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1- PEÇA PROCESSUAL: UMA AÇÃO ANULATORIA - AÇÃO

DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO CC


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA
PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
2- Juízo Competente: é a VARA DA FAZENDA PUBLICA DA COMARCA DE
MOGI DAS CRUZES – SP
3- PARTE AUTORA: CAIO GODOY DE OLIVEIRA
4- RÉU: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

5- FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: A ANULAÇÃO DE UM ATO


ADMISTRATIVO O QUAL EXCLUIU O CANDIDATO A VAGA DE
ESTAGIO DA PROCURADORIA DA CIDADE, E AINDA COM O
ACUMULO DE DANOS MORAIS PELO ABUSO DA LEI QUE FORA
USADAO “a NULIDADE, do referido ato administrativo, proferido pela
Procuradoria do Estado de São Paulo, por seu Representante legal, que eliminou
o Autor do concurso seletivo para estagiário da Procuradoria Regional da
Grande São Paulo – Seccional de Mogi das Cruzes” “Demais disso,
fundamentou a eliminação por entender que a consulta à lei restou evidente no
momento da correção da redação, de maneira que a citação dos dispositivos
legais com precisão, em uma prova sem consulta e destinada aos estudantes,
poderia ter sido facilitada por consulta à legislação” “Lícito é que, em momento
algum da aplicação da prova, fez uso de códigos e legislação e, caso realmente
tivesse feito, deveria o fiscal imediatamente ter providenciado o recolhimento do
material e da prova, inclusive para fins de comprovação da alegada eliminação.
Fato, todavia, inocorrente na espécie” “Exerce o Autor há, aproximadamente, 01
(um) ano o cargo de estagiário na Procuradoria da Fazenda Nacional, em Mogi
das Cruzes (SP), e seu comportamento é exemplar e suas atitudes revelam maior
interesse nas questões jurídicas, nada tem a desaboná-lo, como assim declarou o
Procurador Dr. IÚRI DANIEL DE ANDRADE SILVA, que supervisiona o
estágio (doc. anexo). “Relevante, ainda, é que no dia anterior à realização da
prova, ou seja, 27 de março p.p., o Autor apresentou trabalho de Direito Penal,
com o tema de LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE, com obtenção de nota
máxima, como assim declarou seu Professor, Dr. JULIO VAZ FERREIRA
NETO: “Declaro para os devidos fins a quem possa interessar que CAIO
GODOY DE OLIVEIRA, devidamente matriculado no curso de Direito na
Universidade de Mogi das Cruzes, inscrito no RGM n. 11152500693,
compareceu no dia 27/03/2018 em sala de aula sob minha supervisão, da
disciplina de Direito Penal V e, na aludida data apresentou trabalho com a
temática “lei 4898/65 – lei de Abuso de Autoridade”. Declaro, ainda, que o
aluno obteve nota máxima na apresentação, tendo se destacado com
comportamento exemplar que demonstraram grande conhecimento em questões
jurídicas da matéria...” “Ressalta, ainda, que: “...deve a satisfação do dano ser
plena, vale dizer, abranger todo e qualquer prejuízo suportado pelo lesado e, de
outro lado, situar-se em níveis que lhe permitem efetiva compensação pelo
constrangimento ou pela perda sofridos.” (Reparação Civil por Danos Morais,
Ed. RT, 3ª ed., p. 109). “Pretende, assim, o Autor o recebimento de indenização
estimada em R$ 10.000,00 (dez mil reais), conforme parâmetros fixados nos
Tribunais de Justiça do País (Tribunal Regional do Trabalho - 4ª Região -
acórdãos nº 0045000-43.2008.5.04.0022, da lavra do Des. João Ghisleni Filho, e
nº 0012200- 80.2008.5.04.0015, da lavra do Des. Luiz Alberto de Vargas, da 3ª
Turma).”
6- JURISPRUDENCIA DO CASO: “Observe-se, de mais a mais, que a
jurisprudência do STJ e STF é no sentido de existe discricionariedade da
Administração na análise do conjunto probatório que fundamenta as punições
administrativas, o que não impede sua anulação pelo Judiciário quando
contrárias ao Direito, porém jamais se admitindo, exatamente em respeito ao
mérito administrativo e seus consectários fundamentais da separação dos
poderes (art. 2º, CF/88), que elas sejam substituídas por decisão judicial (STJ,
Sexta Turma, ROMS N. 10.269/BA, Rel. Min. FERNANDO GONÇALVES, j.
em 16/03/1999, DJ 26/04/1999; STF, Primeira Turma, ROMS N. 24256/DF,
Rel. Min. ILMAR GALVÃO, j. em 03/09/2002).” “Também merece destaque o
seguinte trecho de acórdão proferido pela 12ª Câmara de Direito Público do
Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, nos autos da Apelação nº
994.07.143781-4, julgada em 01/12/10, in verbis:

"É bem verdade que o dano moral passível de ressarcimento não é aquele
proveniente de mero descontentamento, desagrado ou aborrecimento. Para que
se tome obrigatória, a indenização por dano extrapatrimonial deve estar
amparada em ilicitude que ofenda significativamente um bem jurídico tutelado
pelo direito, com repercussão profunda na alma, no sentimento e no bem-estar
de um indivíduo. Noutras palavras: "O dano moral pode ser traduzido como uma
fissura na alma daquele que se sente lesado. É um abalo no espírito da pessoa,
no âmago do ser A indenização por dano moral deve ser avaliada com muito
cuidado para que não se banalizem os eventos da vida, tomando a convivência
humana insuportável, já que quase diariamente somos submetidos a situações de
desagrado, aborrecimento e desprazer. A suscetibilidade humana não pode ser
aferida descontextualizando-se a dinâmica da vida em sociedade." “Assim
também a posição da doutrina, valendo por todos as palavras de Sérgio Severo:
[...] configurado o dano extrapatrimonial, cumprirá ao juiz estabelecer o seu
perfil, buscando no cenário concreto todos os tipos e avaliando-os, segundo
critérios objetivos e subjetivos. No entanto, o papel do juiz não se esgota nesse
particular, uma vez que ele dispõe de um poder de ajustamento do caso: trata- se
da equidade: Assim, há uma ampla margem de discricionariedade a cargo do
juiz, que ao aplicar a lei deve atender "aos fins sociais a que ela se dirige e às
exigências do bem comum", na forma do art. 5º da Lei de Introdução ao Código
Civil. (in Os Danos Patrimoniais, Editora Saraiva, 1996, págs. 207/208).”

7- TUTELA: Temos uma tutela apenas, é a TUTELA DE URGENCIA, a tutela de


urgência vem para garantir que o requerente assuma a vaga de estagio a qual lhe
é pertencida o quanto antes.
8- Honorários do advogado: o honorário do advogado deve ser no mínimo 5% do
valor da causa, ou no máximo 15% do valor da sentença quando é sucumbencial,
quando não, o advogado pode pedir de 20% a 30% do valor da causa para a
requerente como pagamento, o valor da causa é de 5 mil reais a 10 mil reais,
além de multa variável de 400 reais a 500 reais pagas pelo estado.

9- PRAZOS: em todo o processo tivemos prazos de no mínimo 10 dias a no


máximo 20 dias, fora uma mistura de 10, 15 e 20 dias de prazo tanto para a parte
requerente, quanto a parte requerida, todos eles estão previstos no artigo 219 do
NCPC, os prazos começam a partir do primeiro dia útil após a publicação, e
inclui o dia de vencimento, sempre se conta em dias uteis.

Este documento é cópia do original, assin


10- ACORDÃO SENTENÇA: O Acordão fora negado, o requerente teve direito
aos danos morais, porem o recurso fora negado pela 3 câmara, porem foi um
pedido da advogada do caso “Ante o exposto, requer a esse E. Tribunal que
NEGUE PROVIMENTO ao recurso interposto, para manter íntegra a r. sentença
proferida e, como consequência, majorar a verba de sucumbência” “ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº 1013816-
89.2018.8.26.0361, da Comarca de Mogi das Cruzes, em que é apelante
ESTADO DE SÃO PAULO, é apelado CAIO GODOY DE OLIVEIRA
ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 3ª Câmara de Direito Público
do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: Negaram
provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do relator, que
integra este acórdão O julgamento teve a participação dos Desembargadores
ENCINAS MANFRÉ (Presidente sem voto), MARREY UINT E CAMARGO
PEREIRA São Paulo, 6 de agosto de 2020 JOSÉ LUIZ GAVIÃO DE
ALMEIDA - Relator

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