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Vivemos num mundo caótico, onde a mente cria a salvação.

Um sujeito que vive usando toda


sua retórica para provar algo aos outros ou a si mesmo não está escondendo algo?

Toda vez que surge algo que o incomoda o sujeito procura e encontra explicações para
defender-se, para não se ferir.

Vive buscando argumentações para adornar sua porca vida. E não encara a verdade mais sutil.

O sujeito sabe que ela existe, mas somente as vezes o sujeito percebe-a, como um submarino
que se esconde em águas profundas; sabe-se que o submarino existe, contudo é raro vê-lo.

A realidade é cruel para os que fogem. Pois, quanto mais se distancia dela mais difícil é
enxerga-la. E a sua realidade é a seguinte: você é um sujeito com um corpo gangrenado,
apodrecido tal como madeira deixada na lama, os insetos o decompõe, o odor fétido da
madeira sobe como incenso. E, ao mesmo tempo você tenta salvar-se tentando envernizar
esta carne apodrecida sem tirá-la da lama; você produz inúmeras cascas que com o tempo
dissolvem-se. E no fim somente encontra o vazio. Esta é a sua vida.

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