824']
II
MJ Due. n' 1.
12) L. F. de Tolled are- Nota» Doinlnlcaea-~ traduzidas
doreauudoripU»(rancex |*>r Alfred«' de Carvalho—I5«clfe—1W6
—Pag. 151.
estima e o apoio dos <pie, [«'la sua influencia, esta-
vam no caso de tornar mais faeil a sua acção admi-
nistrativa. Essa attitude—que não logrou evitar na
capitania a rejurcnssão d o movimento revolucioná-
rio do Pernambuco, victorioso no Recife a <» de
Março de l s 17—foi mais tarde acoimada de vacil-
lante e dúbia, sendo fóra de duvida (pie, inini mo-
mento dado, ella tornou-se rejilmente ine\j>licavel
(18). A sua ida no engenho Belem é qualquer que
seja o modo de justificai—a—-um acto, ai não crina
D O S O , imprudente e leviano ante a iinminencia de
uma sublevação. Ella importou no abandono da
< apitai, em (»wasião ent que mais necessaria se fa-
zia a presença do representante tio poder jMtbliço,
alim de organisai* a resistência e dar homogeneida-
de aos elementos de defesa de sua auctoridade, vi-
giando pda manutenção da ordem e da segurança.
<pie, ainda mesmo que não estivessem ameaçadas
internamente, corriam serio perigo nas fronteiras.
E' verdade (pie José Ignacio Borges condemnara
explicitamente a revolução, declarando a capitania
desligada de Pernambuco e eivando uma alfandega
Da Villa de Extremo* :
Pa Villa do Príncipe:
Da Villa da Prince/a:
Da Frjfuezía de Goyaninlia:
Da Cidade do Natal:
Da Villa de S. José:
Do Apody:
De Villa F l o r :
Foram votados :
Para P>'ta'u1entt :
( ( !'antiuna)
A. T. de Lyra.
S HUI'EM-SE OS
DOCUfQENTOS
Documentos
Doe. n. 1
De V Exe,
Doe. n. 2
Doe. n. 3
I>oc. n. 5
Doe. n. 6
I>oc. n. 7
Doe. n. 8
Doe. n. 9
Auto de Vereação extraordiuaria coucocada pelo
iKustnrimo senhor dovenutdor dos/'
f/nacio ]lorg> <
«
Jost- Amvlio de Moura' e- Mello-
Manoel Regado de Siqueira
Francisco Maxado d o Rego Barro*--
Diouysio «la ('»xsttt Soure«
Manoel Soares UaptMuvdiiCluuam
João Teixeira da Silva
José Kelmuça de ( fliveiíw
Luiz.Antoni»> Kenvira
Jon»juiii* Joaé (Jörnen-
José Fernandes Carrilho»
Joaquim Torquato Soares »Ia ('anwuui
Antonio Jowé de Vasconcello*
.loaquiur José da Costa
Manoel Ignacio Pereini d<> Lago
Joaquim Leitão de Alnu-ida
José Bai l*>sa Rego
Antonio Jowé de Souza ('ahla*
Joaquim Lino Barigel
Louretryo de Faria Corrêa
Selnstifio Dantas Corrêa
Antonio JoȎ Leite de Rinho
José U n o Rangel
Jaciutlio Ignacio Torres
Lourenço Jtrsé da Silva
Manoel I* dyenrpo Carvalho Botelho
Antonio Marques do Valle Junior
Francisco lY-reira de Britto
José Domingues Bezerra de Sá
•Matlieus IJ. JJyluçíV
Francisco de Assis Vaz
Domingos Jos£ Freire
Vito Antonio de Moraes Castra
Manoel d»; Moura Roliin
Matliias Barbosa de Sá
•João Patrício da Silva Jnbn
Luiz Teixeira de Sá
Francisco de Araujo Corrêa *
Alexandre de Mello de Andrade
José Francisco Vieira de Barros
Cosme do Rego Ramos
Antonio Cláudio
Diogo Felix de Vasconcello*
Jorge da Silva Leite
Luiz José de Medeiros
José «lo Rego Bezerra
Leonardo Bezerra Cavalcanti
Bonifacio de Mello e Andrade
Gabriel Arcanjo Lira
José Alexandre Gomes de Mello
Francisco de Souza Xavier
José Alvares «le Carvalho
Manoel B.»*errade Souza
João Cavalcanti Bezerra
Manoel Antonio de Macedo
Carlos Joaquim de Vasconcello*
Francisco Antonio Lumaohe de Meli
Padre Manoel Pinto de-Castro
Fmnciseo Antonio- de Souza Praçit
Alexandre de M«dlo Pinto
João Bernardino Nunes
Ignacio Xunes Corrêa Thoinaz-
Francisco Xavier (Jarda
Jos«' Innocencio Pogge
Ricardo il«; Moura
Antonio José Luiz da Fonseca
João Alvaivs de Quintal
Agostinho Leitão «!«• Almeúla
José (íal/riel Rodrigues Pinheiro
José Joaquim (ieiuiniano de Mora«** Navam*
Braz Ferreira Maciel Pinheiro
João Rapt ist a Soares
J . * é Thomaz de Freitas;
Joaquim José Teixeira
Caetano José L ' i t e
Ricardo Wiltshire Junior
Antonio de Paiva Roxa
Antonio Marques de Oliveint
J o a u u i m (Jonçallt»
Antonio Felix de Mendonça
Antonio Manoel I^qx-s Guimarães
João José Mor".
José Ferreira Dias
KJ logo no mesmo dia, niez e anuo retro de-
clarado nesta dita Cidade «lo Natal nos Paços do
Conselho delia forSo feitas as declarações «pie dos
mesmos termos st; vê e para constar ti/- este termo
de juramento. Eu Manoel José de Moraes, escrivão
vitalício da Camara <> escrevi.
(Livro de Vereações de 1JS1."» a 182íí, pag. Si)
e seguintes).
Doe. n. 10
Doe. n. 77
J>oc. n. 12
• I n/o ile Vereação e juramento <1u* /íaiex ila Cons-
tituirão
'Luva mento
Doc. n. 13
Doe. n. 14
Poc. n. 15
Doe- n. 16
Doe. n. 77
J>oc. n. 18
Doe. n. 19
Doe. n. 20
Doe. n. 21
.lo Corvojcloi' <ht (.'o/n<ircii
Coe. n. 22
Doe. n. 23
( 'ireular áa ( \imara8
Doe. n. .'5
Doe. n. 26
*lo Corregedor da Comarca
Doe. n. 27
Doe. n. 28
* lo mesmo Wdor
si
/toe. n. 29
Ao I "for tia Junta de d turfa
Doe. n. 30
Doe. n. 32
Officio ao inspector dos Arma-ens da Fazenda
1>0C. n. 33
1lajixtro dr hnm officio circular <h Ciinviran (lenta
Província.
Doe. n. "'4
Doe. n. 35
I>oc. n. 36
Doe. n. 37
Doe. n. 38
Doe. n. 39
Io<//*tro de lima offido
Doe. n. .:9 A
Doe. n. 40
Portaria ao Valor
Doe. n. 42
Officio a Antonio (íermano Cavalcante
Doe. n. 43
e
Ofício o Antonio (ftmutuo Cavalcante
J>oc. n. 4 í
l>oc. n. 46
Doe. n. 47
Dor. n. 48
Doe. n. 49
Doe. n. 50
Termo de Vereação de 12 dt Fevereiro de IS22
Doe. n. 51
Doe. n. 52
(>ßcio da Camara da Cidade do Xatal a'x Cama-
i-ax da Producta.
Doe. n. 54
Te, 'mo ilt I ereação <I< 2 de Março de 1822
Doe. n. 55
Termo 1/1 Vt reação i/e 0 >/< Março i/e
Doe. n. 56
Dor. n. 57
Portaria ao Sargento mor <Ia Fortaleza
Doe. n. 58
Officio ao Ouvidor pela lei Joaquim Jo.«,' tlona*
Doe. n. 59
cio no Ouvitlor pela lei Joaquim Joxv Gome*
Doe. n. 60
L/Jficto'fo Stmaio d i ('amara ao (lo/t rua Tempo-
rário
Doe. n. 61
Doe. n. 62
Portaria ao Juiz Ordinário Joaquim Jox> (fome*
Doe. n. 63
1>0Q. n. 64
Copia do $ sétimo
Jb § /-1
#
Decreto das Cortea Geraes, Extraordinarias da Na-
ção Portuguesa, em nome de Elivi Constitucional
o Senhor Dom João <>•, hajSo de fazer parar a in-
fracção das Leis Constitucionaes e por força delias
restituir-meã posse e gozo dos meus direitos pesso-
aes o exercício do meu Magistério e reentregados
os papeis queforão tirados do meu (íabinete, (pie fi-
carSo na guarda dos Alferes do Batalhão de Li-
nha João Gualberto e Aurelio Antonio, dos quaes
hum entrou pela frente da casa da minha residência
e outro pelos fundos delia, onde se achou junto á
portada entiada do anterior, na occasião da execu -
ção da Ordem dos ex-(Governadores, mantida assim
por vossas Ex as a Constituição, su is bazes e leis
existentes e direitos pessoaes dos cidadãos e ín livi-
duaes meus, como Magistrado Constitucional, o <pie
assim espero de Vossas Excollencias. Deus Guar-
de a Vossas Excel lencias. Fortaleza dos Santos
lieis da Barra desta Cidade do Natal, lo de Feve-
reiro de 1822. Illm 0 * e Exm°,s Senhores Governa-
dores Temporários desta Província. O ouvidor e
corregedor da Comarca Mariano José de Britto
Lima.
(Pag. 54 v, a 57 v. do Livro da Co»TesjM>nden-
cia do Governo, 1821 a 1824.)
Doe. n. 65
Pieter Persijn
em busca das
Minas de Itabayana
ALKKKDO DK CAKVAMIO.
Traços BiograpMcos w
transição d o século X V I I I para o século
*
* *
*
* #
que lhe »ão attri buirias. por vago. inexacto e confuso, não pôde
deixar de produzir choques e díssenções, sempre nocivas ao
bem geral e assustadoras da segurança individual, Km e alvo
tlo> »acrilicio* sociaes, decreta e tem decretado :
1' Os poderes de execução e legislatura estão concentra-
dos no governo provisorio, emquanto se não conclue a constitui-
ção do estado, determinada pela assembléa constituinte, que
será convocada assim que se encorporarem as comarcas, que
formavam a antiga capitania e ainda não tem abraçado os prin-
cípios da independencia.
Para o exercício da legislatura haverá um concelho
permanente, composto de seis membros escolhidos pelo governo
d'entre os patriotas de mais probidade e luzes em matéria de
administração publica, e que não sejam parentes entre si, até
segundo gráo canonico.
( ) governo e concelho assim reunidos formarão a legis-
latura propriamente dita, e a decisão da pluralidade dará exis-
tência aos actos de legislat ura, 011 decretos, que serão assigna-
dos pelo governo só, sendo porém passados em concelho á plu-
ralidade ; o que se declara, pena de insanavel nullidade, e nin-
guém dever lhe dar a devida execução.
4' As sessões da legislatura continuarão todos os dias, ú
excepção dos consagrados ao culto divino. Elias começarão ás
seis horas da tarde, e durarão por todo o tempo que a discussão
e conclusão dos negocios propostos o exigir. Serão presididas
pelos cinco membros do go\erno, um CH(la semana ; o qual mal
se assentar, guardar-se-ha o mais inviolável silencio, estando
t jdos attentos ao que se propõe e opina, não interrompendo uns
aos outros, mas oppondo-se, mal Andar algum de fallar, as
objecções que se tiver contra a opinião emittida. Nas ditas ses-
sões escreverá as deliberações o secretario do interior.
.">• Os projectos de lei, depois de propostos, ficarão sobre
mi
I
a raeza pelo espaço de seis dias. para dar tempo a que os mem-
bros os meditem, e se apromptem para a discussão, para cujo
liin, em trabalhando a imprenso, serão impressos e distribuídos
por cada membro.
((' Cada membro opinará com plena liberdade r igualda-
de e pela opinião, que emittlr era concelho, ninguém será in-
crepado. e menos perseguido.
7- Serão membros do concelho, além dos seis, de que elle
se compõe, os secretários do governo, o inspector do erário, e o
bispo de Pernambuco, e na sua falta o deão.
H" Para o exercício do poder executivo cream-se duas se-
cretarias, uma para o expediente dos negocios do interior, gra-
ça, policia, justiça e culto, outra para o expediente dos negó-
cios da guerra, fazenda, marinha 4 negocios estrangeiros. Os
patriotas nomeados para estes empregos, nomearão os offlclaes
«jue carecerem, e farão subir ao governo para sua approvação.
9' O despacho dos negocios, pertencentes ás duas secre-
tarias, far-so-ha todos os dias das nove horas da inunhã em di-
ante, e durará o tempo preciso para sua ultimação.
10. Parecendo ao governo ouvir o concelho sobre medi-
das, que deva tomar na parte executiva, convocai-o-ha, e as
sessões neste caso se farão féra do alcance dos ouvidos curiosos,
para não abortarem negocios que dependem de segredo.
11. Pelos actos do governo, que minem a soberania do
povo e os direitos dos homens, e que produzam desharmonia
entre os differentes membros da republico, serão responsáveis
o* governadores, que os ossignarein, e os secretários por cuja
secretaria forem passados, e não devem por est.e motivo ter
execução stun u prévia ossignatura do secretario respectivo. Os
secretários podem ser logo accusados, os governadores, porém,
sé lindo o sen tempo de serviço.
12. Para a bôa administração, arrecadação e comptobili-
dade das rendas publicas, crea se um inspector do erário, a
meios <lc resistencia ;í reacção nionarcliica, organi
saneio exercito e apuada para ilefeza da Patria.
*
* *
cadeira f e c h a d a e s e fa<transportar a o p a t e o d o t y r a n n o R o d r i g o
nos ! 60 réos depena ultima tenho livrado da forca
sem allegar um só facto que tivesse meio peso dos
muitos dos meus embargos : juizes " I a con-
tinuar, quando pela segunda vez falou o heroe rio-
grandense, que, fitando-lhe os olhos, disse: "Que-
rido amigo, façamos o digamos unicamente aquillo
para (pie temos tempo." Ajoelhou deaute do crucifi-
xo e começou a repetir, debulhado em lagrimas, o
psalmo—mièerere inei Deus—que não cessou de
alternar com José Luiz emquanto durou a sua ago
nia.
A's 4 horas da tarde desse mesmo dia, 12 de
Junho de 1817, Miyueliuho, revestido dal va, corda
ao pescoço, algemado, pés descalços, cabeça desco-
berta, no meio de uma escolta de soldados, foi con-
duzido ao Campo da Polvora, na cidade da Iiahia,
onde foi fuzilado, sendo na mesma tarde enforca-
dos seus dois companheiros de infortúnio.
Desta maneira brilhantíssima consummou o
seu martyrio o insigne astro natalense, Padre Mi-
guel Joaquim de Almeida Castro, exclama Dias
Martins.
MANUKI. DANTAS.
Actas das Sessões do Instituto
ABRIL A JUNHO DE 1904
Olympio Vital
IAÚZ FERNANDES
Thomaz Landim
Oli/oipio Vital
Luiz Fernandes
Thornaz Landim
Olyihpio Vital
Luiz Fernandes
TJiomaz Landim,
\
Correia, Vicente de Lemos, M. Heraeterio, Henrique
Castricinno, Thomaz Landim,José Gervásio, P e .Ca-
lazans, João Baptista, J. Lourival, Luiz Emygdioe
Valle Miranda, abre-se a sessão, sendo approvada a
acta da anterior.
O Sr. Presidente diz que, na forma do ait. 41
dos Estatutos, é destinada esta reunião á posse da
nova Directoria do Instituto, e convida a tomarem
assento os membros eleitos que se achavam na casa.
Feita a chamada e tendo, em seguida, occupado as
respectivas cadeiras os srs. Olympio Vital, Presi-
dente, reeleito. Luiz Fernandes, 1 • Secretario, Pedro
Soares, 2. Secretario, Carvalho e Souza, orador, e
José Correia, thesoureiro, reeleito, o mesmo Sr.
Presidente declara empossada a Directoria do anuo
social de 1904 a 1905.
O Sr. Thesoureiro offerece á consideração da
Directoria o balanço demonstrativo da receita o
despeza realizadas de 25 de Outubro do anuo pas-
sado a 2 de Maio deste anuo, periodo do sua ges-
tão, o qual, depois de lido, vae á commissâode Fa-
zenda.
O Si1. Luiz Emygdio diz (pie, ao retirar-se
desta Capital seu irmão e nosso consocio Dr. Fran-
cisco Camara, incumbirã o de apresentar ao Insti-
tuto suas despedidas e assegurar aos seus confrades
a mais completa solidariedade e decidido apoio na
cidade de Macau, de cuja comarca acabava de ser
nomeado Juiz de Direito, Acceita com agrado esta
coinmunicação, passa o sr. Francisco Camara it
classe dos socios correspondentes, ilo accôrdo com
•os Estatutos,
Por indicação do sr. Lemos, é nomeado o sr.
Meira e Sá membro da com missão da Revista, du-
rante a ausência do sr. Pinto de Abreu, que se
acha em commissão do Governo do Estado no sul
da Republiea.
E, nada mais havendo a tratar, o sr. Presiden-
te levanta a sessão e lavrou-se a presente acta, as-
siguada pela mesa.
Olympio Vital
Luiz .Fernandes
]\ Soares
Olympio Vitcd
Luiz Fernandes
Thomaz Landim
Acta da 4.2a. «cs.são ordi-
nário do Instituto Historia) c
UeoQraphioo do Rio Grande
do Norte.
Presideticia do Exm. Sr.
Dr. Olympio Vital.
Olympiü Vital
Luiz Fernandes
Pedro Soares
(Ihjmpio Vital
Luiz Fernandes
Fedro Soares
Acta da ti", sessão extra'
ordi varia do Instituto Histo-
ric.o e Geographico do Rio
• Grande, do Norte.
Presidencia do Kxrn. Sr.
Dr. Olyrupia Vital.
Olj/mpio Vital
Luiz Fernandes
/'atro Sor.res.
,,jm» m ^ mm *
REVISTA
DO
FUNDADO EM 29 DE M A R Ç O DE 1902
Volume I/ Numero 2
JULHO—1907
Historia... magistra .
u/'f(c, lux uerita-
tis.
CICERO.
NATAL.
Typographia <1'0 SÉCULO
» ^ ^m
1907
s
R I O G R A N D E DO N O R T E
(7577—1824). Cl
80] D o e s . n ? s 1 1 1 , 1 1 2 , 1 1 3 , 1 1 4 e 1 1 5 .
80] D o e s . n ? s 1 1 « e 1 1 7 .
memorável na historia rle nossa Província. Cora
ura só golpe da espada da Razão e da Lei derribas-
tes o monstro de que estáveis sendo victima, e qual
não deve ser a vossa gloria por tão assignalado tri-
umpho, sem vos custar de sangue uma s6 gott i ? !..
Exultai, bemdizei a Providencia que tanto vos
soccorre e tudo vos áH illimitadamente bom. Des-
apareceu o obstáculo da vossa verdadeira felicida-
de. O Governo existente é obra de Deus e parti-
lha vossa nada quer para si, tudo liberalizará com-
vosco, recorrei sem receio á sua benovolencia, elle
vos attenderá e fará imparcial justiça, soccorrendo
vos em todas as vossas necessidades politicas. He
tempo de fazerdes a vossa felicidade. Detestai e
abandonai para sempre o odio, a vingança, a intri-
ga, a insobordinação e toda a sorte de vicios e t i -
ranias geradoras da anarchia, execranda destruido-
ra da sociedade. Reformai a vossa moral para ali-
mentar os vossos caros filhos e domésticos cora o
precioso manancial dos bons exemplos. Fugi da
pestilenta ociozidade para o trabalho e achareis
prompto socorro a todas as vossas necessidades do-
mesticas. Respeitai e defendei a propriedade do
vosso semelhante e conservareis seguro o vosso pa-
trimônio.
Uni-vos em obedienciaaos vossos magistrados-
Sêde hnma e a mesma familia Brazileira. Uni-vos,
repito, e contai com a Independencia e Império do
Brazil. O Brazil he vosso, jamais seremos preza
nem escravos de Portugal. A união lie o vosso ba-
luarte. Só ella basta para nos fazer livres. A Pa-
tria lie o nosso requissimo Patrimonio. A Consti-
tuição e o Governo liberal o nosso iuvariavel siste.
ma, o Imperador nossa defeza, a Religião CathoK -
ca e Apostolica Romana ífossa Guia, nossa Mãi,
uossa Mestra e nossa Salvação. Viva a Religião,
o Imperador, a Constituição, o Governo Liberal, a
Patria e a União Brazileira! V i v a ! Viva ! "
Que eram procedentes as allegações constan-
tes deste documento prova-o, de sobejo, o registro
de uma petição feita pelo commandante interino do
batalhão dc linha, Vicente Ferreira Nobre, acom-
panhada de attestados de varias auctoridades da
Província, petição que traz intensa luz a vários
pontos obscuros desse pariodo de lutas e desmedi-
das ambições (91). A Junta abandonava o poder
sem sympathias e sem dedicações, depois de o ter
Ocupado—mentindo ás suas promessas—pelo es-
paço «pie medeia entre 18 de Março de 1822 a 24
de Janeiro de 1824. Vinha substituil-a um cidadão
sem descortino administrativo, sem o preparo ne-
cessário para o alto cargo que ia exercer e (pie, nas
mãos dos seus conselheiros, ia ser instrumento de
vindictas dispensáveis, em vez de ser o restaura-
A. T. de Lyra.
Termo de Eleição
Doe. N°. 07
Doe. N°. 08
Doe. N". 71
Proclamação
V i v a a R e l i g i ã o ! V i v a a Constituição! V i v a
Elrey o S or . D. João (5°. ! Sala da Junta Proviso-
ria do Governo da Província do Rio Grande do
Norte, 12 (Je A b r f r d e 1822. Manoel Pinto de Cas-
tro, presidente.—João Marques de Carvalho.—•
Agostinho Leitão de Almeida.—Manoel Antonio
Moreira, secretario.
Doe. N°. 72
Doe. 73
Doe. N°. 74
Ordem do dia
D o e . N°. 7<>
Ordem do dia
Doe. n°. 78
Doe. N°. 79
Doe. N°. 80
I)oc. N ° . 8 1
Doe. N°. 82
Doe. N°. 8 3
j)
°nana que foi expedida na occasião em que se-
f
Mu
Doe. 84
Doe. N ° . 8<>
Doe. N8. 87
Doo. N8. 88
Doe. N°. 89
Doe. N°. 91
l)oc. N°. 92
Doe. N°. 93
Doe. N°. 94
Doe. N°. 95
Representarão feita á Camara por dons Membro*
da Junta do Governo
Doe. N \ 90
Doe. N°. 97
D o e . N°. 99
l)oc. N \ 103
D o e . N°. 104
Doe. 105
D o e . N°. 107
( P a g . 20 d o L i v r o de Registro de Provisões
da Camara da Cidade d o N a t a l ) .
Doe. 109
Doe. 11(5
Proclamação
Cidadãos natalenses:
D o e . N°. 117
Edital
llegidro de um edital
l)oc. N\ 127
NASCIMENTOS LOII^)
sendo—
Do sexo mascolir.o :
Legítimos 44
IlJegitimos 2 4<>
Da sexo feminino:
Legítimos <>0
106
CASAMENTOS 91 (2)
ÓBITOS 384( 3 )
sendo :
Homens 190
ALFREDO DE CARVALHO
1'ags.
pado pela camará de Hoorn e, sob o cominando d o
capitão Jacob K e t e l , destinava-se a Batavia, com es-
cala pelo cabo da Boa Esperança.
A l é m da numerosa companha habitual em tão
longa derrota, transportava forte destacamento de
soldados para as guarnições ultramarinas, e e m uma
e outro dominavam engajados allemães.
A viagem correu favoravelmente até passadas
as ilhas do Cabo Verde, quando entre os tripolan-
tes começaram a surgir prenúncios de insubordina-
ção, provocada pelos maus tratos e castigos exces-
sivos i|ue lhes infligiam alguns dos officiaes de bor-
do, hollandezes todos.
E, sem (pie se lhe pudesse assignalar causa
mais próxima, a revolta rebentou.
N a noite de 14 de Junho, rendido o quarto da
modorra, um grupo considerável de soldados e ma-
rinheiros armadoj invadiu subitamente o convéz e,
em meio de grande alarido, accommetteu e assassi-
nou o oflicial de quarto. O capitão e vários outros
officiaes conseguiram pôr as vidas a salvo, occultan-
do-se no porão de ré, emquanto na coberta reinava
a maior desordem e os amotinados aggrediam furio-
zamente os que suspeitavam de contrários, ferindo
dezeseis pessoas, e se apoderavam do paiol das mu-
nições e da praça d'armas, ficando inteiramente se-
nhores do navio.
S ó então serenou um pouco o tumulto e, sob
as sumptuosas vestes roubadas e procuravam des-
forrar-se das privações passadas com excessos de
glutoneria pantagruelica. Determinaram ao dispen-
seiro que diariamente lhes fornecesse rações dos vi-
veres reservados á oficialidade, e, de posse dos
paióes, viviam em constantes libações, que a miude
se transformavam em prolongadas orgias, passando
lioras e lioras a dançar e a beber, e forçando os of-
ficiaes a imital-os.
Mais de uma vez, no delirio da embriaguez,
tentaram lançai-os ao mar, cedendo a custo aos ro-
gos fervorosos do capei Ião.
Era na realidade miseranda a situação dos of-
ficiaes prisioneiros.
Naquelles espíritos naturalmente supersticio-
sos e combalidos por continuo pavor,os mais insig-
nificantes incidentes concorriam para augmentar a
anciedade mortal (pie os opprimia: dos movimentos
singulares de uma baleia <]ue. a líí de Julho, se
approximara do navio tiraram sinistro agouro de
proximo extermínio.
E a attitude temerosa dos rebeldes parecia de-
ver justificar o presagio.
Frequentemente examinavam na carta a mar-
cha do navio e, quando esta não correspondia ás
suas esperanças, mostravam-se muito contrariados
e rompiam em ameaças terríveis.
Por vezes levantavam-se entre elles violentas
disputas, terminando em geral por desafios e rixas
sangrentas; ora espancavam cruelmente os mari-
nheiros de cuja lealdade desconfiavam.
A 14 de Julho, avistando uma vela a barla-
vento.logo se prepararam para accommettel-a,e ma-
nifestaram o deliberado proposito de, se não lo-
grassem captural-a, lançar fogo ao paiol e fazer vo-
ar o navio. Felizmente, a outra embarcação, mais
veleira, pôde escapar :í abordagem.
Entretanto,decorriam semanas sem (pie se lhes
lobrigasse a almejada terra do Brasil, e a exaspera-
ção dos rebeldes crescia com a demora, etn (pie sus-
peitavam proposito do capitão em ludibrial-os. As-
S)ni, a 1 de Agosto, assentaram em que, se no dia
III
Henrique Castriciano.
Senador José Bernardo
Maneei Dantas.
TSFotas a v u l s a s
P A E 1)0 C A M A R Ã O
Olympio Vital
Luiz Fernandes
P. Soares.
Olympio Vital
Luiz Fernandes
P. Soares.
Olympio VitaI
Luiz Fernandes
P. Soares.
Olympio Vital
Luiz Fernandes
P. Soares.
Acta da 47a sessão extraordi-
nário do Instituto Jlistar iro e Geo-