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CAXIAS DO SUL
2015
SAMUEL AUGUSTO PEREIRA
CAXIAS DO SUL
2015
RESUMO
Trying to adapt the Brazilian industry to the international safety standards, the Labor
Department updated the Brazilian standard that dealt with this subject, NR-12, in 2010, in
order to ensure the safety and physical integrity of workers. Since its establishment, the NR-
12 had improvements and changes of which the latest version was published in December
2013. This work represents the operation study of a mechanical press brake for the
implementation of safety devices, based on the NR -12.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 12
1.1 PERFIL DA EMPRESA E AMBIENTE DE ESTÁGIO ............................................. 13
1.2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 14
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................................. 14
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 14
1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 14
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 56
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 57
1 INTRODUÇÃO
isolados dos operadores por protetores que permitem manter uma distância de segurança
mínima das zonas de perigo, conforme Figura 1.
Proteção
Fixa
Zona de
Risco
Fonte:<http://www.santaritaequipamentos.com.br> (2015)
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1 Antecipação
Segundo Farias (2015), a antecipação dos riscos ambientais deverá ocorrer sempre que
houver um projeto de instalação de novos setores ou máquinas, em lugares pré-existentes ou
novos setores no processo de produção. Consiste na análise dos projetos para se buscar a
constatação de novos riscos diferentes dos existentes, ou a possibilidade de que essas
modificações venham a aumentar os riscos já existentes. Da mesma forma, novos projetos e
tecnologias podem auxiliar no controle e minimização dos riscos existentes.
2.1.2 Reconhecimento
De acordo com Farias (2015), o reconhecimento dos riscos existentes é uma parte
importante do programa e dão parâmetros para controlar os riscos adequadamente de forma
coletiva ou individual, quando não é possível controlar imediatamente de forma coletiva. É o
início do trabalho de campo para identificar as atividades, tarefas, fontes e tipos de riscos
ambientais.
16
2.1.3 Avaliação
Conforme Farias (2015), a avaliação qualitativa deverá ser realizada sempre que
necessária para comprovar o controle da exposição, ou a inexistência de riscos identificados
na etapa de reconhecimento e para dimensionar a exposição dos trabalhadores. A exposição
do trabalhador pode se dar em nível baixo, moderado ou elevado. Quanto aos efeitos sobre
sua saúde, podem ser reversíveis, irreversíveis ou constituir ameaça à vida.
2.1.4 Controle
Segundo Farias (2015), devem ser tomadas as medidas de controle dos riscos
ambientais sempre que forem verificadas, na fase de antecipação, o risco potencial à saúde e
na fase de reconhecimento, o risco evidente à saúde. A implantação de medidas de caráter
coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores com informação das
eventuais limitações de proteção.
2.2 O PPRA
Segundo a NR-09 (2014), quem pode elaborar o PPRA, está descrito no item 9.3.1.1
da norma, a critério do empregador, levando em consideração a proteção do meio ambiente e
dos recursos naturais. Os riscos a serem avaliados serão conforme o Quadro 1.
operacional e proteger os trabalhadores com desenhos que podem ser usados em praticamente
qualquer lugar do mundo.
De acordo com Miller (2012), para cumprir com a norma ISO 13849-1 (2006), um
construtor de máquina deve definir e documentar a probabilidade estatística de uma
ocorrência indesejada ou falha perigosa, ou o tempo médio calculado para falha perigosa,
como parte do nível de desempenho global. Para cumprir com a norma IEC 62061, um
construtor de máquina deve descrever a quantidade de risco a ser reduzido e a capacidade de
um sistema de controle para minimizar esse risco, em termos de um nível de integridade de
segurança. Esta documentação ajuda os projetistas de máquinas a demonstrar a redução do
risco real e justificar o valor de segurança, incluindo os custos de upgrades.
Na Europa, no aspecto de adaptação, as normas determinam os equipamentos de
segurança para equipamentos novos e cada fabricante define como se adequar às normas. No
Brasil, a norma determina quais equipamentos de segurança devem ser instalados nas
máquinas, não dando margem para que as empresas encontrem soluções próprias. Nas
máquinas usadas na Europa, a legislação deixou de fora aquelas já instaladas; as regras só
valem para máquinas fabricadas a partir de 2009. No Brasil, as empresas são obrigadas a
adaptar os equipamentos antigos, não importando quanto tempo estão em uso e se seguiam a
legislação anterior (FURLAN, 2014).
Segundo Della Manna (2013), as alterações introduzidas na NR-12, no final de 2010,
criaram um nível de exigência altíssimo, pois introduzem um alto teor de conhecimento
técnico e especializado em Engenharia. O objetivo da reformulação da NR-12 foi alinhar as
normas brasileiras aos padrões europeus. No entanto, a norma brasileira é mais exigível que a
da União Europeia e um tanto subjetiva, criando vários níveis de interpretação. Com isto,
gera-se um ambiente de insegurança jurídica e elevados custos para a indústria.
A NR-12 existe desde 1978 e precisou de uma revisão, pois não garantia a efetiva
proteção dos trabalhadores. O objetivo principal foi reduzir o número de acidentes de trabalho
e forçar a indústria nacional a fabricar máquinas dotadas de mecanismos de segurança,
evitando também a importação das mesmas sem esses mecanismos.
Segundo Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro
(SRTE/RJ), a NR-12 atual exige que todas as máquinas e equipamentos tenham suas zonas de
perigo protegidas por sistemas de segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções
19
Segundo a NR-12 (2013), os locais de instalação das máquinas devem estar com as
áreas de circulação devidamente marcadas e desobstruídas, a fim de garantir a segurança do
trabalhador durante a operação e manutenção.
Os postos de trabalho devem ser projetados de modo que permitam a alternância e
ergonomia de postura do trabalhador. As máquinas e suas instalações devem possuir
sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos que estão
expostos. As instruções de operação, manutenção e outras informações necessárias para
garantir a integridade física dos trabalhadores também devem estar sinalizados.
ter dispositivos de parada instalados, de modo que sejam acionados pelo operador na sua
posição de trabalho e, em casos de emergência, por qualquer outra pessoa. A burla destes
dispositivos e o seu acionamento automático devem ser impedidos. Também devem estar
dispostas de sistemas de segurança, caracterizados por proteções fixas e proteções móveis
com dispositivos elétricos de segurança interligados.
Segundo a NR-12 (2013), no Anexo VIII, item 16, está determinado de que forma
deve ser documentada a transformação de prensas e equipamentos similares. Essa
transformação deve ser substancial em seu sistema de funcionamento ou de seu sistema de
acoplamento.
A transformação de prensas e equipamentos similares deve seguir critérios rigorosos e
avaliar todos os elementos existentes na máquina, quanto a sua vida útil e viabilidade técnica.
Nesta avaliação cabe ao engenheiro mecânico o papel de projetar e calcular as
22
Chave de
Segurança
o
De acordo com a ABIMAQ (2012), essas proteções deverão ser mantidas em sua
posição fechada, sendo fixadas por meio de solda ou parafusos, tornando sua remoção ou
abertura impossível sem o uso de ferramentas especificas e sem o alcance dos operadores.
As dimensões das aberturas, tanto de proteções fixas, quanto móveis intertravadas,
devem obedecer ao distanciamento previsto na norma NR-12, e estão definidas conforme o
Anexo A e B.
De acordo com a Weg (2014), são equipamentos óptico eletrônicos que possuem
transmissores e receptores, produzindo uma cortina de luz infravermelha, capazes de
supervisionar uma área útil compreendida pela distância entre essas unidades.
Se o feixe de luz for interrompido por mãos ou dedos entre as unidades, as saídas de
sinal comutarão, informando ao sistema de comando a ela conectado (Figura 4), cessando o
movimento.
26
Fonte:<http://www.pidindustrial.com.br> (2015)
A cortina de luz deverá ser adequadamente selecionada, com a altura de proteção que
não permita o acesso à área de risco. Deverá ser posicionada a uma distância segura da zona
de risco, levando em conta a velocidade de aproximação da mão, ou outra parte do corpo, o
tempo total de parada da máquina, medido pelo equipamento Stop Time, incluindo até mesmo
o tempo de resposta da própria cortina de luz e a sua resolução (capacidade de detecção da
cortina, por exemplo, 14mm para detecção de dedos ou 30mm para detecção de mãos),
conforme a ISO 13855 (2002).
Deve ainda ser certificada como tipo ou categoria 4, conforme a IEC EN 61496
(1997), partes 1 e 2. Para o cálculo da distância mínima na instalação de cortina de luz é
utilizado a equação 1.
S = (𝐾 ∙ 𝑇) + 𝐶 (1)
Onde:
S = distância calculada de segurança (mm)
K = Constante 1600 se S>500 ou 2000 se S<=500
T = Tempo total de parada da máquina (s)
C = Distância adicional C= (D-14) x 8
D = Resolução da cortina (mm)
Fonte:<http://www.weg.net> (2015)
Pequena
Passagem
Retorno
Final
POSIÇÃO INICIAL
2.11.1 Excêntrico
Figura 7 - Excêntrico
2.11.2 Volante
2.11.3 Biela
Figura 8 - Biela
2.11.4 Embreagem
2.11.5 Freio
freio tipo tambor, que unido à árvore da máquina, está envolto por uma cinta metálica
recoberta por um material com alto coeficiente de atrito, geralmente uma lona de freio. Seu
comando é dependente da embreagem, isto é, a embreagem provoca o desengate do freio e a
desembreagem o engate do mesmo.
33
3 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
Fonte:<http://www.chapasul.com.br> (2015)
Além de explorar a NR-12 (2013), o trabalho dará enfoque para a análise do anexo
VIII da norma que trata exclusivamente da segurança em prensas e similares. Para isto,
propõe-se uma sequência de etapas, conforme Figura 10.
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Início
Sim
Existe pontos de risco e não
conformidades perante a
norma NR-12?
Não
Não
Aprovação Engenheiro de Segurança
Sim
Fim
Objetivo
Evitar contato entre trabalhador e as
partes móveis da máquina
Encosto
Imantado
Peça
Neste trabalho não estão incluídos a análise dos riscos químicos, físicos, biológicos e
ergonômicos. Para realizar a análise de risco na dobradeira mecânica deve-se conhecer alguns
conceitos:
a) Perigo: situação em que se encontra, sob ameaça, a existência ou a integridade de
uma pessoa, causa capaz de provocar uma lesão ou um dano para a saúde, ou seja, é a fonte
geradora, tais como, perigo de choque elétrico, perigo de esmagamento, etc.
b) Situação perigosa: situação em que uma pessoa fica exposta a um ou mais perigos.
c) Risco: combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um
determinado evento perigoso.
d) Apreciação do risco: avaliação global da probabilidade e da gravidade de uma
possível lesão ou danos à saúde, que possam acontecer numa situação perigosa, com vista a
selecionar medidas de segurança apropriadas.
39
e) Função perigosa de uma máquina: toda função de uma máquina que provoque um
perigo, quando em operação.
f) Zona perigosa: qualquer zona dentro e/ou ao redor da máquina, onde uma pessoa
fica exposta a um risco de lesão ou danos à saúde.
g) Perigo Mecânico: conjunto de fatores físicos que podem estar na origem de um
ferimento causado pela ação mecânica de elementos de máquinas, de ferramentas, de peças ou
de projeções de materiais sólidos ou fluidos.
h) Perigo elétrico: pode causar lesões ou morte por choque elétrico ou queimaduras;
podem ser provocadas por contato de pessoas com partes energizadas.
O HRN (Hazard Rating Number) que em português significa número de classificação
de risco é um método conhecido e frequentemente utilizado em análises de risco. Cada perigo
é avaliado individualmente, primeiramente sem as medidas de segurança e posteriormente
com as medidas implantadas. Este método classifica o risco de desprezível à inaceitável. Para
esta classificação é levado em consideração pontuações conforme as Tabelas 1, 2, 3 e 4.
Para cada item anterior é estabelecido uma pontuação para calcular o nível de risco (HRN)
através da equação 2:
Zona de
Prensagem
Zona Lateral
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Este capítulo irá expor a implantação dos dispositivos de segurança. Para tanto, foi
realizada a aplicação para cada zona de risco citada anteriormente, através das informações de
funcionamento da máquina. Segundo a NR-12 (2013), prensas ou similares devem possuir
proteções mecânicas fixas envolvendo correias, volante, polia, motora, engrenagens e partes
moveis em geral. Na dobradeira essas proteções já estão instaladas pelo próprio fabricante.
245N
B
X A
𝑀𝑚𝑎𝑥 = 𝐹 ∙ 𝑑𝑎 (3)
Onde:
𝑀𝑚𝑎𝑥 = Momento máximo aplicado no ponto A;
𝐹 = Carga máxima aplicada pelo homem [N];
𝑑𝑎 = Distância do ponto A até ao ponto de apoio do pé no eixo x [m];
Sabendo que o momento máximo no ponto A é de 55,37 Nm, o mesmo vai gerar uma
força tangencial no ponto B, calculado pela equação (4).
𝑀𝑓 = 𝐹𝑡 ∙ 𝑑𝑏 (4)
Onde:
𝑀𝑓 = Momento fletor [Nm];
𝐹𝑡 = Força tangencial [N] ;
𝑑𝑏 = Distância dos pontos de articulação do ponto A até B [m];
𝑀𝑓 55,37𝑁𝑚
𝐹𝑡 = = = 425,92𝑁
𝑑𝑏 0,130𝑚
Onde:
𝐹𝐵𝐶 = Força aplicada na barra BC;
𝐹𝑡 = Força tangencial no ponto B [N];
𝐹𝑐 ∙ 4
𝐷𝑒 = √ (6)
𝑃∙𝜋
Onde:
𝐹𝑐 = Força do cilindro [N];
𝑃 = Pressão manométrica no cilindro [MPa];
De = Diâmetro mínimo do cilindro;
386𝑁 ∙ 4
𝐷𝑒 = √ = 28,62𝑚𝑚
0,6𝑀𝑝𝑎 ∙ 𝜋
𝐹𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 = 𝑃 ∙ 𝐴𝑐 (7)
Onde:
𝐹𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 = Força exercida no retorno do cilindro [N];
𝑃 = Pressão manométrica no cilindro [MPa];
𝐴𝑐 = Área da coroa [mm²];
𝐴𝑒 = Área do embolo [mm²];
Dados:
Diâmetro do embolo (De)= 40mm
Diâmetro da haste(Dh)=16mm
48
P= 0,6Mpa
Tem-se:
𝜋 ∙ 𝐷𝑒2 𝜋 ∙ 322
Ae = = = 1256,63 𝑚𝑚2
4 4
𝜋 ∙ 𝐷𝑒2 𝜋 ∙ 𝐷ℎ2 𝜋 ∙ 402 𝜋 ∙ 162
Ac = − = − = 1055,57 𝑚𝑚2
4 4 4 4
Comparando a força gerada pelo cilindro (633,34N) com a força necessária, (FBC =
386N), o sistema tem uma margem de segurança de 1,64. Para o acionamento deste cilindro
usaremos uma válvula solenoide de fluxo cruzado categoria 4 conforme Figura 6. A válvula
escolhida DM2DDA20A2X segue conforme Anexo E, possuindo conexões iguais a do
cilindro e melhor tempo de resposta. Esta válvula possui memória dinâmica, sendo que o
sistema interno de monitoração bloqueia e impede acionamentos adicionais, sempre que na
atuação ou reposição dos elementos principais ocorrer uma defasagem maior que 0,1 segundo.
Após a despressurização e pressurização da entrada, a válvula mantém a condição anterior de
bloqueio ou operação. Não é necessário o rearme no início do período de trabalho. Na
dobradeira também é necessário colocar uma unidade de preparação do ar, composta por
regulador de pressão com manômetro e filtro; o esquema pneumático de instalação segue
conforme Figura 20.
Segundo a NR-12 (2013), anexo VIII, a prensa dobradeira deverá possuir barreira
ótica ou enclausuramento na zona de prensagem, Sendo assim, optou-se por inserir barreira
ótica, isto porque uma proteção fixa impediria a produção das peças e a troca de ferramentas
de dobra. No mercado brasileiro existe uma série de equipamentos utilizados em segurança,
mas o produto de segurança que o operador pode confiar é a chamada cortina de luz (Figura
4), sensores óptico-eletrônicos, que monitoram sinais de um receptor para um transmissor,
atuando a saída quando o feixe é interrompido. A norma caracteriza a dobradeira como
similar, sendo assim, podemos proteger a dobradeira com cortina de luz. Porém, esta opção
reduziria em muito a produção da máquina e também algumas peças não poderiam ser feitas,
como peças do tipo caixa.
Por mais que a cortina esteja em um ponto estratégico e uma função especial fosse
aplicada na cortina, desabilitando um feixe, chamada de janela flutuante, não conseguimos a
segurança e proteção desejada. Para isso, é recomendado um sensor que foi desenvolvido
especialmente para dobradeiras, chamado de dispositivo óptico-eletrônico monofeixe (Figura
21).
Figura 21 - Barreira monofeixe
Dispositivo
Monofeixe
Fonte:<http://www.decibel.com.br> (2015)
Onde:
Ds = distância calculada de segurança (mm)
K = Constante 2000mm/s conforme NR-12
Tm = Tempo total de parada da máquina = 200ms (medido)
Fs= Fator de segurança = 20% para máquinas com desgaste
Tr = Tempo de resposta = 10ms (sensor utilizado)
Fpp= Distância adicional = 0mm conforme tabela NR-12
Este dispositivo é um produto que possui bandas de feixe a lazer, com um braço
mecânico que acompanha a descida da máquina. Com uma pequena IHM fixa ao corpo,
permite configuração para cada ferramenta, evitando assim, qualquer ponto de risco nas mais
diversas formas de produto, incluindo o modo caixa.
aos pinos de PMI e PMS, significa que uma ação de parada deve ser imediatamente iniciada e
não poderá ser possível o início de um novo ciclo.
Frenagem
PMS
No PMS
Frenagem
no PMI PMI
Outra solução para redução do risco 1 foi a escolha de pedal 3 posições com caixa de
proteção contra acionamento acidental ou invés de bimanual, isto porque, em operação o
operador posiciona a chapa com as mãos e não seria possível o seu acionamento em situação
de emergência. Também é necessário a colocação de botão de emergência junto a este pedal.
O comando da máquina deverá ser controlado por CLP e relés de segurança categoria 4. Este
sistema elétrico comandará o acionamento da válvula de segurança do cilindro do pedal e
deve fazer o intertravamento com as chaves de segurança das proteções móveis, botão de
emergência, cortina de luz e monitoramento do martelo. Este controle elétrico será executado
por um engenheiro elétrico ou de automação. Após adequações propostas, foi calculado
novamente o nível de risco 1 (HRN).
52
Chave de Policarbonato
Segurança
Dobradiça
distância de segurança (sr) maior ou igual a 120mm. O uso de cortina de luz neste caso,
também inviabilizaria a adequação da máquina, por causa de seu custo elevado.
Com a instalação desta proteção móvel obteve-se o total controle de acesso traseiro a
dobradeira, permitindo o acesso apenas na abertura da proteção e bloqueando a máquina na
sua abertura. A escolha deste dispositivo foi em função do baixo valor de investimento e a sua
grande eficiência de proteção. Como resultado do nível de risco 3 (HRN) obteve-se a menor
pontuação dentre todos os riscos; isto se deve ao total bloqueio de acesso a zona de risco. A
classificação alcançada neste caso foi de nível raro.
1) Cilindro de simples ação avanço por mola: é utilizado para empregar a força
capaz de movimentar o mecanismo de alavancas, que acopla a embreagem e o
freio da prensa dobradeira. O cilindro dimensionado é o ISO de 40mm avanço
70mm.
2) Válvula solenoide de segurança: é responsável pelo acionamento do cilindro
através do sinal do CLP. Monitora se o sistema está livre de pressão residual.
3) Suporte Traseiro do cilindro: prende o cilindro a lateral da máquina. O cilindro é
preso pela base articulada. Conforme Anexo F.
4) Ponteira rotular para haste: efetua a comunicação da haste do cilindro com o
ponto C do sistema de alavancas, conforme Figura 24; é especificada de acordo
com o Anexo F.
5) Conjunto Lubrifil: responsável pela filtragem e regulagem da pressão do ar na
máquina.
6) Flange de nylon chavetada: usada para monitorar a posição do martelo; o sensor
indutivo não lê este tipo de material.
7) Pino fabricado em aço SAE 1020 com 12mm de diâmetro, ou seja o sensor
indutivo apenas fará a leitura destes pinos no flange identificando PMI e PMS.
8) Proteção móvel com dobradiça em chapa 2mm, pintada em amarelo. O visor de
policarbonato evita ferimentos de corte, em caso de quebra e sofre menos avarias
do que o acrílico. Esta proteção é instalada na lateral na dobradeira com chave de
segurança categoria 4
9) Proteção móvel em estrutura de tubo 40x40mm, parede 2mm, com corrediça para
abrir as portas instaladas na parte traseira da máquina, com chave de segurança
categoria 4. As portas são compostas pelo tubo quadrado e tela OTIS, malha
30x30mm e arame 2,5mm. Toda estrutura deve ser pintada em amarelo.
56
5 CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo adequar uma máquina prensa dobradeira mecânica
com dispositivos de segurança, em conformidade com a NR-12 (2013). Conforme estudo da
norma e do funcionamento da máquina, foi feita uma análise das condições de operação e
risco da máquina antes e depois das adequações propostas. Através destas análises, constatou-
se que as adequações reduzirão os riscos de acidentes do trabalho nesta máquina, preservando
a saúde do trabalhador e fazendo com que a mesma possua condições de segurança e atenda
aos requisitos mínimos da norma.
Através da análise da prensa dobradeira, foram propostas as opções para a redução dos
riscos com a instalação de dispositivos de segurança aceitos pela NR-12. A definição destes
dispositivos seguiu por critérios de escolha, quanto a sua vida útil , viabilidade técnica e
financeira. A escolha do acionamento pneumático foi em função da empresa dispor de uma
rede de ar permanente, pois o uso de acionamento hidráulico inviabilizaria a adequação, tendo
que ser instalado na máquina bomba, filtro e cilindro hidráulico. Com o cilindro de 40mm de
diâmetro, o acionamento da embreagem possui força disponível, com margem de segurança
de 1,64. Porém, o fato do cilindro possuir avanço por mola, garante o desacoplamento da
embreagem pela falta de energia. A máquina, conforme a norma propõe, passou pelo processo
de retrofitting, tendo a responsabilidade de um profissional habilitado para o
dimensionamento e especificação dos componentes e materiais empregados. Quanto a estas
questões, identificaram-se as limitações do engenheiro mecânico no processo de adequação.
Cabe lembrar que as validações destas adequações na máquina passam pela avaliação final de
um engenheiro com especialização em segurança do trabalho.
Finalmente, pode-se concluir que o trabalho atingiu os objetivos propostos
inicialmente e serve como continuidade para uma futura especialização em Engenharia e em
Segurança do Trabalho. A análise feita também serve de extensão para a adequação de outros
equipamentos similares na empresa.
57
REFERÊNCIAS
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Segurança em Prensas e Similares. Porto Alegre, RS: 2006.134 p.
BSI - British Standards Institution. EN 693:2001. Machine tools – Safety – Hydraulic presses.
Londres – Reino Unido, 2001.
BSI - British Standards Institution. EN 954-1: Safety of machinery. Safety related parts of
control systems. General principles for design; Londres – Reino Unido, 2008.
FURLAN, Flávia. Serve na Europa. Não no Brasil. Revista Exame, Brasil, ed. 1064 p.72 -
74, 2014.
MILLER, Mike. Machine safety; In this month's Design by Objective department, Mike
Miller of Rockwell Automation discusses EN ISO 13849 and how this standard is having
an impact on the way machine safety systems are designed: Motion System Design. v.54,
n. 5, 2012.
______. NBR 14009. Segurança de máquinas – princípios para apreciação de riscos. Rio de
Janeiro: ABNT, 1997.
______. NBR 13930: Prensas mecânicas – Requisitos de segurança. Rio de janeiro; 2008.