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Instituto Missionário Palavra da Vida

Aluno: Raidno Cavalcante de França Júnior Ano do curso: 3ºano

Disciplina: Plantação de Igreja Professor: Isaías Christal

Data: 08/09/2020

Tarefa 02
Resenha do artigo: “Paulo, Plantador de Igrejas: Repensando Fundamentos Bíblicos
da Obra Missionária” – © Augusto N. Lopes”

“A separação entre teologia e missões tem causado graves problemas à Igreja de


Cristo no mundo”.

Essa frase no início do presente artigo resume bem a ideia central que Augustus
Nicodemus objetiva tratar diretamente a todos os cristãos e em especial aos
evangelistas e plantadores de igreja. Realmente uma igreja hoje que se diz “cristã”,
tem total capacidade de crescer numericamente longe de doutrinas genuinamente
bíblicas e ainda ser atrativa aos mais variados grupos e crenças religiosas ou não.

A visão de Nicodemus é muito precisa nesse assunto e a decisão em analisar a


vida e ministério de Paulo foi essencial para um bom esclarecimento da verdadeira
obra missionária atrelada com plantio de igrejas. As implicações de visões errôneas são
grandes e logicamente ruim. Um evangelista deve ir para o campo com convicções
doutrinárias, verdadeiramente bíblicas. Quando isso não ocorre, podemos observar
igrejas sendo construídas e alicerçadas em uma religiosidade vazia, sem a doutrinação
verídica para norteá-la.

Olhando para as atividades de Paulo, ministerialmente, percebemos


claramente a junção de doutrinas teológicas e missões, e quanto uma completa a
outra. Tanto o que ele fez, quanto o que escreveu servem de um bom posicionamento
para compreendermos esse assunto proposto, “em seus labores vemos como a
teologia e o desejo de fazer a Igreja crescer encaixam-se harmoniosamente”.

O apóstolo Paulo se destacou por ser um grande missionário, mas também um


grande teólogo, considerado por alguns até o maior da história cristã. Só para ter uma
ideia do trabalho de Paulo, o autor do artigo escreve:
“...em menos de dez anos, entre os anos 47 e 57, ele plantou igrejas em
quatro províncias do Império Romano: Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia
proconsular. Depois de dez anos plantando igrejas, ele escreve aos romanos
que já não tem campo de atividade naquelas regiões (Rm 15.23). Paulo
passa para a história, então, como uma combinação de teólogo profundo e
missionário fervoroso”.

Não é somente possível alicerçar essas duas funções juntas no ministério, mas
também, altamente necessária. Primariamente, é preciso entender que tanto o
ministério, quanto o missionário/teólogo, devem centralizar a pessoa de Cristo em
todas as atividades e na vida. Paulo mostra isso através de suas cartas, quando
direciona todos os feitos, e objetivos, glória e autoridade em Jesus. O apóstolo tinha
plena convicção de que Deus escolhe e salva seus eleitos, mas também compreende o
desejo de Deus em nos fazer parte dessa grande missão, por isso se permitia que Deus
agisse através dele.

Paulo sabia que ele não era a autoridade, mas sim Deus e Sua Palavra, por isso
ele sempre destaca que o “evangelho é o poder de Deus para a salvação” das pessoas
e também o meio de transformação. Ele não trazia o mérito para si, mas para Deus.
Esse fato infelizmente está cada vez mais ausente nos ministérios atuais, e tem sido
uma porta para a ação de satanás em substituir a teologia genuína que glorifica a Deus,
por devoções que exaltam o homem. A igreja é a plenitude de Cristo, Ele é o cabeça, o
autor e consumador de nossa fé, o nosso salvador, e nenhum homem poderá tirar essa
autoridade e majestade dEle.

Dois princípios destacados por Augustus Nicodemus no labor de Paulo nos


chamam atenção e talvez seja os mais necessários para uma boa e perfeita ação
ministerial: a reflexão teológica que parte das Escrituras e a priorização da pregação
bíblica expositiva. Esses dois princípios serviram de base para o ministério bem-
sucedido de Paulo, pois ele utilizou com louvor da ferramenta ideal para isso, a própria
Palavra. Tudo que ele fazia ou ensinava partia das Escrituras e não dos “achismos”
humanos. Isso é essencial para o trabalho de evangelismo e implantação de Igrejas. E é
sempre bom ter em mente, que antes de almejarmos ser um canal de transformação,
essa transformação deve acontecer em nós primariamente, como Paulo nos ensinou.

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