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IBEC – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE CUSTOS

INPG – INSTITUTO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO

MBA – ENGENHARIA DE CUSTOS

JOCASTA OLIVEIRA DE MATOS REIS

GESTÃO DE PLEITOS: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DAS


REIVINDICAÇÕES CONTRATUAIS NA EXECUÇÃO DE OBRAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL

SALVADOR
2018
RESUMO

Durante a execução de projetos de obras civis, as reivindicações contratuais, ou “pleitos”, têm


se tornado cada vez mais comuns. As empresas contratantes, por diversos motivos entre os
quais se pode citar a ineficácia na gestão de custos e na elaboração de contratos, acabam por
atender e arcar com estes custos imprevistos, que por sua vez, impactam diretamente o
resultado esperado para determinado projeto. Devem-se identificar os principais gargalos que
impactam e acarretam nestas reivindicações/pleitos e que consequentemente causam o
desequilíbrio econômico-financeiro de uma empresa, afetando diretamente no lucro ou
prejuízo de determinada obra. Como forma de manter o equilíbrio de custos em alguns casos,
após a constatação do excesso de custos do projeto, a empresa que está executando pode
reivindicar aditivos contratuais, através de pleitos, que amenizarão os impactos causados,
obtendo assim a lucratividade esperada.

Palavras-chave: Gestão. Pleito. Custos. Obra Civil.

1
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3

2. REINVIDICAÇÕES CONTRATUAIS ........................................................................... 4

3. CAUSAS FREQUENTES DE REINVIDICAÇÕES CONTRATUAIS ....................... 7


3.1 DEFICIÊNCIAS NAS EMPRESAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL .............................................. 7
3.2 FALHAS NOS CONTRATOS QUE ORIGINAM OS PLEITOS ............................................... 8
3.2.1 Deficiência no projeto básico e orçamento estimativo ........................................... 8
2.2.4 Deficiência nos critérios de orçamentação imposto pelo Governo........................ 11
2.2.6 Falta de recursos financeiros.................................................................................. 12
2.2.7 Restrições ambientais e de liberação de área ......................................................... 12
2.2.9 Excessivo aumento dos preços dos insumos no mercado ...................................... 13
2.2.9 Desvios de prazos ..................................................................................................... 14

4. MEDIDAS PARA REDUÇÃO DE INCIDÊNCIA DE PLEITOS ............................. 15

5. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 18

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 19

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1. INTRODUÇÃO

Durante a execução de grande parte das obras civis, existe a chance de que venham a
surgir demandas que não estavam previstas no escopo inicial, por isso surgem os pedidos e
cobranças de aditivos contratuais, esses em muitos momentos, independem da vontade do
gestor do contrato ou da intenção da proposta. Tais fatos podem estar vinculados “às
condições de execução do objeto do contrato; à supressão ou acréscimo de serviços
contratados; às especificações técnicas; prazos; processo construtivo; e nos preços ou
condições de pagamento” (RICARDINO, 2007).
Essas reivindicações, também conhecidas como pleitos, podem acarretar o
desequilíbrio econômico-financeiro de uma empresa, gerando uma fonte de complicações
entre as partes do contrato.
Ao longo do desenvolvimento de diferentes obras, é frequente a ocorrência
de eventos que modificam as condições pactuadas pelas partes na assinatura
do contrato de empreitada. As reivindicações surgem a partir da necessidade
de renegociação dos contratos, com o fim de adequá-los a uma nova
realidade fática. Em diversas situações, o Contratado se vê face a face com a
necessidade de solicitar extensão de prazo ou compensação por custos
adicionais ou ambos. Em uma obra, por mais bem redigido que seja o
contrato, por melhor que sejam desenvolvidos os projetos e por mais
explícitas que sejam as especificações, haverá motivos para se fazer
reivindicações (PEDROSA e ROCHA LIMA JR., 1994).

Com o objetivo de reivindicar seus direitos, as empresas precisam estar preparadas


para fatos imprevisíveis, a fim de que a continuidade da execução do projeto esteja garantida
e protegida de possíveis custos acima do que está previsto em seu orçamento.

Na prática, é comum encontrarmos pleitos de reequilíbrio referentes a


contratos que já nasceram desequilibrados, quer em decorrência de erro na
formação do preço proposto, quer – o que é pior – de “mergulho”. Nestes
casos, a reivindicação é insustentável, já que o pleito objetiva não o
reequilíbrio do contrato, mas o equilíbrio que lhe faltou na formação do
vínculo contratual (AMARAL, 2006).

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Fato é que, independente de solicitações de alterações contratuais, é muito comum
contratos serem assinados sem discussões prévias. A ausência deste alinhamento pode ser
grande causadora de margens para interpretações equivocadas e posteriormente reivindicações
inesperadas. Com a necessidade de minimizar os pleitos da empresa, é necessário o
gerenciamento dos custos e prazos da empresa.
Segundo Brams e Lerner (1996), suplementado por Kaye (2003), há numerosos
indícios de causas prováveis de reivindicações, tais como: serviços com desenhos e/ou
especificações técnicas insuficientemente detalhados; serviços adicionais não previstos nos
desenhos e especificações contratuais; serviços fora do escopo contratual; modificação no
cronograma físico de execução; ação que perturbe ou interrompa a execução dos serviços;
qualquer forma de aceleração do cronograma físico; compactação de serviço do qual a parte
contratada, por força de circunstâncias além do seu controle, executa grande soma de
trabalhos em prazo menor que o previsto.
Esses conflitos são solucionados através da negociação dos pleitos/reivindicações.
Porém, grande parte deles, somente são apresentados ao gestor do contrato no final da
execução deste, trazendo prejuízos tanto para o contratante quanto para o contratado. Pois
enquanto um perde o poder de ação, uma vez que os serviços já foram executados, o outro
pode não conseguir sustentar esses desvios para manter o equilíbrio econômico-financeiro da
sua empresa, ocasionando muitas vezes prejuízos irreparáveis, como até mesmo a falência.
Em vista disso, muitas vezes essas situações são remetidas ao Poder Judiciário, por
isso, vê-se a necessidade e importância de acompanhamento do contrato acordado, a fim de
anteceder a ocorrência dessas questões supracitadas.
Todas as situações causadoras dos pleitos geram, além de um desvio de custo, um
desvio de prazo que compromete todo o desenvolvimento das obras. Com isso, devem-se
analisar quais os impactos causados por desvios e o quanto interfere na gestão e controle do
bom andamento das obras e o desequilíbrio acarretado para a empresa.

2. REINVIDICAÇÕES CONTRATUAIS
Segundo o PMI (2013, p.560), a reivindicação/claim/pleito pode ser conceituada como
“uma solicitação, exigência ou declaração de direitos feita por um fornecedor em relação a um
comprador, ou vice-versa, para consideração, compensação ou pagamento sob os termos de
um contrato legal, como no caso de uma mudança contestada”.

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O termo em inglês para pleito é a palavra claim, que significa reclamação. Mendes da
Silva (2000) afirma que ele é muito utilizado para situações onde haja conflito entre as partes
no cumprimento de alguma cláusula contratual. Nesse caso, o reclamante encaminha a
questão a uma pessoa física ou jurídica, aceita por ambos, que julgará o caso (juiz arbitral).
Juridicamente, pleito significa luta judicial ou litígio, pois só existe pleito quando não
há acordo entre as partes, coerente com a visão americana. No Brasil também não há a cultura
de utilizar uma terceira entidade para arbitrar disputas entre as partes, sendo, na maioria das
vezes, as questões discutidas nos tribunais de justiça. Sendo assim, no caso brasileiro, pleito
significa “qualquer reivindicação que altere a condição inicialmente pactuada entre as partes,
sem envolvimento da justiça” (Mendes da Silva, 2000).
Várias situações que não foram previstas anteriormente podem surgir no decorrer da
execução do contrato, trazendo alterações naquilo que foi inicialmente planejado, causando o
desequilíbrio econômico e financeiro para as partes ou a uma delas, e esta parte lesada se vê
na obrigação, até mesmo para manutenção de sua existência, de reivindicar o retorno do
equilíbrio anteriormente acordado, e isto se faz a partir de um “pleito” ou claim.
Por se tratar de um pedido de inclusão de alguma cláusula ou condição dentro de um
contrato, especialmente para incluir serviços adicionais ou para prolongar o prazo da obra, o
pleito contratual tem influência direta no custo da obra e quando vai ser terminada.
As reivindicações podem ser, dentre outras causas, derivadas de alterações e/ou
desvios de documentos contratuais; de ações de uma das partes do contrato, como:
contratantes, arquitetos e engenheiros projetistas, empreiteiras e fornecedores; da
complexidade e características do desenho (projeto); e de motivos de força maior.
O processo de gerenciamento tem por objetivo evitar a ocorrência de reivindicações e,
sempre que isso não for possível, resolvê-las o quanto antes, ao menor custo e menor
perturbação ao andamento do contrato (PMI, 2013).
Na indústria da construção, uma reivindicação é tida como a demanda por algo devido,
ou que se acredita ser devido, em geral resultante de uma ação, orientação ou ordem de
mudança que contraria os termos e condições de um contrato acordado, e que não pode ser
economicamente resolvida entre as partes (PMI, 2013).
Amaral (2006) afirma “Para que surja o direito ao reequilíbrio do contrato é necessário
que o fato que provocou o desequilíbrio tenha sido imprevisível (ou se previsível, com
consequências incalculáveis) e seja parte do negócio”. O objetivo da reivindicação é restaurar
a equação de equilíbrio econômico-financeiro do contrato, pactuada pelas partes na sua
assinatura.
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A ocorrência de reivindicações contratuais se torna comum no setor da construção,
pois as atividades são desenvolvidas em ambientes altamente sensíveis a mudanças. A fim de
entender melhor desde o momento que surge a reivindicação até o aceite da mesma, segue
abaixo figura com o fluxograma do processo:

Figura 1 – Fluxograma do Processo de Alteração do Contrato

Fonte: Ricardino, 2013

Segundo RICARDINO (2013), o procedimento de reequilíbrio da equação econômico-


financeira do contrato encerra-se com o Termo de Aditamento que consolida as alterações
decorrentes, seja ela qual for, como readequação de preço, ou ressarcimento de ônus
incorridos, e/ou a fixação de novo cronograma físico-financeiro contratual, qualquer motivo
que tenha alterado de forma significativa o equilíbrio.
Costa Filho (2000) alerta que tanto os contratantes quanto os contratados devem estar
preparados para enfrentarem esta situação a qualquer momento do processo produtivo. Isto
ocorre, pois, independentemente da proposta ter sido a mais completa e bem elaborada
possível, sempre haverá cláusulas no contrato que garantem os direitos das partes quando da
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ocorrência de um fato imprevisível e informa sobre a importância de estar bem documentado
para promover embasamento legal à reivindicação.

3. CAUSAS FREQUENTES DE REINVIDICAÇÕES CONTRATUAIS

Um contrato administrativo pode ser desequilibrado pela ocorrência de fatores internos ou


externos ao contrato.
Os fatores internos são aqueles atribuíveis à contratante, tais como alterações
de projeto e atraso na liberação de áreas previstas no contrato. Os fatores
externos abrangem: a) fato do príncipe, que é toda atuação estatal que
repercute indiretamente ao contrato, tais como aumento e redução de
tributos, alteração de política cambial ou de política ambiental e intervenção
nos preços (planos econômicos); b) os fatos incluídos na teoria da
imprevisão, tais como surto inflacionário, sujeições imprevistas, força maior
(greve abusiva, incêndio provocado por terceiros) e caso fortuito (chuvas
inesperadas, índice pluviométrico anormal). (AMARAL, 2010)

3.1 Deficiências nas empresas da construção civil

Segundo Mattos (2010), pode ser constatada no setor da construção civil uma ausência
ou um modelo de planejamento de obras inadequado. Ocorre mais frequentemente em obras
de pequeno e médio porte, a maioria executada por pequenas empresas, profissionais
autônomos ou mesmo seus proprietários.
Os graus de deficiência dos construtores são variados. Algumas empresas planejam,
mas o fazem mal, outras planejam bem, mas não controlam e outras que trabalham na base da
total improvisação. Muitas acreditam que a experiência de seus profissionais é bastante para
garantir o cumprimento dos prazos e custos.
“A melhor maneira de minimizar esses impactos é produzir um planejamento lógico e
racional, pois assim se dispõe de um instrumento que se baseia em critérios técnicos, fácil de
manusear e interpretar” (MATTOS, 2010).
De acordo com Mattos (2007), orçamento e planejamento devem estar sempre
associados nos empreendimentos de construção. O orçamento mal feito ou a inexistência dele
significa que a obra não foi planejada adequadamente.

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Goldman (2004) apud Neto e Da Costa (2015) alega que “o orçamento detalhado da
obra é, sem dúvida, a mais importante ferramenta para o planejamento e acompanhamento dos
custos de construção”. Em função disso, toda e qualquer empresa da construção civil não deve
abrir mão dessa prática em seus projetos.
Falhas de comunicação e falta de integração dos processos são constantes nas obras
executadas pelas pequenas e médias empresas da construção civil. De acordo com Limmer
(2008) citado também por Taves (2014), cada profissional realiza o trabalho segundo sua
percepção, sem trocar informações com os demais integrantes do processo, pois essa troca
demanda tempo e tempo é dinheiro. Com isso, surgem as incompatibilidades de projeto que
possivelmente virão à tona durante a execução da obra.
Os resultados alcançados nas obras são preocupantes, muitos atrasos são atribuídos às
condições climáticas desfavoráveis, variação no preço dos insumos, atrasos na entrega de
materiais por parte dos fornecedores, indefinições do cliente ou a própria natureza da
construção civil, ocultando as causas reais dos problemas (COSTA FILHO, 2000).

3.2 Falhas nos contratos que originam os pleitos

Inúmeras são as falhas apontadas que justificam as reivindicações das empresas


contratadas. Abaixo serão explanados erros recorrentes em licitações públicas, e que a maioria
deles geram a consolidação de pleitos. Por isso a importância do bom gerenciamento dos
contratos, a fim de evitar tais aditivos, que muitas vezes são totalmente previsíveis.

3.2.1 Deficiência no projeto básico e orçamento estimativo

Dentre as principais atribuições da Administração no processo de licitação pública


contidas na Lei nº 8666/93, estão a obrigatoriedade de apresentar o projeto básico e o
orçamento estimativo que reflita as reais condições da obra ou serviço objeto da licitação,
conforme descrito a seguir:

Art. 6º - IX
Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível
de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de
obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos
estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o
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adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que
possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo
de execução, devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da
obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de
forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as
fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e
montagem;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e
equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que
assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o
caráter competitivo para a sua execução;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos
construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra,
sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução e) subsídios para
montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua
programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros
dados necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em
quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados.

A LF (Lei Federal) também estipula o seguinte no seu Art. 7º com relação às Obras e
Serviços:
Art. 7º § 2º
As obras e serviços somente poderão ser licitados quando:
I – houver Projeto Básico aprovado pela autoridade competente e disponível
para exame dos interessados em participar do processo licitatório;
II – existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição
de todos os seus custos unitários.

Na prática, é quase sempre improvável que o projeto básico consiga prever, sem
qualquer margem de erro, todos os detalhes dos serviços envolvidos no objeto contratado, no
que diz respeito principalmente aos seus quantitativos e custos diretos e indiretos, além das
suas despesas indiretas. Nesse sentido, o inciso I do art. 65 da Lei Federal 8666/93 prevê a

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possibilidade de o contrato ser alterado unilateralmente e, por consequência, o seu projeto
com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

I – Unilateralmente pela Administração


a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor
adequação técnica aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de
acréscimos ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos
por esta Lei.
§ 1º - O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços
ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do
contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até
o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
§ 2º - Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites
estabelecidos no parágrafo anterior.

Importante ratificar que, conforme a Lei 8666/93, se a quantidade de serviços


chegarem a valores acima do limite de 25% permitido previsto pela lei, o contrato poderá ser
rescindido cabendo ao Contratante administrar a quantidade de serviços e os recursos
financeiros correspondentes antes que atinja o limite estabelecido.
Há que se considerar que os projetos não conseguem prever tudo, por mais bem
elaborados que sejam. Mesmo um projeto detalhado tem certo grau de incerteza, mas de uma
forma geral, o que se verifica na gestão de obras públicas é o atropelamento das etapas de
projetos e simplesmente ignoram a importância da elaboração desses em etapas anteriores à
obra.

3.2.2 Deficiência no planejamento dos órgãos públicos

Antes do início do processo licitatório, os projetos devem estar completamente


prontos, com a definição do seu processo de execução acompanhado de todos os demais
elementos que assegurem a elaboração de um orçamento mais preciso possível e realista.
Porém, devido às deficiências no planejamento dos órgãos públicos, muitas vezes o projeto,
mesmo que tenha sido feito de maneira correta, fica parado durante anos e é licitado sem que

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ocorram as devidas atualizações e revisões, sendo assim muitos aspectos considerados na
concepção inicial podem estar alterados ou superados.

2.2.4 Deficiência nos critérios de orçamentação imposto pelo Governo

A Lei nº 12.465, que dispõe sobre Diretrizes Orçamentárias para a elaboração e


execução da Lei Orçamentária de 2012, no seu Art. 125 estabelece o seguinte:

Art. 125 O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e


executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de
composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à
mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices de Construção – SINAPI, mantido e divulgado, na Internet,
pela Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, e, no caso de obras e serviços
rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias – SICRO,
excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não
possam ser considerados como construção civil.
§ 1º O disposto neste artigo não impede que a Administração Federal
desenvolva sistemas de referência de preços, aplicáveis no caso de
incompatibilidade de adoção daqueles de que trata o caput deste artigo,
devendo sua necessidade ser demonstrado por justificação técnica elaborado
pelo órgão mantenedor do novo sistema, o qual deve ser aprovado pelo
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e divulgado pela Internet.

Como se vê todas as obras, independentemente de serem de edificações ou de


infraestrutura, que receberem recursos orçamentários da União estão obrigadas a adotar
valores menores ou a mediana dos valores da composição de custos unitários do SINAPI,
valores esses que muitas vezes não condizem com a realidade.
Além disso, o processo de escolha do vencedor de uma licitação, previsto na Lei nº
8666/93, que é o de menor preço, tem se mostrado ineficiente para a execução das obras, pois,
ao se levar em consideração apenas o menor preço, não se considera a experiência do
projetista, a qualidade da proposta e as consequências econômico-financeira que um projeto
mal feito pode trazer até o final da obra, mesmo que ela tenha sido “o mais barato”.

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2.2.6 Falta de recursos financeiros

A paralisação da obra poderá ocorrer, em determinados casos, por falta de recursos


financeiros, pois a Administração pode não tomar as providências a tempo, não solicitando
mais verbas junto aos seus órgãos de planejamento financeiro superior. Essa hipótese está
prevista no art. 78 incisos XIV e XVI da Lei nº 8666/93 a seguir transcritos:

Art. 78 da Lei nº 8666/93


Constituem motivos para rescisão do contrato:
XIV – a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração,
por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade
pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por
repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do
pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente
imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras prevista, assegurado ao
contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento
de suas obrigações até que seja normalizada a situação.
XV – o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela
Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas
destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública,
grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o
direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que
seja normalizada a situação.

Essas situações geram pleitos, aditivos contratuais de valor e/ou de prorrogação de


prazos ou por outras formas de ajustes, pois, sejam elas causas de rescisão ou não do contrato,
acarretam em impactos econômico-financeiros na contratada que deve ser de algum modo
ressarcida.

2.2.7 Restrições ambientais e de liberação de área

De acordo com o inciso XVI do art. 78 da Lei nº 8666/93, "A não liberação por parte
da Administração, de área, local ou objeto para a execução da obra, serviço ou fornecimento,
nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto".

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Ou seja, também são passíveis os pleitos do contrato, por culpa exclusiva da contratante, na
não liberação da área, local ou trecho, para a execução da obra ou serviços
Embora não gere a rescisão contratual, a falta ou atraso na liberação da área destinada
à obra, causa à contratada um indesejável impacto econômico-financeiro pelo tempo
decorrido com a paralisação das atividades que devem ser ressarcidos através de aditivos
contratuais de valor e de prorrogação de prazos ou outras formas de ajuste.

O problema que advém da suspensão é que as equipes do construtor ficam ociosas


(quando param totalmente) ou improdutivas (quando conseguem produzir abaixo do
esperado). Equipamentos estacionados e equipes paradas custam dinheiro. Além disso,
quando o contratante libera as frentes para serviço, há sempre uma inércia a ser vencida nessa
retomada.

Outro fator que pode gerar alterações do projeto básico ou até em paralisações das
frentes de obra são as restrições ambientais não previstas no contrato. Elas podem ocorrer, por
exemplo, na descoberta de um sítio arqueológico no terreno, no caso de condições climática
que não tenham como ser previstas com antecedência (um furacão por exemplo), quando por
motivos não previstos ocorre a contaminações de subsolo, etc. São imprevistos causados por
fatores externos e sobre os quais nem o contratante, nem o contratado exercem controle.
Como forma de minimizar as consequências desses atrasos na elaboração do cronograma
contratual, deve-se considerar as datas limites das obrigações contratuais da contratante, como
por exemplo: prazo de liberação de determinada área para execução de um serviço contratado.

2.2.9 Excessivo aumento dos preços dos insumos no mercado

Diante das incertezas e instabilidade do mercado, há momentos que o mercado


aumenta consideravelmente os preços de alguns materiais básicos, preços esses acima da
margem de erros, ocasionando um desequilíbrio no contrato.
Portanto, na ocorrência de situações como essas, justifica-se a solicitação de aditivo
para equilibrar o orçamento original, pois a contratada não consegue absorver esses custos
suplementares imprevistos.
Segundo Mattos (2010), como as obras são geralmente extensas, com muitos meses e
até anos de duração, as partes terminam se deparando com variações ao longo do ciclo de vida

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do contrato. Por exemplo, há alterações de impostos (tipo, alíquota, regras) e oscilação de
preço de insumos.

2.2.9 Desvios de prazos

De acordo com SANTOS (2015), as respostas a respeito das causas de aumentos dos
prazos, resumem-se em cinco que acontecem com maior frequência, sendo elas, em ordem
decrescente:
(a) “erros nos levantamentos de quantitativos/planilha”;
(b) “falta de compatibilização dos projetos”;
(c) “atraso na finalização de preços para itens extras”;
(d) “atraso por parte do contratante nos pagamentos dos trabalhos executados pelo
empreiteiro”; e
(e) “duração do contrato irrealista”.
A possibilidade de prorrogação do prazo contratual consta do § 1º do Art. 57 da Lei nº
8666/93, sob a garantia de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro prevista na
equação inicial do contrato:

Art. 57
§ 1º - Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega
admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada
a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra
algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:
I - alteração do projeto ou de especificações pela Administração;
II – superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade
das partes, que altere fundamentalmente as condições de execução do
contrato;
III – interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho
por ordem e interesse da Administração;
IV – aumento das quantidade previstas inicialmente no contrato, nos limites
permitidos por esta Lei;
V – impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro
reconhecido pela Administração em documento contemporâneo à sua
ocorrência;

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VI – omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive
quanto aos pagamentos previstos, de que resulte, diretamente, impedimento
ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais
aplicáveis aos responsáveis.

As prorrogações de prazos resultantes dos fatos e fenômenos descritos anteriormente


no § 1º do Art. 57 geram aditivos de prazo que devem ser autorizados e formalizados,
conforme previsto no § 2º do mesmo Art. 57.

§ 2º - Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e


previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.

4. MEDIDAS PARA REDUÇÃO DE INCIDÊNCIA DE PLEITOS

Basicamente, a implementação da redução de pleitos deverá ser feita em duas etapas: na


elaboração da documentação para a contratação e na gerência e fiscalização do contrato.
Segundo Mendes da Silva (2000), a documentação técnica é uma das maiores causas de
pleito, pois investe-se pouco na análise da documentação gerada. Deve-se observar, na análise
da documentação, divergências entre o que está previsto a ser executado e a sua viabilidade de
execução, dentre outras.
Santos (2015) identificou como fator mais crítico para o aumento de custos a mudança no
escopo dos empreendimentos, por conta da ausência de entendimento dos objetivos e das
demandas pela falta da maturidade dos projetos. Sãos essas modificações nos projetos nas
etapas finais da concepção que impactam fortemente no aumento de custo e prazo.
Além disso, os quantitativos das planilhas orçamentárias devem ser levantados de forma
mais precisa possível, pois, mesmo em um contrato a preço global, a diferença de
quantitativos entre o realizado e o previsto pode gerar pleitos para correção de quantidades.
Durante a elaboração da documentação de licitação, deve-se observar se o critério de
medição dos serviços executados e cronograma de pagamento cobrem os custos das
respectivas etapas concluídas. Com isso, o contratado não arcará com grandes custos
financeiros, o que pode afetar negativamente a execução do contrato. Deve-se também
elaborar um estudo sobre as incidências fiscais no contrato, pois caso haja aumento de

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impostos durante a execução do contrato, a contratada pleiteará a diferença. Com o estudo já
feito, a contratante terá melhores condições de avaliar o pleito
O êxito na execução de um empreendimento não depende apenas de um bom projeto, de
uma licitação bem-sucedida, ou uma boa elaboração da documentação para a contratação, mas
também de uma eficiente fiscalização e gestão contratual.
Para Mattos (2010), a realização de um gerenciamento eficaz depende de uma equipe
estruturada com base nas metas de desenvolvimento e controle da produtividade da mão de
obra, da qualidade final dos serviços e na criação de indicadores e índices de composição,
criando assim as condições efetivas de resolver situações e incorporar meios de tornar
eficiente e econômico os processos produtivos.
No que diz respeito a gerência e fiscalização do contrato como forma de diminuir os
pleitos, muitas organizações entendem a gestão de custos como o caminho ideal e muitas
vezes não percebem que estão apenas mensurando-os. Estas não possuem uma visão clara dos
benefícios que um bom planejamento/organização antes da técnica pode proporcionar. Sendo
assim, nota-se a importância da gestão como um fator essencial, e não somente à
contabilidade de custos (SANTOS, 2015).
No livro “Gestão de Custos”, escrito por Bacic (2011, p. 141), o conceito de gestão de
custos é explorado. Conforme abaixo:
Entende-se como gestão ou administração de custos, a contabilização e/ou
geração de informações sobre a situação atual, futura e passada dos
elementos de custos, a construção de uma situação favorável no que se refere
aos custos, dentro de uma perspectiva sistêmica baseada na melhoria e na
geração de valor para o cliente, ao controle dos custos dentro desta
perspectiva e ao desenvolvimento de uma compreensão dos fatores
geradores de custo (a curto e longo prazo), sempre apoiando a manutenção e
o aumento da competitividade da empresa.
O principal objetivo da área de gerenciamento de custos é garantir que o projeto seja
concluído dentro do orçamento aprovado. Para isso o gerenciamento de custos é subdividido
em três processos: estimar os custos, determinar o orçamento e controlar os custos.
A estimativa de custos é o primeiro desses três processos e tem como objetivo básico
desenvolver uma aproximação dos custos de todos os recursos lançados no projeto, inclui
identificar e considerar várias alternativas de custo e elaborar uma avaliação quantitativa dos
resultados prováveis.

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Segundo PMI (2013, p.193), “determinar o orçamento é o processo de agregação dos
custos estimados de atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha
de base dos custos autorizada”. Essa linha de base inclui todos os orçamentos autorizados,
excluindo as reservas de gerenciamento. Os orçamentos do projeto compõem os recursos
financeiros autorizados para executar o projeto. O desempenho dos custos do projeto será
medido em relação ao orçamento autorizado.
Já o processo de controle dos custos visa o monitoramento do progresso do projeto
para atualização do seu orçamento e gerenciamento das mudanças feito na linha de base dos
custos.
O custo de uma obra decresce à medida que ela é mais planejada e controlada, pois
assim, eliminam-se custos adicionais provenientes de improvisações, perdas, baixa
produtividade, entre outros (ASSED, 1986 apud CORREIA, 2012).
Caso ocorram problemas na parte técnica ou haja alterações no escopo original do
contrato, o gerenciamento do contratante deve proceder a negociação das mudanças,
ajustando prazos e/ou custos e para isso durante a execução do contrato, deve-se registrar
todos os eventos que possam gerar atrasos de execução. Baseado nesses documentos será
possível fazer uma avaliação mais precisa sobre possíveis concessões de prazo ou cobrança de
multas contratuais por atraso. Advertências, justificativas de atraso, solicitações de
paralisação e demais documentos comprobatórios servirão de subsídio para análise de pleitos.
A maioria dos pleitos ocorre ao final do contrato, porém, em alguns casos, poderá
ocorrer em qualquer etapa. Em todos os casos, deve-se observar que a contratada deve
cumprir o escopo do contrato, porém também deve ser ressarcida dos custos com a execução,
além da obtenção do seu lucro.

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5. CONCLUSÃO

Vale considerar que, apesar de existir uma porcentagem significativa de aumento de


preço final em relação ao custo previsto nas obras analisadas, destacam-se em uma situação
de alarme os aditivos de tempo. Pois, pode-se fazer um link com a LF 8.666/93, estabelecer
limite de acréscimo de valor, mas não limitar o máximo de tempo passível de aditamento.
Foram enumerados vários fatores que estão diretamente ligados no surgimento de
pleitos, sendo estes, muitas vezes, fatores externos, ou seja, problemas que teoricamente não
poderiam ser resolvidos pela construtora. Mas, não menos importante, destaca-se que a
necessidade do bom gerenciamento dos projetos dentro da organização, fator de grande
relevância, o que demonstra um nível de maturidade da empresa em busca de resultados
satisfatórios.
Na maioria das empresas, são feitos de forma informal e os processos são gerenciados
isoladamente, dificultando a integração das equipes. Vale considerar que não basta somente
cumprir os prazos e controlar os custos se outras áreas não forem gerenciadas adequadamente.
Deve-se dar atenção às etapas de planejamento da obra, pois projetos completos e bem
elaborados são primordiais para o bom andamento das obras. As áreas do conhecimento se
interagem e quando um processo não é concluído, poderão comprometer vários outros
processos. É importante que seja desenvolvido nos gestores o pensamento de que a parte de
planejamento não é perda de tempo e de investimento, mas sim, é evitar gastos desnecessários
e cumprir o prazo acordado. Pois, quando se consegue prever, em papel, os problemas que
estão passíveis de acontecer, torna a obra mais rápida e mais barata, pois as soluções já foram
encontradas em projetos.
Por fim, concluímos que os Pleitos surgem de fato imprevisto durante a execução da
obra e com algumas boas práticas é possível amenizar seus efeitos e facilitar sua resolução. É
necessário que as partes tenham total conhecimento do Contrato e seus demais documentos,
tudo visando a manutenção do que foi contratado e a preservação dos direitos em caso de
mudanças.

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REFERÊNCIAS

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Paulo. Centro de Estudos sobre Licitações e Contratos – CELC, 30 NOV. 2006. Entrevista
exclusiva concedida a Roberto Ricardino. São Paulo, 2006b.

BACIC, M. J. Gestão de Custos: uma abordagem sob o enfoque do processo competitivo e


da estratégia. Curitiba: Juruá, 2011.

BRASIL. Lei n. 12.465, de 12 de agosto de 2011. Dispõe sobre as diretrizes para a


elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2012 e dá outras providências. Lex: Coletânea
de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, 2011, Legislação Federal e Marginália.

BRASIL. Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o Art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e
dá outras providências. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, 1993,
Legislação Federal e Marginália.

BRASIL. Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996. Dispõe sobre a arbitragem. Lex:


Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, 1996, Legislação Federal e Marginália.

CORREIA, S. M. A. M. Orçamentação e controlo de custos: estudo de caso. Universidade


do Minho, Escola de Engenharia. Tese de Mestrado. 2012.

MATTOS, Aldo Dórea. Como Preparar Orçamentos de Obras. 1ᵃ Edição. São Paulo: Pini,
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MATTOS, Aldo Dórea. Planejamento e Controle de Obras. São Paulo: Pini, 2010.

PEDROSA, Verônica de A.; ROCHA LIMA JR, João. Reivindicações em contratos de


empreitada no Brasil. São Paulo, EPUSP, 1994 (Boletim técnico da Escola Politécnica da
USP. Departamento de Engenharia de Construção Civil, BT/PCC/124, 20 p.)

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PMI: PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. GUIA PMBOK. Um guia do conhecimento
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Aditivos Contratuais em Obras Públicas de Edificações de Âmbito Municipal. Belo
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TAVES, Guilherme Gazzoni. Engenharia de custos aplicada à construção civil. Rio de


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caso comparativo em empresas inovadoras no Brasil. Revista Universo Contábil, v. 6, n. 4,
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