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Na atuação do farmacêutico clínico junto ao paciente, é necessário que o profissional

consiga integrar os conhecimentos vistos nas diversas disciplinas com os sintomas e o


cotidiano do paciente. Suponha que você está de plantão como farmacêutico em uma
drogaria comercial, chega um paciente para uma consulta farmacêutica, com histórico
de diabetes. Dessa vez, ele se queixa de sede excessiva, micção frequente, falta de ar e
diz que quando passa muito tempo sem comer fica meio confuso. Além disso, sem ser
inconveniente, você percebe que durante a fala do paciente ele tem um hálito com
aroma de fruta, um aroma doce.

Elabore sua resposta de acordo com os seguintes questionamentos: 

1. Qual o quadro clínico que o paciente vem sentindo esses dias?


 
Cetoacidose diabética, uma complicação grave da diabetes que ocorre quando o corpo
produz altos níveis de ácidos chamados cetonas no sangue. Em decorrência da extrema
falta de insulina no corpo.

2. Explique bioquimicamente a relação do jejum com esse quadro? 

Os corpos cetônicos estão sempre presentes no sangue e seus níveis aumentam durante
o jejum e exercício prolongado. São encontrados também nos recém-nascidos e
grávidas. Essas condições são consideradas fisiológicas. Após uma noite de jejum, os
corpos cetônicos fornecem 2±6% das necessidades energéticas do organismo, enquanto
após 3 dias de jejum, fornecem 30±40%.Há três tipos de corpos cetônicos, sendo os dois
principais corpos cetônicos são o acetoacetato e o 3 β-hidroxibutirato, e por último a
acetona que é menos abundante no sangue. O diabetes tipo 2 representa 90% dos casos
dessa doença. Trata-se do diabetes que se desenvolve ao longo da vida, geralmente
depois dos 45 anos de idade, em decorrência do excesso de peso e do sedentarismo. Já o
diabetes tipo 1, responsável pelos outros 10% dos casos da doença, é aquele que
costuma se manifestar a partir da infância ou adolescência e requer tratamento com
aplicações de insulina.

Segundo explica o dr. Chacra, diferenciar os dois tipos de diabetes é fundamental, pois
o jejum intermitente pode ser usado para tratar o diabetes tipo 2, mas é contraindicado
para pacientes com o diabetes tipo 1. "Se uma pessoa com diabetes tipo 1 ficar várias
horas sem comer, ela pode ter crises de hipoglicemia (nível muito baixo de glicose no
sangue)", alerta.

Por contribuir diretamente com a perda de peso, o jejum intermitente funciona como um
tratamento da resistência à insulina - condição de saúde que eleva o risco do diabetes
tipo 2.

Além disso, esse regime também acaba "dando uma folga" para o pâncreas, explica o
dr. Chacra. Nas pessoas com diabetes tipo 2, o pâncreas perde progressivamente sua
capacidade de produzir insulina nas quantidades necessárias para eliminar a glicose
absorvida após as refeições, fazendo com que as concentrações de açúcar no sangue
subam. Com a diminuição de refeições estabelecidas pelo jejum intermitente, o pâncreas
trabalha menos e contribui nos cuidados contra o diabetes tipo 2.

3. Por que o histórico de diabetes do paciente agrava o quadro? 

Porque a cetoacidose diabética é uma condição aguda e grave que se desenvolve


predominantemente em pacientes com Diabetes mellitus do tipo 1 e é induzida pela
deficiência relativa ou absoluta de insulina. Ocorre comumente em associação a
situações de estresse, que elevam os níveis dos hormônios contra-reguladores e constitui
importante emergência clínica, que requer intervenções imediatas e efetivas.
Como os pacientes diabéticos tipo 1 não produzem insulina, a cetoacidose é uma
complicação mais comum nestes pacientes. Mas nos pacientes com diabetes tipo 2 ela
também pode ser vista, principalmente durante uma infecção ou quando os pacientes
não aplicam corretamente as doses de insulina, infelizmente.

4. Quais as consequências mais graves caso o quadro se agrave? 

Cetoacidose diabética é uma condição grave que pode resultar em coma ou até mesmo a
morte.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

https://gliconline.net/cetoacidose-diabetica/
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/jejum-intermitente-ajuda-
perder-peso-tratar-diabetes-mas-exige-cuidados.aspx
https://drasuzanavieira.med.br/2017/07/19/cetose/
https://www.diabetes.org.br/publico/ultimas/774-cetoacidose-diabetica-e-uma-grave-
emergencia-medica
https://www.jornalcidademg.com.br/cetoacidose-diabetica/
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342006000400019

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