Revisão Textual:
Profa. Vera Lidia de Sa Cicaroni
História da Educação
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Existe apenas um tipo de Educação ou existem vários tipos de Educação?
Fonte: http://www.reemediagoo.com
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Conceito de Educação segundo a LDB 9394/ 96:
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O homem é feito de tempo, ou seja, o homem
faz a história e é feito de história. Conhecer o homem
é uma forma de situá-lo no tempo e no espaço,
acompanhado de seus costumes, línguas e valores
próprios do espaço e do tempo em que está inserido.
Fonte: http\\.www.fotofree.com
A Educação deve ser concebida em um sentido mais amplo do que aquele que
imaginamos. Ela está presente em vários aspectos de nossa vida, e é preciso ter ciência de que
existem vários tipos de educação que atuam sobre o ser humano. Nós recebemos educação
desde que nascemos, nos mais simples ensinamentos, mas ela também pode ocorrer de forma
sistematizada ou intelectualizada; o importante é que sempre deverá estar de acordo com a
cultura em que estamos inseridos.
A educação pode existir livre e, entre todos, pode ser uma das maneiras que as
pessoas criam para tornar comum, como saber, como ideia, como crença,
aquilo que é comunitário, como bem, como trabalho ou como vida, é também
uma geração do modo de vida dos grupos sociais. (BRANDÃO, p25)
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Pedagogia
História
O primeiro recurso de que a História se valeu para explicar fatos e os aspectos gerais
da condição humana foi o mito, relato simbólico transmitido pela tradição oral. Por exemplo:
nas sociedades tribais da África, não existiam investigações e o conceito de História era
apenas passado de geração para geração, dentro de um mesmo contexto. Eles acreditavam
que os fenômenos eram criação dos mitos, atribuída a deuses. Assim como os índios,
acreditavam e cultuavam os seus deuses, entre eles o Sol, a Lua, o trovão, etc.
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O homem primitivo era guerreiro por sua natureza, e daí decorriam os valores
apreciados pela comunidade e que eram objetos da educação.
Com as transformações ocorridas nas tribos, como a invenção dos barcos, por
exemplo, surgia a necessidade de certa especialização, pois a construção de um barco
implicava em conhecimentos não adquiridos pela e em sociedade. Dessa forma foi preciso
que alguém aprendesse a construir esse barco. Assim, o saber passou a não ser mais universal,
mas, sim, um privilégio de quem aprendeu a construir o barco.
Para melhor entender a história da Grécia, ela pode ser dividida em quatro períodos.
Sócrates
Os principais filósofos : Sócrates, Platão e Aristóteles.
Fonte:
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Socrates
_Louvre.jpg
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3- Período Clássico (Séc. IV e V a.c)
Apogeu da civilização Grega;
Surgimento da Escrita e da Escola;
Criação da arte e da literatura;
Surgimento dos sofistas – denominados professores da sabedoria, que, por
exigirem remuneração para ensinar, não eram bem vistos pelos filósofos.
Paidagogos
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Os filósofos gregos pensavam em algumas questões importantes sobre a Educação.
Sócrates, por exemplo, questionava os seguintes aspectos:
Sócrates não deixou nenhuma obra escrita; quem escreveu sua trajetória foi Platão, seu
amigo e discípulo. Sócrates acreditava que, para absorver o conhecimento, seria necessário
definir rigorosamente o que se fala, através dos conceitos. Exemplo: para se compreender o
enunciado “Diante dos atos de coragem”, é preciso descobrir o que é coragem, e, quando isso
se dá, chegamos à definição do seu conceito; só, então, compreendemos o seu significado.
Para ele, a Educação deve estar voltada para a vida moral; o diálogo; a capacidade de pensar;
a análise do conteúdo.
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A história passou a ser vista como mestra da vida, levando os homens a
compreenderem o seu próprio destino, ou seja, o homem era entendido como resultado da
produção da sua própria cultura.
A Educação Romana
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Colosseum_in_Rome,_Italy_-_April_2007.jpg
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1- Realeza (de 753 a 509 a.C.)
Desenvolvimento do comércio;
Realeza em que os reis tinham uma vida mais rural;
Substituição da posse de terra pela propriedade privada e surgimento da divisão
de classes (plebeus e aristocratas);
Aristocracia de nascimento denominada (patrícios);
Aristocracia determinada pela riqueza, através do enriquecimento dos plebeus. Os
plebeus eram os camponeses, comerciantes, artesãos.
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Idade Média
Fonte: http://openphoto.net
A FORMAÇÃO DO HOMEM DE FÉ
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A Educação
Os monges eram os únicos letrados; foram eles os responsáveis pelas traduções das obras
gregas, que foram escondidas pela Igreja.
Para os Servos, destinava-se uma formação cristã, com base na poesia, história e música.
A Pedagogia e a Religião
Para Santo Agostinho, o saber não é transmitido ao aluno, pois a verdade é uma
experiência que não vem do exterior, mas sim de dentro de cada um. Toda educação é uma
autoeducação, possibilitada pela iluminação divina.
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“Os parâmetros de educação na Idade Média se fundam na concepção do
homem como criatura divina, de passagem pela Terra e que devem cuidar, em
primeiro lugar, da salvação da alma e da vida eterna” (Arruda, 1996, p. 73).
A principal figura deste período foi São Tomás de Aquino (1225 -1274). Para ele, a
Educação é uma atividade que torna realidade aquilo que é potencial, processo que o próprio
educando desenvolve com o auxílio do mestre, atualizando as suas próprias potencialidades.
Em sua base, havia certa aversão pela hierarquia eclesiástica, considerada responsável
pela desordem disciplinar e pela corrupção que dominava a Igreja em Roma;
Martinho Lutero recebia o apoio dos nobres que estavam interessados no confisco do
clero.
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A Educação tornou-se importante instrumento para a divulgação da Reforma.
“Se não existissem nem a alma nem o Paraíso nem o Inferno, e ainda se não
se deve levar em consideração apenas as questões temporais, haveria
igualmente necessidade de boas escolas masculinas e femininas, e isso para
poder dispor de homens capazes de governar bem e mulheres em condições
de conduzir bem suas casas.” (Martinho Lutero)
Para Lutero, a lei de Deus não podia ser mantida através de punhos e armas, mas
apenas com a cabeça e com os livros.
Contra-Reforma
Com a ruptura realizada pelos protestantes, mais precisamente por Martinho Lutero, a
Igreja Católica procurou meios para reverter o quadro, pois estava perdendo os seus fiéis.
Através de uma eleição, o Papa Paulo III Farnese convocou um concílio, chamado
Concílio de Trento (1546-1563), com o intento de dar corpo às reivindicações. Esse Concílio
reafirmava os princípios da fé e a supremacia Papal e determinava a criação de seminários
para formar padres.
O Concílio procurou determinar alguns pontos essenciais para a Igreja, como estudos
bíblicos e teológico-filosóficos, com o objetivo de desenvolver as ordens religiosas.
O objetivo era frear o avanço da heresia protestante e propagar a religião católica nos
países do Novo Mundo.
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Esse movimento teve grande influência tanto cultural quanto pedagógica, pois a Igreja
passou a dar importância não só à educação eclesiástica, mas também à educação dos jovens
descendentes dos grupos dirigentes.
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“Exclui-se da educação os conhecimentos históricos e os científicos, a
menos que a história fosse deturpada de tal forma que ficasse
irreconhecível ou a ciência fosse tão superficial, que mais parecesse uma
brincadeira de salão”. (PONCE)
Do fim do século XVI até o início do século XVIII, ninguém se atreveu a discordar da
Companhia de Jesus.
Por interesses políticos, os jesuítas foram expulsos de vários países, e o Papa Clemente
XIV extinguiu a Companhia de Jesus em 1773.
Houve uma retomada das fontes da cultura grega, sem a intermediação dos
comentadores da Igreja.
A curiosidade era aguçada para a observação direta dos fatos, com redobrado interesse
pelo corpo e pela natureza.
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Defendia o respeito e o amadurecimento da criança e por isso criticava a educação
vigente, excessivamente severa. Recomendava o cuidado com a graduação do ensino e o
abandono das práticas de castigos corporais. Para Erasmo, as crianças deveriam aprender se
divertindo, sem a preocupação com resultados imediatos.
Buscou resgatar o saber greco-latino, com igual cuidado pelos estudos da ciência, e
criticou a tradição escolástica de maneira irônica e saborosa.
Rabelais não escreveu uma obra propriamente pedagógica, mas, nos romances
satíricos Gargantua e Pantagruel, deixou transparecer suas ideias a respeito da Educação.
Montaigne lia com facilidade as obras latinas. Ao descrever a si próprio e refletir sobre
suas experiências, traçou o perfil da natureza humana, apresentando o homem com suas
interrogações, dúvidas e contradições, o que encaminhou seu pensamento para certo
ceticismo.
Ceticismo é uma doutrina segundo a qual o homem nada pode conhecer com certeza;
os céticos concluem pela suspensão do juízo e pela dúvida permanente.
Pode-se perceber, em seu trabalho, a defesa de uma vida laica, diferente do que
ensinavam os monges da Idade Média.
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A Importância da História da Educação
Através dessa visão histórica, foi possível verificar que a trajetória da Educação passa
por vários contextos, em sua maioria relacionados com a política do período em que estão
inseridos, portanto uma das principais ideias, ao se estudar a história da Educação, é situá-la
dentro dos períodos históricos, para que se possa entender o processo educacional, uma vez
que este sempre se vincula à política de cada período.
Sendo assim podemos dizer que a Educação é um ato político, porque é intencional.
Como exemplo, podemos mencionar como o tema da abolição dos escravos foi tratado em
diferentes períodos. Durante muito tempo, a escola tradicional ensinou que a abolição dos
escravos foi fruto da ação dos abolicionistas (geralmente brancos) que culminou com a
assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, pela qual a princesa Isabel outorga a
liberdade aos negros. Não havia nenhuma menção à ação de Zumbi e de seus companheiros
nos Quilombos dos Palmares, nem a centenas de outros gestos de rebeldia que
desapareceram da memória do país como “irrelevantes”. Hoje esse quadro já foi revisto e
Zumbi está presente em muitos livros didáticos. O objetivo é justamente este: que façamos
uma reflexão crítica desse ensino histórico,
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A importância da HISTÓRIA para a Educação é a de denunciar as formas ideológicas
que utilizam a Educação como instrumento de poder.
A história nos traz o conhecimento dos fatos antigos e dos novos, dando-nos
ferramentas para que a ideia de uma educação inovadora não fique apenas no papel, não
seja apenas uma intenção e, sim, uma reforma concreta para a educação atual.
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A bibliografia e os filmes indicados nesta unidade auxiliarão no entendimento dos temas
abordados.
Indicação de leitura: capítulo I: “Educação, educações aprender com o índio”. In: BRANDÃO.
C. R. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 2005.
Bibliografia:
Filmografia:
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ARANHA, M.L. A história da educação e da pedagogia: Geral e Brasil. 3.ed. São
Paulo: Moderna, 2006.
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